Infame escrita por Apiolho


Capítulo 15
Capítulo 15 - Renascendo como a fênix


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Tudo bom? Demorei muito? Espero que não, porque meu plano é postar praticamente todo o final de semana. De prefêrencia aos sábados a noite.

Quero agradecer a karol e Melodia Enlouquecida por comentarem no anterior. Sabe o que mais? Faz-me muito feliz saber que estão continuando a acompanhar e aparecer para dar a opinião, realmente significa muito para mim e a Sunshine.

E onde estão os outros queridos leitores? Sabia que estou com saudade? E a outra autora também, com certeza. Os novos serão muito bem vindos se darem o ar da graça nessa fanfic.

Muito obrigada a Mii Teardrops e ciintia riios por favoritarem e a Queen B e Sra O Leary por acompanharem. Com certeza dão um colorido a mais, ainda mais por saber que o número de leitores darem crédito a fic está aumentando.

Espero que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo quinze

Renascendo como fênix

 

"Pra ser sincero eu não espero de você
Mais do que educação,
Beijo sem paixão,
Crime sem castigo,
Aperto de mãos,
Apenas bons amigos"

(Pra ser sincero - Engenheiros do Hawaii)

 

— É? E o que seria? — o tom de descrença.

Ainda estava apostando que estava apenas blefando.

— Vai dizer que não sabe do que estou falando? — fez outra pergunta.

Rolei os olhos no mesmo instante.

— Eu sou alguém que exige respostas Charlotte, não o contrário! – aumentei a voz, passando autoridade.

— Por acaso está nervosa? Tenha calma, temos tempo ainda. — e finalizou com aquele sorriso sarcástico.

— Só que eu não. — curta e grossa, minha especialidade.

— Pode achar que eu sou burra, mas... — interrompi-a para provocar.

— E ainda tenho certeza. — concordei com ela.

— Só que eu me lembrei que disse que era a “número quatro”, mas eu não tinha entendido muito bem. Quando aquela lista foi lançada no mural isso passou em branco, porém depois percebi. Você era a quarta da lista e tinha me segredado, no entanto foi antes do papel ser mostrado não? Como saberia sobre isso se estava no banheiro masculino? — pareceu ter terminado sua especulação.

Onde quer chegar?

— Não vou repetir o que afirmei a pouco tempo. — olhava para minhas unhas enquanto falava.

— Eu sei que foi você quem colocou aquele “top das garotas que mais transaram” no biombo.

Estou ralada será? Não mesmo, ainda mais quando tenho uma carta na manga.

— Trouxe provas? — quis saber.

Que dê certo, por favor!

— E precisa? — o semblante confuso.

Eu sou demais né? Gênia em pessoa.

— Claro. — continuei.

— Nem tenho, todavia... — cortei-a de novo, mas agora de maneira animada.

— Então nem sequer vou levar em conta o que disse, tudo bem? Estamos conversadas? – propôs.

— O que não entende é que somos iguais, Amie! Fomos vitima daquela lista idiota, que não só aumentou a sua má fama, porém também acabou com a nossa paz. Se eu fosse você não deveria brigar comigo ou com as outras garotas, mas sim estar se unindo a nós. — declarou de forma poética, querendo me mostrar uma lição com toda essa asneira.

— Mesmo não sendo amigas já me cercam e ficam falando comigo, imagina se eu propor essa trégua? Além do mais, por acaso ainda não entendeu que eu poco me importo com vocês e quero mesmo é continuar sozinha? — meu tom de voz era aterrorizando, e sabia muito bem disso.

— Sim, mas ficarei de olho. — avisou.

— Deixou-me muito preocupada, sabia? — ironizei.

— Sério? — E mesmo assim ela acreditou.

— Pelo Nate estar sozinho ainda, enquanto você perde tempo comigo.

Pareceu notar que estava acontecendo uma festa ali perto e foi em direção ao local com rapidez, mas não sem antes pegar-me pelo braço para acompanha-los.

Por acaso é ela a aniversariante?

— Vou embora. — sussurrei.

Só que justo o anfitrião tinha escutado a minha lamuria.

— Mal chegou e já vai? Por acaso sua mãe não te deu educação não? — comentou.

— Falando nela, não posso ficar porque ela me chamou para... é... ir acompanha-la no shopping. — dei uma desculpa.

Nunca que eu ia dizer que minha é tão desesperada ao ponto de ficar indo em sessão de astróloga, vidente, taróloga e em consultas com muitas outras pessoas que se dizem especiais.

— Liga para a sua mãe e desmarca. — como se fosse tão fácil né?

— Mas te-

— Aniversariante não aceita outra resposta que não uma positiva Amie. Se não trouxe presente, pelo menos fique para a festa.

— E por acaso tinha conhecimento disso? — revidei.

— Só que agora tem a informação do dia que eu nasci não é? E é por conta disso que é obrigada a me obedecer. — e seus olhos demonstravam muito mais do que essas palavras.

Como se quisesse falar: “Eu sei o que você fez na semana passada, e posso muito bem contar para todos a hora que eu quiser”. E se eu tivesse conhecimento de que isso ocorreria teria corrido para a casa quando me mandou a mensagem.

— Tudo bem. — dei-me por vencida.

Sinto-me derrotada, massacrada, decapitada e morta ao ter de fazer algo assim. Dar o braço a torcer e desistir sem lutar muito, assim como fiz quando tive de dizer “sim” a sua proposta de lanchar comigo.

Onde está o botão que volta ao momento em que ia fazer a besteira de por aquela maldita lista no pátio?

— Então ligue. — referindo-se ao meu falso compromisso.

“Tenho um trabalho para fazer com uns colegas. Posso deixar essa consulta idiota para outro dia?” — Amie.

Pela primeira vez meu coração doeu ao responde-la.

— Mandei mensagem.

— E o que vai querer? — esse era o Ethan.

Sua expressão era de puro medo e surpresa. Só que eu, por dentro, tinha vontade de rir de sua cara e contar que eu sei que ele deixou ser vendido. Por mim amizade não se compra, mas sim conquistada.

— Coxinha. — o tom determinado e confiante.

Eu estava em uma festa de aniversário de um colega de sala meu. Comendo com eles. Conversando. E o principal, parecia bem vinda ali. Apesar de não me importar muito, dava um certo alivio não precisar ficar na defensiva todo o tempo.

Abocanhei um pedaço daquele alimento divino com vontade.

“Sério filha? Quero imagens!” — Mãe.

— Você me deve Josh. — comentou um dos amigos dele que estava na nossa classe.

— Por quê? — seu sorriso apareceu.

E isso me fez crer que algo estranho tinha ocorrido com ele.

— Perdi uma aula daquela professora gostosa por sua causa.

— Ela estava mesmo, com aquela lingerie vermelha. — provocou.

Meninos são nojentos.

— E eu não vi? Pelo menos bateu uma foto? — desesperou-se.

“Para quê? Estamos comendo agora.” — Amie.

Mandei para ver se me distraia um pouco, porém infelizmente ouvi tudo.

— Quem ia lembrar disso naquela hora? Eu que não.

"Porque isso é novidade, já que pensei que sempre ia ficar só. Manda uma foto, por favor?" — Mãe.

Realizei o pedido ao enviar uma figura da mesa e algumas pessoas que estavam em meu ponto de visão, o que pareceu ter a acalmado, já que não me incomodou mais.

— Precisa ser menos egoísta, sabia? É necessário compartilhar as coisas boas com seus amigos também, não só as ruins. — alegou.

Depois fala de amizade né? Mas nada pior do que ficar cobrando por estar andando com o Deboni. Fazendo-o ser mais egocêntrico ainda.

Odeio hipócritas.

— Se não viu problema seu! Se quer ter essas malditas fotos para tentar saciar essa sua mente imunda, por não passar de um virgem inútil, vai atrás, porém não fique culpando os outros sem motivo. — entrei na conversa.

E o moreno de olhos azuis esverdeados pareceu compactuar comigo ao dar um sorriso fraco em forma de agradecimento em minha direção.

— Você nem me conhece para falar comigo desta maneira.

“Passa 10 pastéis.” — Desconhecido.

Botei esse nome antes de saber quem era.

E a lista de contatos continua a aumentar.

— Olhe para mim quando estivermos discutindo. — esbravejou o garoto.

— Somos feitos de carne, ossos, órgãos. Pode ser popular, mas isso não me faz lembrar seu nome. Sabe o quanto é importante para mim? Zero. — respondi.

“Quem é?” — Amie.

— Pare de teclar nesse celular e fale comigo direito. — implicou.

— Querido, eu já falei. Me é indiferente saber quem você é ou não, ser cumprimentado por ti muito menos. — tentei outra maneira de tentar colocar naquela cabeça oca que ele é um “zé ninguém” para mim.

— E vai dizer que não sabe como me chamo? Eu sou da sua sala! — exclamou.

— Não sou obrigada a decorar o nome de todos. — esbravejei.

“É o Phil. Agora anda logo!” — Emo.

E finalmente pude marcar aquele apelido em algum lugar.

— É...

— Tenho de ir. — gritei a todos.

Consciência pesada + injustiça.

Foram esses dois quesitos que me fizeram ir até onde se encontrava rapidamente. Levava comigo o que pedia e seguia o caminho até aquele canto, que ainda não queria batiza-lo de nosso, até ouvir algo que em nada mudou a minha vida.

— É Carter. — berrou.

Sabe qual é a verdade? Eu sabia disso por ter visto no papel, assim como por escutar seu nome sendo chamado quase todos os dias, mas irritar as pessoas é a minha missão. E dessa vez completei com sucesso.

— Demorou em? — reclamou.

— E como sabe que eu estava com comida? — quis saber.

— É porque eu vi. — sussurrou.

— E por que não foi embora ainda? — sentia-me aqueles policiais interrogando um suspeito.

— É que uns caras estão me esperando na saída da escola para me bater e eu não quero ir machucado para a casa. Além de não poder mais comer no intervalo agora não posso nem ir embora em paz? Quando isso vai acabar? — choramingou.

Lágrimas escorreram por entre suas bochechas.

— Acertei em cheio ao salvar a palavra “emo” em seu número. – tentei amenizar a situação.

— O quê? Mas eu não sou! – protestou.

— E o que prefere que eu coloque? Punk, gótico ou cabelo de berinjela? – dei as opções.

— Só Phil seria de bom tamanho. – a desanimação em pessoa.

— Mas e a pergunta que não quer calar: como tem meu contato?

— O Jordan me deu. – respondeu rapidamente.

O semblante que fez dava-me a certeza que estava imaginando o meu ex pretendente como uma comida deliciosa. E ainda mais quando após falar começou a petiscar os salgados.

— É uma bicha fura olho né? Não duvido que tenha feito isso para ficar analisando o peitoral dele, e não necessariamente para falar comigo. – declarei.

— Está com ciúmes é? Pode ter certeza que isso é o de menos, pois se quer saber tenho o número dele desde que chegou e ainda estudo na classe dele. – debochou.

— Isso até teria funcionado com outra pessoa, até porque felizmente não estava falando de mim, mas sim da Anabelle. — expliquei.

O silêncio se formou por pouco tempo antes dele tagarelar de novo.

— E cadê o suco? — vive de blá, blá, blá.

— Quem mandou não pedir? Agora terá de ficar sem.

Ri, gargalhei por dentro.

— Amie? — chamou alguém.

— Tchau. — sussurrei para o Phil.

Corri em direção a voz e me encontrei com ninguém menos que o Joshua.

— Que foi? — fui direta.

— Você é uma baita de uma mentirosa! — praticamente berrou.

— Do que está falando seu idiota? — não fiquei para trás.

Ele se aproximou mais ainda de mim, ao ponto de eu ter de me encostar na parede para que eu não me desequilibrasse.

— Diz que nunca namorou né? — começou.

— E confirmo.

— E quanto a se apaixonar? — declarou.

— Dou graças por não ter ocorrido algo assim em meus dezesseis anos. — o tom determinado.

— Mas então por que vive se sumindo no intervalo? Afirmando que não gosta do Jordan, porém até esqueceu do nosso acordo para falar com ele? — cortei-o por falta de paciência.

— Não estou entendo nada sabia?

— Vai me deixar falar? — seu rosto se tornou vermelho e ele encarou meus olhos com fúria e magoa.

Por qual motivo está se portando assim?

— Se continuar com grosseria eu vou é sair daqui! — esbravejei.

Pegou em meus dois braços com nenhuma delicadeza e o levou acima da minha cabeça. Sua boca foi em direção a bochecha, para depois seguir o rastro até a minha orelha.

E eu fiquei parada por conta surpresa.

— Por que você disse que odeia aquele cara se eu ouvi claramente que não queria ser apenas amiga dele? Pode me explicar?

Será que foi ele que estava nos observando no recreio? Se sim...

Meu pensamento foi interrompido, porque logo se direcionou em meu pescoço e deu uma pequena mordida, para em seguida sentir leves beijos naquele local. Meu rosto queimava, no entanto não sabia o que fazer.

Mesmo quando direcionou sua mão no primeiro botão da jaqueta. Querendo acabar com aquilo, todavia não conseguindo de maneira alguma. Até porque era novo e chocante para mim.

Em momento algum tinha me sentindo tão fraca, débil e sem forças.

— Mas eu fui lá para que me deixasse em paz. — confessei.

— É? Por que será que eu não acredito? Será por ficar jogando essas mentiras quando ao mesmo tempo não fez nada quando eu estava praticamente transando contigo agora? Se ficou arrepiada, mesmo se orgulhando por nunca ter se apaixonado? Por acaso é bom ficar tratando os outros como brinquedo? — bombardeou-me.

— Isso é... — tentei me defender.

— Sim, é nojento! — exclamou.

E ao me soltar e ir no caminho que dava ao pátio eu escorreguei até me sentar no chão. Levei minha mão a perna e abracei-a, escondendo minha cabeça nos joelhos.

— Não sou prostituta. — murmurei.

E aquele som de que uma nova SMS chegou.

“Você é puta sim, pelo menos é o que o contato diz.” — Emo.

E mandou aquele print, comprovando o que falou.

Uma vingança bem feita, eu confesso.

“Não dispense a vidente, pois estou indo para ai!” — Amie.

Enviei para a minha mãe e fui em minha casa em silêncio. Aquele momento em que eu tive de pegar a mochila e ter de encarar o Joshua foi a pior parte, porém o que eu não conseguia entender era porque me importava.

Só que se eu tivesse uma mínima chance de poder sentir algo por ele e querer ser seu amigo, daria tudo para que ele me fosse indiferente neste instante. Ao ponto de que nem mesmo a raiva e a vontade de me explicar que eu sentia tivesse lugar em meu pensamento ao ver seu rosto.

“Vai engolir suas palavras.” — Amie.

Sim, eu tive a coragem de mandar algo para ele.

“Estou doido para ver o que fará semana que vem, quando formos lanchar no intervalo.” Joshua.

A velha e sádica eu voltou com tudo ao ler aquela frase.

Como uma fênix senti-me renascendo das cinzas.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Gostaram? Odiaram? O que acharam da briga dos dois? E daquela mini festinha? E será que a Charlotte irá conseguir provar que foi a Amie que pôs aquela lista no mural? Para mais respostas para essas e outras perguntas não percam os próximos capítulos.

A imagem não é minha. Desculpem-me se tiver algum erro.

Quem quer comentar? Sério, fara dessa autora alguém muito feliz. Ainda mais agora que estou aliviada de conseguir responder a todos os reviews. Ufa! E alguma de vocês desejam recomendar que nem as divas da Melodia Enlouquecida e Maze Queen? Pode ter certeza que me deixará mega contente, assim como a Sunshine.

Beijos e até a próxima.