Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 9
Preparando-se para explicar


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!
Enfim...
Para retirar as dúvidas... Einar tem 12 anos e Ágda 11 anos. Na história original, o próprio Soluço tem 12, 13 anos... Enfim, vikings nunca são novos demais para a luta!!
Eu quero agradecer à PriscillaA por ter me feito chorar um monte... Thanks pela recomendação minha querida... E também agradeço à Contadora de Estrelas por ter favoritado a fanfic. Muito obrigada meninas :)
Espero que gostem... Até as notas finais...



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Estávamos quase chegando à vila depois de nossa conversa ser escondida pelo céu. Já podíamos avistar as casas mais altas dos Hooligans.

–Podemos mandar um correio aéreo para os dois – Astrid sugeriu.

–Eles podem não estar mais no Estábulo – eu respondi.

–Pode ser que eles não estejam mesmo. Mas de qualquer forma vamos até lá.

–Claro, vamos.

Descemos na frente do Estábulo. Alguns dragões vieram até mim quando eu entrei. Não por eu ser o Encantador de Dragões e sim por eu ter salvada a vida da maioria deles. E eu já havia salvado muitos dragões de armadilhas antigas em outras ilhas e por estarem machucados por outros motivos na maioria das minhas expedições.

E eu sempre ficava feliz por eles estarem bem. E um pouco triste, pois poderia não vê-los nunca mais...

Bom dia! – falei carinhosamente para eles em voz baixa e em dragonês.

Adentrei o Estábulo dos Dragões. Um lugar enorme, com espécies de poleiros por todas as paredes e divididos em alas com cada uma das classes dos dragões (com exceção da Classe Marinha, que viviam no mar) e consequentemente dividida entre as espécies.

Foi uma construção muito bem pensada por mim e pelo Bocão. O Bocão... Não é hora para lembranças tristes agora...

Avistei minha mãe cuidando de alguns Guarda-Chuvas na Ala deles. Ela particularmente amava os Guarda-Chuvas tanto quanto o seu dragão Pula Nuvem. Ela veio até nós, abraçando a Astrid primeiro.

–Agora é assim? – perguntei com as mãos na cintura, mas com um largo sorriso no rosto. – Você a abraça primeiro? – as duas riram.

–Que filho mais ciumento eu tenho – ela disse revirando os olhos e me abraçando. – Eu já te vi hoje Soluço.

–Ciumento não. Dramático, mais precisamente – Astrid diz.

–Eu realmente amo vocês duas – elas voltaram a rir. – Enfim, extravagâncias à parte... Einar e Ágda ainda estão por aqui? – perguntei para minha mãe.

–Eles estão sim – ela respondeu. – Mas acho que já estão de saída. Não falei nada sobre o Encontro ainda, achei que você gostaria de falar com eles.

–Obrigado, mãe. Eu realmente gostaria. Onde eles estão?

–Eles devem estar no segundo andar ainda, na Ala dos Pesadelos Monstruosos pegando a Chama Crescente, se não foram embora ainda. Se forem logo tenho certeza que irão encontra-los.

–Certo, vamos logo Astrid?

–É claro – ela disse.

Banguela recebeu carinho da minha mãe e Tempestade nos cumprimentou. Eles ainda estavam no Estábulo do contrário Tempestade não estaria ainda ali.

Nós subimos por uma das escadas laterais. Na verdade, o Estábulo tinha várias passagens e esconderijos secretos, no caso de que algo grave acontecesse.

Ágda e Einar estavam com a Chama Crescente, mas já estavam indo embora. Eles nos viram e nos abraçaram.

–Bom dia querida – eu disse a Ágda que fora a primeira a me abraçar.

Como sempre, ela estava estonteante. Seus ruivos cabelos estavam presos em sua elaborada e habitual trança que caia sobre o seu ombro direito. Sua calça azul e sua bota de mesma cor revelava sua cor predileta. E sua armadura, uma espécie de casaco de couro delicado completavam sua nobre aparência de guerreira. E claro um arco e uma aljava com suas flechas nas costas.

Lembrei-me de que havia prometido um novo arco e novas flechas a ela. O desenho que projetei estava pronto e sob a minha mesa na Ferraria. Era hora de eu construí-lo.

–Não estava mais em casa quando eu acordei pai. Nós ficamos preocupados, embora você estivesse com o Banguela – Banguela recebeu um carinho dela. – Algum problema? – ela disse com os seus olhos azuis preocupados cravados nos meus.

–Tem sim, mas vamos falar sobre eles depois, está bem?

Ela concordou e abraçou sua mãe e Einar a mim.

–Bom dia filho – eu disse-lhe.

Ele era o meu pequeno grande guerreiro. Não aparentava ter apenas 12 anos. Sua maturidade e pensamentos eram de 20. E lutava como ninguém. Vestido com uma calça verde e botas pretas e sua habitual armadura, muito parecida com a minha, com exceção dos símbolos do Fúria da Noite que na dele não tinha. Verde era a sua cor predileta. Uma espada na bainha e cabelos ruivos bagunçados, como os meus que nunca se ajeitavam. Olhar terno e confiante. Que reparavam tudo ao seu redor.

–Para você não foi um bom dia até agora, não é mesmo? – ele disse calmamente. Foi como eu disse, reparava tudo.

–É não foi um bom dia – virei-me para Ágda também. – Vocês já são ótimos pilotos e ótimos treinadores desde sempre. E tenho certeza que serão capazes – fiz uma pausa. Eles eram capazes e sempre serão. - Vocês irão participar da Noite da Fogueira com os pilotos veteranos. Farão parte da nossa turma. E também farão parte dessa missão. Estamos com um grave problema e é uma missão complicada. Não será uma tarefa fácil. Vocês saberão com os outros os motivos disto tudo – eles assentiram confiantes, embora estivessem um pouco confusos. – É importante para a existência de todos nós. Muito bem, vocês devem treinar suas habilidades de luta. Ágda seu arco e flecha e Einar sua espada. Desculpe os poucos detalhes, mas saberão de tudo mais tarde. Tempestade – viro-me para Astrid que assente quanto ao que iria dizer. - Acompanhará vocês quatro – não se esqueça dos dragões! – Treinem na floresta, será ótimo.

–Certo pai creio que será importante – Einar disse.

–E eu creio que devo um arco para uma certa ruiva – eu disse olhando para ela.

–Parece que sim pai – ela sorri com os olhos brilhando.

–Ele já está projetado, logo irei fazê-lo.

–Obrigada – ela me dá um braço, assim como Einar.

–Agora vão. Nos encontramos à noite, tenho algumas tarefas a fazer. E almocem direitinho no Grande Salão – eu disse como um típico pai coruja...

Nos despedimos e eu os abracei novamente e fortemente. Observei-os descerem, pegarem os seus dragões e montarem. Bom, Einar não.

Um dragão verde-mar surgiu de repente ao meu lado. Um dragão Furtivo. Um Sombra Mortal. O Sombra.

Olá Sombra, Einar está a sua espera lá embaixo. Cuide deles para mim também, por favor – disse-lhe carinhosamente acariciando a sua cabeça.

É claro Soluço. É muito bom tê-lo conosco Encantador – ele me responde e faz uma espécie de reverência. Ele vai até Einar que se anima ao vê-lo.

–E todos sabem o que eu sou – eu disse mais para mim mesmo, enquanto observava meus filhos irem embora acompanhados por Tempestade.

–E isso é muito bom – Astrid disse, colocando as mãos em meu ombro.

–De certa forma sim – eu sorri. – Preciso fazer o arco de nossa ruivinha – Astrid riu. Sempre me referia a Ágda assim (pelo menos na maioria das vezes). – Mas acho que tenho tarefas a cumprir. Afinal eu sou o líder.

–Posso te ajudar com o arco dela – ela ofereceu.

–Eu adoraria a sua companhia senhorita – e lhe dei um beijo.

*****

Após o almoço fomos até a Ferraria. Afinal, felizmente eu descobri que não havia problemas, quer dizer, tarefas para resolver como líder naquele dia, o que era um milagre. Então nós dois fomos até lá fazer o novo arco de Ágda.

Meu pai trabalha na Ferraria naquela época. Fazia selas e espadas, pois eu acabei lhe ensinando como trabalhar melhor lá. Já que ele havia se aposentado, arrumou outro jeito de ajudar o seu povo.

Acenamos para ele e fomos até a minha “sala” dentro da Ferraria, onde eu fazia as minhas coisas (na realidade eu tinha “salas” em muitos lugares). O que tinha em maior quantidade? Lemes postiços para a cauda do Banguela. Eu estava sempre os aprimorando.

Comecei então a trabalhar.

O arco consistia em um nobre artefato de ferro. O riser, onde a flecha era colocada na hora do tiro, era do formato da cabeça de um Pesadelo Monstruoso. O arco era todo vermelho. E na lâmina superior, lia-se Ágda, em azul. A aljava foi feita pela sua avó Leia, com bordados da Classe Fogueira. As flechas detinham detalhes vermelhos e azuis.

No final ficou um trabalho incrível. Astrid ficou encantada com os desenhos e ainda mais com arco todo pronto.

–Só falta entregar para a sua dona – eu disse-lhe.

–Ela amará com toda a certeza, pois a ligará com a Chama – Astrid disse.

–Espero que sim, era esse o meu objetivo. Eles já devem estar em casa a essa hora, o sol já vai se pôr – sim, nós passamos um bom tempo trabalhando no arco. Eu queria que ele saísse perfeito.

–Certo, temos que deixar tudo pronto para o Encontro com os pilotos.

Coloquei as minhas mãos em sua cintura e a puxei para mais perto.

–Eu acho que nós deveríamos ver o pôr do sol milady. Eu garanto que terá uma vista incrível – e eu a convidei sorrindo.

–Eu não tenho dúvidas disso. Cada vez tem um jeitinho especial – ela ficou nas pontas dos pés e falou bem perto do meu ouvido – Nunca resisto ao pedido seu, menino dos dragões.

–Isso me alegra senhorita Strondus – eu sussurrei de volta.

Eu beijei sua orelha, sua bochecha e enfim a sua boca. E então saímos correndo para o lado de fora da Ferraria.

Para um novo voo. Para um novo pôr do sol.

Um novo momento mágico...


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Notas finais do capítulo

Eu queria alguém como o Soluço para mim, mas isso não vem ao caso certo??
Gostaram meus queridos??
Eu adorei pesquisar sobre arcos e flechas e os nomes de cada parte... E amei ainda mais escrever cada capítulo dessa fanfic :)
Espero vocês no próximo capítulo queridos... Um beijo enorme para vocês meus leitores...
Temp com carinho...