– Você costuma trazer suas “queridas” aqui? – perguntei a Klaus enquanto estávamos abraçados, eu na frente e Klaus atrás observando o mar.

– Quando você fala assim eu até me magôo – ele disse e eu ri. - Você é a primeira que eu trago para um encontro desses – ele sorriu, olhando as águas.

– Eu deveria mesmo acreditar nisso? – dei um sorriso involuntário e desviei o olhar para ele.

– Eu amo esse veleiro mais do que muita gente – ele falou arrancando um riso de mim, porem percebi que havia algo errado.

– Que foi Klaus?– perguntei preocupada e ele apertou o abraço.

– Saber que tudo vai acabar ao amanhecer é frustrante – ele disse olhando para o céu.

– Tudo o que? – eu perguntei querendo a confirmação da questão que se formava em minha mente.

– Nós! – ele simplesmente me respondeu.

– Klaus – me desvencilhei dos braços de Klaus – não acredito que mesmo depois de eu ter me declarado, você esta falando isso! – me virei indo em direção a saída do veleiro, estava realmente brava, porem um vento passou por mim e Klaus segurou meus braços, de uma maneira leve – Me solta! – eu disse tentando me desvencilhar.

– Então aquilo foi pra valer? – ele falou sorrindo, soltando umas das mãos de meus braços e a pousando em meu rosto.

– Claro! – eu disse em tom irritado e ele sorriu.

– Você fica ainda mais linda quando fica brava – ele aproximou nossos rostos, e nossos lábios se tocaram novamente num beijo doce e urgente.

*****

– Você já assistiu titanic? – perguntei a Klaus momentos depois.

– Aquela história boba, em que o navio afundou? – eu concordei com a cabeça. – Caroline.. – ele disse olhando para mim – não, eu não vou fazer aquela cena ridícula.

– Esta bem então – eu disse com um sorriso maldoso para ele - ei você – chamei um garçom que passava por perto e ele me olhou – você pode ser o meu Jack por um minuto? – o garçom me olhou sem entender.

– Volte ao serviço – Klaus ordenou ao garçom que fez uma reverencia e saiu. – Okay lora, vem – ele me puxou -vou ser o seu Jack!

Ele me direcionou para a ponta do veleiro. Beijou meu pescoço e mordeu minha orelha suavemente, e passou as mãos com um jeito delicado pela extensão dos meu braços, os levantando assim como no filme.

– Isso é tão bom – eu disse fechando meus olhos, parecia que eu voava, e o melhor tinha a segurança de estar nos braços que de que de um jeito meio torto, eu realmente confiava.

– Acredito que bom mesmo é eu estar sentindo seu perfume, e poder sentir o seu sabor toda vez que nossos lábios se tocam – ele falou ao meu ouvido suavemente, o que me fez arrepiar.

– Olha – eu apontei para o horizonte – o sol já esta nascendo.

Ele então passou as mãos pela minha cintura, eu abaixei meus braços, e vemos o pôr-do-sol juntos em silêncio.

– Vem – ele disse me pegando no colo o que me surpreendeu totalmente – vou te levar pra casa.

E então ele me levou no colo até onde estava o carro, e então me desceu no chão, e abriu a porta para mim eu entrei.

No caminho de volta para minha casa, ficamos em silêncio porem trocavamos olhares e sorrisos, nunca pensei que ia ter uma noite como aquela, foi tudo tão especial, que mesmo se eu imaginasse esse encontro mil vezes, nenhuma delas passou perto do que realmente aconteceu.

Ele parou o carro em frente a minha casa, desceu do carro abriu a porta para mim e eu desci.

– Até breve – ele disse beijando minha mão.

– Ora se despeça direito – eu disse sorrindo e segurei a gola de sua camisa o puxando para junto de mim

e lhe dei um beijo – agora sim - eu disse me separando, até breve meu hibrido original – sorri marota e fiz menção de sair mas ele me puxou novamente ao encontro dele, e ficamos nos beijando até o ar faltar. – Até mais! – eu disse com a voz firme e sexy ao mesmo tempo, ele não disse nada e ficou me olhando entrar, assim que fechei a porta ouvi o barulho de seu carro dar uma arrancada e sumir.

Subi rapidamente sorrindo feito boba, e quando entrei vi que tinha uma mensagem na minha secretaria eletrônica.

– Oi Caroline, aqui é Jenifer, secretaria do senhor Smith, ele me pediu para avisa-la, ou até mesmo mandar, mas acho indelicado falar isso, bom como sempre o senhor Smith falta nas ultimas duas semanas do mês por motivos pessoais, e você ficara responsável por cuidar da revista esse mês, então pode ir esquecendo seus planos de natal, caso tenha uma viagem, até segunda!

Não, não e não! Eu vou matar aquele loiro aguado! Como assim eu não ia passar o natal com minha mãe? Ela com certeza não viria para cá, ela esta trabalhando demais, e já estava tudo combinado!

Eu vou dar um jeito, mas.. será mesmo que vou conseguir passar o natal com ela?