Numberman escrita por Gusttavo Perez


Capítulo 6
Números - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Vagas temporariamente preenchidas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592346/chapter/6

– Estou ficando louco!! Não consigo parar de ver esses malditos números! Ajudem-me! - Newton estava gritando, estava assustado e não conseguia enxergar mais nada, apenas seus números.

Cisco, assustado, perguntou para Harrison:

– E agora? O que a gente deve fazer? Ele pode ficar louco.

Harrison, confuso, respondeu precipitadamente:

– Vamos ceda-lo. Quem sabe assim ganhamos tempo.

Cisco correu em direção à um armário, mas Newton se jogou em cima dele e que logo após correu em direção à saída. Newton saiu do laboratório com as mãos na cabeça, como se estivesse com dor. Caitlin, que estava atrás dele, começou a gritar:

– Newton! Espere! Espere! Vamos te ajudar! Não fuja!

Newton parou. Ficou quieto. Ele olhou para ela e disse:

– Passou... não estou vendo mais nada.

Caitlin sorriu e os números tornaram a aparecer parar Newton. Ele começou a correr de novo e gritando:

– Socorro! Socorro! Eles estão em toda parte! Que merda!

Caitlin cansou de correr, mas Newton estava cada vez com mais medo e fôlego. Ela olhou para ele, que estava longe, e comentou, sozinha e ofegante:

– É... acho que eu o perdi... não consigo mais correr. Se eu continuar nesse ritmo posso desmaiar. Acho que vou voltar para o laboratório.

Newton, correndo e esbarrando em todo mundo, pulou sobre um carro que quase o atropelou. Os pedestres que viram começaram a aplaudir e ficaram espantados com tamanho pulo. Isso não o fez parar de correr. Corria e corria sem parar. Para outras pessoas, ele estava desviando de coisas invisíveis, mas Newton estava desviando dos números estranhos que apareciam sem aviso.

Perto da esquina se aproximava uma mulher de olhos azuis e cabelo acobreado. Sua pele levemente bronzeada se juntava de um modo muito belo com seu rosto infantil. Estava com uma roupa muito chamativa... infantil.

Ela esbarrou em Newton e, achando que era assalto, o pegou e deu um soco e depois um chute. Ele caiu no chão, mas depois se levantou e perguntou:

– D-Desculpe-me... é que eu estou correndo faz horas e não estou enxergando nada. Digo, não estavam. O soco que você me deu acho que me fez parar de enxergar essas... coisas.

– Não diga nada, estranho. Eu achei que fosse um assalto. Não demoraria muito para eu te mat... Te bater de novo se eu tivesse concluído que eu estava certa. Eu vou embora.

– Qual o seu nome? – perguntou Newton, encantado com tal beleza.

– Avallon. Tchau.

* * *

Em uma sala escura ela chegou. A mesma mulher que esbarrou em Newton estava se curvando diante à algum ser majestoso. Avallon perguntou de um modo respeitoso, mas ao mesmo tempo, com medo:

– Aqui estou, chefe. Qual a sua ordem?

– Harrison oferece risco para a gente.

– Harrison? O do laboratório STAR?

– Exatamente. Ele contém alguns arquivos sobre mim e sua equipe pode atrapalhar alguns planos que eu estou criando.

– Eu entendo, chefe. E qual a sua ordem?

– Destrua o laboratório e toda a equipe de Harrison. Inclusive ele, mas antes eu quero esses arquivos em minhas mãos.

– Arquivos? Como que eu vou saber de algum arquivo? Eles devem ter tantos.

O chefe misterioso se calou por um instante e depois respondeu:

– Procure pelo nome de Francisco Ramon. Da última vez que eu vi o arquivo, estava mesclado com o dossiê que Harrison tem deste funcionário.

– Claro, chefe. E para quando você precisa?

– Não tenho pressa. A pressa é inimiga da perfeição e eu sigo esse ditado à risca.

Avallon saiu da sala, determinada a fazer o que tinha lhe pedido.

***

Petrov estava observando Cisco, que estava em sua nova casa, do lado de fora. Encarava Cisco com uma fúria absurda, pois seu chefe – Albert Desmond – havia lhe contado que a peça que Petrov havia pegado não era a necessária:

– Eu preciso encontrar a peça. Se eu falhar mais uma vez, posso ser morto.

Petrov saiu do carro e com uma pistola em cada mão arrombou a porta. Entrou com tudo e aponto as duas armas para Cisco:

– Onde está a peça?

Cisco, assustado, correu gritando por socorro. Subiu as escadas com o celular na mão, mas Petrov conseguiu pegar o celular e o jogou pela janela, quebrando-a:

– Eu quero a peça. Dê-me ela antes que eu te mato.

Sem saída, Cisco respondeu:

– De qual peça está falando? Eu tenho tantas. Por favor, não me mate!

– Uma peça azul que dobra a carga de algum aparelho.

Cisco se lembrou da peça e começou a negar a existência dela. Petrov deu uma coronhada em Cisco e o colocou no carro:

– Vou te levar para o Albert. Se eu não consigo tirar a informação de você, ele consegue.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Comente, favorite e recomende.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Numberman" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.