Cheguei a recepção da revista pontualmente as 8:00 com um ótimo humor, minha mãe não ficou brava como pensei que ficaria por eu ter desligado na cara dela. Porem meu sorriso sumiu do meu rosto quando avistei Jenifer, a assistente de Smith que por algum motivo não gostava de mim, estava com cara de poucos amigos.

– Até que enfim chegou, estava cansada de esperar – ela disse ríspida para mim.

– Bom dia pra você também – eu disse com um sorriso forçado e pelo olhar que ela me lançou pensei que ela ia voar em mim.

– Então – ela disse indo em direção do elevador – Smith resolveu que deixaria você na sala dele nessas duas semanas – ela olhou pra mim esnobe.

– Mas nunca ninguém ficou lá quando estava no comando.

– Eu sei e não entendi a decisão dele – ela me olhou esnobe novamente, e agora quem queria voar nela era eu.

Ficamos em silêncio até ela chegarmos, percebi então que eu nunca tinha entrado lá.

– Infelizmente vou ter que ser sua assistente, Julie pegou uma folga para o natal – ela disse enquanto eu entrava na sala, percebi que ela deu um tom irônico quando falou folga, mas eu ignorei.

– Ta – respondi seca me sentando na mesa.

– Aqui esta a agenda que ele deixou para você – ela praticamente jogou em cima da mesa e se virou para sair e antes de fechar a porta ela se virou para mim – fiquei sabendo que você ia viajar no natal, sinto muito – ela disse falsa e sorriu fechando a porta, aquela garota estava pedindo para morrer e então eu fiz minha velha terapiazinha, seria uma longa semana.

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Uma semana se passou, o natal seria amanhã e se antes eu pensava que iria poder pelo menos passar o dia com minha mãe agora nem isso vou poder, há uma nevasca extremamente forte e os aviões não podem voar e varias estradas estava fechadas inclusive a que ia para Mystic Falls.

Diferente do que Klaus disse não o vi mais, não recebi nenhuma ligação, nenhum bilhete, nada.

Eu estava pirando, a única coisa que eu fazia para matar minha saudade era dormir abraçada com a camisa que eu “roubei” dele, era como sentir sua presença bastava fechar meus olhos.

Agüentar a Jenifer não estava sendo nada fácil, ela sempre arrumava um jeito discreto de me irritar, eu tentava ignorar mas nem sempre conseguia e quando ela olhou a foto de Klaus na revista e falou no meu ouvido “ Cara ele é tão gostoso” eu tive que sair do mesmo ambiente que ela se não teríamos um funeral.

Já estava tarde e eu ainda estava no escritório então resolvi vir embora, as noites em Nova York costumam ser menos tumultuadas então eu gosto de ir andando para a casa.

Estava andando tranquilamente com meus pensamentos perdidos em varias coisas, até que tive a impressão de ouvir passar atrás de mim, olhei para trás e nada, voltei a andar pensando que eu estava tendo uma alucinação, e então um vento passou por mim e ouvi novamente os passos olhei pra trás novamente e nada vi, virei para a frente.

– Aaah! – eu gritei assustada com uma mão que segurou meus ombros.

– Calma amor – era Klaus, que falta faz um estaca quando se precisa.

– Você ta maluco, porque fez isso? – eu disse recuperando o fôlego

– Desculpe – ele riu – que tal um chope?

– Você some por uma semana, e resolve aparecer me dando um susto daqueles e me convida para ir tomar um chope e..

– Desculpe – ele disse novamente me interrompendo, nossos rostos agora próximos sua respiração batendo em meu rosto, e eu acabei vidrada em seus olhos azuis que saudades de me perder neles.

Quando dei por mim nossas estavam seladas num beijo urgente, ele também sentiu saudade de mim, se não nosso beijo não estaria com gosto de saudade, um gosto de “ Preciso de Você”.

– Eu aceito – disse separando o beijo e sorrindo ainda de olhos fechados.

Ele me levou num bar que ficava naquela rua mesmo, entramos e nos sentamos dentro do bar e Klaus pediu dois chopes para nós.

– Porque você sumiu essa semana?

– Tinha alguns assuntos pendentes – ele respondeu.

– Que assuntos? E não ouse me falar que não vai contar! – eu disse autoritária.

– Tudo bem, problemas com bruxas – ele respondeu.

– Que problemas? – eu perguntei preocupada.

– Nada com o que você deva se preocupar minha doce Caroline– ele tocou meu rosto eu abri a boca para responder mas ele me interrompeu com outro beijo.

– E então – ele separou o beijo – vai passar o natal em Mystic Falls?

– Com os aviões impedindo a minha ida, seria impossível – eu disse – nunca pensei que passaria o natal sozinha.

– Eu passo com você – ele pegou em minha mão e eu sorri.

– Não prefere outra companhia feminina? – perguntei sarcástica e ele riu.

– Nenhuma companhia se compara a sua – e então nossos lábios se colaram novamente e então começamos a conversar sobre coisas aleatórias até eu perceber que estava sendo observada, um homem a vários minutos estava nos observando, mas decidi não falar nada do jeito que Klaus é, ia acabar matando ele.

Depois de pelo menos 6 copos de chope Klaus pediu a conta para irmos embora, e o homem ainda estava me olhando, aquilo estava começando a me incomodar.

– Vou ao banheiro você me espera? – Klaus disse.

– Te espero lá fora – ele assentiu e eu fui para o lado de fora, senti passos atrás de mim.

– E ai bonitinha – o homem que me observava falou segurando em meu braço.

– Me solta – eu ordenei mas ele não me soltou e começou a me arrastar para um beco.

– Você é um nojo – eu disse sorrindo e o joguei com toda força na parede e ele caiu do chão assustado, peguei seu braço e o quebrei e ele gritou de dor, então eu me alimentei.

Depois dei meu sangue a ele e o hipnotizei, deixando ele desmaiado em cima de uma latas de lixo, quando sai Klaus estava encostado num poste me esperando.

– Cruel, precisava quebrar o braço dele? – ele perguntou sarcástico.

– Achei pouco – eu sorri e o beijei.