Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 75
Romance? No meio da guerra!


Notas iniciais do capítulo

(desculpa a demora com os caps eu to sem pc ai estou escrevendo no celular e vim na casa de um amigo pra conseguir postar.)



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Quando voltei à base vi que a Mônica e o David estavam conversando e tentei deixar pra lá, mas acabei ouvindo o pedido dele de namoro e vi como ela travou sem respostas.

Antes que isso desse muito errado, a puxei de lá sem dizer nada alem de um mero. ---- Mônica vem aqui um minuto; preciso falar com você. Já devolvo ela! ---- e sumi com a garota que ainda parecia atônita.

Eu sabia o quanto minha amiga era tímida e travava com este tipo de situação.                   Enfrentar um exercito? Beleza não tem problemas!                                               Já sair em um encontro? Era a morte...

—--- Amiga você esta bem? Sabe que não tem que responder agora né?

—--- Como não Magali!? ---- a voz dela se exalta e ela começa a andar para os lados sem rumo. ---- Ele me veio com essa do nada. E e...

Não seria uma conversa nada fácil...






Passei horas com ela só ouvindo frases incoerentes, ruídos emocionais e muito mais muito chilique. Digo ate que foi bastante divertido, mas isso tudo só para ela conseguir arrumar as idéias na cabeça e conseguir se acalmar.             Sou uma má ou uma boa amiga por estar me divertindo com isso? Bem... Enfim eu mesma não sabia o que a aconselhar na verdade, e estava só vendo graça em tudo aquilo; mesmo.

—--- Para de rir! O que eu digo Magali? O que eu faço? ---- ele me segura pelos pulsos para que eu a encarasse tão tremula que eu podia perceber que estava tentando usar força para me segurar, mas não conseguia.

—--- O que você quer dizer? ---- a respondo seria e ela trava. ---- O que se passa ai dentro? ---- ponho os dedos em sua testa dando um leve cutuco. ---- Você não quer mas... Do jeito que ele falou você se sente obrigada ou... ---- dei uma pausa maldosa mesmo. ---- Esta tentada a dizer sim, mesmo só que ainda sente algo pelo Cebolinha?

—--- Eu não sei! Tah eu não sei mesmo! ---- ela grita e rodopia se sentando na capa.

Depois de vivermos quase um ano nesta guerra horrível.

                                   Era estranho termos “problemas normais”.                            De adolescentes normais.

Sentamos e conversamos seriamente como se... Isso fosse a coisa mais importante do mundo, como se fossemos jovens normais que não tem mesmo problemas maiores que isso. Gostar e não gostar o que fazer e como agir. Fofocar de garotos e o que achávamos deles.                 E em falar de fofocar... Logo a rainha deste gênero surge para tentar ajudar (acho que foi invocada, não sei, eu não chamei nem a Monica) e no fim das contas ficamos todas no quarto falando sobre todas estas coisas que acreditávamos que nunca mais faria parte de nossas vidas.


Ate agora não sei, como “ela” ficou sabendo, nem tão pouco como ou porque trouxe todas junto.

                                                                       Mas ate que foi bom.                          Muito bom na verdade.

—--- Ai gata! Mas que pedido de namoro mais... Arrrg! Não sei o que dizer? Sabe... A-pe-lo-u em. O gato sabe causar, poxa vida. ----- Denise se joga na cama depois de não conseguir uma boa resposta. ---- Gata! Meu deus que situação! Eu não sei o que dizer!

—--- Nem eu. Digo... Ele praticamente pediu para passar seus últimos dias com você. ---- é a vez de Marina ficar rodando sem saber muito o que fazer. ---- Tipo. O que se responde?

—--- Ai que tah! ---- me levanto chamando a atenção. ---- Ele não esta morrendo. É só uma coisa que ele disse. Algo pesado sim, apelativo? De mais. Só que não acho que foi algo da boca pra fora. ---- respiro fundo imaginando que a situação dele poderia ser bem pior que a minha para cogitar tal coisa. ---- Não podemos achar que ele falou isso só para chamar a atenção, ele só foi sincero.

—--- É mas pocha! Ele...

—--- Não terminei Denise.            O que eu quero dizer é que: ele gosta sim da Mônica e não é de hoje. Sim ele esta passando por uma coisa horrível, e sim ele não mentiu sobre o que pretende fazer. Mas... O que a Mônica tem que ver é só se quer ficar com ele ou não. E esquecer todo o resto.

—--- Como esquecer todo o resto Magali? Não consigo simplesmente ignorar tudo o que ele fez e faz? Não da... ---- ela se senta meio que desmontando em uma cadeira. ---- Como eu posso...?

—--- Eu estou namorando o Cássio. ---- falei alto e todas me encararam. ---- E a Marina o Frankillin. E... e vocês não podem negar que ambos são meio duvidosos; mas continuamos acreditando neles e damos confiança por que são nossos amigos de infância e não conseguimos acreditar que tenham mudado tanto assim. ---- me sentei ao lado da Monica. ---- Só o que você tem que pensar é se quer ou não ficar com ele e fim. Não tem que enfiar na cabeça que você é a ultima pessoa na vida dele ou que só você pode fazer ele mudar de ideia.


Como eu disse foi uma conversa beeem complicada.

Acabou que elas também se distraíram muito querendo saber da minha confissão de estar namorando o Cássio. ---- Como assim? / Vocês estão ficando? Ou namorando serio?/ Como isso começou? ---- foi um interrogatório dos mais extensos e detalhados que já vi. Morri de vergonha mas também foi divertido, ate por que deu um tempo para o assunto sair de cima da Monica e ela conseguir pensar; e ate comparar com o que falávamos.

—---- Calma que eu explico. Ou tento... ---- murmuro de cabeça baixa. Afinal... Como poderia explicar ou responder a tudo o que elas queriam?

Morri de vergonha, mas respondi.

Disse que tinha rolado uma “química” antes de eu saber quem ele era, ou melhor reconhecer.

                                                                     Mas de resto fui bem evasiva.

Aquele quarto cor de rosa que ela tinha aos 7 anos não mudou nada, ate por que desde que ela voltou não deu tempo de mudar mesmo; mas era muito bom ter este ar nostálgico e tão pacifico.

A cama era maior logico, mas o tapete felpudo de centro era tão macio e fazia cocegas nos pés e na coxa quando nos sentávamos, tinha pufs de feijão espalhados, todos coloridos e lindos e uma mesinha baixa onde pusemos as coisas para fazer a unha.

Queria que todos os locais que eu trafegava estes dias me passassem a mesma paz.

—--- E você? ---- comentamos em uníssono olhando para Denise que chega a olhar para os lados disfarçando ao escolher um ou dois esmaltes diferentes. Acho que iria pintar uma de cada cor... não sei mesmo.

—--- Não vem se fazendo de desentendida. ---- a dona da casa comenta entre um riso simples, ao passar um gliter vermelho apenas nas pontas das unhas deixando a base como estava. ---- Já notamos uns certos olhares entre você e um garoto especial.

—--- Eita. Ta louca Monica? ---- mas logo a danada se levanta e disfarça mudando de assunto como sempre e nós rimos muito.

E foi assim que por pelo menos um dia naquele ano infernal pude fingir ser uma garota normal junto das minhas amigas, fazer as unhas ver filmes românticos e fofocar sobre os garoto. E sim foi muito bom!


                           Mas o dia uma hora acaba e a nossa realidade volta com força.

Deixei que elas continuassem o papo, estava conseguindo aconselhar a Monica e a ajudar em muitas coisas mesmo, e minha cabeça já estava longe de mais.

Foi ele quem me contou sobre a minha linhagem genética e estava me ajudando também, na verdade ele estava a ajudar a todos... ate mesmo o Cássio com seu problema com a água entre outras coisas psicologicas e nós nem ligamos um segundo para o ajudar; pelo contrario só julgamos. Me senti mal e comecei a pensar em um modo de fazer algo.                             Eu era uma bruxa certo? E isso nada tinha haver com os poderes vindos do contagio então, eu podia tentar fazer algo sim.

—---[Tuuu, tuuuu] ---- ele demora a atender e eu estranho o fato, era sempre muito rápido todas as veze. ---- [Alo? Esta tudo bem?]

—--- Demorou pra atender.... Eu que pergunto. ---- sou sempre bem sincera com ele afinal ele sempre foi comigo. ---- Eu queria saber mais desta sua ideia idiota de se matar. E também conversar sobre os livros de magia que você me deu. Posso ir ai?

—--- [Claro. Aparece ai.]

Ele respondeu tão fofinho que ate sorri. Sua voz saiu animada e saudosa e eu não consegui evitar me despedir com um sorriso na voz e ir logo para lá.

Para variar o lugar tinha aquele ar desconfortável e aterrador, só que eu já estava me acostumando com isso.                me acostumando de mais para o meu gosto.

E ele estava lá pertinho da entrada, observando os treinos de tiro que ficavam naquele saguão enorme lendo o que parecia ser um livro grosso de capa de couro e assim que me vê se ergue fechando o mesmo e vindo ate mim. ---- Vamos dar uma volta; queria te apresentar uma pessoa. ---- e assim ele segue em direção a parte mais profunda da base onde nós ainda não tínhamos acesso algum. Me animei com isso, mas os integrantes ficavam me encarando muito mesmo; principalmente os dois grandalhões que ficavam de guarda na porta.

Passando naqueles corredores de paredes de reboco sem finalizar, com as luzes piscando e falhas, senti que tudo ali deveria me passar um grande incomodo mas como disse... já estava me acostumando muito com tudo aquilo. Acho que estava anestesiada mesmo.

O corredor era longo e continha janelas, mas nenhuma porta, só uma no começo e outro no final; fiquei olhando pelas janelas que passavam e vendo as outras áreas de traz, me perguntando muito para que serviam muitas delas.

—--- Aquela sala ali é de desova de corpos. ---- ele comenta como se apontasse para uma cozinha, sei lá. ---- As vezes os prisioneiros morrem e não da para simplesmente jogar na rua. Não existe mais cemitério o C.F. pegou todos os corpos sabe deus para que.

—--- Prisioneiros...? ---- falei em um fio de voz.

—--- Guerra. ----- me respondeu serio e rápido sem pestanejar.

—--- Eu sei...

E assim chegamos a porta que ficava no fim do imenso corredor. Esta era muito bem trancada e ele puxa uma chave que estava em um tipo de tornozeleira presa a seu coturno e a abre. Mas lá dentro me surpreendi e muito com o que encontrei.

Só da porta abrir meu nariz é invadido por um odor dominante de...                                flores! Um aroma delicioso doce e delicado. Uma fragrância que achei ter esquecido depois de tanta podridão. E lá dentro era vasto e encantador, havia uma linda estufa de vidro, uma rede de croxe bem de frente e em outro canto uma cama tão fofinha e meiga que me deu vontade de tirar uma foto e dormir ali, ao lado uma estante toda delicadinha com alguns livros arrumados e outros enfeites muito fofos.

                                                    Era um quarto de uma garota.

—--- Esta é Ramona. ---- ela fala ao sorrir e apontar para uma jovem ruiva de curtos cabelos cacheados e sardinhas que sujinha de terra saia da estufa indo pegar uma flor enorme para plantar ali. ---- Ela e a filha da Viviane e minha “refem” para que a bruxa não apronte mais nada. ---- brinca por fim e ela sorri ao ajeitar os enormes óculos que quase tampavam seus olhos azuis brilhantes.

—--- Muito prazer! ---- a mesma vem animada ate mim. ---- Faz tempo que ele me fala de você. Fico curiosa com as suas habilidades e eu... Faz tempo que não vejo outra bruxa. E nunca vi uma bruxa boa. Digo do bem que não faz mal a ninguém.

Ass: Magali Fernandes de Lima Moraesღ(≧▽≦ ღ)


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Notas finais do capítulo

(Estou realmente dividida sobre com quem deixo ela .... gosto de ambos os shipps...T_T)



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