Survival Challenge escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 16
Capítulo 16




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Já era manhã. Oito horas, a luz do sol invadia o pequeno quarto, acordando os dois amantes.

A mulher foi a primeira que acordou, abrindo lentamente seus olhos e logo notando que não estava sozinha, ele estava ao seu lado, ainda envolto em seu corpo.

"Quem abriu as cortinas?" Fred tentou dizer algo, mas suas palavras quase não saíram.

"Já são oito horas, está na hora de levantar." Daphne pôs seus pés no chão olhou para o relógio digital à frente dela, pregado na parede.

"Me dê mais cinco minutos..."

"Fred, nós temos muito trabalho pela frente, não se lembra do que eu lhe disse ontem?"

"A única coisa que eu me lembro é como você foi bem onte à noite." o loiro começou a rir, deixando Daphne um pouco corada.

"Fred!" Ela virou-se para ele, dando um tapinha em seu braço.

"O que foi?" Fred sorriu e abraçou gentilmente cintura dela puxando para mais perto.

"Vamos logo, temos de nos preparar para seguir ao cassino." A ruiva soltou-se do abraço dele, e se encaminhou até a janela.

"Não podemos sair agora, está muito cedo!" Disse ele arqueando sua sobrancelha.

"Eu sei, gênio!"  Ela virou seu rosto para encará-lo, sorrindo ironicamente.

"Bem, então vamos tomar café, pelo menos..."

O dia dos dois estava aparentemente 'normal', mal parecia que estavam a ponto de confrontar um homem que forjou seu próprio assassinato, tentou matá-los diversas vezes e ainda por cima está envolvido numa rede de tráfico de drogas. Talvez eles não queriam pensar muito naquilo enquanto tentava começar seu dia, mas de qualquer jeito, seria inevitável.

Daphne seguiu para o banheiro para que pudesse se arrumar e Fred saiu do quarto dela para arrumar-se em seu próprio quarto. Alguns minutos depois, o loiro estava de volta, batendo na porta e sendo atendido por Daphne. Os dois se olharam, percebendo que usavam a mesma roupa casual de sempre.

"Nós temos de mudar nosso guarda roupa." Disse Daphne olhando para suas roupas e as de Fred.

"Concordo."

A ruiva permitiu que o loiro entrasse, para que depois Fred ligasse para o serviço de quarto, pedindo um café da manhã. Em seguida, o rapaz chegou com um carrinho, trazendo dois pratos com ovos e bacon e um suco de laranja para completar.

Fred e Daphne comeram ali mesmo, no mesmo lugar em que jantaram na noite anterior. Novamente, nenhum assunto foi comentado sem que durasse mais de um minuto.

"Se eu soubesse que ficaria aqui o tempo todo, eu nem teria feito uma reserva para mim." Disse o loiro rindo, após mastigar seu pedaço de bacon. Daphne apenas deixou escapar uma risada. É claro, se não fosse pelo seu 'repentino' término, os dois teriam reservado um único quarto.

Uma hora e meia se passou, desde que os dois haviam acordado até o término de suas rotinas, tais como o banho e o café da manhã. Agora que estavam praticamente 'prontos' para começar o dia, apenas um item os distanciava de seu verdadeiro objetivo: Eles não tinham um plano definido.

Ambos estavam sentados na cama de Daphne, e ela, segurando seu notebook, ligava-o, enquanto Fred apenas a observava.

"O que faremos agora?" Fred perguntou. "Bem, agora que você está no comando..." ele enfatizou a última frase, tendo até um leve toque de ironia. "Talvez você saiba o que fazer quando entrarmos naquele cassino."

"Eu nunca disse que estava no comando, foi você que me deixou à própria sorte, querido." Ela respondeu no mesmo tom adicionando um sorriso.

"Pensei que havíamos resolvido isso ontem... Querida." Disse ele, cruzando seus braços.

Antes que Daphne dissesse alguma coisa, seu celular que estava ao seu lado, começou a tocar.

"Bom dia! Dormiram bem?" Era Kenny no telefone.

"Põe no viva-voz." Fred sussurrou para Daphne, que atendeu seu pedido.

"Provavelmente seu namorado deve estar com você, então serei direto já que não precisarei dizer a mesma coisa duas vezes para os dois..."

"Oi pra você também, Kenny." O loiro quase gritou assustando até mesmo Daphne.

"Bem não tenho muitas informações, mas creio que as poucas que obtive serão de bastante uso... Para começar, eu vou citar um nome, que talvez vocês devem conhecer, ou não. Vocês conhecem  Reinald Chaser? Então, ele foi o fundador original do Cassino Champa, o mesmo nome da ilha a qual vocês 'visitaram'..."

"Reinald... Chaser?" Daphne comentou.

"O que foi Daph, reconheceu este nome?" Fred arqueou uma sobrancelha.

"Reinald Chaser. Ele era um amigo de negócios do meu pai também é o dono de uma frota de restaurantes. Existem boatos de que ele comanda alguns hotéis pelo mundo. Mas eu não entendo, o que ele tem a ver com tudo isso?"

"Deve ser assim que ele e Michael provavelmente podem ter mantido contato." Fred respondeu.

"Pois é."

"Mais alguma coisa que você pode nos informar?" Daphne perguntou ansiosa por mais alguma coisa que envolvesse aquele homem.

"Pelo que eu descobri, o cassino existe desde sua fundação, há 10 anos atrás..."

Tudo agora estava fazendo sentido para Daphne. Dez anos atrás, quando seu irmão havia supostamente morrido, foi o ano da criação do cassino. Aquilo provava que Reinald e Michael tinham alguma ligação.

"Como eu não havia descoberto isso antes?"

"Talvez porque, o antigo nome do cassino era Cassino Red Light."

"Mesmo assim, é como se... A resposta estivesse bem na minha frente. É tudo tão estranho, mas, obrigada Kenny."

"Não quer mais alguma coisa?"

"Você tem alguma ideia sobre o que seja o verdadeiro Survival Challenge?" Fred tomou a palavra.

"Por incrível que pareça, todas as informações que eu achei não eram verídicas. Eu não conheço ninguém que realmente 'jogou' aquele jogo. Tudo aquilo é muito oculto, não têm informações, pistas, nada. A única forma de realmente saber sobre o Survival Challenge, é se ele for jogado."

"Hum, entendi."

"Mais alguma coisa?"

"Não, Kenny, obrigada... Por tudo." Daphne respondeu, e desligou.

Após deixar seu celular de volta ao criado mudo, Fred estranhou o rosto que Daphne apresentava, ela tinha um olhar vazio.

"Daphne, você está bem?"

"Estou sim. O que temos a fazer agora é nos preparar para essa noite."

Fred aproximou-se dela para olhar seu rosto, que agora estava mais sério e pálido que nunca.

"Daphne, você não está pensando em se infiltrar naquele cassino e jogar aquele jogo bizarro?"

"E nós temos outro jeito?" Daphne enfim voltou seu olhar para o loiro. "Você ouviu o que Kenny disse, não há outro jeito de saber!"

"Sempre existe outro jeito Daph! E você sabe o que aconteceu conosco quando resolvemos 'jogar seu jogo' daquela vez...!"

As lembranças retornaram para os dois. Aquele curto tempo que passaram na Ilha Champa foi o suficiente para se ter ideia do que um homem era capaz de fazer, ainda por cima com sua própria irmã.

"Eu sei, mas... Acho que dessa vez... Não temos outra escolha, Fred..." Daphne fez uma pausa, e depois continuou. "Michael passou dos limites e precisa ser detido..." Fred notou uma forte tristeza na voz de Daphne ao dizer a última frase.

Por fora ela aparentava estar normal, mas Daphne sofria muito por dentro. Ela queria que tudo aquilo passasse, que fosse apenas um pesadelo ruim, como seu irmão dizia. Quem dera se ela pudesse fechar seus olhos e quando os abrisse novamente, tudo estivesse bem. Talvez Michael não soubesse o quanto ele machucou sua irmã por seus atos, ou talvez ele soubesse a ponto de ter feito tudo aquilo com ela.

Já passou da hora de cessar o choro "a hora de chorar acabou, Daphne" como seu irmão também dizia. Está na hora de ser firme e encarar o que está por vir, não importando o que pode acontecer, mas contanto que ele seja impedido de prosseguir.

"Espero que você tenha alguma roupa de gala." Daphne deixou seu computador de lado e se levantou.

"Por quê?"

"Porque hoje à noite, nós vamos entrar."


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