João Lucas ainda não podia acreditar no que estava acontecendo. Ele estava beijando a menina ou melhor, mulher que sempre desejou... E ela estava se deixando levar! Os lábios se encaixando perfeitamente, os corpos seguindo o mesmo ritmo... As mãos dela deslizando pelo seu pescoço era a sensação mais gostosa que ele já tinha provado. Não conseguia entender como não havia enlouquecido sem os carinhos de Du. Ela não muito diferente, achava que estava sonhando e definitivamente não queria sair dali nunca mais.

Depois dos demorados beijos e carícias ambos se encararam lentamente e ficaram sem reação diante do constrangedor silêncio que reinava... Passado se alguns segundos, Du pergunta:

– Por que você fez isso? (com certa melancolia na voz)

–Porque eu não posso mais fugir do que sinto, do que você me faz sentir... Sempre fez. (Lucas responde)

– Você tá bêbado? Tá usando aquelas porcarias de novo? (ela pergunta perplexa)

– Claro que não Eduarda. (Ele responde nervoso)

– Não brinca comigo Lucas. Eu estava na minha... Estava quieta... Aí você me trata daquele jeito, me beija, vem com essa conversa e faz com que o sentimento que eu luto todos os dias para esquecer, venha à tona.

– Sentimentos? Que sentimentos? (Ele fala esperançoso)

– Nada depois a gente conversa, deixa eu sair!

– Você não vai fugir de mim, Eduarda Botticelli. Disse ele agarrando-a e beijando o pescoço alvo. Ele subia os lábios em direção a sua boca – Para de ser marrenta, só por hoje.

Ela sorriu, mas logo foi interrompida pelos lábios de Lucas nos seus. Ele a beijava com uma urgência tão doce que ela foi incapaz de resistir. Abraçou-o permitindo aprofundar aquele momento.

Separaram-se para respirar. Quando ela abriu os olhos deparou-se com o olhar dele sobre si.
– Vamos pra minha casa Du?(falou com uma voz rouca em seu ouvido)

– Tá maluco, do jeito que você tá não durmo no seu quarto nem a pau!

– Não vou fazer nada que você não queira! (disse em um tom malicioso)

– Deixa de ser safado garoto. E me deixa sair do carro, por favor, eu tô cansadona!

– Só deixo com duas condições.

– Quais?

– Eu quero mais um beijo.

– Safado! Hum e qual é a outra?

– Que você prometa que não vai fugir desse assunto amanhã quando a gente se encontrar.

– E quem disse que a gente vai se encontrar?

– Eu, marrentinha!

– tá prometo! Agora eu vou tchau!

– Não tá esquecendo de nada não? (Ele fala puxando-a pelo braço)

Ela abriu o maior sorriso que ele já vira, e agarrou o seu pescoço em busca do beijo. O qual foi correspondido com vontade.

– Pode falar, eu sou irresistível!

– Larga de ser convencido garoto! (Ela fala abrindo a porta do carro)

– Até amanhã marrentinha! (Ele fala dando risada)

– Até amanhã!

João Lucas fica na porta do prédio até Du entrar pela portaria, ele está tão feliz, e ao mesmo tempo ansioso para que eles possam conversar com calma. Dirigi em direção a sua casa, mas sabe que não irá conseguir dormir tão cedo. Seus pensamentos estarão em Du o tempo todo.

Du entra em seu apartamento sem acreditar no que havia acontecido há alguns instantes atrás. Seu coração estava prestes a explodir de tanta felicidade. Nunca passou pela sua cabeça ser correspondida por Lucas e já estava conformada com isso, até acontecer o que ela já havia sonhado por inúmeras vezes.