Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 26
Os Lava... Loucos


Notas iniciais do capítulo

Está todo mundo vivo ainda amores? Está aí o capítulo que vocês queriam!
Espero que vocês gostem tanto quanto eu desse capítulo. E dos lava loucos!
Enfim amores, quero agradecer pelos comentários, e como não terei oportunidade de agradecer em outro lugar, agradeço aqui pela recomendação de Bibs e a Jana, Catelyn Everdeen, PriscillaA, RafaelaR, Bibs e Sakray por terem favoritado, a minha fanfic Controle! Obrigada amores!
Então, sem mais delongas, até as notas finais...



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Aquele que enfrentara inconsequentemente Astrid na superfície da Ilha, identificou-se para mim como O Grande Chefe da Guarda Real. Ele disse que me levaria até o seu Grande Rei.

E então ele abriu um alçapão, muito bem camuflado nas pedras, e a terra “abriu-se” revelando escadas para o interior da Ilha. Então nós descemos por aquelas escadas, que tinham archotes dos dois lados das paredes iluminando o caminho.

A Tribo dos Lava Loucos construiu uma grande cidade subterrânea. A tribo vivia em baixo da terra sem necessidade do mundo exterior para nada. Eram totalmente autossuficientes.

Eles possuíam minas para a geração de energia, que eu nunca havia visto antes, e plantações sintéticas para a alimentação de toda tribo. E só. Toda a Tribo deveria ser vegetariana (o que era estranho para vikings), pois não pescavam por não se atreverem a sair de debaixo da ilha e nenhum animal era criado embaixo da terra.

Um “reino” de isolamento. Eu fiquei encantado com a arquitetura do local enquanto me levavam com as mãos amarradas em frente ao meu corpo. Eles me deixaram com todas as minhas armas. Acho que o Grande Chefe da Guarda Real não tinha experiência com prováveis prisioneiros.

Entramos em um salão enorme. As paredes eram cobertas de pedras preciosas. Era magnífico. E naquele salão, um homem estava sentado em uma espécie de trono, usando uma coroa em sua cabeça. O guarda fez uma profunda reverência e eu, se não tivesse minhas mãos amarradas, colocaria a minha mão na cintura, com tanta impaciência.

–Obrigado grande guarda. Já pode voltar ao seu posto – os olhos do guarda brilharam com o reconhecimento do seu rei.

Mas você sabe o que aconteceu com ele ao encontrar uma certa Astrid.

Um silêncio instalou-se na sala com a saída do guarda. Aproveitei esse momento para observar a figura em minha frente. Cabelos negros. Roupas luxuosas. Coroa dourada.

Expressão de insanidade. Eles eram definitivamente loucos. Nenhuma tribo viking (e os outros na vila vestiam-se como vikings, portanto eles eram uma tribo viking) possuía reis. Todas as tribos vikings possuíam líderes.

Então o “Rei” quebrou o silêncio.

–Faz muito tempo que não recebemos visitas humanas aqui na Ilha. A maioria teme o Dragão de Fogo creio eu. E eis que surge você. E eu devo perguntar com quem eu falo – conclusão: ele tinha uma voz um pouco insana. – Quem é você e por que não se curvou perante mim?

–Pois bem – eu disse com voz firme. – Eu sou Soluço Spansitocus Strondus III, o líder da Tribo Hooligan, da Ilha de Berk. E eu não me curvo perante pessoas que não são superiores a mim – uma boa dose de sarcasmo...

–Certo, eu também irei me apresentar – ele disse. – Eu sou Alphonse, o Bravo. E eu sou sim o Rei dos Lava Loucos. A última vez que tivemos um rei para todas as tribos vikings foi um completo caos. Rebelião dos dragões e... Bem, você conhece a história de seu antepassado – ele me olhou em busca de concordância. Eu assenti com a cabeça. – Então meus ancestrais decidiram nos isolar quando a Grande Rebelião começou. Temeram o Dragão de Fogo e concordo que era um ótimo motivo. Eles queimaram tudo. E vivemos até hoje no anonimato. Decidimos como seria a nossa maneira viking de viver. Um pequeno reino. E por isso eu sou sim um rei para eles. Assim como você é um líder para a sua tribo.

–Ótima história. De qualquer maneira eu não estava muito interessado em saber sobre ela – estava um pouco na defensiva. Afinal eu era “prisioneiro” deles.

–O que você veio fazer em nossa Ilha? – ele pelo menos tinha atitudes de líder, representando toda a tribo.

–Eu vim visitar o Dragão de Fogo – eu disse sem interesse algum em explicar melhor.

–Você não o teme? – ele me perguntou espantado.

–Desde que fizemos as pazes com eles, todos os dragões me encantam na verdade.

–Então a rebelião acabou?

–Exato.

–E quem nos juntou novamente? Há sempre alguém por trás de grandes feitos como esse – ele estava interessado no mundo exterior. Décadas longe da superfície. Não o culpo de ser curioso.

–Sobre isso... Por acaso fora eu e o meu dragão. Um Fúria da Noite. Mas isso foi há 20 anos.

–Então eu estou na frente de um grande homem.

–Obrigado, eu acho. Você perdeu muitos anos alegres. Todos vocês. Mas me desculpe agora eu gostaria mesmo de ir embora.

–Certamente. Mas eu creio que isso não será... – ele foi interrompido pelo barulho de um tumulto do lado de fora do salão.

Eu aproveitei o seu momento de distração e peguei sem muita dificuldade a minha espada flamejante e soltei as minhas cordas. Eles não souberam nem me prender direito. Eu digo que era falta de experiência. Enfim, foi melhor para mim nesse caso. Ele voltou a olhar para mim espantado.

–Eu creio que terei que partir. Sinto muito decepcioná-lo. Gostaria de vê-lo na próxima reunião da Coisa, vossa insanidade.

Eu virei de costas para ele e saí correndo. Rindo da minha audácia. Rindo por tê-lo deixado sem palavras. Saí da sala e enfiei-me na multidão de Lava loucos correndo na Vila.

A Vila estava um grande tumulto. Causado por um grupo de certos seis pilotos, seus dragões e um certo Fúria da Noite com raiva. Quase parei de andar para bater minha mão e minha testa e me perguntar: Por que ele nunca me obedecia nessas ocasiões?

O Banguela avistou-me e veio correndo em minha direção, assim como eu corri na direção dele. Por sorte ele não pulou em mim e me derrubou no chão. Mas ele estava com os seus olhos dilatados e parecia o habitual “filhotinho” de cachorro.

–Eu disse para você voltar para Berk com os outros seu dragão teimoso – eu reprimi um sorrido. Ele voltou para me buscar.

–Banguela não podia deixar o seu Mestre para trás – eu sorri.

–Obrigado amigão. Vamos sair daqui!

Uma coisa os vikings daquela tribo sabiam fazer: um grande tumulto.

Os nossos dragões não estavam nem aí para aqueles loucos, mas eles gritavam e corriam desesperados de um lado para o outro sem rumo. E sem motivo algum. Eu repito: eles eram definitivamente loucos. Na realidade viver isolado de tudo não deve fazer bem para a sanidade de ninguém.

Nós dois chegamos até os pilotos.

–Você tem o dom de correr de braços abertos diretamente para as confusões primo – Melequento disse.

–Não era nem para vocês estarem aqui. Vocês deviam estar em Berk. Mas eu agradeço pelo tumulto - eu disse.

Nós voltamos a subir as escadas para fora do subterrâneo. Permiti-me parar e olhar para trás.

Alphonse me observava. Um nome francês para um viking. Ele só parecia ter 20 anos, mas isso não dizia nada. Ninguém me dava 35 anos de todo o caso. Ele me observava e não mandara nenhum guarda ir atrás de mim.

Acenei para ele e sorri. Ele acenou de volta e também sorriu. Acho que eu próprio peguei um pouco da insanidade dos Lava Loucos...


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Notas finais do capítulo

Gostaram amores? Sobreviveram? Viram que está tudo bem?
Livros do Capítulo:
*Como mudar a história de um dragão
*Como trair um herói de um dragão
Enfim amores, no primeiro livro, fala sobre os Lava Loucos. Eles tinham uma mina com trabalho escravo no subterrâneo. Mas aqui eles se isolaram do mundo.
E no segundo livro é onde aparece o nome Alphonse. Em outro contexto claro, mas vocês entenderão sobre o nome mais tarde!
Obrigada por tudo amores e até mais...
Temp