Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 13
Parte 1: A primeira tarefa


Notas iniciais do capítulo

Oii!!
Eu explico na parte em itálico, mas digo: Essa é a primeira divisão na fanfic. Três partes para PRIMEIRA TAREFA (são três tarefas para constar aqui, acho que vocês conseguem dizer quais são). Então, Primeira parte para vocês: As despedidas ;)
Obrigada pelos reviews meus lindos... Vocês são uns amores



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Eu divido essa 1ª tarefa em três partes...

A parte das despedidas dolorosas, para todos aqueles que não tinham tanta certeza que voltariam a se encontrar. Que voltariam vivos a Berk. Se protegeriam quem amavam.

A parte daqueles que arriscaram as suas vidas lutando contra os Dragões Exterminadores, guardiões do Ponto Culminante. Os bravos pilotos de dragões.

E a parte em que eu arrisquei a minha vida entrando na Caverna Oculta. Que subi o topo da Colina Grande. E busquei a Pedra de Fogo.

Sim, pessoas se feriram. Foi tudo tão difícil. Mas nem tudo que é difícil é impossível. Nós saímos de lá confiantes. E acima de tudo nós saímos de lá como heróis...

Acordei com uma sensação estranha dentro de mim. Apenas uma palavra: medo. Um medo imenso. E não era medo da Primeira Tarefa ou de não a completar. Era medo de um dragão. Medo do Furioso. Do que ele poderia fazer com quem eu amava.

E eu decidi que não iria chorar por isso. Eu dei essa ordem a mim mesmo. Ou pelo menos eu tentaria. Eu seria forte. Astrid precisava que eu fosse forte. Meus filhos precisavam que eu fosse forte. Berk precisava que o seu líder fosse forte.

Já estava amanhecendo. Eu levantei-me e por incrível que pareça consegui pela primeira vez não acordá-la enquanto eu levantava, ela continuou dormindo tão serenamente. E eu respirei fundo e fui até o quarto de Einar e Ágda, acordando-os carinhosamente.

–Vocês precisam buscar Sombra e Chama Crescente no Estábulo logo. Tomem café e vão. Nos encontraremos na Academia daqui a pouco – eu disse a eles.

Eles assentiram e Ágda desceu primeiro. E por sorte eu pude ficar sozinho com Einar. Ele me abraçou tão forte e espontaneamente que curou tudo naquele momento.

–Aconteça o que acontecer Einar, não importa o quê, apenas me prometa que irá protegê-las. Que irá mantê-las sãs e salvas. Eu confio em você meu filho. E se algo der errado, eu tenho certeza que Berk confia em você.

Ele me olhou nos olhos.

–E se eu não estiver preparado? E se eu não puder ser o líder que você acha que eu sou? E se... Berk não confiar em mim como você pensa? – ele disse tristemente.

–E se você apenas olhasse para você? Dentro do seu coração há um líder Einar. Você sempre sabe o que dizer e o que fazer. Apenas confie em você mesmo. Eu não fiz isso uma vez e muita coisa deu errado. Mas quando passei a confiar em mim mesmo tudo passou a ser bem mais fácil. Não se preocupe. O seu avô irá ajuda-lo. A sua avó. E a sua mãe... A sua mãe... Ela... – fechei os olhos com força para que as lágrimas não rolassem. – Ela sempre sabe o que dizer também.

–Talvez você viva para sempre – ele disse sorrindo. Eu ri também.

–Talvez. Mas faça o seguinte: olhe para as estrelas, para as flores, para o mar. Eu tenho certeza que estarei vivo nas coisas mais simples. Mas antes nos encontraremos no entardecer. Agora vá.

–Eu prometo que cuidarei delas. Além de tudo, elas também são parte de mim.

Eu tentei, mas eu não consegui. Eu tentei ser forte, mas ao invés disso chorei. Fraco. Eu me sentia assim. Astrid me encontrou no banheiro, encostado na parede e com os joelhos apertados no peito. Ela me olhou assustada.

Eu apenas afundei nos cabelos dela e pedia desculpas por chorar.

–Vai ficar tudo bem. Tudo bem, não peça desculpas – eu me surpreendi com a sua voz firme enquanto ela acariciava os meus cabelos.

–Eu estou me sentindo um inútil chorando assim – eu lhe disse com a voz embargada.

–Não fale assim meu amor – ela olhou nos meus olhos então. – Chore aqui comigo, mas não chore na Grande Caverna. Você precisa de concentração – ela segurou as minhas bochechas. – Não pense em mim ou em Ágda e Einar ou em Valka ou nos outros pilotos. Pense que você precisa sair vivo de lá por nós.

Mas ninguém nunca saiu vivo de lá! As palavras gritavam dentro de mim, mas eu fui incapaz de dizê-las.

–Você não vai chorar mais e nós vamos para Academia – ela disse com um carinho imenso. Com amor. – Vai ficar tudo bem.

Quando consegui falar sem chorar a cada três palavras e o meu semblante estava bem melhor, nós descemos e fomos para a Academia.

Mestre, prometa que não vai chorar. Banguela não voa quando está todo encharcado de lágrimas – o Banguela disse e eu ri de suas palavras. Sabia que ele estava tentando me animar.

Eu vou tentar – eu respondi e ele riu.

Vai dar tudo certo mestre. O mestre nunca deixaria nada acontecer com o Banguela e o Banguela nunca deixaria nada acontecer com o mestre.

–Eu sei disso Banguela. Eu tenho certeza disso – eu disse acariciando-o.

Os outros chegaram à Academia junto conosco e eu distribui o material a todos os pilotos. Embora fosse muito cedo, todos estavam em alerta. Acordados.

Eu fiquei com uma lanterna e minha mãe com a que sobrou, pois ela estava com as crianças. Eu também peguei alguns balões de água por precaução e o grupo da luz também pegou algumas. E a imagem forte dos Exterminadores estava forte na mente de cada um ali.

Todos se despediram de mim com um abraço. Eu mantive-me firme e não chorei novamente. Nós iriamos nos separar em breve. Eles atrairiam os dragões e eu subiria até o topo da montanha com o dragão mais rápido do mundo.

–Lembre-se querido. Você tem o que todos os outros não tinham quando subiram ao topo daquela montanha. Eu tenho certeza disso. Eu te amo mais do que tudo meu filho – minha mãe disse enquanto me abraçava.

–Amo você demais mãe – eu respondi. – Boa sorte.

Foi a vez de Ágda...

–Qualquer coisa use as flechas minha ruivinha. Eles não terão chance – eu lhe disse e ela riu. – Cuide-se que tudo dará certo minha filha.

–Seja forte e seja o Soluço III que é capaz de mudar o mundo – ela me disse.

Foi a vez de Einar...

–Não se esqueça da promessa e acima de tudo, fique vivo – eu disse com todo o carinho que tinha no mundo.

–Eu ficarei e cumprirei a minha promessa – ele respondeu. Era uma fortaleza para mim. Parecia ter 20 anos ao invés de 12.

E por fim veio Astrid. O meu porto seguro. O meu amor.

–Todos lhe deram conselho e eu não serei mais uma a fazer isso – eu ri dela. – Aconteça o que acontecer eu te amarei eternamente. Vença o Ponto Culminante Soluço. Você é forte.

–Te amo mais do que tudo – eu puxei sua cintura. – Eternamente.

–Eternamente – ela repetiu.

E nos beijamos com ar de despedida.

O Ponto Culminante visto de longe mais parecia uma casa de fantasmas. Mas era apenas a neblina que era muito densa naquela região devido à alta altitude.

E eu os acompanhei até quase a floresta no pé da montanha. Lancei um olhar confiante a todos. Astrid disse “Eu te amo” apenas mexendo os lábios. E eu também lhe respondi com um “Eu te amo, cuide-se”.

Todos os pilotos me contaram essa história. E eu contarei para vocês. Lembro-me de tudo como se estivesse com eles. Essa é a história sobre os Exterminadores e os Pilotos de dragões...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Eu sou má né, deixei vocês curiosos.... Só amanhã agora rsrsrs
Enfim, espero que vocês tenham gostado. E espero vocês no próximo capítulo!
Carinhosamente, Temp