Infame escrita por Apiolho


Capítulo 3
Capítulo 3 - O tarô é uma farsa!


Notas iniciais do capítulo

BOOOOOOOA NOITE AGAAAAIN! :3

E ai? Quero agradecer a Zabelita e deehmarruccia por comentar no anterior. E a cada capítulo noto o quanto é importante, me motiva e me dá um gás para continuar. Então, por favor, mandem reviews? Deixará essa autora com toda a certeza muito, muito, muito feliz!

Obrigada a Andressa Contes, Larissa Rodrigues e Zabelita por favoritar e a Larissa Rodrigues por favoritar. Sempre adoro demais ver que mais gente está vendo a minha fanfic e também por colorir a página inicial quando o fazem. Com certeza deixa mais belo.

E ai? O que aconteceu que diminuiu o número de comentários? Tá chato? Foi muito rápido a postagem uma da outra? Por isso demorei mais uns dias. Vamos ver o que vai dar amores.



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Capítulo três

 O tarô é uma farsa!

"Um dos grandes problemas globais é que a maioria das pessoas têm medo de ser elas mesmas."

 (Elisaveta Golovanova, Miss Rússia - 2012)

 

Uma coisa é certa: minha mãe é muito pirada.

— Filha, por favor, aceite! — implorou de joelhos.

Lá estava eu, ela e outra que se dizia vidente.

— Não te disse que é fácil te enganarem? Já repeti mil vezes que o amor não vem dessa maneira. — comecei meu sermão.

— Por que não quer ser consultada? — quis saber a moça.

Que voz sombria.

— Irei soletrar sobre o porquê e o que acho de ti, da qual usa roupas que tem o dobro do peso de uma baleia como você: P-I-L-A-N-T-R-A! — praticamente gritei.

Minha progenitora estava se segurando para não rir do que disse, já a mulher, que mais parecia uma macumbeira, me fitou com uma expressão mais feia que ela antes de pronunciar algo.

— Amie Young será a primeira.

— Vai lá, eu ganhei um desconto para duas pessoas. — incentivou minha mãe.

Entrei naquela tenda improvisada na nossa casa e sentei-me a sua frente. Tinha umas cartas em cima da mesa e eu notei na hora qual era a sua especialidade: o tarô.

— Vamos fazer o seguinte, eu faço a minha tarefa enquanto você finge que viu meu passado, presente e futuro.

— Fazer nada não é meu trabalho. Escolha cinco cartas. — grossa.

Ia mostrar quem é que manda aqui.

Bati com força a mão na mesa enquanto me levantei e me aproximei dela ao pôr a minha melhor cara de “falsa assassina”. Pareceu se assustar antes mesmo de eu começar a desabafar. O que é ótimo!

— Escuta aqui, sei mais que tudo que veio aqui para arrancar dinheiro de uma pobre mulher. Possivelmente você é uma pessoa mal-amada, da qual nem o marido quer, que não se deu bem nem tentando ser prostituta. Resolveu então escolher uma profissão em que você apenas fica descansando esse traseiro gordo na cadeira e murmurando coisas como “seu amor está próximo” ou “vai ser rica”. Acho que em poucas palavras fui mais vidente do que foi na sua vida inteira. Acertei?

Quando a olhei estava chorando.

— Não vai embora? — comecei já a colocar os materiais da escola ali mesmo.

Só que ao cair uma folha entre tantos objetos lembrei de mais cedo.

— Escolhe alguma delas, por favor. — sussurrou.

Ela é de ferro por um acaso que nem ao menos se defende?

— Já que insiste tanto irei pedir apenas uma coisa: sabe o significado disso?

Taquei o papel praticamente em seu rosto, olhando-a de forma entediada enquanto esperava uma resposta óbvia.

— A pessoa perdeu uma aposta. E provavelmente é apaixonada por esse tal de Billy né? — querendo tirar uma confissão.

— Não.

— Então do Carter?

Apenas discordei.

— Ethan? Bradon?

Peguei-o de volta, já bufando, e sai daquele lugar abafado, levava comigo a mochila. O lápis, borracha, apontador e o resto possivelmente estava escondido entre as diversas apostilas finas. E isso que ainda era o primeiro dia de aula.

— Como foi? — quis saber minha mãe.

Batia a mão uma na outra de maneira animada.

Será que eu não sou mesmo adotada?

— Preferia estar arrumando meu quarto, pelo menos agora estaria limpo.

— É sério? Você não faz isso desde que o Sushi morreu.

— Ele era um urso de pelúcia. E eu sei que você o deu para a minha prima.

A sua boca ficou em formato de “O”.

— É tarde demais para pedir desculpa?

— Nada vai me fazer superar a cena daquela garota esfregando-o no meu rosto. E depois ainda o serrou ao meio e o queimou, na minha frente ainda! — exclamei.

— Sabia que falando assim nem parece que se importou tanto? É como se tivesse falando do que comeu hoje de manhã. — detonou.

— Eu sempre fui assim!

Não é culpa minha parecer uma garota velha de “guerra”. Sem emoção alguma.

— E foi por isso que eu o deixei para outra criança, quando ganhou não esboçou nem um sorriso. Isso não é normal. — detonou-me.

Mas por dentro eu estava pulando. Mesmo.

— Vou lá ver o filme do Pelé. Tchau. — dei uma desculpa.

Todo mundo fala dele na internet, mas nunca vi. Nem irei, mas isso é segredo. Nada melhor do que deixar a pessoa com cara de taxo para trás após uma discussão, que nesse caso foi a minha própria mãe.

Com a chamada tinha a certeza que Carter e Ethan eram da nossa sala, porém os outros tinham de descobrir em um momento. Sentavam perto do Joshua e conversavam com ele o tempo todo.

O que eu não aceitava de jeito nenhum era que aquela macumbeira estivesse certa.

— Carter, leia essa frase para a... Amie. — sorteou as novas vitimas após dar uma observada geral com aqueles óculos fundo de garrafa.

O certo é que geralmente ficam tirando sarro do casal escolhido o ano inteiro.

— Qual? — parecia tremer enquanto me fitava.

— O poema “Aposta”. — declarou.

— “Menina meiga com sorriso encantador, Despertou em mim, uma pontinha de amor. Como pode ser tão meiga e ao mesmo tempo tão bela. Como um sorriso que cativa...”

Não havia uma parte pronunciada que não houvesse risadas sendo desferidas em meio a classe — da parte dele também. Tudo bem que eu não sou fofa, mas qual a graça?

Aquilo já estava me irritando.

— O que está acontecendo? — quis saber.

— Desculpa professora, mas não pode ser outra pessoa? Essa daí nunca seria a musa inspiradora, não dessa poesia. Assim não conseguirei terminar.

— Levante-se então Livie.

E eu fui ignorada, aniquilada e esquecida com sucesso.

O lado bom é que não terei de ser considerada a namorada desse acéfalo, mas sim a tal garota com nome esquisito.

Peguei aquele papel de ontem e comecei a amassá-lo ao pensar no que faria com ele. Se ia guarda-lo para depois ou exigiria explicações do idiota. Sei que depois disso pensariam duas vezes antes de ficar gargalhando da minha pessoa.

— Quem é a que está do lado do Josh? — para uma outra que estava perto de mim.

Lá estava ele e mais cinco meninos, sendo que uma garota se encontrava perto demais dele. Pareciam como um grupo de famosos, tanto que algumas suspiravam e deixavam-nos passar enquanto camimhavam entre a multidão.

— É a Lindsay Ross. Pelo que sei é a nova puta dele. — respondeu.

A primeira da lista.

Charlotte ou Valerie que não era. Já que ela era alta, loira, cabelos cacheados e tinha uns peitões que eu jurava que era silicone ou algum tipo de enchimento. Só não parecia ser natural.

— Você bem queria ser uma delas não é?

— Quem não? Nem adianta negar.

Apresento eu.

— E o Will?

— Desisti, ele nem é bom de cama. Não faz nada. Acredita que eu pedi para dar um tapa na minha bunda na hora e ele não quis? No mesmo momento terminei e o obriguei a ler “cinquenta tons de cinza” para aprender o que é homem de verdade. — fofocou.

Assim já é demais.

— Desculpa, mas se quer apanhar namora um detento querida. Tenho certeza que nem precisa pedir para receber! — as interrompi.

— Quem é você? — botava a mão nos olhos para me fitar.

Elas estavam sentadas naquela grama suja e eu, como superior que sou, estou as mirando de cima.

— A número 4. — falei imediatamente.

— Não entendi nada. — neste instante olhou para a “amiga”.

— Nem me surpreende a sua resposta, mas logo saberá.

Só espero que ela não seja Anabelle Stuart.

— O que está fazendo Amie? Quer comprar briga de novo?

A ruiva, pequena e falsa-fofa atacando novamente.

— Quem te deu a permissão de falar comigo Charlotte? Vaza!

— Eu não sou como disse, aquilo foi um mal-entendido.

— Sei muito bem qual o seu jogo, ficar visitando o Joshua na sala para que as outras pensem que vocês têm algo mais do que uma simples amizade. Para espantar as concorrentes e ficar com ele só para ti, mas eu acho que isso não adiantou não é? — apontando para o grupo mor da escola.

— Aquela é uma vadia. — brigou.

— Você a conhece? — comentei.

— Não.

— Então fica feio para ti ficar emburrada pelo que digo sobre você só porque pouco convivi contigo. Até porque é a minha opinião.

— Mas está na cara que ela é assim.

— Desculpe-me, porém está na sua também.

Deixei-a sem nem me importar se magoei ou não. Ninguém me cala ou termina ganhando sem eu deixar.

— Josh, um beijo apenas. - aquela Lindsay disse.

— Na escola qualquer demonstração de carinho é proibida. — o tom acanhado.

Encontravam-se de uma maneira diferente, já que ela o estava encurralando na parede. E eu? Estava um pouco escondida, porém conseguia ver tudo o que estava ocorrendo — e ouvindo.

— Mas isso não importa. Vamos, sei que me quer assim como eu.

Aproximava-me, no entanto foi parada por ele.

— Você está com o George! — declarou.

— Aquele seu amigo? Só estou namorando-o para ficar perto de ti. — pronunciou com aquela voz irritante e fina.

— Se acha que não contarei sobre isso está enganada. — dando um sermão que até me deixou abismada.

— E eu que me beijou a força. Em quem ele acreditará? No pegador ou na garota inocente. Então, o que escolhe? — ameaçou ao morder a boca e lambê-la de maneira nada sensual.

Uou! Como sairá dessa?

E por que não tenho uma pipoca em minha mão nesse instante?

— Você me dá nojo. — rebateu.

— E daí? Vamos ficar ou não? — botou as mãos em seu pescoço.

Vi em seus olhos que ia aceitar.

— Eu... é... — balbuciou.

Não podia ser tão covarde assim.

— O diretor está vindo! — gritei.

Percebi que ela o soltou no mesmo instante e saiu correndo. Já eu praticamente ri por dentro pelo meu plano der dado certo. Como isso é possível?

— Amie? — questionou ao me ver.

— Que foi garoto? — fiz-me de durona e desentendida.

— Aquilo era mentira não é? — um sorriso galanteador plantou em seus lábios.

— O quê? Vim aqui apenas para comer meu lanche em paz, mas um casal estava me atrapalhando.

Uma parte disso era verdade. Eu ia mesmo devorar o meu pacote de salgadinho e beber do maravilhoso refrigerante sabor laranja.

— É? Mesmo assim te devo uma. — a mão foi colocada atrás de sua cabeça como sinal de nervosismo.

— Já que está tão agradecido tem como ir a sala comigo?

— Agora? Mas eu nem tenho camisinhas aqui e... — interrompi-o no mesmo instante.

— Eca! Não é para isso. — briguei.

— Então o que está esperando? Vamos.

Pegou na minha mão como se fosse colegas desde do primário ou amantes. E eu definitivamente não chego nem perto disso.

— Primeiro me solta. — esbravejei.

Obedeceu quando percebeu o que fez e fomos para o local, no entanto eu fui um pouco atrás dele. Não queria que me vissem com esse mulherengo e pensasse mal de mim.

— Pode iniciar a explicação sobre o que deixou cair ontem. — levantei aquela folha em sua direção.

Sorte a minha que não tinha nenhum antissocial e NERD estudando na sala ou comendo sozinho enquanto esperava que uma alma boa o convidasse para ver a luz do dia.

— O quê? — a cor do seu rosto se transformou em um branco feito papel.

— Essa combinação de letras e números aqui. — apontei para as anotações fervorosamente.

— Simples: perdi uma aposta. — declarou.

Aquela macumbeira estava certa? Mesmo?

— E por que pagou em janeiro e fevereiro?

— É... como são meus amigos estou quitando em parcelas.

Poderia até ser verdade e me daria por vencida com essa resposta, se não tivesse gaguejado e demorado muito para me revidar. Enrolando demais, hesitando muito.

— Sabe que irei descobrir não? Só perguntar para eles com jeitinho, algum deles tenho certeza que irá me contar. — ameacei.

No mesmo instante pegou aquela “prova” e a rasgou na minha frente.

— Agora não mais, sem isso eles nem saberão do que está falando.

— Acha que eu sou burra? É claro que eu tenho uma cópia. — rolei os olhos de maneira tediosa.

— Tudo bem. Quer saber a verdade?

— Claro, já que me deve um favor. — fiz questão de lembrar suas palavras.

— comecei a me arrepender disso já.

— Estou perdendo a paciência Joshua, e se isso ocorrer não me custa nada mostrar para todos! — exclamei.

— Eu os pago para andarem comigo. Satisfeita?

Por essa não esperava.


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Notas finais do capítulo

Qual a sua opinião? O ultimato em relação a isso? O que se dará dessa relação? A boca grande dela está cada vez pior ou mais calada? Só sei que as coisas vão esquentar, acho.

O poema citado é de Phelip, e é:

"Aposta

Menina meiga com sorriso encantador,
Despertou em mim, uma pontinha de amor.

Como pode ser tão meiga e ao mesmo tempo tão bela,
Como um sorriso que cativa,
Eu não sei mas o que é não pensar nela.

Os dias passam, os dias vem,
E eu não consigoesquecer, nem encontro uma forma de tentar não te querer.

A questão é saber, a onde isso vai dar,
Ou será que até isso, agente vai ter que apostar?

Que se aposte muitas coisas,
Ou até mesmo 1 milhão.

Só não vamos tentar apostar,
O sentimento do nosso coração!" Endereço: http://pensador.uol.com.br/meiga/2/.

A imagem não é minha. Logo tratarei de comentar, mas é que toda a vez que vou alguém chega, quer usar, me chama e eu tenho de voltar do zero. O que é muito ruim. Pelo menos consegui fazer esse capítulo. E desculpem-me se tiver erros, deixa-los confusos. Como escritora eu não consigo ver umas coisas, então podem contar tudo o que virem de errado que tentarei arrumar.

Reviews? Comentários? Opinião? Criticas? São super bem-vindas! Por favor, peço, imploro. Muito me fazem feliz e tentarei ser uma autora boazinha. E quem quiser recomendar, mesmo sendo cedo e eu ser nova, mas isso com certeza será aceito de muito bom grado.

Beijos e até a próxima.