Humanidade - Kol Mikaelson escrita por Annabeth Grace da Ilhas do Sul


Capítulo 10
Capítulo 10




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POV Ilsa

Não posso negar que depois que soube á respeito dos lobisomens meu modo de pensar sobre Kol em relação á eles mudou e desde que passei a noite na casa de Rose, me sinto diferente de uma forma que não consigo explicar. Nos tornamos amigas, mas ainda sim parece que tenho mais afinidade com a irmã dela,Mary Porter ( sim, é o que você deve estar pensando, eu sou amiga das irmãs Porter). E pelo o que eu percebi, Mary tem uma certa "obsessão" em conquistar o Kollie ( que é o modo como o chamo desde que o conheci. Ela não sabe, mas ele a considera uma perseguidora - e também não é exagero, TODAS as noites de Lua Cheia, Mary volta á forma humana na porta da minha casa. Isso não incomoda á mim, mas a ele,sim.

Toda as tardes, depois que o Sol desaparecia por entre as árvores eu visitava os lobos em sua aldeia depois do bosque atrás da mansão de Kol. Era geralmente nesta hora que eles acendiam uma fogueira e me juntava a eles para ouvir as histórias contadas pelo líder da matilha - um garoto (aparentemente hispânico) LINDO de olhos azuis tão penetrantes que até os baderneiros ficavam quietos para ouvir seus relator - Jared Suarez.

Meu maior problema em relação aos lobisomens era a rixa deles com Kol - que pra variar, me punia quando me pegava saindo/entrando escondida ao saber que aquilo tinha uma certa ligação com os lobos - porém, nunca me importei com aquela inimizade nutrida por eles. O irmão mais novo de Jared,Nathan sempre sentava ao meu lado em volta da fogueira; Ela acontecia todas as noites, exceto nas noites de Lua Cheia, quando todos se escondiam em abrigos secretos para se proteger dos lobos.

Nas ocasiões em que fui pega por Kol, ele não me feria, apenas se isolava de mim por um ou dois dias, me fazendo viver um verdadeiro Inferno por me sentir tão só. Mas pelo que conheço á respeito dele, é de se admirar que ele nunca se deu muito ao luxo de me machucar ou de me torturar. Porém, quando ele parecia realmente zangado ou chateado comigo, apenas me assustava materializando suas presas e as veias em volta de seus olhos.

Em relação á essas punições que ele me dava, a pior delas foi provavelmente a ocasião em que ele quebrou algumas de minhas costelas:

Nathan vai estar me esperando na porta exatamente ás 18 horas para me levar até a fogueira. Nessa hora, tudo estará silencioso e eu terei de ser sorrateira para não ser descoberta; É a primeira vez que faço algo que provavelmente o irritará, e essa poderá muito bem ser a última coisa que eu faça na vida se ele descobrir.

Hoje está sendo uma noite fria como as outras, tudo está congelante e tenho boas razões para crer que poderá nevar - será a primeira vez que presenciarei isso. Eu já estava pronta e debruçada na janela apenas observando Nathan me esperando no bosque; Mesmo acreditando que Kol já havia saído para ir se alimentar, desci as escadas o mais cautelosamente possível,mas no momento em que abri uma fresta da porta e senti o vento gélido batendo no meu rosto, eu estava indo para fora de casa quando senti alguém me amordaçar com uma bandana e me puxar mansão adentro, depois disso acabei desmaiando.

Ao recobrar a consciência, estava num quartinho minúsculo e escuro, portanto não poderia ver nada que estivesse a um palmo diante do nariz. A impressão que tive era a de que o lugar estava tão gelado quanto lá fora. De repente, um clarão irradiou-se pelo quartinho e a silhueta de um homem portando um chicote com a mão esquerda causou um arrepio nos pelos de minha nunca e foi então que começou...

Ele fez o chicote estalar no chão e em seguida o chicote se envolveu pelo meu corpo ricocheteando entre a parede e minhas costas, então senti uma dor excruciante que fez com que eu desabasse sob o chão frio. Só pelo fato de eu estar caída de quatro no chão com um monstro diante de mim, sentia-me profundamente horrorizada e humilhada por me encontrar na situação em que eu estava naquele instante.

Ele se aguaxou ao se aproximar mais de mim. Só de medo, as lágrimas brotaram e para meu horror, vi um sorriso quase diabólico se formar no rosto dele. Por mais que eu tentasse me manter afastada dele naquele momento, a minoridade do quartinho me impedia de agir dessa maneira.

– Dói, não é? - Ele sussurrou no meu ouvido.

– Por que você fez isso comigo? Eu não fiz nada de errado.

– E sair escondida é certo por acaso? - Ele perguntou, exibindo um "sorriso triunfante".

– Sei que eu errei em sair, mas eu só queria poder ter um pouco de liberdade. - Meus cabelos caíram, mas os coloquei de volta atrás da orelha. - Você não pode entender isso ao menos?

– Eu sempre lhe dei toda a liberdade que pude! Deixei-a andar pelos arredores da mansão e nem me importei por você estar perambulando o bosque com aqueles lobos sarnentos! Mas se saiu escondida era porque iria fazer algo que me aborreceria, não é mesmo, meu amor?

– Eu só queria poder participar das reuniões na fogueira... Mas a sua rivalidade idiota me impediu até em relação á isso! - Agora eu sentia minha voz cada vez mais fraca, como se estivesse ficando rouca.

Ele tentou me chicotear uma segunda vez e, nessa ocasião o chicote negro e grosso se envolveu como uma cobra em meu braço direito.

Após me chicotear, ele deu as costas para mim e se retirou, me deixando presa naquele quartinho escuro e frio.


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