Acordei com o sol batendo na minha cara, me levantei, e fui fazer minha rotina matinal. Assim que terminei coloquei minha roupa para conhecer o hospital, já que amanhã já começaria a trabalhar. Desci para tomar café da manhã com Angie, mas a mesma não estava lá. Peguei minha bolsa e sai em direção do Hospital Central de Buenos Aires.

Não passou muito cheguei no hospital, ele era enorme, me senti uma anã perto dele. Adentrei e fui na recepcionista.

-Olá, aonde é o consultório do senhor León Vargas?- Disse perguntando a recepcionista, ela era branca, cabelos pretos, curtos, e olhos meio claros, deveria ser italiana.

-Você é a senhorita Violetta Castillo?- Perguntou a recepcionista que se chamava Francesca, vi no crachá.

-Sim , eu mesma.

-Vá reto, depois que passar dois corredor, vire a esquerda e vai ter um elevador, pegue-o e vá para o décimo sexto andar, passa três portas e vai ver uma porta com o nome nome ‘’León Vargas’’ e bata na porta.- Disse a recepcionista me explicando cada detalhe.

-Obrigado.

Sai em direção aonde ela falou, não foi tão difícil achar o escritório do senhor Leon. Assim que sai do elevador passei três porta parando na frente de uma porta que tinha o nome ‘’León Vargas’’, dei graças a Deus por ter chegado. Bati duas vezes na porta, e no mesmo instante respondeu um apenas ‘’entre’’, e assim fiz.

-Bom dia, senhor León.- Respondi chegando perto, tentando ser o mais simpática possível.

-Bom dia senhorita Violetta, por favor me chame de León, odeio formalidades.- Disse León rindo e eu o acompanhei.- Bom pude ver que você trabalhou lá em Nova York, como foi seu trabalho lá?

-Foi ótimo, só era muito corrido, e eu trabalhava com adultos, só que sempre preferi trabalhar com crianças.

-Fico feliz de deixar minha filha na mão de uma mulher que ama crianças.- Disse León sorrindo, espera, filha? A filha dele tem alguma doença?

-Me desculpe perguntar, mas, sua filha tem alguma doença?

Eu não queria ser intrometida, mas já que eu iria cuidar da filha do meu chefe, acho que deveria saber pelo menos, qual a sua doença.

-Sim.- Leon suspirou antes de continuar.- Nenhum médico descobriu oque é.

-Qual são os sintomas da pequena?

-Ela não come, sente muita dor no estômago, acharam que era anorexia, só que não é.

-Eu sei que doença é essa, se chama Cartôlingite, é uma doença muito rara, tem tratamento.- Disse sorrindo quando vi que o mesmo sorriu com a noticia .

-Isso é sério? Mas como você sabe que essa é a doença? Você nem fez exames, nem nada.- León disse surpreso por eu descobrir que doença sua filha tinha.

-São raros como eu disse, mas já vi alguns, e até tratei lá em Nova York.

-E como foi? Curou?- León perguntou preocupado, com medo da resposta.

-Sim, obvio que sim, mas há dois tipo de curar, uma é a cirurgia, mas é perigosa, e a outra é o tratamento com remédios, fisioterapia e etc.

-Porque perigosa?- Leon disse batendo uma caneta na mesa.

-Porque, é assim, quando a pequena come o estômago dela incha, e quando incha estica um nervo que deveria ser por baixo do estômago.

-Sim, mas oque isso tem haver com os riscos?

- E esse nervo, se você romper esse nervo, a criança fica sangrando até ter uma hemorragia.

-Entendi, e quantos é esse tratamento?- León disse rindo, talvez por ele lembrar que ele é o dono daqui desse hospital.

-Não sei, você é quem decidi, mas lá em Nova York, era por volta de cinco mil por mês, não é barato, mas é um tratamento bom.

León parecia pensativo, talvez fosse muito caro para ele, mas ele deveria ser bilionário com o lucro desse hospital.

-León, se você deixar eu tratar dela, eu prometo que irei salva-la de tudo isso.

-Ok, eu vou ver, irei pensar um pouco, e lhe direi amanhã. Bom, voltando ao assunto, seu salário irá ser em volta de nove mil e quinhentos reais por mês, pode ser?

-Claro, está ótimo.

Assim que Leon e eu terminamos a conversa sai, fui direto para casa, precisaria arrumar tudo lá, porque eu tinha uma menina para salvar, e iria salva-la e para isso, teria que passa 99% do meu dia com ela.