Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 22
Véspera da Segunda Tarefa


Notas iniciais do capítulo

Olá meus anjos!!
Eu quero dizer que há muitos leitores espertos nessa fanfic. Eu adoro quando vocês comentam, fazem perguntas. Sinal que estão curiosos e estão gostando. E então muito obrigada meus lindos!
E lá vem o Soluço com mais uma Tarefa. Até as notas finais...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592528/chapter/22

A Astrid acordou cedo no dia seguinte e me viu tomando por volta da minha décima xícara de café daquela madrugada (ou dia). Não tomava café para me manter acordado (eu já estava mais do que acordado). Achei que eu poderia acalmar-me assim, com a cafeína.

–Bom dia Soluço – Astrid disse descendo as escadas e beijando a minha bochecha. – Não vou nem perguntar quantas xícaras de café você já bebeu.

–Eu até já perdi a conta – eu disse.

–Você está bem? - ela estava preocupada. Visivelmente preocupada.

–Estou sim. Na medida do possível. Só estava repassando a continuação do meu plano. Digamos que a Parte 2.

–Poderemos te ajudar certo? - ela olhou-me ansiosa. Ela não me deixaria ir sozinho em hipótese alguma.

–Claro, já está tudo preparado. Eu já dividi as nossas tarefas até. Vamos nos encontrar na Fogueira novamente. Espero que os pilotos ainda queiram continuar me ajudando.

–Sua mãe também vai com a gente? - ela arqueou as sobrancelhas.

–Eu... – eu suspirei. – Prefiro que ela não saiba de nada.

–Está certo – ela concordou.

–E nem mesmo as crianças – eu falei sério. – Não quero que eles participem desta vez.

–Bom isso vai ser mais difícil – ele falou pensativa. – Eles são muito espertos.

–Vamos sair bem cedo. E eles também não sabem a localização da Ilha. Peguei os dois únicos mapas em toda a Berk. Partiremos amanhã para a Ilha dos Lava Loucos.

–E hoje? O que faremos para despistá-los?

–Deixaremos eles com a minha mãe – fechei os olhos.

–Sei que é horrível para você também. Não sei sobre o plano, mas concordo que devemos deixa-los fora disso – ela segurou minhas mãos.

Eu também sei que isso pode ser horrível. Você deve estar pensando que eu sou um péssimo pai. Eu sei e era doloroso para mim. Mas acho que a essa altura você também não confia nos meus planos...

–Você pode avisar aos outros? Peça para Cabeça Quente e Melequento deixarem os gêmeos de fora também – eu pedi para Astrid.

–Claro, pode deixar – ela disse olhando para as minhas mãos.

–O pior... É que não posso falar nada com o meu pai. Ele vai contar para a minha mãe e aí sim vai dar tudo errado. Com quem eu vou deixar Berk?

–Fale com ele – ela passou a encarar os meus olhos. – Stoico vai entender que você quer deixar Valka e as crianças de fora dessa vez. Por que da outra vez já foi perigoso para eles...

–Nem me fale... A Ágda...

–Não vamos nem pensar. Mas acho melhor você falar com seu pai sim. Ele vai entender e concordar. Talvez ele até convença Valka a pedir que as crianças durmam com eles. Eu acho... Que vai ser melhor assim – a sua voz saiu embargada.

–Está certo. Eu farei isso... Eu acho – suspirei e baixei o olhar.

Astrid sentou-se em meu colo. Eu coloquei as mãos em sua cintura.

–Você sabe que estará fazendo o certo. É nosso dever protegê-los. É neles e na segurança deles em primeiro lugar que devemos pensar. Apoiarei você sempre e você sabe disso – ela colocou os braços ao redor do meu pescoço. – Eu te amo. Não importa o quanto isso seja repetitivo. Eu te amo. Vai dar tudo certo.

Ela encostou sua testa na minha e nós fechamos os olhos. Eu sorri.

–Eu também te amo senhorita Strondus – e a beijei.

–Adoro quando você me chama de senhorita Strondus – sorrimos.

E num instante já estávamos fazendo as nossas tarefas diárias. Eu fui até a Ferraria e por sorte meu pai estava lá. Eu precisava muito conversar com ele.

–Bom dia pai – eu o cumprimentei.

–Bom dia pai – o Banguela disse e pediu carinho a Stoico, o Imenso e eu ri com a sua frase.

–Bom dia para você filho – meu pai falou animado.

–Ele também lhe desejou bom dia – falei apontando para o Banguela.

–Nesse caso, bom dia para você também – ele falou fazendo carinho no Banguela.

–Eu preciso falar com você pai – eu disse seriamente.

–O que houve? – fomos para o interior da loja e ele notou a preocupação em minha voz.

–Amanhã nós executaremos a segunda parte do meu plano. Mas meus filhos e minha mãe não devem ir. Ágda machucou-se na última vez e não quero que isso se repita com nenhum deles. Eles não podem ir. Nunca permitiria que as pessoas mais importantes da minha vida se ferissem. A Astrid já está indo e isso já é demais para mim. E eu preciso que você cuide de Berk. Eu odeio deixar a liderança assim, mas é necessário. Arriscamos as nossas vidas pela Pedra de Fogo. Temos que continuar nossa missão e entregá-la para o Dragão que a pertence.

–Filho, o que você está planejando? – ele suspirou. Ele ia discordar se eu contasse ou não.

–Prefiro deixar o meu plano com os pilotos apenas.

–Eu não concordo... – ele começou.

–Que eu me arrisque, eu sei. Mas eu preciso da sua ajuda pai.

Ele suspirou novamente e mais forte ainda.

–Está bem. Eu te ajudo. Mas eu não suporto que você se arrisque assim. Você é louco e quer me matar? – eu sorri e o abracei. – Mas não me arriscarei a perder meus netos e a Valka também. Nem você, mas eu posso te impedir?

–Não, não pode. Mas vai ficar tudo bem. Eu prometo – desvencilhei-me do seu abraço. – Despeço de você mais tarde.

–Tudo bem meu filho. Cuide-se, eu te amo. Muito.

–Eu também te amo pai. Obrigado.

Peguei o leme a prova de fogo do Banguela e segui com as minhas obrigações. Passei o dia ajudando os outros da Ilha e no armazenamento da comida para o inverno com o Olavo.

E quando anoiteceu, eu me senti ainda mais culpado e nervoso. Principalmente quando Einar e Ágda pediram-me para dormir na casa dos seus avós. A pedido deles. E eu disse sim.

O Einar olhava-me e eu tinha medo que ele percebesse algo, como ele sempre consegue. Mas ele não me disse nada. Mas sabia que eu estava escondendo algo. E deixou que eu fizesse o que eu julgava ser o melhor para eles. Mesmo com um aperto no coração.

Quando eu e Astrid deixamos os dois na casa dos meus pais e nos despedimos deles... Foi insuportável. Mas deixamos as emoções de lado e fomos fortes. Somos vikings. Ás vezes temos que fazer algo perigoso e ruim pelo bem de quem se ama.

Eu me despedi do meu pai o mais rápido que eu pude. Para não desmoronar quando devia manter o meu semblante firme.

Astrid e eu seguimos de mãos dadas com os nossos dragões, em silêncio, em direção a Fogueira. Não era como se não fossemos voltar ou algo do tipo. Erámos só dois pais que nunca havia ficado longe dos filhos por tanto tempo como ficaríamos.

Quando avistamos a Fogueira, eu virei-me para Astrid.

–Vai dar tudo certo Astrid – acariciei a sua bochecha com o meu dedão. – Eles vão ficar bem.

Ela respirou fundo e sorriu para mim.

–Certo, temos que focar na nossa tarefa – ela disse firmemente.

Sorri e andamos até a Fogueira. A Cabeça Quente tinha o olhar cravado na vila. Imaginei seus pensamentos em Bruce e Liv. Suspirei.

–Boa Noite pessoal, desculpa por ter chamado vocês assim, de última hora. Olá Eret – cumprimentei-o. – Você também irá nos ajudar?

–Claro, a Astrid me perguntou se eu gostaria de ajudar vocês e é claro que quero. Eu e o Quebra Miolos ajudaremos no que pudermos.

–Obrigado, toda ajuda é bem vinda. Você está a par de tudo?

–Sim, eu estou.

–Certo. Partiremos amanhã então para a Segunda Tarefa. Pedi que as crianças não ficassem sabendo de nada por que vamos até a Ilha dos Lava Loucos. E aquela Ilha é imprevisível, não arriscaria a vida deles. Bom, vocês não são obrigados a ir de qualquer forma – olhei solidariamente para a Cabeça Quente. Ela parecia muito preocupada.

–Nós vamos sim Soluço. Começamos a te ajudar e não é agora que saltaremos fora – Cabeça Quente disse e sorriu. – O Furioso não pode vencer.

–Obrigado. Bom, o plano é simples. Eu subo ao topo da montanha-vulcão e vocês me dão cobertura. Em hipótese alguma pousem no chão da Ilha. Pode estar cheio de armadilhas e não sabemos se a Ilha é realmente desabitada. Os Lava Loucos eram ardilosos. Começa com o nome da tribo. Não é muito encorajador para a diplomacia.

–Nós iremos apenas vigiar e ver se não tem ninguém vindo? – Perna de Peixe perguntou.

–Basicamente – eu respondi.

–Isso está muito bom para ser verdade – ele comemorou.

–Vocês devem aguardar até eu voltar. Espero que seja rápido. Qualquer coisa mande alguém me avisar, cautelosamente.

–Você sempre abraça a morte e eu gosto disso – Cabeça Dura disse e todos olharam para ele. – Eu gosto de abraçar a morte – ele justificou-se.

–Muito bem. Eu consegui um mapa até a Ilha dos Lava Loucos. Na verdade os dois únicos da Ilha. Nunca explorei por esses lados ao sudoeste de Berk. Mas creio que é perto da Ilha do Sol. Sairemos cedo, pois precisamos achar a Ilha primeiramente – todos concordaram. – Descansem e nos encontraremos na Academia antes do amanhecer. Sejam silenciosos – olhei propositalmente para Cabeça Dura.

–Sou o mestre do silêncio – ele respondeu convencido de seu título.

–Falou quem entregou a localização de todo o mundo na última invasão dos beserkers – Astrid comentou distraidamente.

–Enfim – interrompi antes que ele dissesse que aquilo havia sido legal. – Sejam silenciosos. Cabeça Quente com quem deixará as crianças?

–Com a minha tia – ela respondeu.

–Ótimo. Tudo certo? Então até amanhã pilotos. Amanhã iniciaremos a Segunda Tarefa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E isso será tão simples?? Gostaram??
Enfim, a segunda tarefa também está dividida em três partes. Saída. Soluço. Pilotos.
Espero que gostem e agradeço novamente pelos comentários! Até mais, e um beijo enorme...
Temp