Meu Anjo escrita por J R Mamede


Capítulo 1
O Casamento de Rosalya e Leigh


Notas iniciais do capítulo

Esta short-fic tem como paquera principal Lysandre.

Eu tenho outra fic de Amor Doce, com o paquera Castiel. Se tiver interesse, fica aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/553577/Na_Melodia_do_Amor/



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Flores decorativas. Pessoas trajadas elegantemente. Músicos tocando seus instrumentos delicados. E muito comida de tamanhos exageradamente pequenos e de gostos estranhos.

Elizabeth usava um longo vestido roxo. Segundo ela, parecia uma enorme berinjela, mas não podia contradizer as vontades de sua irmã mais velha, visto que ela adorava esta cor e era esta que suas damas de honra usariam em seu casamento.

Rosalya sempre fora o oposto da irmã: era autoritária, extrovertida, egocêntrica e muito charmosa. Elizabeth também era bonita, porém, não tanto quanto a sedutora Rosalya. Esta possuía compridos cabelos brancos e olhos amarelados, enquanto aquela tinha cabelos castanhos e olhos azuis.

As irmãs Carter foram criadas pela tia, Barbara Stuart, irmã de Crystal e mãe das meninas. Quando Elizabeth tinha quatro anos e Rosalya nove, Crystal deixara as garotas com o pai, objetivando seguir o sonho de trabalhar como uma grande estilista de moda em Milão.

─ Este sempre foi o sonho dela. ─ Tentou explicar Peter, pai das crianças, com Elizabeth em seu colo e Rosalya a sua frente, fitando-o com atenção.

─ E quanto a nós? ─ questionou a mais velha, cheia de raiva em seu coraçãozinho. ─ Ela nos abandonou e nunca mais irá voltar. Eu a odeio!

─ Não diga isso, Rosa ─ repreendeu Peter. ─ A mãe de vocês a amam muito...

─ Mas ama muito mais a moda! ─ vociferou a menina, saindo da presença do pai e da irmã, para poder chorar sozinha em seu quarto. Rosalya nunca chorava na presença de ninguém.

─ Papai? ─ Era a doce Elizabeth.

─ Sim, Castorzinho?

Castorzinho era como Peter chamava sua caçula, e Algodãozinho era o apelido carinhoso que dera à primogênita. A questão das cores dos cabelos era um fator relevante para tais nomes.

─ Mamãe não nos ama?

Peter suspirou, fitou os enormes olhos azuis de sua menininha, sorriu e, como sempre fazia, mostrava a suas filhas que tudo ficaria perfeitamente bem. Ele faria ficar tudo perfeitamente bem, sem medir esforços.

Se era para a felicidade de suas garotas, Peter Carter escalaria o monte Everest se preciso fosse.

─ Mamãe ama vocês tanto quanto eu, Castorzinho ─ garantiu o bondoso homem.

─ Ela ama um montão assim? ─ perguntou Elizabeth, abrindo seus bracinhos para mostrar o tamanho do amor que ela queria de sua mãe.

─ Um montão assim. ─ Peter imitou o gesto da filha, abraçando-a e fazendo-lhe cócegas logo em seguida.

O pai de Rosalya e Elizabeth, um ano após Crystal ter partido, acabou indo embora também, porém, ao contrário da mãe, Peter fora a contra gosto: a Morte o chamara para morar com ela.

Peter Carter sofrera um acidente de carro quando voltava do supermercado. Um motorista de caminhão perdera o controle do veículo, porquanto a pista encontrava-se escorregadia daquele inverno rigoroso.

Após o falecimento do pai, as garotas foram criadas pela tia Barbara. Ela não era uma mulher propícia para educar duas crianças, visto que não gostava muito de pessoas menores de dezoito anos e possuía pouquíssima paciência com elas. Barbara Stuart era um feminista atuante. Nunca quis casar-se e muito menos construir família. Adorava sua liberdade e sua solidão. Era jornalista e trabalhava em um jornal local da pequena cidade britânica onde morava.

Apesar da sua pouca habilidade e amabilidade com crianças, surpreendentemente, Barbara conseguira criar muito bem Rosalya e Elizabeth, amando-as como nunca imaginara poder amar alguém.

Graças à tia, as meninas tiveram uma boa educação, carinho, conforto após a perda do pai e independência, já que Barbara não tinha muito tempo para ficar com as garotas; o jornal precisava dela em tempo integral.

Doze anos após a morte de Peter, Rosalya estava em seu vestido branco e bem estilizado, próprio de sua criação. Ela terminara a faculdade de Moda e não pôde esperar nem mais um segundo para colocar a aliança em seu anelar esquerdo. Rosalya conhecera Leigh na sexta série e, desde então, os dois começaram a namorar. O moreno fora o primeiro namorado da jovem e, segundo ela, o último.

Leigh também era recém-formado da faculdade de Administração. Ele, assim como sua noiva, gostava muito de moda, então montou sua própria loja de roupas. O casal planejava o futuro: Leigh administrando os negócios, enquanto Rosalya criava as coleções para cada estação do ano. A irmã de Elizabeth era muito criativa com roupas ─ às vezes até demais ─ e muito habilidosa com os desenhos, igual a sua mãe, embora a albina evitasse tal comparação.

Elizabeth, por sua vez, herdara o dom das imagens, assim como seu pai. A jovem amava fotografar, não conseguia desgrudar de sua câmera fotográfica profissional que ganhara de Natal aos treze anos. Aos dezessete anos e no último ano escolar, Elizabeth já sabia que no próximo ano ela estaria cursando Artes, com o intuito de, futuramente, especializar-se em imagens registradas pela lente de uma câmera. Barbara incentivava muito a carreira da sobrinha, prometendo um emprego no jornal.

Babby.

Era assim como a tia das meninas sempre preferiu ser chamada.

─ Nada de titia ─ dissera quando as garotas foram morar com ela. ─ Apenas Babby.

Barbara Stuart era muito parecida fisicamente com Crystal, apenas os fios louros de sua cabeça diferenciava uma irmã da outra. Naquele dia, trajava um vestido preto, como se o casamento fosse uma cerimônia fúnebre. Provavelmente, era isto que Babby pensava.

─ Não acredito que sua irmã está fazendo isso ─ sussurrou ela para Elizabeth. ─ Ela só tem vinte e dois anos e já vai se prender desse jeito. Céus! O que há com os jovens de hoje? Na minha época gostávamos de manifestar contra a política do país ou abraçávamos uma árvore.

─ Ela está feliz, Babby.

─ Por favor, Liz! Felicidade e casamento, a meu ver, não são sinônimos.

─ Mas para Rosa é ─ rebateu a garota.

“Quero ser mãe, Babby” ─ continuou a reclamar, em uma tentativa imitação de Rosalya. ─ “Sei que Leigh é o cara certo, afinal, estamos juntos há dez anos. Ele é o homem da minha vida!”. Poupe-me de tanta besteira, por favor! Sabe o que eu fazia aos vinte e dois anos? ─ Babby ia falar algo inapropriado, mas, ao observar melhor sua sobrinha, decidiu recuar. ─ Esqueça! Você ainda é muito nova para essas conversas.

Elizabeth apenas revirava os olhos, mas ria da atitude da tia. A jovem também não nutria tantas expectativas com o casamento. Talvez ela também nunca se casasse; não tinha certeza se “o cara certo” existia, pelo menos, não para ela.

─ E você não tem que ajudar a sua irmã? ─ indagou Barbara. ─ Não precisa acalmá-la e bater em sua cara quando ela der chilique.

─ É verdade. Já estou indo.

─ Vá, super dama de honra! ─ zombou a tia. ─ Vá salvar a noiva enlouquecida, antes que ela coloque fogo na igreja.

Outra reclamação de Barbara fora a escolha da sobrinha querer casar-se em uma igreja. A tia das meninas era ateia e não respeitava muito a opinião de religiosos.

─ Por que não ao ar livre? ─ perguntou Barbara. ─ É muito mais romântico, pelo menos é o que os românticos dizem.

─ Porque nós decidimos uma cerimônia religiosa ─ explicara Rosalya, um tanto impaciente.

Nós? ─ gargalhou Babby. ─ Minha nossa, Rosa! Você já fala igual àquelas mulheres casadas há anos: “Nós gostamos das montanhas” ─ atuou, falando de forma propositalmente patética. ─, “Nós preferimos camarão”, “Nós amamos o estofado cor de cocô”.

Tia Barbara era muito ácida em suas opiniões. No jornal, suas matérias eram sempre irônicas e agressivas. Era uma língua afiada.

Elizabeth encontrara sua irmã olhando-se no espelho de um dos aposentos da igreja. Ela estava linda. Duas damas de honra de Rosalya estavam ajudando-a com o véu. Uma delas era Sabrina, a melhor amiga da irmã da noiva.

─ Você está perfeita, Rosa.

─ Oh, Liz! Onde estava? Meu Deus! Estou com uma dor horrorosa no estômago e nem sei se consigo respirar direito.

─ Calma, Rosa ─ falou Melody, uma das damas de honra. ─ Você está linda e vai dar tudo certo.

─ É isso mesmo ─ confirmou Sabrina. ─ Pare de fazer showzinho.

Elizabeth depositara um olhar repreendedor à amiga, a qual apenas dera de ombros e fizera uma careta, mostrando que não gostava nada de trajar aquele vestido e calçar sapatos de salto.

Rosalya pedira às duas deixarem-na a sós com sua irmã caçula. Percebia-se pelo semblante que a moça estava extremamente apavorada. Não foi por falta de aviso, pensou Elizabeth, afinal, ela e a tia cansaram de dizer que era demasiado apressado o casamento, podendo ser adiado. Porém, teimosa, Rosa não se importara com os conselhos familiares, estando certa de sua escolha. Um relacionamento de dez anos, segundo a albina, deveria ser selado com um matrimônio burocrático.

─ Liz, acho que vou vomitar.

─ Não faça isso, pois ninguém se encanta com uma noiva fedida a vômito ─ brincou a garota.

─ Eu falo sério, sua tonta! ─ ralhou Rosalya. ─ Não sei se estou preparada. Veja como estou tremendo. ─ Estendeu as mãos com as palmas viradas para o chão.

─ Relaxa, Rosa. Agora é tarde para desistir ─ dissera Elizabeth. ─ Você ama Leigh, não ama? Então não precisa ficar apavorada, muito menos em dúvida. Vá lá e arrase!

Rosalya sorriu para a sua jovem irmã e a abraçou com carinho. Liz sempre soubera como animá-la, assim como o seu pai fazia. Era reconfortante escutar os conselhos e broncas da moça.

─ Ok! ─ confirmou Rosa. ─ Podemos começar o show.

***

─ E então? ─ perguntou Sabrina, quando Elizabeth apareceu. ─ Podemos começar com o mico do ano?

─ Podemos, Brina ─ riu Elizabeth. ─ Mas não será um mico tão grande assim!

─ Como não? ─ rebateu a morena. ─ Olhe para mim, Liz! Pareço uma embalagem de bombom. Estou ridiculamente patética. Cast já fez milhares de piadas de meu visual. ─ Fazendo uma careta, concluiu: ─ Odeio quando ele faz aquela cara de safado, misturado com sarcasmo.

Sabrina Loren namorava Castiel Muller. Os dois combinavam muito, visto que ambos eram fãs de Rock e tocavam guitarra. Fora em um show da banda de Castiel que os dois começaram a namorar. Na época, ele, assim como ela, tinha a pelugem negra. Com o tempo, Castiel decidira aventurar-se com a tintura de cabelo, pintando seus fios de vermelho. Entretanto, a primeira tentativa não dera certo: no lugar do vermelho, Castiel passara alguns dias com o cabelo cor de rosa. Só na segunda vez que o tão esperado rubro fixou nos fios do rapaz. Brina sempre dissera que preferia o namorado moreno, pois, segundo ela, ele ficara parecendo um tomate.

Sabrina e Castiel formavam um par perfeito. Os dois possuíam pares de olhos acinzentados e os gostos e personalidades eram muito semelhantes. O estilo musical era o mesmo e o jeito de vestir também: sempre ao modelo rock n’ roll.

─ Então, podemos ir? ─ perguntou Lysandre, aparecendo repentinamente.

─ Céus, Lys! ─ exclamou Brina, levando as mãos ao coração. ─ Você quase me mata de susto. Aparece do nada!

─ Desculpem-me ─ riu o rapaz.

─ Já disse que ele é um anjo, Brina ─ brincou Elizabeth. ─ Ele está por toda parte.

Este comentário fizera a morena gargalhar, porém, Lysandre, não pareceu gostar muito. Aliás, sempre que Elizabeth afirmava que ele era um anjo, o albino não ficava muito contente.

Lysandre fazia parte da banda em que Castiel tocava guitarra. Eram melhores amigos. O rapaz possuía um estilo diferente, trajando roupas à Vitoriana. Tinha cabelos brancos e olhos heterocrômicos: o direito era amarelado, e o esquerdo esverdeado. Lysandre era vocalista e compunha as músicas da banda Black Angels. Suas letras eram pura poesia.

─ E eu já disse que não sou anjo ─ falou o rapaz. O albino ofereceu seu braço à Liz, pedindo-a para acompanhá-lo ─ E então, senhorita Carter? Vamos?

─ E cadê Castiel? ─ questionou Sabrina, procurando-o por todos os lados. ─ Eu entro com aquele ruivo dos infernos!

─ Não deveria falar inferno em uma igreja, senhorita Loren. ─ Apareceu o par da morena. ─ Assim você nunca irá para o céu.

─ Vá para o diabo você e sua filosofia moralista ─ vociferou Brina. ─ Pensei que entraria sozinha na igreja, pois meu namorado resolvera sair para fumar.

─ É meu vício, assim como você ─ sorriu o ruivo. ─ Estou aqui, não estou? Então pare de praguejar e falar palavrões na igreja.

Castiel puxou a namorada para perto de si, aplicando-lhe um beijo em seus lábios. Esta era a melhor forma de acalmá-la.

Lysandre e Elizabeth se entreolharam de forma divertida, pigarreando para os namorados pararem com as demonstrações afetivas em público. Já estavam acostumados com seus amigos, porquanto era sempre assim, principalmente no colégio, onde os quatro estudavam na mesma sala, desde a primeira série.

─ Você está muito bonita, Liz ─ comentara o albino.

─ Obrigada. ─ Fitando seu amigo, elegantemente trajado em um smoking, falou: ─ Você também está muito bonito, Lys.

O albino sorriu, agradecendo o elogio. Os dois entraram na igreja, direcionando-se ao altar, onde o padre e Leigh os aguardavam. A marcha nupcial começara a tocar, enquanto as três damas de honra em seus vestidos roxos, e seus acompanhantes, rumavam a seus lugares destinados na cerimônia.

Logo atrás de Lysandre e Elizabeth, vinha o casal, Castiel e Sabrina, e o terceiro par, Nathaniel e Melody. Estes últimos eram grandes amigos dos noivos.

Leigh parecia muito feliz, embora um tanto apreensivo. Porém, quando Rosalya entrara na igreja em seu lindo vestido branco, o moreno começou a sorrir como um menino. Devia estar admirado com tamanha beleza de sua futura esposa.

Leigh era um jovem de cabelos pretos e olhos da mesma cor. Era o irmão mais velho de Lysandre. Amava tanto a irmã de Elizabeth, que não sabia explicar seus sentimentos. Era algo tão intenso, que palavras eram insignificantes para descrever.

As damas de honra ficaram ao lado direito do altar, enquanto os rapazes ficaram ao lado esquerdo, junto com o noivo.

Rosalya entrara na igreja com George Engels, pai de Leigh e Lysandre, um senhor muito simpático e engraçado. A mãe dos rapazes, Josiane Engels, estava muito emocionada, bem diferente de Barbara Stuart, que parecia achar tudo uma grande besteira. Entretanto, no fundo, a tia da noiva estava feliz pela felicidade da sobrinha, só não gostava muito de demonstrar.

Quando Leigh recebera sua bela Rosalya, beijou-lhe a testa com carinho e sussurrou em seu ouvido:

─ Você é a rosa mais bela deste mundo.

A moça sorriu e só conteve as lágrimas, porque não se permitia chorar na presença de outrem. O padre começara com seu sermão e surpreendera a todos os convidados, cantando “Hallelujah” para saudar o jovem casal.

Os noivos trocaram as alianças e os votos de afeto. Elizabeth estava muito contente com aquela união e, pensou ela, precisava se acostumar a chamar sua irmã, dali em diante, de senhora Engels, e não mais de senhorita Carter.

Eram as mudanças da vida. As mudanças são necessárias para nossa evolução.

Após o término da cerimônia, foram todos à porta da igreja jogar pétalas de rosas brancas no casal recém-unido.

O próximo passo era a festa!

Todos os convidados rumaram ao salão de festas muito bem decorado, próximo à igreja, para evitar muita caminhada, principalmente para as mulheres, com seus finos saltos.

Os noivos fizeram seus discursos, animando a todos. Cortaram o enorme bolo e tiraram muitas fotos para guardar como recordação. Logicamente, Elizabeth estava com sua câmera, para registrar todos os momentos.

A festa começara e a música da banda Black Angels invadia o local. O grupo tocara algumas de suas músicas, uma forma de presentear os noivos.

Sabrina não desgrudava os olhos acinzentados de seu namorado Castiel, enquanto Liz arrepiava-se com a linda voz de Lysandre, extasiando-se com as letras maravilhosas.

─ O anjo não tira os olhos de você ─ comentara Brina, aos berros para Liz a escutar. ─ Quando vocês vão dar uma chance um ao outro? Já estou cansada dessa lenga-lenga.

─ Não sei do que você está falando. ─ Fizera-se de desentendida. ─ Eu e o Lys somos amigos. E pare de chamá-lo de anjo, pois você sabe que ele detesta!

─ Pare você de chamá-lo assim ─ retrucou a morena. ─ Ele detesta que você o chame assim. Ele detesta ser rotulado por você de puro e santo.

Elizabeth preferiu fingir não ter escutado o que sua melhor amiga havia dito. Às vezes é melhor ocultar a realidade, ao invés de enfrentá-la de peito aberto.

Ela tirou uma foto de Lysandre cantando. Adorava pegá-lo em momentos do cotidiano, principalmente quando ele estava fazendo o que mais amava. Ficava tão bonito quando a lente o pegava desprevenido.

A banda terminara de fazer sua apresentação, trazendo à Sabrina um Castiel suado e ofegante, acabando com uma garrafinha de água. Mesmo assim, ela não resistia, beijando-o com tanto ardor, não se importando com as gotículas de suor. Ele ficava muito mais incrivelmente sedutor e másculo quando estava transpirando, pelo menos era o que Brina adorava dizer.

Lysandre não estava muito diferente do amigo. Estava sem o smoking e sem a gravata, com alguns botões da camisa desabotoados. Elizabeth não podia negar o quanto ele era bonito e, talvez Brina estivesse certa: homens suados eram muito mais charmosos.

Rosalya e Leigh dançavam na pista, rindo e alegres com aquele dia tão especial, o qual ficaria guardado na memória pelo resto de suas vidas.

Barbara também não deixara de se divertir: pegara um rapaz para ser seu acompanhante, e não deixava o pobre sossegado, pois estava cheia de energia para dançar a noite toda.

Estavam todos se divertindo.

─ Vem dançar comigo, Lys! ─ Elizabeth pegou o albino pelo braço e o arrastou para o centro do salão.

─ Você sabe que eu não sei dançar ─ riu. ─ Vou pisar no seu pé!

─ Isso é uma ameaça? ─ zombou a jovem. ─ Se for, saiba que eu piso no seu pé primeiro.

─ Não foi uma ameaça ─ apressou-se a corrigir-se, fingindo-se ofendido. ─ Apenas um aviso. Não vá reclamar depois.

─ Prometo não reclamar ─ afirmou Liz, em seu jeito brincalhão. ─ Se você pisar no meu pé, prometo me vingar mais tarde, com algo bem mais maléfico. Pinto seu cabelo do mesmo tom rosa que Castiel tingira o dele.

Lysandre e Elizabeth começaram a rir, pois, de fato, o episódio épico em que Castiel ficara com os cabelos cor de rosa, fora o mais engraçado de todos os momentos passados pelo grupo.

─ Você não tem jeito ─ falou Lysandre. ─ Adoro seu senso de humor.

Uma música lenta começara a tocar, então os dois viram-se obrigados a ficarem mais unidos. Elizabeth apoiara sua cabeça sobre o peito do albino, cerrando seus olhos para escutar a música e apreciar o balanço da dança.

Era tão bom ficar perto de Lysandre. Era bom ficar sobre a proteção daquele anjo.


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Notas finais do capítulo

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