Capítulo 09: Negócio Inacabados

Após as cartas e as dúvidas dessa noite fui para o meu quarto, chegando a manhã seguinte, estava marcado um discurso em frente à prefeitura, Yumi e eu fomos levados para o centro da cidade, todo reformulado, a nova prefeitura fica a um quilômetro do Portal Espiritual criado na batalha entre a Avatar Korra e Kuvira.

Desembarcamos do Sato Mobile, uma multidão já estava lá a espera, enquanto Yumi se sentava numa cadeira reservada a ela na frente do palco e subo as escadas, tomo o meu lugar, então começo a olhar em volta, todos fizeram silêncio, conseguia ver Fong e o Secretário Torá, tento falar, mas minha voz trava, nunca tive que falar na frente de tanta gente, com tantos repórteres.

Vejo Yumi novamente, já sentada, aí sinto-me mais confiante e começo.

– Bom dia a todos, eu sou Suan, o novo Avatar – faço um pequena pausa – como vocês sabem já faz um tempo que Korra nos deixou, estive muito tempo com problema devido a um acidente e não pude tomar as minhas responsabilidades, mas estou aqui agora – olho em direção a Fong – e afirmo que manterei a paz e o equilíbrio, custe o que custar.

Acabando de falar noto que Fong saí em direção ao estacionamento. Os repórteres se aproximam para fazer perguntas.

– Avatar – diz um homem com um gravador – como estão suas habilidades? Quais são as dobras que já foram dominadas?

– No momento domino a Terra, meu elemento de origem e estou aprendendo a dobra de Fogo, próxima pergunta.

– Avatar –agora outro repórter toma a frente – que perigos e ameaças você vê que estão para acontecer nos próximos anos?

– Bom – fico pensativo, os cidadãos de Republic City não estavam cientes da guerra que estava por vir, avisá-los poderia causar um tumulto e medo, seria melhor esperar mais para dar essa notícia a cidade – no momento não estou por dentro dessas novidades, mas assim que possível – minhas palavras são cortadas pelo som de uma explosão que acontece dentro da prefeitura, latas com gás caem perto palco, o terror é instaurado.

Pensando rápido uso minha dobra de terra para cobrir as latas antes que mais gás saia, cinco homens de preto saem correndo pela lateral do prédio, derrubando três policiais que nada puderam fazer, me lanço ao ar com a dobra de terra que me faz voar em direção ao veículo dos homens que estão em fuga, não era o suficiente para alcançá-los, pois já viravam a esquerda num beco, atinjo o chão e rolo, corro para o beco e eles desapareceram.

Depois desse desastre voltamos ao hotel, que mais parece uma prisão, a tarde depois do treinamento com Yumi digo.

– Precisamos sair pela cidade, estão nos trancado aqui, isso deve ser um plano de Fong, vamos para a casa dele.

– Mas como sairemos daqui – Yumi responde – o lugar está completamente cercado, irão nos ver.

– Hum – olho para um prédio próximo – acho que acabo de ter uma ideia – então dou um sorriso.

– Essa ideia não pode ser boa, com certeza não é, pelo seu sorriso algo vai dar errado.

– Não se preocupe – digo –vamos fazer o seguinte...

Ambos tomamos distância da borda e corremos, quando chegamos perto dela saltamos e usamos a dobra de fogo como propulsores, caímos no prédio ao lado, no terraço, estamos os dois rindo e esfolados, chegamos a porta que desce para os andares, ela está trancada, Yumi domina a uma faca de fogo e derrete a fechadura, apesar da demora, descemos para os andares e saímos na rua.

Andamos cerca de meia hora até chegarmos na casa de Fong. A porta estava destrancada, isso facilita nossa vida, ele estava na cozinha, dava pra ouvir o som de panelas e pratos.

– Vamos sentar no sofá e esperar – cochicho para Yumi, sentamos os dois no sofá.

Minutos depois ele chega na sala e leva um susto.

– O que você acha que está fazendo Suan? Entrando assim na minha casa?

– Estava passeando pelo bairro quando resolvi aparecer um pouco, quem sabe um chá? Estou com um pouco de sede – digo e ouço um risinho de Yumi.

– O que você quer? Veio falar sobre a carta?

– Vim, mas primeiro, sobre o ataque? Por que fez isso? – Digo com um olhar muito sério.

– Não fomos nós, por que acharia isso? – Fong questiona-me.

–Eu o vi saindo antes do ataque, indo para o estacionamento, estava se protegendo não é?

– Não fomos nós Suan, só queremos nos proteger da Nação do Fogo.

– Proteger? Planejando um ataque? – agora me levanto e vou em direção a Fong que estava na porta da cozinha.

– Você está surdo, eu já disse que não fomos nós, quem sabe deveria pedir ao seu amiguinho, Shyzu, se não foi ele?

– O que você está insinuando Fong, que ele mandou que fizessem isso? Eu preciso lembrá-lo que vocês me perseguiram até chegar à Nação do Fogo?

– Eu sei muito bem disso – ele responde ferozmente – mas você nos roubou, pegou algo confidencial, está na hora de fazermos um acordo, ajude-nos a deter os planos da Nação do Fogo? Juntos eles não terão chance?

– Você quer que eu ajude vocês? Não haverá guerra, nenhuma, vocês terão que desistir. Eu conheço o Shyzu, a Nação do Fogo foi por muito tempo taxada como o mal, mas isso já acabou, eu conheço o Senhor do Fogo, ninguém quer a guerra, está na cara que você forjou as duas cartas, está na hora de irmos Yumi, mas saiba Fong, guarde minha palavras, eu estarei de olho em vocês e se algo acontecer, eu vou ter que tomar medidas drásticas e, não pense que eu não o farei – olho nos olhos dele, dou as costas e saio junto com Yumi.

Na rua viro para Yumi e digo.

– Tem mais um lugar que eu quero ver antes de voltarmos para o hotel, vamos até o beco onde fugiram os criminosos que explodiram a prefeitura, deve haver algo lá que nos diga para onde foram, uma pista é o suficiente.