Daphne escrita por Angie


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu realmente, REALMENTE, queria ter postado esse capítulo antes, mas tinha muitos trabalhos acumulados na escola e acabei de passar por um período de provas, sem contar as outras histórias que eu tinha para atualizar aqui, ou seja, meu tempo estava apertado. Tenho que admitir que houveram momentos de bloqueio e preguiça também, tanto é que um novo personagem surgiu em minha mente e nesse meio tempo, a louquinha da Heather de Loucamente Apaixonada foi crida. Quem me acompanha desde o ano passado, sabe que durante as férias eu fico sem acesso a internet quase o tempo TODO, então sinto muito, mais não teremos muitas atualizações esse mês, quase nenhuma para falar a verdade, mas o lado bom é que eu vou ter mais tempo para escrever! Vou voltar das minhas tediosas férias com saudades e cheia de capítulos novinhos para vocês! E ainda vou poder planejar a temporada completa da nova fase de Sabor de Sangue, ou seja, estou um pouco dividida entre alegria e tristeza, mas espero que me entendam, eu jamais, JAMAIS, abandonaria essa história, então não me abandonem!
Beijos de Luz... Angie.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592895/chapter/11

P.O.V Daphne

O restante do baile passou para mim como um borrão, mas eu podia resumi-lo em sorrisos e felicitações a mim e a Andrew pelo nosso noivado. Eu ainda não podia acreditar. De uma hora para outra teria que deixar a coroa da frança, minha posição como princesa, para me tornar a rainha da Inglaterra. Claro, isso ainda demorará um pouco, mais o sentimento que tenho é de pavor. Não fui criada para ser rainha, perdi minha mãe muito cedo e sempre pensei que nunca subiria ao trono, agora, aqui estou eu, prestes a conquistar a coroa de um dos mais poderosos reinos do mundo.

Andrew merecia mais... A Inglaterra também.

Acompanhada do pavor, vinha a raiva, mas esta era dirigida ao meu pai. Ele havia me prometido... disse que me deixaria escolher. E agora simplesmente declara em frente a todos os convidados do baile que me casarei com Andrew. Tudo que pude fazer foi continuar em silêncio, mais um pensamento insistia em ecoar em minha mente: Ele não tinha esse direito.

Não que eu desconsiderasse Andrew, mas se meu pai decidiu dar minha mão a ele de modo tão abrupto, significa que a este momento eu poderia estar noiva de qualquer outro homem, sendo que isso fosse conveniente para ele e para a coroa da França.

Tudo em prol de seu reino…

Toquei o anel em meu dedo anelar, observando a pedra azul e sentindo algo no peito semelhante a tristeza e saudade. Aquele tinha sido o anel da minha mãe e nunca pensei que eu fosse ganhá-lo em tal circunstância. Então levei uma mão aos meus lábios.

A lembrança do beijo de Andrew continuava ali, como se tivesse sido marcada a fogo e ferro. Eu estava muito confusa com a intensidade de cada último acontecimento, mas essa era a parte mais fácil. O mais difícil é o futuro que está por vir. O fato de eu não saber o que esperar.

Em um momento próximo ao fim do baile Elizabeth nos contara que era sobre o acordo de casamento que ela queria nos falar, mas que por algum motivo que não compreendia, nossos pais acabaram apressando a anunciação. Nesse momento eu e Andrew nos entreolhamos, pois sabíamos o que tinha acontecido. Nossos pais viram quando o beijei e devem ter presumido que já sabíamos de tudo e estávamos de acordo com seus planos.

Mas não era nada disso afinal…

Uma rápida batida em minha porta fez com que eu despertasse de meus pensamentos.

Levantei da cama e caminhei em direção a porta.

Todo o castelo estava muito quieto apesar de estar repleto de hospedes. Muitos nobres tinham voltado para seus respectivos países, mas vários outros permanecerem para ir apenas no dia seguinte. Dimitri, Sarah e meu pai eram três dessas pessoas. Porém, eu era a única que ficaria permanentemente no castelo. Papai viria regularmente, mas aquele fato não me confortava.

Abri a porta e era justamente ele que estava parado do outro lado.

– Filha. – cumprimentou-me e abri um pouco mais a porta lhe oferecendo passagem.

– Pai. – falei friamente. Havia o evitado durante todo o tempo restante do baile. – Precisamos conversar.

Papai suspirou parecendo pela primeira vez realmente cansado em tantos anos.

– Daphne, eu sei que deveria ter te contado…

– Sim, deveria. – o interrompi. Minha voz ainda soava tão dura e fria quanto antes. – Você não tinha o direito de entregar meu futuro nas mãos de um homem sem meu consentimento.

– Isso foi para o seu próprio bem.

– O meu bem?! – repeti incrédula. – Você disse que me deixaria escolher! O que aconteceu aqui não foi uma escolha, foi algo que o senhor e Henry nos impuseram. Algo com o que fomos obrigados a aceitar!

– Diminua o seu tom voz para falar comigo, Daphne! – ordenou duramente, fazendo-me encolher um pouco. Fazia um bom tempo que não discutíamos e isso nunca aconteceu com frequência. – Eu sei que antes havia lhe dito que poderia escolher seu marido, mas você estava se mostrando impossível! Antes mesmo de conhecer seus pretendentes já os rejeitava. Não de modo verbal, mas era óbvio que faria de tudo para que seus encontros não funcionassem. Quero que você tenha um bom futuro e que aprenda a ser responsável, que aprenda a ser uma rainha. Você nasceu para isso, será que não consegue ver? Henry e eu fizemos esse acordo porque era o melhor para ambos os reinos, mas principalmente para vocês.

– Eu nunca quis ser rainha, pai. Nunca. – deixei claro. – E por favor, não faça suposições do que acha que é melhor para mim. Você não deve nunca, fazê-las.

– Eu sou seu pai! – exclamou.

– Mais não tem o direito de me manipular assim! – rebati. – Não é propriamente sobre Andrew, pai. Estou com raiva porque o senhor simplesmente me entregou sem pedir minha opinião. Como se ela não fosse importante. E se fez isso, eu poderia estar noiva de qualquer outro homem agora! Alguém que nem mesmo conheço. Tem ideia do quanto isso, esse ato praticamente impensado, mexeu com o meu emocional?

Papai passou os dedos entre os cabelos grisalhos e andou de um lado para o outro no quarto suspirando pesadamente. Assisti-o enquanto esperava impacientemente sua resposta, afinal, tinha certeza de que ele argumentaria e não me deixaria ficar com a palavra final. Obviamente tentaria defender seu ponto de vista de alguma maneira concreto, sob diversos ângulos, tentando me convencer de que seus atos foram corretos. Eu sabia de tudo isso e ainda assim não estava preparada para suas próximas palavras.

– Não foi um ato impensado. Você acha que sou idiota, Daphne? – perguntou me encarando. Apesar de sua dureza, sua voz ainda demonstrava certo cansaço. – Durante todos esses anos, você realmente pensava que eu não sabia de sua relação com Andrew?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Daphne" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.