Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 23
Panico. Erros irrevogáveis.


Notas iniciais do capítulo

(Sim vou por os Cros-overs entre as tramas de Mauricio de Sousa. ^-^ quero fazer isso o mais completo possível. Então preparem-se. Ah quero opinião honesta sempre o/ amo as opiniões que recebo! )



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Recapitulando.

Tinhamos nos reencontrado, (ate ai você deve se lembrar muito bem) mas depois disso foi apenas uma enxurrada de ocorridos um atras do outro e agora para finalizar estávamos no "teste de coragem" da cidade. Tete de coragem é coisa de valentao ou idiota, e para uma cidade que se baseia em gangues ate que fazia um certo sentido.

A Monica tinha saído com os caras que mais se garantiam nesta ou em qualquer outra situação de risco e eu fiquei com os medrosos, inúteis e... melhor eu deixar isso pra lá.

Mas é que...

Sobrou para mim proteger todos; enquanto eles se aventuravam por ai. Ai ai que saco! Não era nada disso que eu tinha planejado! Eu tinha era que ficar de olho no Careca e no Do Contra.

Mas antes de eu ficar aqui reclamando da vida,
deixa eu explicar algumas coisinhas sobre mim e como cheguei ate aqui.

=~^~ ºº~^~=

Cheguei a esta cidade junto dos meus pais como havia planejado e logo me pus a investigar tudo o que eu podia, sempre mantendo um constante contato com meus colegas e já planejava me juntar a eles.
Aquele dia fui ate a estação dar boas vindas a eles; estava bem cedo e o sol nem havia aparecido quando parti, eles chegam e ficamos de papo ate que o Bonifácio me obriga a ir a escola a onde chego bem atrasado.

Todos me encaram é tudo muito irritante.

Fico quieto na sala apenas pensando em como falar com meus pais sobre sair de casa novamente, eu podia voltar nos finais de semana e manter contato. Mas a minha mãe estava tão carente...

Porem mesmo com tanta coisa na minha cabeça eu não podia ignorar o que estava acontecendo a minha volta. Aquela garota loira, ela era realmente muito burra! Como ela podia ter vindo para um lugar destes com aquela aparência? Ela já era muito bonita e realmente me desconcentra varias vezes, mas eu era eu; aqueles caras já...

Eu não era obrigado a fazer nada, mas se eu quisesse dar um jeito nesta cidade eu teria que no mínimo dar conta de uns perrapados, e deixar uma garota ser estuprada também não era algo que me agrada-se.


Me aproximo do grupo como se quisesse participar da bagunça e cutuco o cara que a segurava; assim que ele se vira eu só preciso dar uma guarda-chuvada nele. O cara cai como um saco de batatas, e o resto vem pra cima de mim.

Acerto suas pernas (a parte que eles menos prestam atenção); só preciso me abaixar e girar; pronto estão todos no chão! E logo os professores vem ver. Nesta escola professor era autoridade, se vazasse que alguém quebrou as regras a penalidade era alta.

–--- Vê se aprende depois desta. ---- olho para a moça que ainda estava no chão em choque. ---- Para de chamar tanto a atenção, isso só vai ser ruim para você. Tente ser o mais feia possível, acredite.---- estendo a mão para ela se levantar, mas irritada pelas minhas palavras ela rebate a minha mão e se levanta sozinha. Muito normal.

–--- Você é... um grosso! ---- ela grita e volta para junto de suas amigas. Garota mais mau agradecida, tomare que se lasque.

Me irrito com seu ato, mas sigo com a minha vida e saio do refeitório. Já tinha gente de mais olhando para mim...


–--- Oi? Você... obrigada por ajudar ela. ---- uma voz doce para a trás de mim e eu me viro.

A jovem de vestido amarelo e longos cabelos negros e me olhava de um modo estranho. Eu realmente não a reconheci, eu não lembrava mais dela ou de ninguém, nem mesmo do meu antigo apelido, como já frisei anteriormente.

–--- Esta tudo certo. ---- não dei a menor atenção e segui o meu caminho, mas tenho que admitir que o assunto não morreu ali.

Depois daquele dia nos encontramos varias vezes...

~~ºº~~

–--- Eles estão demorando muito você não acha? ---- Denise me desperta de meu devaneio. Como pude me distrair tanto assim e por tanto tempo?

–--- Também acho. Mas não podemos ir atrás deles, e nem sair daqui... Vocês não sabem se virar. ---- deixo escapar uma leve ofensa e todos me encaram. Idiota!

–--- Como é que é? ---- o Xaveco é a primeiro abrir a porta e sair, irritado e alterado pela vontade de provar que eu estava errado. ---- Você esta se achando o rei da cocada preta só por que aprendeu a lutar um pouquinho. Mas fique sabendo que não somos um bando de inúteis.

–--- {Jura? E é assim que você prova?} Espera não sai assim. É perigoso. ---- o sigo e o seguro pelo braço impedindo dele sair. Só para a revolta dos demais.

–--- Que isso Cascão? Vamos ajudar os outros. ---- é o próprio Nimbus quem me empurra de lado e atravessa a porta primeiro, sendo seguido pelos demais. ---- Se nós vamos recuperar esta cidade, não podemos ter medo de uma casa velha não é.

Concordo...

A cabeça deles estavam no lugar certo mas eles não tinham força o suficiente para cumprir esta vontade. Era como uma mae que ve o filho ter um ataque e quer o curar com colo e um beijinho na testa. A criança precisa de um medico.


Mas assim que todos deixamos o quarto a coisa começa.

Cortinas, tapeçaria e quadros recobram a cor original. Moveis e objetos se livram do pó acumulado por décadas; tudo fica lindo e vibrante como se estivesse novo e bem cuidado. Uns olham para os outro curiosos e confusos; ninguém estava se sentindo muito seguro naquele momento.

Os trovões começam a nos ameaçar do nada.

A chuva cai logo em seguida, e logo tudo escurece dentro da casa. Eu tinha me esquecido que o Nimbus dividia comigo o pavor de chuva, no caso dele os trovões.

E assim ele corre para abrir uma porta e poder se esconder, mas não entra.

...para em frente a porta aberta dando curtos passos apavorados para traz ate conseguir voltar para junto do grupo.



De dentro da sala aberta por NImbus uma mão livre de carne e pele segura a porta para que esta não se fechasse; os globos oculares que corriam livres dentro do crânio nos encaram, e todos saem correndo cada um para um lado diferente. Não tenho como fazer nada para impedir.

Fico parado encarando a criatura, um esqueleto. ...mas um grito vindo de traz me distrai e quando volto a fita-lo o mesmo já havia desaparecido.

Sigo o grito, mas já não encontro ninguém. Pelo som da voz parecia ter sido a Denise.

–--- Cascão aqui. ---- uma vos tremula e fraca chama a minha atenção e ela sai de dentro do armário ao meu lado, ainda tremula e chorosa. parecia ate mais branca que o normal. ---- O Xaveco... Cadê o Xaveco?

–--- Como vou saber vocês saíram tudo correndo. ---- parto para buscar os demais e ela atarraca no meu braço. ---- Aquela caveira sumiu. Mas que raios de lugar é este?

–--- Temos que achar o Xaveco! ---- ela grita na minha orelha em panico, perco a paciência e a empurro. ---- Ele me jogou no armário e aquela coisa o pegou. ---- ela começa a chorar, não reclama da minha atitude, a coisa era seria.

–--- Certo. ---- ponho a mão em seu ombro afim de conforta-la um pouco e vou em direção as escadas. E então me toco que elas estavam mais próximas, e que ate agora não havia visto ninguém. A onde estavam o grupo da Mônica? Eles não tinham saido antes de todo aquele vuco-vuco!

Ficamos em silencio ate um leve murmúrio chamar a minha atenção. Faço com que a Denise me espere em um canto escondida, e me abaixo para checar o que era.

Encontrando Carmem que estava sentada no sofá de uma das salas do primeiro andar, escorada e debruçada como se tivesse caido ali; mas não consigo me aproximar. Não por que tinha algo me bloqueando o caminho, mas sim por que tinha algo "me" bloqueando. (mentalmente se é que você me entende). Não entendi na hora o porque me senti assim mas sei que senti.
Ela geme quando me ve, estava tentando gritar e poço ver que um homem a mordia.

O vermelho em seus lábios...

sangue.

Saio de lá antes que fosse visto por aquele homem e impeço que Denise perguntasse o que tinha acontecido, apenas tapo sua boca e a puxo de lá. Mas em nenhum momento consigo parar de imaginar a onde estariam os outros, ou pior... O por que de repente a casa mudou, se renovou e ainda cresceu um pouquinho.

–--- Ah ônde vrocês vãon? ---- aquele homem fala parado bem atrás de mim e corro puxando Denise que depois de congelar de medo, desperta correndo mais que eu, me passando. ---- Mas que grrosseria. Nãon deverrriam trratarr os donôs da casa desssa forrrma. ---- bem na nossa frente como naqueles filmes de terror basico de adolescentes cheios de hormonios, segurando a Denise já se preparando para lhe desferir uma mordida, abrindo a boca de forma grotesca como se fosse uma cobra.

Tento libertá-la mirando meu guarda-chuva bem na cabeça dele, porem algo o segura antes que eu pudesse terminar o golpe segurando os meus braços pra sima como um idiota;............. me puxa para trás e caio sentado. Levanto o rosto só para dar de cara com um monstro enorme, de grossa pelagem negra, presas e garras bem afiadas.

Corro, mais não tinha para onde.

–--- Cas...cão... ---- Denise suplica antes de ser mordida pelo homem, me olha nos olhos ate que seus próprios olhos se apagam. Nunca me senti tão inútil em toda vida.

Eu corro.

Irritado, tinha a deixado morrer; não fiz nada pela Carmem, abandonei o Xaveco... Eu que era o verdadeiro inútil.


Corro desesperado e sem direção ate me cansar parando por poucos segundos.

Uma risada estridente percorre toda a casa. Eu não ia ficar parado tinha que fazer alguma coisa! Volto e não encontro ninguém, nem mesmo o corpo de Denise e Carmem. Mais ao olhar no andar superior vejo a minha frente a chance de me redimir! O ser se aproximava da Mônica, ela estava parada com os olhos em um tom luminoso; parecia hipnotizada de alguma forma.

Tim também se via com problemas, o chão abria uma fenda da onde saiam vários vermes e insetos, subo as escadas em um alope e o puxo de lá; mas uma mão agarra minha perna. Olho e sou encarado de volta por um corpo seco e coberto por bandagens, que mesmo sem os olhos eu sabia estarem olhando para mim. Bem para mim.

Jere tentava tirar Mônica de perto do homem, o mesmo que havia atacado Denise e Carmem, mas ela era muito mais forte e andava em sua direção arrastando-o com sigo, enquanto este somente ria. Uma risada tímida e arrogante.

A coisa estava entre nós e eles e eu não podíamos ajuda-los, ele joga Jere na parede e o desacorda, puxando a Mônica para si; tenho de abandonar o Tim e pulo por sobre a coisa que se arrasta e segura minha perna, o homem abocanha com gosto o pescoço da Mônica e...

Um quadro é usado para acertar sua cabeça.

Assim do nada e sem aviso.

O homem amarelado a solta confuso e olha para traz, bem na hora do Careca "aterrizar" bem em cima do seu rosto, a pegando no colo e a tirando de lá, mas eu e Tim ainda estávamos presos pela criatura embalsamada.

–--- Cascão você esta legal? ---- ele se vira para mim, e posso ver atrás dele os quadros nos olharem, e depois sorrirem.

O ser que segurava a minha perna se esquece de Tim que passa para o lado do Careca bem a tempo de segurar um quadro que vinha o esganar, a pintura estava vazando para fora e continuava dentro da parede, e as outras corriam por baixo do papel de parede vindo nos pegar por quadros diferentes. As pinturas estavam vivas e os quadros eram como portas para que nos atacassem.

Eu sentia os vermes e escaravelhos que saiam da mão da mumia rasgar minha perna e invadir a minha carne. A dor não me deixa gritar, e o Careca me puxa, saco uma faca e tento tirar as coisas de dentro da minha perna. Da tempo.

Jeremias que tinha sido esquecido pelas criaturas desperta antes que o homem o pegasse e se junta a Tim abrindo caminho para sairmos de lá; e logo miramos em um quarto para nos trancarmos, mas a criatura peluda para a nossa frente. Minha perna ainda doía não conseguia correr sem a ajuda do Careca.

Mas eu o empurro, não iria deixar mais ninguém morrer ali.

Uso a minha jaqueta como torniquete e me faço de isca para o ser, deixando que o restante saísse na frente e pudesse levar a Monica e se esconderem no quarto.

–--- Cascão! ---- ouço a voz do careca me chamar, estava preocupado. O vi pegar algo para usar como arma e o mando não se aproximar.

E a coisa enorme me pega.

Eu não tinha como correr com a perna ferida daquele jeito.

E mais uma vez estava pronto para morrer ali. ....Na verdade não. Estava morrendo de medo, aquilo iria doer muito; um tiro na cara era uma morte feia mas rápida; já aquilo...

Vários golpes fazem a coisa me soltar, era o teimoso do careca, Tim e Jeremias que o batia com tudo o que tinham e o que podiam. Mas ele não parecia sentir, ele só se vira e vai em direção deles. Iríamos todos morrer ali. A Mônica ainda estava desacordada e iríamos todos morrer ali.

–--- Fica longe dos meus amigos coisa feia! ---- uma voz fina e doce quebra a cena.

Era a Magali.

Ela estava coberta de sangue, e segurava uma faca muito grande. Grito para ela ficar longe mas a coisa vai ate ela, ela o acerta mas nada o corta.

Ela estava indefesa contra um monstro.

Meu corpo se move muito mais rápido, me esqueço da dor. Paro em frente da Magali e a coisa me acerta.

Ass: Cássio Marques de Araújo


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Notas finais do capítulo

(Como esta o cros over? Curtiu as mudanças para o lado do mal? Consegue saber quem é quem? Ficou bom o sotaque? Quero mesmo saber ^_^ O coelhinho amarelo é uma das historias que lia pouco tempo e me deu idéias, se você quiser ver tem online e é bem fácil de achar. Pra quem tem preguicinha segue o link rsrs --->> https://www.google.com.br/search?newwindow=1&biw=1280&bih=907&q=coelhinho+amarelo&oq=coelhinho+amarelo&gs_l=serp.3..0i22i30l9.7460742.7463015.0.7463789.17.7.0.0.0.0.687.687.5-1.1.0.chm_lang...0...1.1.62.serp..16.1.675.OUK78qqTuoQ. )