Light In The Darkness escrita por Night Child


Capítulo 2
A Crazy Day


Notas iniciais do capítulo

Oiee! Peço desculpas por ter demorado. Desculpa mesmo. Mas aí esta mais um capitulo! Bom, é isso. E pode ser que o título não tenha muita coisa a ver com o capitulo. Mas tirando isso tudo bem. Ah, e também peço desculpas se tiver erros ortográficos.
Bjao pessoas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591961/chapter/2

P.O.V's Katharina

Depois de Newt ter deixado as roupas na rede, se virou e foi embora. Eu me lembrava de seu nome, de ter alguma conexão com ele. Mas nada esta muito claro na minha mente neste momento, e acho que não estará nunca mais. Me sinto um pouco mal por não me recordar nem do que fiz ontem, ou antes de chegar aqui. Mas o único jeito de entender mais alem do que sei, é esperar até amanhã. Este lugar não me assusta, mas não me traz lembrança alguma. Me esforço para me lembrar de algo, mas sempre que algo surge em minha mente, é imediatamente bloqueado. É algo alem do meu controle, como se não fosse eu que comandasse minhas lembranças ou algo do tipo.
Parece que todos os Clareanos já foram dormir. Não ouço mais nada alem de barulhos extremamente esquisitos que vem do lado de fora da Clareira. Me deitei na rede e me enrolei no cobertor macio que haviam me dado. Logo adormeci.
...
Acordei antes dos portões serem abertos, ainda estava meio escuro. Peguei as roupas que Newt me deu ontem e fui até um banheiro que tinha ali perto. Apesar de eu pensar que esse banheiro seria podre (porque não há como pensar que, em um lugar com apenas garotos...), ele era limpo, as paredes eram perfeitamente azulejadas e brancas. Entrei no pequeno banheiro e tranquei a porta. Tirei minhas roupas, que estavam bastante sujas, e entrei na agua gelada. Fiquei ali apenas o tempo necessario para me limpar por completo. O corte em meu pé ainda latejava, mas eu não podia fazer nada. Peguei minha roupa, e obviamente cabiam duas de mim ali. Terminei de me vestir e penteei meus cabelos com os dedos. Quando saí do banheiro, ainda estava escuro e os muros, fechados. Avistei Newt e mais alguns Clareanos mais longe andando apressadamente por aí, como se estivessem procurando algo. Um garoto me avistou e chamou Newt, e logo todos vieram correndo ate mim. Pronto! É hoje, ele vai me falar até.
– Fedelha! Onde você estava?!- Ele perguntou me fuzilando com o olhar- Estávamos procurando você.
– Olha, no mínimo vocês são desatentos, porque os muros ainda não abriram e que eu saiba não tem como escalar.
Newt me encarava com um pouco de duvida.
– Como sabe que não tem como escalar? Não te contamos nada ainda.
– Olha bem pra mim!-Eu disse e ele o fez, eu já estava ficando irritada de ele me perguntar essas coisas- Eu.Não.Sei!
E de fato eu não sabia mesmo. Porque eu não sei como eu sei de nada! Às vezes isso me deixa frustrada, porque eu realmente preciso saber se algo que nos ajude. Newt agora me encarava um pouco mais calmo. Hoje também é o dia em que ele vai me apresentar a Clareira.
– Bom Fedelha, eu não sei como você sabe disso mas já é interessante- Ele olhou para mim- Precisamos pedir roupas para formigas, assim elas caberão em você.
– Eu não sou tão pequena assim!
– Tanto faz, Fedelha.- Ele disse revirando os olhos e segurando o riso- Precisamos saber do que mais você se lembra.
Eu me sentia totalmente inútil. Minhas memorias estavam embaralhadas e eu não conseguia distingui-las do que era util e do que não era. Tudo o que eu via era sempre repentino, uma hora estava la e outra, não. Eu me sentia totalmente desconfortável, sozinha e infeliz. Eu estou em algo mais do que uma prisão, esse lugar é cruel, tira a memória das pessoas e as largam aqui como se fossem lixo. Um lixo que não serve para nada. O lixo que irá ser aniquilado mais tarde. Eu já estava com meus olhos cheios de água, mas me esforcei para não chorar mais na frente de ninguém. Pisquei um pouco afastando as lagrimas e olhei para o rosto de Newt, contraído no momento.
– Eu não me lembro de mais nada. - Falei olhando para ele. Ele me olhou de volta desconfiado.- É sério, não consigo me lembrar na hora. Às vezes me lembro, e às vezes não. E seria hoje que você iria me mostrar o lugar, não?- Ele assentiu com um menear de cabeça- Então vamos.
Ele dispensou os outros garotos e me puxou com mais força do que deveria pelo braço em que o ombro estava roxo. Eu fiquei quieta por um instante ao perceber que ele estava emburrado e apenas iria piorar se eu reclamasse. Mas por outro lado meu braço parecia estar saindo do lugar a cada puxão. Apenas parei bruscamente com uma expressão de dor e coloquei a mão no ombro. Ele parou também e ficou me observando, vacilando do ombro aos meus olhos. Logo sua expressão mudou para preocupação e culpa.
– Por que não me avisou?
– Não queria te irritar mais.- Falei baixinho com a voz um pouco embargada.
– Escute. Aqui temos três regras: Primeira, ajude em alguma coisa, não temos lugar para preguiçosos; Segundo, nunca machuque outro Clareano; E terceiro, nunca vá alem daqueles muros.- Ele disse apontando para os muros.- Se não machucar ninguém é regra, você devia ter me dito antes.- Ele falava com uma voz de culpa e calma ao mesmo.- Depois arrumamos algo pra passar no seu ombro.
– Ta.- Foi a única coisa que eu disse a ele.
Ele me apresentou todo o lugar. O Amansador, o Refeitório, o lugar das redes, a Sede, a casa na árvore e mais alguns lugares. Apenas olhamos de fora os lugares. Ainda não haviam aberto os muros. Por fim ele estava me puxando para um lado dos muros, onde não havia nada alem de hera. Andou ate o muro e começou a procurar algo. Logo encontrou uma janelinha bem grossa e meio riscada do lado de fora, Newt fez sinal para eu chegar mais perto. Andei apressadamente ate lá. Do outro lado da janela havia algo estranho, não era natural. Era um bicho gosmento, e também mecânico, tinha garras e estava andando de um lado para o outro. Ate que do nada a criatura pulou para o vidro. Eu automaticamente pulei para trás e acabei caindo sentada. Passei as mãos pelos cabelos assustada. Aquilo, pelo que entendi, estava por todo lugar lá de fora.
– Aquilo era um Verdugo.- Ele disse se agachando na minha frente- Eles estão espalhados pelo labirinto inteiro.- Assenti assustada ainda.- Venha, eu vou passar alguma coisa no seu ombro.
Newt me ajudou a voltar até a enfermaria.
Eu me sentei em uma maca que tinha lá e fiquei o observando procurar algo. Escutei os muros se abrindo,eles faziam um estrondo horrível. Newt voltou com uma pomada na mão.

P.O.V's Newt

Eu estava procurando uma pomada ou algum gel que pudesse melhorar o estado daquele ombro. Sim, eu estava realmente irritado e não, eu não sabia a razão. E eu acabei descontando nela. Bem no ombro extremamente roxo da garota. Sério, ela bem que podia ter me avisado, assim eu não a machucaria mais. Mas eu deveria estar com uma cara tão estranha que ela não quis contestar, suponho. A culpa me invade como uma cachoeira. Encontrei a pomada e voltei para onde deixei Katharina. Me aproximei dela com a pomada e dei um leve sorriso tentando a confortar.
– Pode ser que arda um pouco por causa da pomada- Eu disse.
– Tudo bem.- Ela disse fazendo uma careta.
Cheguei mais perto dela e puxei a camiseta de mangas compridas que ela estava usando para o lado, para que eu pudesse ver o roxo. Sua pele era muito branca e fazia um contraste com o roxo quase preto de seu ombro, também tinha sardas em seus ombros pequenos. Certamente, precisamos pedir roupas de garota para ela. Peguei a pomada e espalhei por seu ombro com delicadeza para que não a machucasse mais. Ela fazia uma careta de dor quase fofa, se não fosse de dor, meu coração doía por faze-la passar por isso, mas pioraria se ela não passasse nada. Também troquei as ataduras de seu pé e a levei para marcar seu nome no muro.
– Por que eu tenho que fazer isso?- Ela já havia feito essa pergunta umas mil vezes e ainda não tinha marcado o nome ali, olhei pra ela com raiva- É sério!
– É so marcar! Apenas marque seu nome aí!
–Ma-
– Só.Marca.O.Nome!- A cortei.
Ela continuou fazendo perguntas para mim, mas um tempo depois marcou seu nome no muro. Saímos de la e fomos para o refeitório comer alguma coisa. Os muros já estavam abertos, então Minho e os outros Corredores já haviam saído. Nos sentamos em uma mesa com alguns garotos, incluindo Alby, Clint, Jeff, Scott e mais garotos. Katharina estava conversando com os garotos sobre os Encarregados e os trabalhos que ela podia exercer na Clareira. Ela pareceu demonstrar curiosidade sobre a tarefa de Corredor, mas o problema é que não sabemos se ela corre bem ou se ela corre igual a uma tartaruga, então será melhor que ela esqueça essa opção. Eu apenas observava a conversa deles.
– Ei, Newt.- Chegou Zart falando- Quando a Novata vai começar os testes de trabalho?
– Quando o pé e o ombro dela melhorarem.- Eu disse.
– Mas a Novata não pode ficar nessa folga assim.- Alby disse parecendo desconfortável- Seria deixar regras de lado.
– Alby, escute. Ela não consegue nem se manter de pé direito- Ta, eu exagerei um pouco, mas quem liga?- E que eu saiba nós não fazemos garotos feridos trabalharem, o mesmo serve para ela, não?
– Ta.- Ele disse- Dou uma semana. Uma semana para que ela se recupere. Mas se ela achar que pode fazer os testes antes, melhor.
Dito isso ele saiu emburrado da mesa. Olhei para Katharina, que apenas deu de ombros mordendo uma maçã. Sai da mesa e fui para a Casa dos Mapas dar uma olhada nos desenhos. E la estavam eles, mais desenhos iguais feitos à mão. Idênticos aos outros. Mértila! Não temos saída, esse lugar nos quer aqui até o fim, mas não é isso que irá acontecer. Nós iremos sair daqui. Nem que isso custe nosso conforto. Gally que se foda com o próprio conforto, desde que chegou aqui ele só pensa em ficar, ele acha que isso é nosso lar. Mas não, isso é apenas uma prisão que nos tira a escolha de nos lembrar ou não do nosso passado. Eu não sei o que esses Trolhos que nos colocaram aqui pensam que estão fazendo, mas seja o que for é um ato egoísta tirar a memoria de pessoas inocentes. Bem, eu não sei o que fiz antes de vir para cá, mas não imagino nada pior do que ficarmos presos e cheios de Verdugos mertilentos para lidar. Meus pensamentos se vão quando ouço batidas na porta. Minho. Eles haviam chegado cedo demais, alguém devia ter se machucado. Minho estava com uma cara preocupante.
– O que aconteceu, cara? - Perguntei ao garoto agoniado.
– Scott.- Ele respondeu.- Scott foi picado à luz do dia.
– Uma coisa relativamente anormal.
– Sério? Eu não sabia!- Ele disse irônico.
– Cala a boca, cara. Estou tentando raciocinar. Nos precisamos encontrar alguma solução para isso.- Eu disse irritado- Precisamos descobrir com o que estamos lidando,Minho. Isso já aconteceu antes, mas pensamos que havia parado. Scott já esta sob efeito do Soro da Dor?
– Sim. E te aconselho a não ir até lá, porque aquilo esta nojento.
– Ta, cara. Eu vou pedir para os Clareanos para não ficarem perto das aberturas.
– Eu já os avisei. Apenas procure a garota, porque eu não a encontrei. Aliás, aquela garota não é nem um pouco feia. Sei la, a ruivinha até que é bonitinha.
Depois disso ele saiu de la rindo. Eu estava preocupado, Katharina não parecia o tipo de garota que gosta de regras. Se ela estiver no Labirinto, eu estou ferrado. E ela tambem. Eu estou ferrado por a ter defendido e ela por ter entrado. Saí da Casa dos Mapas correndo e rezando para que a "ruivinha" não tivesse entrado no Labirinto. Estavam todos próximos uns dos outros, todos juntos. A única que eu não via lá era Katharina. Andei por todos os lados procurando a garota, procurei na fazenda, nas plantações, outros estabelecimentos de trabalho, mas ela não estava lá. Por fim avistei um vulto na floresta perto dos portões. Era ela. Corri ate lá para leva-la ao lugar mais seguro que tinha. Ao chegar mais perto, percebi que ela gritava desesperada. Não pude acreditar no que vi. Tinha um Verdugo atrás dela, estava a todo vapor, aqui dentro, na Clareira. O Verdugo ia a encurralando mais e mais até os muros, e ela gritando. Ela estava soluçando quando me avistou e fiz sinal de silêncio a ela. Os Verdugos pareciam ter uma caixa escondida na gosma deles, e aquilo podia ser a caixa de comandos. Era tudo ou nada. Tentar ou deixar Katharina morrer. O Verdugo já estava quase a encurralando no muro quando pulei em cima dele. Ele se debatia tentando me pegar e eu tentando puxar os fios da caixa. Ele tentava de todas as formas pegar algo com as garras. E essas tentativas pararam apenas no momento em que consegui puxar os fios. Todas as luzes desligaram automaticamente e o Verdugo ficou inerte. Voltei meus olhos para Katharina, que estava soluçando encolhida no muro com os olhos fechados. Cheguei mais perto e toquei em seu ombro bom. Ela se debateu gritando e soluçando mais, parou apenas quando abriu os olhos. A abracei me sentando ao seu lado.
– E-ele não estava a-aqui.- Ela disse entre soluços- E d-depois estava!- Ela dizia indignada- Eu o teria escutado antes de chegar tao perto. Que droga! Não é normal.
– Bem, nada aqui é normal.- Eu disse ainda a aninhando nos braços. Por mais que eu achasse aquilo estranho pra caramba, eu sentia que aquilo a acalmava. E eu também não podia negar que eu achava aquilo, de fato, bom.- Mas temos que descobrir o motivo desse Verdugo ter entrado aqui. E temos de leva-lo para fora da Clareira, porque os garotos já te estranham, se souberem que você tem algo a ver com esse Verdugo eles irão te banir.
– Ta.- Ela disse com a voz embargada.- Nós podemos arrasta-lo para fora. Os muros não estão muito longe, podemos leva-lo e torcer para que ninguém tenha visto.
– Tenho certeza de que ninguém irá ver. Estão todos na Sede ou no Refeitório porque Scott foi picado à luz do dia.- Ela levantou uma sobrancelha e eu dei de ombros- Eu estava vindo te avisar, mas fiquei ocupado demais.
– Acho que depois disso nem precisava avisar.- Ela comentou rindo. Ainda estávamos abraçados.- Acho melhor o arrastarmos logo, não?
Assenti com a cabeça e me levantei a levando junto. Arrastamos com dificuldade o Verdugo para fora, agora é só esperar que ninguém tenha visto. Caçarola já devia ter feito a comida, então a levei para comer algo. Ela andava mancando um pouco, mas nada absurdo. Seus cabelos ruivos estavam balançando por causa do vento extremamente forte, eles eram lisos e caiam até a cintura definida. Como Minho disse mais cedo, a ruivinha não era nada feia, mas pelo contrario, tudo nela era bonito. As roupas grandes demais para o corpo, os pés descalços, tudo nela era extremamente atraente. Tirei esses pensamentos da cabeça e me sentei na mesa onde estavam Minho, Alby, Winston, Jeff, Clint e Katharina do meu lado. Eu estava sem fome, então apenas fiquei conversando com os demais. Eles estavam conversando sobre fazer uma festa, como aquelas que fazemos sempre que um novato chega. Mas acho que ninguém achou uma boa ideia com o que esta acontecendo. Scott nas mãos dos Socorristas e o Verdugo. Claro que não contamos a parte do Verdugo, mas apenas Scott já é o bastante para os amedrontar. Os Verdugos sempre aparecem de noite, mas estamos protegidos com os muros fechados. Mas de dia não temos proteção alguma, estamos expostos. Acabou que eles vão fazer a festa de noite do mesmo jeito. Acho uma perda de tempo. Porque a Novata esta machucada e os desafios que ela teria que realizar seriam com corridas ou lutas. Mas aí escutei algo.
– Bem, ela é uma garota. Poderíamos fazer algo diferente, e algum de nós pode ter a sorte grande.- Disse um garoto sorrindo maliciosamente.- Afinal, ela é uma garota.
– E apenas por isso nos aproveitaremos disto?- Perguntei incrédulo.
– Sim, cara!
Aquele garoto realmente merecia uma porrada no meio da fuça. Ele apenas resolveu que iria fazer isso e pronto? E o pior é que a maioria concordou com isso. Pobre garota. Sinto uma onda de raiva e preocupação percorrer por meu corpo. Eles não podem obriga-la a nada, mas acredito que é exatamente isso que irão fazer. Também não posso dar uma de super-heroi e salva-la toda vez que estiver em perigo. E isso não é tão perigoso quanto um Verdugo ou coisa do tipo.
– Então irá ser após os muros se fecharem. Quem quiser ir que vá, mas a ruivinha tem que ir.- O mesmo garoto disse.

P.O.V's Katharina

Eu estava ferrada! Eu estaria recebendo desafios de uns cinquenta garotos e seria a única garota. Bem, eu não tenho muita escolha, a não ser a de ir até lá de bom grado ou a de ir até lá a força. Depois do almoço resolvi explorar mais alem do que eu já havia visto. A Clareira é um lugar gigante, acredito que seja difícil de ser explorado por completo. Mas como eu não tinha nada para fazer, acabei indo andar por aí. Haviam algumas florestas pela Clareira, e eu acabei optando por ir na mais próxima. Era apenas mato, e mais mato. Avistei alguma coisa vermelha andando por perto. Minha curiosidade não se conteve, acabei indo ver o que era. Parecido com um besouro, mas mecânico e tinha a sigla CRUEL escrita nas costas. Andava para la e para cá. Até que ouço passos, passos rápidos e sem cálculo. Uma silhueta aparece em meio a floresta. Era Scott. Eu não o conhecia, mas pela informação que os garotos me deram era ele. Scott parecia atordoado. Olhava para mim com ódio, como se eu tivesse lhe feito algo.
– Foi você! Você e seus amiguinhos! Vocês nos colocaram aqui!- Ele berrava- Estava bom demais para o lado de vocês, não? Mas agora! Ah, agora o feitiço virou contra o feiticeiro, não? Você, a princesinha dos testes esta aqui agora. E agora podemos ao menos nos vingar!- Agora sussurrava euforico- Irei me vingar de você, Katharina! Você irá ver!
Depois disso ele saiu correndo em direção ao Labirinto, e o perdi de vista. Logo comecei a correr desesperadamente para avisar alguém que o menino havia entrado no Labirinto. Contaria a eles o que ele me disse se me perguntassem. E era obvio que iriam o fazer. Corri até o refeitório, onde Newt e os outros ainda conversavam.
– Newt!- Gritei chegando mais perto e arfando- Scott. Ele entrou no Labirinto! Eleveiomefalarquefoieuquem-
– Calma, Fedelha!- Minho disse levemente irritado.- Nos não te entendemos se você falar desse jeito. Olha, já sabemos que ele entrou no Labirinto. Agora, nos explique o porque disto.
– Ah- Murmurei me sentando em uma cadeira- Ele me disse que eu tinha culpa. Que eu era a preferida, e que agora estava aqui. Alguma coisa sobre o feitiço ter virado contra o feiticeiro. Sei lá. E depois ele entrou no Labirinto.
– Ele tinha sido picado. Ninguém volta ao normal depois que é picado.- Newt disse calmo- Talvez porque se lembrem de coisas.- E olhou para mim como se me acusasse.
– Olha, se ele se lembra de algo, bom pra ele. Ou ruim. Mas eu não me lembro de nada.- Eu disse irritada.- Talvez ele tenha mesmo se lembrado de algo sobre mim, mas eu não! Saiba que quem se lembrou foi ele, e não eu. Mas ele! Ele entrou no Labirinto!
Newt saiu irritado da mesa e sumiu do meu campo de visão. Também sai da mesa e fui para a floresta. Encarei uma das maiores arvores que haviam lá. Eu iria escala-la, ate o topo. Não seria tão difícil, seriam apenas galhos e mais galhos para escalar. Por fim acabei no topo. Prendi meus cabelos em um coque com eles próprios e fiquei observando o lugar. Era gigante, a Clareira era literalmente e abundantemente gigante. Os idiotas que nos colocaram aqui devem querer que fiquemos aqui por muito tempo. Ondas de raiva e ódio passam por todo meu corpo, este lugar é realmente uma prisão. Uma prisão onde todos pensam que irão viver e morrer. Aqui. Neste lugar horrível em que somos submetidos a Verdugos. Fiquei em cima da arvore até os muros se fecharem. Desci rapidamente e caminhei até o refeitório e sentei em uma mesa, esperando alguém dar sinal de vida. Logo alguns garotos chegaram e se espalharam pelo refeitório. Alguns conversavam alto, outros apenas ponderavam. Logo chegaram o resto dos garotos, com Newt e Alby. Os dois garotos ficaram em frente a uma mesa principal e chamaram a atenção de todos ate que calassem a boca.
– Bem, estamos aqui para discutir sobre a Festa de Iniciação da Fedelha. Ela não ira poder correr, por causa do pé, mas poderá sim fazer outras coisas.- E olhou para todos com um sorriso estranho- E cabe a vocês escolherem o que farão com ela.
Burburinhos se espalharam pelo Refeitório todo. Alguns rindo, outros gritando. Mas todos fazendo algo. Apenas eu ali parada, pensando no que poderia ter feito a Alby para entrar numa fria como esta. Como assim a imaginação deles?! Serio, eu vou morrer hoje! Alby não deveria ter feito isso!
– Eu discordo! Discordo completamente!- Gritei mais alto do que todos. Afinal, eu precisava fazer algo a meu favor- Como pode dar o poder a eles de escolherem o que irão fazer COMIGO? Não é justo!
– Cale a boca!- Alby gritou raivoso.- VOCÊ também é a Fedelha, portanto escolheremos o que fazer com você. Feche essa mértila de boca para não piorar a situação!
Cruzei os braços e lancei um olhar desafiador para ele. Ah! Se ele acha que pode fazer isso, ele esta errado. Não fará isso comigo. Apenas se eu concordar. O que logicamente não ira acontecer! Bem...
– Deixe de ser escroto, garoto! Quem você acha que é para mandar em mim?
– Líder da Clareira! Portanto seu líder!- Por que, senhor? Por que? Esse infeliz tinha que ser o lazarento do líder- Primeiro lutará contra Gally. Depois Newt escolhe algo. E depois outro Encarregado. Ah, Minho. Se ainda estiver viva depois disso... Veremos o que fazer.
Os garotos começaram a sair do refeitório correndo. Apenas os segui devagar e mancando. Eles estavam indo a uma pequena arena de luta, onde eu iria lutar com o garoto do nariz torto. Ele chegou rindo sarcasticamente e entrou na arena. Entrei logo depois.
– Apenas lute, pequena Fedelha.- Disse o mais carregado possível de ironia- Quero ver se aguenta cinco segundos!
A raiva borbulhava dentro de mim, assim como o ódio. Gally partiu para cima de mim fazendo uma tentativa de soco. Deu errado, pois desviei desajeitadamente. Dei um soco em seu rosto. O garoto parecia atordoado com as risadas vindas dos garotos de fora. Sorri sarcasticamente enquanto o observava com a mão no lugar onde soquei. Mas logo se recuperou e se lançou contra mim. Conseguiu acertar um soco em minha boca. A única coisa que aconteceu foi um lábio cortado. Tentei lhe dar um chute, mas ele agarrou a minha perna e me arrastou ate seus pés. Ondas de dor passavam pelo meu corpo no momento em que chutava minhas costelas. E depois foi para o estômago. Quando Gally parou eu quase não via mais nada. Ouvi meu nome, mas não consegui responder. E logo depois tudo se apagou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi de novo! Espero que vocês tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Light In The Darkness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.