Infame escrita por Apiolho


Capítulo 7
Capítulo 7 - Ele quer uma funkeira por acaso?


Notas iniciais do capítulo

BOAAAAAAA NOITE! :3

Quanto tempo né?

Agradeço a Zabelita, deehmarruccia, karol, Class e Katherine Mikaelson98. Cinco comentários gente, muito obrigada queridos! Realmente me são importantes e me deram um gás que vocês não tem noção, que coisa maravilhosa receber uma opinião de quem acompanha.

Quem quiser me mandar um recado será muito bem vindo pela titia Sunshine ok?



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Capítulo sete

 Ele quer uma funkeira por acaso?

“Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios.”

(Fernando Pessoa)

 

“Estou tão feliz!” — Jordan.

Socorrem-me, por favor, e digam-me que a pessoa que antes me amava tanto e me fez ser odiada por todos da escola não me mandou uma mensagem tão gay dessas. Sério que eu mereço algo assim?

Isto já está virando rotina não é? E isso significa que está ficando entediante receber algo dele praticamente toda a manhã.

“Por acaso disse que me importo com o que você sente? Se está namorando tudo bem, se não a mesma coisa. E eu não sou nem sua amiga para ficar lendo tudo o que faz como se eu fosse um diário. Só esquece que tem meu número e apaga-o de uma vez.” — Amie.

Como ele me acordou tão cedo resolvi por ir de a pé para o colégio. Constatei que pelo menos não ouviria as lamurias de minha mãe, já que ainda não tinha descido para se arrumar (só esperava que não desse uma de adolescente novamente ao escolher uma roupa).

E tal meu desespero ao perceber que um carro parou justo do meu lado. Será que eu seria assaltada, estuprada e assassinada? Desse jeito ainda? E eu pensando que pelo menos a minha morte seria interessante.

— Quer uma carona gostosa? — questionou ao abrir a janela.

Com esses óculos de sol em um dia nublado, um cavanhaque, cabelo em estilo de tigela e o rosto tão magro que nem tinha bochecha me fazia crer que queria muito mais do que apenas me levar para meu destino.

Eu julgo pela aparência. E daí?

— Por acaso não tem mais o que fazer? — respondi enquanto continuava a caminhar.

— Tenho, mas leva-la é mais importante. — declarou.

— Se ficar insistindo nisso chamarei a polícia! — fui o mais rude que pude.

— Olha, a gatinha morde.

Ele não vai parar não?

— Sorte tua estar dentro dessa lata velha, porque além de descobrir que mordo ia ter a certeza de que eu também tenho uma bela pontaria. — rebati.

Agradeci mentalmente por já estar na frente da instituição e entrei por ele sem nem olhar para trás. E em todo o lugar que eu ia ouvia sobre o que ocorreu ontem: a lista. Confesso que senti-me muito orgulhosa de mim mesma por ter mostrado isso as garotas, quem sabe assim descobririam que realmente homem não presta.

"Sobre deletar teu número da agenda: Isso não Amie." — Jordan.

Dei de ombros e segui por entre o pátio.

— Quem será que fez isso? — cochichou uma.

— Pelo que sei foi um homem de cabelo roxo comprido, gordo e manco.

O quê? Que descrição é essa?

— O Phil? — e apontou para um canto.

Quando vi realmente tinha uma pessoa assim no colégio. Tão estranho e engraçado que me deu vontade de saber o porquê de ser assim, mas isso logo passou quando os comentários continuaram.

— Você acha que foi ele? — sussurrou alguém perto de mim.

Era Anabelle.

— Fui eu. — respondi com sinceridade.

Ela começou a rir descaradamente e se afastou um pouco.

— Isso nunca poderia ser verdade. Você detesta tanto os homens que nem chegaria perto do banheiro deles, ainda mais entrar. — opinou.

Pior que é verdade mesmo.

— Não só eles. — esbravejei.

Fiquei observando aquele ser de cabelo com cor diferente enquanto desejava que o sinal batesse naquele instante e eu não precisasse ficar fingindo estou interessada naquela conversa.

— Gay é do sexo masculino também.

Rolei os olhos. Eu não ligo para ninguém do colégio.

— Eu não estou afim de falar contigo ou com alguém daqui sobre qualquer coisa, então se me der licença irei para a sala. — declarei.

— Nem quer saber se eu e o Jordan estamos namorando? — gritou.

— Não olhe para trás agora, mas acho que tem gurias prontas para te bater neste instante. E acho que é melhor não repetir mais isso em voz alta. — aconselhei.

Quando fitou para onde citei eu corri em direção a escola o mais rápido que pude. É óbvio que pela maneira com que falaram estavam agora em um relacionamento sério.

— É... — uma garota começou.

Tinha o cabelo castanho com mechas loiras e pequena.

— Falando comigo? — questionei.

Não, não, não. Repetia.

— Sim. Sou Molly.

Nada ao meu favor, que maravilha!

— É que eu soube que ajudou um casal a se juntar e eu queria umas dicas.

— Acho que está falando com a pessoa errada. — tratei logo de encerrar o assunto.

— Por favor. — implorou.

— O que está pensando em fazer?

— Uma carta de amor. Que tal? — sugeriu.

— Por acaso é muda? — a grosseria presente no tom.

— N-não. — como sempre acabo assustando.

— Então trate de falar pessoalmente, até porque esse negócio de ficar mandando bilhetes é coisa de gente covarde. Nada melhor do que expor seu sentimento cara a cara e olhá-lo diretamente, além do que ele estaria vendo como é aparentemente. Porque só mandando umas frases “bonitinhas” e se declarando no papel, mesmo que coloque o nome, as vezes ele nem saberá quem é. — praticamente metralhei essas palavras em sua direção.

— Mas eu não consigo. — disse aos gaguejos.

— Então desiste ou vá aprender a ser menos tímida primeiro, talvez depois disso a pessoa não esteja namorando ainda. — rebati.

— E se ele gostar de receber declarações por cartas?

— E se? Ninguém vive de deduções sabia? Mas sim de certezas.

— Se eu não arriscar nunca saberei a resposta! — esbravejou.

— Para que veio pedir conselho? Se não sabe ouvir outra opinião então faça o que desejar. E quer saber? Se eu fosse esse garoto eu nunca ia querer sair com uma pessoa como você. — finalizei.

Deixei-a me fulminando e fui finalmente em direção a classe.

Peguei o livro de terror que estava querendo ler há muito tempo e ao começar a folheá-la meu coração palpitava para saber quem cometia tantos assassinatos. Corpos multilados, sangue, desespero. E quando estava em uma das cenas em que uma vítima seria morta me interrompem.

— Estão falando por ai que Phil contou sobre a lista sabia? — começou.

Esse era o idiota do Joshua me dando um baita susto.

— Pensei que tinha me dado uma semana. — foi o que apenas disse.

Continuei o que estava fazendo.

— Por acaso isso incluía não falar contigo até lá?

— Eu não sou tua amiga para ficar enchendo o meu saco, muito menos ainda porque não recebo para isso.

Sabe o quanto é ruim tentar ler um livro com alguém zumbindo em seu ouvido? Então... acabei de saber o quanto é terrível.

— Não fique comentando sobre esse assunto como se fosse normal.

— Está com medo é? Pensasse nisso antes de propor algo assim a eles. — devolvi.

— E você não tem nada a esconder né? Deixando o coitado do Phil se tornar o culpado em seu lugar. — repreendeu ao mexer a cabeça de um lado para o outro.

— Eu deixo de comentar sobre o seu segredo se você não contar o meu também. Pode ser?

— Nossa, que honra Amy. Parecemos até amigos não?

— Nunca, e nem quero.

Sai rapidamente do mesmo local que ele e fui em direção ao primeiro bebedor que poderia encontrar. Vendo antes de chegar dois meninos conversando.

— Ouve isso: Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

— Quem escreveu isso?

— Uma tal de Molly. — declarou.

Aquela garota realmente mandou a carta para ele?

— Que idiota não?

— Isso é pouco. Usa uma frase boba e sem graça dessas e acha que eu vou me apaixonar? Se pelo menos ela tivesse um corpo bonito, mas nem isso.

Quando notei já estava em sua frente.

— Não fale do Fernando Pessoa dessa forma tão grotesca. Na verdade você nem deve ter inteligência o suficiente para entender algo assim não é? E eu tenho certeza, apesar do pouco que te conheço, que nunca mereceria nem uma misera palavra do que ela escreveu com tanto esforço para ti.

Sim, já estava brigando com ele sem nem me importar com quem estava ao redor. No entanto logo tratei de fazer com que não se tornasse um escândalo e tratei de sair. E nesses poucos dias soube que já encerrei vários assuntos sem nem ouvir a outra pessoa.

Até porque não precisava, no fim eu ia vencer.

— Obrigada. — sussurrou a castanha meio loira.

Pelo jeito tinha ouvido o que aquele acéfalo tinha defecado pela boca, pois estava com lágrimas nos olhos e pronta para chorar na primeira oportunidade que tivesse.

— Eu disse que tinha de ter se declarado pessoalmente, mas mesmo assim esse garoto não ia aceitar se não viesse rebolando ao som de um funk e com uma saia que parecesse um cinto. E digo mais, sorte tua ele não querer sair contigo. E se ainda insistir nele recomendo escutar algo como “beijinho no ombro”, malhar muito na academia, por silicone nos seios e decorar uns raps sujos antes de falar com ele de novo.

No caminho para a classe ignorei a “Mole” e ao chegar nela fiz a mesma coisa com o Josh, que mesmo assim tratava de ficar desabafando até umas pessoas chegarem. E só o que eu mentalizava era: Ir cedo ou não para a escola?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Nada demais? Confuso? Nossa, fui na correria! Dão sua opinião por favor, mesmo, mesmo, mesmo, mesmo. É MEGA IMPORTANTE E ESSENCIAL. AJUDEM-ME! Tudo o que fizerem será muito bem vindo e me deixará muitissimo feliz.

Desculpa se tiver algum erro de português. A imagem não é minha.

Beijos e obrigada galera linda e maravilhosa!