Survival Challenge escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 25
Capítulo Final?




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O Cassino Champa, um espaço luxuoso reservado apenas para pessoas com alto poder aquisitivo, agora estava situado de policiais; uma movimentação de homens fardados tomava o lugar; Várias pessoas que no momento jogavam, foram rapidamente 'abordadas' pelos oficiais. Algumas tentaram fugir, mas não adiantava; todos, até o barman foram tiveram de passar pelos policias. Do lado de fora, na rua, uma equipe de jornalistas tentava em vão entrar no Cassino, sendo barrados por policiais que bloqueavam a porta. Algumas prisões foram efetuadas, tendo visto que algumas pessoas estavam envolvidas com Michael, muitas delas que trabalhavam lá mesmo; e outros jogadores, aliados à ele.

Lá em cima na sala de Michael, uma equipe de médicos rodeava um corpo estirado no chão. O casal já não estava mais presente. Eles estavam agora em uma sala próxima ao escritório de Michael, aguardando a chegada de um dos oficiais da FBI. Havia um pequeno sofá, onde Daphne se encontrava sentada; seu rosto já não expressava nenhum sentimento; era como se não sentisse nada, por fora.

"Daph." Fred se sentou ao lado dela envolvendo-a com seus braços; e tentando conforta-la, carinhosamente ele sussurrou: "Daphne, não foi culpa sua."

"E por que ainda sinto como se fosse?" A mulher pôs as mãos no rosto tentando pensar. "Talvez se, eu não tivesse inventado tudo isso, eu... nós não teríamos sofrido as consequências."

"Não tente levar todo o peso do mundo consigo..." Ele a apertou  "Você tentou ajuda-lo, mas não dá para salvar alguém que não quer ser salvo."

"Eu tentei..."

Um homem entrou pela porta no momento. Ele fechou a porta e aproximou-se dos dois apertou a mão de ambos, apresentando-se como um oficial do FBI. Ele pegou uma cadeira próxima e sentando em frente a eles, observava o rosto e a expressão de cada um. Pelo que aparentava, era um homem bastante confiante. Pele negra, rosto largo, sem barba e cabelo um pouco raspado, aparentando ter quarenta anos.

"Meu nome é David Morgan. Senhorita Blake e senhor Jones, é uma lástima poder encontar tão brilhante dupla num momento como este, mas precisamos prosseguir. Eu peço que, por favor que, cada um conte o que houve, separadamente."

Fred e Daphne se entreolharam, e a ruiva olhando para chão falou primeiro:

"Acho melhor eu começar a falar."

David olhou para Fred. "Pois bem. Senhor Jones, por favor, dê-me um tempo para que eu possa falar com a senhorita Blake."

Fred notou Daphne uma última vez, vendo que ela ainda mostrava aquele semblante deprimido.

"Fique bem, Daph." E assim, o loiro se levantou e saiu da sala. 

"Muito bem, senhorita Blake..."

"Por favor, me chame de Daphne."

"Entendo, Daphne. Sei que gostaria que o senhor Jones estivesse com você, mas este é o prossedimento, senhorita Blake, e eu devo segui-lo."

"Como posso saber se posso confiar em você?"

"Não posso lhe provar apenas dizendo que pode confiar em mim porque sou um agente do FBI. Eu poderia estar mentindo, mas quero que saiba que pode confiar em mim, Daphne. Conheço você muito bem, desde o caso do assassinato de seu irmão, há dezessete anos atrás."

Daphne o encarou, buscando enxergar nos olhos dele a pessoa a qual teve um breve contato. As memórias aos poucos lhe voltavam a mente.

"Então, você era aquele policial?" Ela perguntou, agora mais surpresa.

"Isso mesmo. Detetive David Morgan, já faz algum tempo que nós não mantemos contato. Você era apenas uma criança e estava assustada..." ele fez uma pausa "mas toda essa história realmente me pegou de surpresa. Nós do FBI já estávamos de olho no seu irmão por algum tempo."

"Mas então, por que não fizeram nada?"

"Precisávamos ter cuidado. Lidar com um chefe do tráfico de drogas não era tarefa simples. E então você aparece de repente e cria tudo isto."

"Eu precisava fazer isto, era o meu irmão. Eu tinhade tentar salva-lo."

"Eu sei, Daphne. Mas você poderia ter morrido... agora me conte, o que houve quando você chegou aqui?"

A ruiva olhou o encarou novamente e respirou bem fundo, começou a falar.

"Bem por onde devo começar..."

Do lado de fora da sala, Fred foi encaminhado pelos policiais a sair do corredor e esperar na sala anterior; a sala donde ficara antes, jogando aquele jogo.

"Será que não posso esperar lá fora?" Disse Fred para um dos policiais que o levaram.

"Não podemos deixa-lo sair, a situação lá fora está um caos, então o melhor seria que o senhor ficasse aqui." Um dos policiais falou.

Fred analisou bem a sala se lembrando dos minutos "É que não guardo lembranças muito boas daqui."

Os policiais se entreolharam e um deles assentiu.

"Então fique em uma das salas de trás. Mas não mexa em nada! Tudo isso aqui é uma cena de crime."

"Ok, tudo bem!"

Fred saiu daquela sala e entrou sem perceber em uma sala em frente a de onde estavam David e Daphne. Ele fechou a porta e sentou numa cadeira de costas à ela. Cruzou as mãos e ficou ali, fechado em seus pensamentos.

"E então você atirou nele." disse o agente.

"Sim." Daphne assentiu "Foi em legítima defesa, mas não me sinto melhor sabendo disso, que eu atirei em meu próprio irmão."

"Entendo. Algo mais?"

Daphne pensou mais um pouco, olhando para os lados tentando recordar-se de algo.

"Acho que sim, foi tudo tão rápido, mas não me lembro muito bem de todos os detalhes."

O agente coçou sua cabeça e observou o rosto da ruiva, que parecia estar sendo sincera.

"Tudo bem então... acho que podemos chamar o senhor Jones."

Daphne se levantou, e apertando a mão dele ela seguiu até a porta.

"Quero que saiba que, mesmo não me conhecendo muito, você pode confiar em mim, Daphne."

A ruiva apenas assentiu para ele, e logo depois saiu.

Daphne procurou por Fred, chamando seu nome algumas vezes, olhando para os lados; ela tentava gritar, mas sua voz começava a falhar; seus passos ficaram mais lentos, e aos poucos, sua visão ficava turva. A ruiva então precisou apoiar-se na parede próxima à ela.

"Fred..." Seus olhos se fecharam, e ela caiu no chão

Lá dentro da sala, o loiro percebeu que Daphne chamava-o, e sem esperar muito ele saiu da sala, dando de cara com sua namorada desacordada no corredor.

"Daphne? Daphne!"

Fred correu até ela, segurando-a em seus braços. Ele a sacudiu levemente tentando obter alguma resposta, mas ela continuava sem se mover.

"Eu preciso de ajuda! Por favor!" Ele gritou, chamando a atenção dos dois policiais que aguardavam na sala anterior, e principalmente o agente Morgan, que apareceu rapidamente.

"O que houve?!" Perguntou o agente, aproximando-se dos dois.

"Eu... eu não sei." Fred respondeu, gaguejando ao falar. "Ela havia me chamado, e quando cheguei aqui, a encontrei desse jeito!"

"Vocês dois, chamem os para-médicos até aqui. Esta jovem está desacordada." Disse David para os dois policiais próximos.

Dois homens com uma maca vieram logo depois e a levaram.

Daphne não viu mais nada depois daquele borrão quando estava no corredor. As horas se passaram, junto com o dia. Quando finalmente acordou, as primeiras coisas que via, eram paredes brancas, e janelas refletindo a luz do sol. Ela olhou para cima e depois para os lados reparando nos aparelhos que a cercava; foi quando notou que estava sozinha em um quarto de hospital. A ruiva tentava se mover lentamente, para poder se ajustar e ficar numa posição melhor na cama.

Ao ter uma compreensão melhor do espaço em si, ela sentiu algo em sua cabeça, como se fosse uma faixa. Quando tentou por a mão, a porta se abriu e duas pessoas entraram.

"Vejo que já está acordada." Disse um homem com cabelos castanhos, porte médio que usava um óculos e  colete branco. Ele se aproximou da ruiva carregando uma prancheta.

"Ei, Daph." Fred achegou-se ao seu lado, tocando seu braço direito.

"O... o que houve?" Ela perguntou, com a voz cansada.

"Você havia desmaiado e colidido a cabeça no chão algumas horas atrás." disse o médico. "Felizmente não foi nada grave. A causa foi que sua pressão caiu, devido aos eventos por qual passou."

Daphne encarou Fred com um olhar duvidoso, achando que ele havia contado sobre tudo que passaram. O loiro timidamente balançou a cabeça negando qualquer coisa que os pusessem em problemas.

"Dr. Richard, será que o senhor poderia nos dar um tempo a sós? Passamos por muitas coisas juntos e... Só queria dizer algumas palavras."

O médico olhou para Fred, notando a felicidade em seus olhos em saber que ela estava bem. Ele ajustou seus óculos e disse:

"Tudo bem, mas seja rápido, logo estarei de volta." O Dr saiu deixando os dois sozinhos.

"Onde ele está?" Perguntou ela.

"Michael? Bem..." Fred hesitou em continuar a falar "Um legista e sua equipe o levaram... o FBI vai dar conta do caso agora. Então, acho que este é o fim."

Daphne permaneceu em silêncio por algum tempo para administrar aquela notícia, de que seu irmão realmente estava morto, e não como foi daquela vez há dezessete anos atrás. Aquilo, desta vez, não era um sonho.

"Queria que tudo isto fosse um mau pesadelo, em que eu pudesse acordar e ele... e ele fosse uma pessoa... boa."

"Daphne..." Fred a beijou na testa, reparando uma lágrima que caia de seu olho que rapidamente foi enxugado por ela. "Daqui em diante, vai ficar tudo bem."

"Eu espero que sim, Freddie..." Daphne fez uma pausa, para tentar novamente se acomodar na cama. Ela se virou para ele e o acariciou no rosto, dando-lhe um carinhoso beijo em seguida.

"Acho que já está melhor. Isso é bom, pois os outros estão loucos para ver você novamente, principalmente Velma. Ela apenas falou que aquilo era uma conversa de mulheres e não quis entrar no assunto."

Daphne finalmente abriu um largo sorriso ao ouvi sobre seus amigos depois de tanto tempo. Era o tipo de notícia que anima uma pessoa que passou por tanta coisa nesses últimos meses.

O loiro sorriu ao vê-la assim, logo depois se levantou- "Vou deixar você descansar, foi tanta coisa que aconteceu, o melhor agora é que você descanse bastante." Fred lhe beijou na bochecha e então saiu.

O sorriso de Daphne, logo se transformou em um semblante sério. Ela pôs seus pés no chão e ficou sentada na cama. Levou as duas mãos ao rosto e depois as retirou. Olhou para a janela, mas com a cabeça envolta em vários pensamentos.

"Será que esse é o fim mesmo?"

David Morgan, agente do FBI, ficaria encarregado de tomar conta do caso do Cassino em Las Vegas. Para a agência, ainda havia muitas questões a serem tratadas. Com o chefe do tráfico, Michael agora morto, não seria o fim de uma das maiores redes de drogas que envolvia não só Nevada, mas toda a Costa Oeste dos Estados Unidos. O maior receio da agência, era o surgimento de um 'herdeiro' que assumisse a rede. O trabalho de por um fim no esquema de tráfico de drogas ainda não havia acabado. E não era apenas o FBI que pensava isso.


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