Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 21
A reação de Banguela


Notas iniciais do capítulo

Olá meus anjos...
E então, estão gostando da fanfic? Espero que gostem desse aqui, pois eu particularmente chorei nesse capítulo.
Enfim, lencinhos a parte, até as notas finais...



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Astrid terminou o seu relato, e abraçou os joelhos ainda tremendo um pouco. Abracei-a por trás carinhosamente.

–Está tudo bem Astrid – eu disse a ela tentando acalmá-la. – Ele não vai te fazer nenhum mal. Eu não vou permitir nunca isso. E, além disso... As palavras dele não tem mais efeito algum sobre mim.

–Eu sei. Sei disso. Só foi... Um pouco assustador – ela disse, relaxando.

–Eu sei. Falo de sonhos com ele por experiência própria e... – um pensamento surgiu em minha mente e virei-me bruscamente para trás na hora em que o Banguela entrou na mata. –Espera! Banguela!– eu gritei.

Ele foi tão silencioso e tão rápido enquanto fugia. Como eu me odiei naquele instante. Nem pensei no Banguela inicialmente, até olhar para trás e vê-lo fugir. Nem me coloquei em seu lugar até aquele instante. Ouvindo as palavras do Furioso sobre a verdadeira origem dele.

Lágrimas surgiram em meus olhos. E então eu me levantei bruscamente e Astrid se levantou também. Olhei para ela.

–Está tudo bem. Não estou mais assustada – ela disse. – Eu vou entrar – ela sorri e me mostrou naquele sorriso toda a sua força e confiança. Era impressionante. Ela avançou em minha direção e me beijou.

–Obrigado – eu disse orgulhoso dela. – Eu tenho que ir atrás dele.

–Eu sei disso. Vá.

Eu sorri. Acompanhei com o olhar ela entrar em casa e então corri em direção a Floresta. Eu corri o mais rápido que eu podia. Eu gritava em meio as árvores.

–Banguela! Amigo!

Meu coração batia acelerado. Meus olhos estavam marejados. Com medo de não encontra-lo nunca mais.

–Por favor, Banguela!

Eu corri mais rápido ainda. E de repente eu estava novamente na clareira onde eu conheci o Banguela.

Ele estava lá embaixo. Como ele chegou até lá eu não podia explicar. Ele estava sem o leme postiço e não poderia voar. Então desci meio correndo com tanto alívio e fui até ele.

E bom, foi um erro chegar por trás em um Banguela irritado, chateado e triste com aquilo tudo. Um erro enorme. Encostei minha mão em suas costas e ele virou-se rapidamente em posição de ataque. Ele estava pronto para atirar em mim.

As suas pupilas estavam estreitas. Esse era o Banguela com raiva. Bom, ele não sabia que era eu e não estava com raiva de mim. Eu caí para trás com o susto.

–Calma Banguela, sou eu! – quase gritei para ele com o coração acelerado.

Ele me viu e relaxou os ombros e a posição, dilatando completamente as pupilas.

–Mestre? Desculpe mestre – ele foi andando para trás e iria fugir.

Ele costumava fazer isso quando se sentia culpado também. Fugir. Mas eu sabia que sem o leme ele não poderia fugir para lugar nenhum. E sabia por experiência que ele nunca faria isso comigo por querer.

–Está tudo bem Banguela. Está tudo bem amigão. Eu vim atrás de você e não deveria ter feito isso, tocado em você sem você me ver. Eu sei que está chateado. Vem cá amigão, desculpa – eu ainda estava sentando na grama e ele veio meio correndo deitar a cabeça em meu colo.

–Desculpa mestre.

Eu não sabia que dragões choravam até aquele momento. Mesmo atribuindo características humanas ao Banguela, nunca vira realmente um dragão demonstrar sentimentos como o colocava toda a sua tristeza para fora.

–Está tudo bem Banguela. Eu que deveria me desculpar amigo. Eu deveria saber que você ficaria chateado com aquilo tudo e falado contigo – eu acariciei suas orelhas e sua cabeça. –Você disse para mim uma vez que não importava o que eu dissesse você não concordaria comigo – ele olhou para mim com as pupilas mais dilatadas do que o normal. – Não importa o que você diga Banguela. Ou o que o Furioso diga. Você é especial e único para mim e para todos. Todos de Berk confiam e amam você. Você é o Alpha. E para todos os dragões um líder. Não um defeito. Você é ainda mais gigantesco com esse seu grande coração. O que eu seria sem você? Um viking pequeno e desajeitado... Inseguro e fraco. Você é incrível. Não pode se esquecer disso nunca.

Ela ronronou e me derrubou deitado no chão, lambendo-me e me encharcando com a sua saliva. Essa era uma das maneiras de agradecimento do Banguela.

–Banguela! – eu gritei e ele riu. Eu sorri, pois ele parecia mais animado. Voltamos a outra posição.

–Sabe mestre. Eu não sabia que eu realmente poderia fazer aquilo. Pensei que como o Alpha eu poderia bloquear os seus pensamentos e pelo menos um pouco da hipnose. E sentia que eu estava conseguindo. Mas eu não sabia quem eu era. De onde eu viera. O que fizeram comigo. Eu tinha uma família e o Furioso a tirou de mim – eu continuava a acaricia-lo e sentia a sua tristeza. Porque também a sentia dentro de mim. –Mas eu encontrei outra. Outra família. Eu era solitário. Mas agora eu não sou mais. Não importa se isso tudo vai acabar um dia. Eu sou um Fúria da Noite e 20 anos com você não podem ser apagados. De forma alguma.

–Não. Não pode – eu disse, confirmando o que ele dizia. – Esses momentos, a nossa vida, nunca irá ser apagada.

Olhei para cima e o céu estava lindo. Estrelado e azul. Parecia zombar do que acontecia aqui em baixo. A tristeza que nos envolvia. Jurei a mim mesmo que o Furioso não ganharia sem luta. Ele não ganharia tão fácil. Havia um Encantador em seu caminho. E um Fúria da Noite pronto para a batalha.

Nem o Banguela sabia como havia chegado na clareira sem o outro leme. Mas eu voltei em casa rapidamente e peguei o único leme dele que estava em nossa casa.

E quem sabe aquela noite ainda poderia ser alegre?

Felizmente a Astrid e o Banguela conseguiram dormir novamente. Depois do que haviam passado, era ótimo que estivessem dormindo bem.

Mas eu não dormi. Não conseguia dormi mais naquela noite. O Furioso era o único dragão que eu odiei em toda a minha vida. Eu parecia um zumbi andando pela casa.

Eu só repassava o plano que eu elaborei em minha cabeça. Mandei o Furioso para a Ilha mais distante que a minha cabeça encontrou e mentalizei que eu iria vencê-lo.

Não importava como.


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Notas finais do capítulo

Pois é amores, gostaram??
Me deu tanta pena do Banguela. Só de me colocar no lugar dele... É triste...
Esse nem é um dos capítulos mais tristes, podem apostar.
E no próximo capítulo, o Soluço retorna com seus planos mirabolantes.... Até mais meus amores...
Temp