Light In The Darkness escrita por Night Child


Capítulo 10
Brother And Sister


Notas iniciais do capítulo

I can't feel my face when I'm with you, but I love it, but I love it!!! Genteeeeee, estou xonada nessa música perfeita, sério. Eu sei, eu estou mega atrasada, nao postei por muuuuito tempo, mas aqui estou euuuu. Obrigada pelos comentários, que de fato me ajudaram pra caramba. Acho que esse cap ta meio curtinho, mas é i que eu posso fazer por hora. Vou procurar escrever o mais rápido possível. E vou realmente ter que ler toda essa história pra recapitular minha cabeça. Mas eu espero que vocês gostem muito e comentem. Obrigada mesmo por quem lê.



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A ruiva foi arremessada do Berg direto para o chão. Sentia seu corpo queimar. Lágrimas quentes e salgadas corriam por sua face enquanto a garota pensava no que Ava Paige havia lhe dito. Ela não queria perder Newt, mas também não queria prender todos ali.
Mas perder Newt estava fora de cogitação.
Apenas ficou ali, vendo o Berg se afastar e os Clareanos chegarem. Sua felicidade ao ver Newt era quase palpável. O garoto correu e enlaçou os braços ao redor da garota. Ela chorava desesperadamente, encharcando sua camisa.
–- O que fizeram com você?-- Ele passava levemente as mãos em seus braços.
Ela não respondeu, apenas se encolheu. Newt a apertou em seu abraço. Escutou alguém chamando seu nome. Era Thomas. Ele corria loucamente na direção da garota. Lagrimas escorriam de seus olhos, como as de uma criança perdida. Katt olhou para ele e lhe lançou um sorriso.
Thomas se ajoelhou na frente de Katt e passou a mão por seu rosto. Pegou uma mecha de seus curtos cabelos e fez uma careta. Ela também. Enterrou o rosto no peito de Newt e deixou os soluços chegarem. O garoto passava as mãos por seus cabelos, tentando acalma-la.
–- Vamos.-- Ele se levantou e a pegou no colo, com Thomas ainda perto dela.
Seu rosto era de pura angustia, como se alguém houvesse lhe acertado uma faca. Katt gostava de ficar ali, enroscada no pescoço de Newt, sentindo seu cheio novamente. Eles chegaram na Enfermaria e Newt começou a solta-la na maca.
–- Não!-- Ela disse com a voz estrangulada. Apertou Newt um pouco mais.-- Não me largue...
–- Tudo bem.-- Ele sussurrou em seu cabelo, próximo ao ouvido.-- Tommy, será que pode pegar alguns panos limpos e roupas novas para Kathie?
–- Já volto.
Assim que Thomas deixou o lugar, Katt olhou para Newt. Suas feições. Os olhos tempestuosos, o cabelo loiro caindo nos olhos. E então parou de chorar, apenas encostou a cabeça no peito dele. Sentiu que o garoto havia se sentado em uma poltrona. Sua respiração voltou ao normal e a garota abriu os olhos, que estavam fechados até o momento.
Thomas voltou com uma caixa de primeiros socorros e um traje de roupas que Katt não se lembrava. O garoto pegou alguns panos limpos e úmidos e passou nos braços de Katt, que fez uma careta de dor ao sentir os cortes arderem. Newt murmurou um "aguente firme" em seu cabelo.
...
Após algum tempo, a garota estava quente em uma roupa aconchegante, trajada de uma calça de moletom larga preta, uma blusa cinza com mangas compridas e uma botinha marrom. Não havia nada que pudesse fazer em relação a seu cabelo. Era uma pequena cabeleira ruiva, que um dia foi uma grande cascata cor de fogo. E ela sentia falta daquele cabelo lhe caindo nos ombros e costas.
Newt estava junto com ela, na mesma rede, lhe fazendo carinho na cabeça. Tudo estava calmo, e nunca esteve tão frio. Estava frio a ponto de usarem três cobertas e ainda estar frio. Katt estava com a cabeça no peito de Newt, e ele respirava suavemente, a acalmando.
–- Sua mãe é uma megera.-- Ela murmurou a primeira frase com sentido desde que havia voltado.
–- O que?-- Ele perguntou, passando a mão por sua bochecha.
–- Você não sabe do que ela é capaz, Newt. Não sabe.-- Katt sussurrou, temendo que as câmeras a pegassem falando isso. Chegou mais perto da orelha de Newt, colocando uma mão em seu peito para chegar até lá.-- Não confie nela. Ela só quer respostas que façam sentido.
–- Olhe o que ela fez com você. Acha mesmo que serei capaz de olhar naquele rosto sem sentir repulsa?-- Ele disse com um olhar cortante.
–- Não sei. Sabe, minha mãe está morta. Vi isso em alguma lembrança. O CRUEL me levando para visitar seu corpo morto. Eu e Tommy.-- Ela disse. Não chorou apenas porque não tinha mais lágrimas.
Naquela tarde, a garota havia feito apenas uma coisa: Chorar. Newt a apertou um pouco mais contra ele e beijou sua testa. Katt se sentia novamente bem, como se Newt fosse um remédio santo, que a curasse por dentro e por fora. O garoto estava ali, e era tudo o que Katt queria. Newt perto dela era como estar embaixo de cobertas quentinhas, e os dois estavam ali.
–- Acredita que ela cortou meu cabelo?!-- Ela disse indignada.
–- Não só acredito como também estou vendo.-- Ele disse dando uma leve risada.
–- Sabe, eu não ligaria se ela tivesse cortado as minhas unhas ou os meus cílios. Mas o meu cabelo não!-- Ela disse novamente fazendo o garoto rir.
–- Por que ela cortaria suas unhas?-- Ele disse.
Katt pensou por um momento, e então riu.
–- Ué, vai que eu sou uma fanática por unhas!-- Ele disse.
O garoto riu.
Ah, como Katt gostava daquela risada. Amava escutar ele rindo. Na verdade, amava ele de qualquer jeito.
De repente, os dois ouviram um grande burburinho. Ouviram vários garotos falando alto. Newt olhou para Katt.
–- Quer vir comigo? Tenho que ver o que esta havendo.-- Ele disse.
–- Ta.-- Katt respondeu dando um pequeno sorriso.
Os dois saíram da rede e caminharam para o lugar onde estavam escutando o grande barulho. Quanto mais chegavam perto, mais entendiam a conversa. E quem estava falando não era um garoto, e sim a outra garota.
Katt correu na direção do Refeitório, que era onde estava acontecendo tudo e viu a garota com uma faca na mão, apontando para os garotos. Quando chegou mais perto, alguns garotos olharam para ela e sorriram. Ela logo viu um asiático correndo em sua direção.
Minho, ao chegar mais perto, tirou Katt do chão e a rodopiou pelo ar. A garota deu risada e olhou para o garoto, que a deixou no chão e a abraçou novamente.
–- Ainda bem, ruivinha, ainda bem.-- Ele disse.
–- Pois é, querido, sou vaso ruim e vaso ruim não quebra.-- Ela disse fazendo um biquinho.
–- Tá, quero só ver!-- Ele disse rindo.
Mas pensando bem, ela aguentava mesmo. Já havia passado por um bocado de coisas e havia sobrevivido. Não importava o que fosse dito, pois Katt sabia que era forte.
–- Katharina?-- Ouviu a voz da garota.
Tomou um pequeno susto ao perceber que ela sabia seu nome. Saiu do abraço de Minho e chegou mais perto dela. Thomas também estava próximo de Teresa. Katt não sabia como, mas o nome da garota brilhava em sua mente.
–- Eu.-- Ela disse meio acanhada.
–- Cadê o resto do seu cabelo?-- Teresa perguntou.
Katt estremeceu, mas não deixou que percebessem.
–- Então... Houve um acidente.-- Ela disse.
–- Quem são essas pessoas? Por que te conheço mesmo não te conhecendo? Por que apenas conheço Tom e você?-- Ela perguntou, e não parou.-- Onde estou? O que é tudo isso?
–- Olhe, nem eu sei dessas coisas direito. Agora, é bem curioso você se lembrar apenas de mim e de Tommy.-- Katt disse.
De fato, havia se recuperado um pouco, apenas por se sentir responsável. Se sentia responsável, pois sabia o que aquilo tudo era, diferente de muita gente ali, que estava por fora da maioria das coisas, ou talvez de tudo.
–- Vem, vamos conversar.-- Katt disse a puxando.
Teresa largou a faca no refeitório e foi com a ruiva. Katt estava as levando para um lugar longe de garotos. Onde poderiam conversar direito. A garota dos olhos azuis estava atordoada, olhando para todos os lados como se tudo aquilo fosse novo. Mas não era.
–- Katt... Eu gostaria de saber o que esta acontecendo.-- Teresa disse meio assustada.
–- Me desculpe. Eu também não sei. Eu preciso de ajuda assim como todos aqui.-- Mentiu. Em partes, pois sabia de muito mais coisa do que eles.
–- Mas o que é esse lugar?-- Ela perguntou.
–- Isso é a Clareira, que nos protege dos Verdugos.-- Katt começou.
–- O que são Verdugos?-- A morena perguntou.
–- Você não quer realmente saber.-- Ela falou sentindo um frio na barriga.-- Sabe o que eu acho? Tem alguém que pode te explicar melhor. Vamos.
A ruiva ja estava atordoada de falar sobre aquilo de novo. Odiava o fato de ser importante ali. Gostaria de ser apenas mais um que foi pega nessa armadilha. E o que era o Fulgor? Por que Ava não havia lhe dito nada? Eram tantas perguntas na mente de Katt, que em partes ela também se sentia leiga. Porque era.
Katt deixou Teresa com Minho e se sentou em baixo de uma árvore. Agora estava certa de que tudo ali não passava de uma brincadeirinha, que estavam apenas sendo controlados por gente como Ava Paige. Só não entendia o porquê de tudo aquilo. Não havia feito nada de horrível para ninguém, então por que estava ali?
–- Pensando demais.-- Ouviu alguém dizer.
Tommy. O garoto se sentou ao lado da ruiva, que descansou a cabeça no colo dele. Thomas começou a fazer cafunés em seu cabelo. Katt sorriu.
–- Tommy, eles são terríveis. O C.R.U.E.L não é nada bom. Tudo o que pode imaginar acontece de ruim. Não confie.-- Ela sussurrou para que só Thomas escutasse.
–- Acha que confio?-- Ele disse indignado.-- Olhe para o que fizeram com você! Como acha que me sinto? Eu sou seu irmão, Katt. Não gosto quando essas coisas acontecem com você.
–- Eu te amo, Tommy.-- Katt disse abraçando o garoto com força e deixando que lagrimas escorressem de seus olhos.
–- Não chore, pequena.-- O garoto a apertou também.
E aquilo, para Katt, era como se acabasse com os problemas. Amava ficar perto de Thomas. Para ela era tudo. Não sabia como tudo aquilo acontecera e nem por que, mas de uma coisa estava certa: Thomas estaria sempre ali. Se lembrava de quando havia chegado do Labirinto, machucada e sem forças, de como ele havia a carregado o mais rápido possível apenas para que ela ficasse bem.
–- Thomas, me prometa uma coisa.-- Ela disse entre alguns soluços.
–- Qualquer uma.-- Ele disse beijando sua testa.
–- Me prometa de que não vai me abandonar, não vai me deixar sozinha com o resto do mundo. Você é a única coisa que sobrou de nossa família.-- Ela disse em uma voz chorosa.-- Você é a coisa mais importante que eu tenho!
–- Olhe para mim.-- Ele disse a afastando um pouco e segurando seu queixo.-- Não vou te deixar. Se for preciso, darei minha vida pela sua. Se for preciso, me oferecerei para qualquer coisa para lhe manter segura.
Katt não podia mais aguentar toda aquela pressão sozinha. Tinha que conversar com alguém que a pudesse entender. O garoto a abraçou novamente enquanto Katt derramava lagrimas em sua blusa.
E assim ficaram por boas horas, até que a madrugada lhes envolvesse, e a manhã os tirasse daquele encanto mortal.


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Notas finais do capítulo

Última chamada, People! Comentem pelo amor de Deus! Serio, isso me ajuda e motiva mais do que eu gostaria, porque eu tenho certeza de que eu deveria nao me motivar nos comentários e sim em mim mesma. Mas já viu né? Então por favor, nao vai gastar muito do seu tempo deixar um reviewzinho aqui, vai?
Beijocas amoreeeees! Amo dimaix!