Infame escrita por Apiolho


Capítulo 14
Capítulo 14 - Não queria estar na sua pele


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores, lindos e maravilhosos!

Eu sou a Apiolho e estou postando agora enquanto a Sunshine não poderá publicar, deixando para mim a missão de continuar a história. Ajudava-a com as escritas e algumas coisas antes, mas como eu tinha um tempo resolvi por aceitar o seu pedido. Tenho mais duas fanfics e posso demorar um pouco, claro, mas espero não adiar tanto.

Espero que eu não os decepcione.

Sabe o que eu quero? Muito, muito, agradecer a recomendação que a Melodia Enlouquecida fez para a fanfic. A Sunshine não pode ver, mas eu a avisei do que ocorreu e ela ficou muito contente. Pelo resposta dela realmente ficou mega agradecida. E é claro que dai resolvi também por agilizar e finalmente publicar o capítulo 14.

Muito obrigada a karol e a AS Kiara Ogden por comentar no capítulo 13. A Sunshine me lembrou muito de agradecer, mas eu concordo e também sei o quanto é importante os leitores na vida de um autor. Com certeza é uma motivação a mais. E eu, como co-autora, estou mega feliz por tudo que está ocorrendo na fic.

Agradeço a Enkantada, Kira Somerhalder, Melodia Enlouquecida e D L Martins por favoritar, assim como a Kira Somerhalder e I Love Brasil por acompanhar a história. Saber que novos leitores derão um crédito a história é fascinante. Sério.



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Capítulo quatorze

 Não queria estar na sua pele

"Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas"

(Ferreira Gullar)

 

"Minha casa. Sábado. 14h.

— Amie"

Foram exatamente essas palavras, junto com um endereço próximo a minha casa, que eu enviei para a minha parceira de trabalho. Porque é óbvio que eu não ia dar a localização da minha casa e correr o risco da minha mãe ou eu recebermos algum presente surpresa ao abrir a porta.

"Querida, você é quem para me mandar ir na sua casa?

Será na biblioteca municipal e ponto.

— Roxye Honey"

Ela não tem medo da morte né? Esqueceu que a vi agarrando o professor de filosofia? Sem falar das suas maluquices ao sempre ficar na mesma tecla, que é o meio sobrenatural.

"Acho que o diretor adoraria saber daquela novidade. ;)

Poderá ser na..."

— Preciso falar com a Srta. Young. — declarou uma voz feminina.

Neste instante larguei o que estava fazendo e olhei para o local onde imaginava estar e vi a enfermeira me olhar de maneira desesperada, como se eu fosse a sua salvação. Seu rosto estava vermelho, continha olheiras nos olhos e com certeza aparentava uma expressão de cansada.

Marchei em sua direção enquanto imagina o que queria conversar comigo, mas nada me veio à cabeça. Por fim encarei-a antes de abrir a boca.

— Não estou doente. — meu tom foi seco e direto.

— É urgente! — exclamou.

— Então vamos logo. — gritei com impaciência.

— Professor, posso roubá-la por um minuto? — questionou.

— Claro. — dando aquele sorriso estilo colgate.

A troca de olhares foi visível entre o educador de filosofia e ela, mas não mais do que a maneira como a Honey os fulminava mortalmente. Aquilo foi tão assustador que eu peguei na mão da mulher para sairmos dali.

— É a minha filha. — sussurrou ao estarmos no corredor.

Rolei os olhos no mesmo instante.

— A Mole? O que houve?

— Ela está morrendo. — murmurou enquanto lágrimas começavam a cair por entre sua face.

Sabe qual foi minha reação? Abrir a boca, mas não para falar, e sim por conta da surpresa ao escutar essa frase. Só que logo me recompus ao respirar fundo e encarar a pessoa que se encontrava a minha frente.

— E o que eu tenho a ver com isso?

Sim, foi isso a primeira coisa que eu comentei. Nem sequer perguntei se a Molly estava bem. Não era um momento para se portar como alguém rude, mau, no entanto não compreendia onde eu entrava nessa história.

— Quero que a ajude a melhorar. — propôs.

— Como assim?

Não entendi.

— Sei que minha filha é complicada com esse lance de se cortar e reclamar de tudo, mas sei que se der conselhos a ela vai mudar.

— Sinto muito, porém não sirvo para ficar dando uma de psicóloga. - esbravejei.

— Mas foi ela que pediu. — tentou me convencer.

— Por que não compra um livro de autoajuda? — dei uma dica para que parasse de implorar.

E nisso me lembrei daquele horrível que peguei na biblioteca.

— Por favor, Amie, aceita. quando será que irei voltar para a sala?

— É... — não deixou-me continuar.

— Quando cheguei em casa ela estava desacordada. O corte foi tão fundo que teve de ficar internada no hospital, perdeu muito sangue e quase morreu. Se eu ficar sem ela não sei o que vou fazer. — desesperou-se.

— Ainda não entendeu que não posso fazer nada? — berrei

Neste instante dei as costas e fui em direção a classe. Olhar para trás era inadmissível, muito menos pensar demais sobre o que aconteceu. Eu parecia mais uma vilã, anti-herói, do que outra coisa para ficar dando uma de boazinha.

"Sem coração!"

De onde essa mensagem? Mas isso não vai ficar assim, pode ter certeza que quando eu descobrir quem foi o descarado eu assassino.

"Mentirosa."

Tinha outra no meio do caderno.

Quando abri o penal, com o intuito de pegar o lápis e continuar a escrever o que ia mandar para a Honey, outro recado apareceu.

"Fura-olho."

Será que tem mais algum bilhete por aqui? Espero que não.

E realmente nada mais continha, só que em nada diminuiu a minha curiosidade de saber quem tinha feito algo assim. Com o tempo nem lembrei mais do que ocorreu ao prestar atenção ao restante da aula do professor.

— Penso, logo existo. Quem disso isso? — fez um questionamento.

— Claro que foi a grande pensadora. — começou uma tal de Brenda.

— Quem? — entrou na onda.

Cara, sua roupa combinava muito com o que falaria a seguir.

— A Valesca Popozuda. — em um gritinho de animação.

Sabe o que restava para fechar com chave de ouro? Ela dançar.

— Se continuar com gracinhas o único lugar que verá daqui em diante será a parede branca da sala diretor. — declarou o educador.

Se fosse a Roxye ele daria de ombros.

— Ou a careca dele. — rebateu enquanto ria.

Todos a acompanham. Mas como minha mãe diz: você não é todo mundo. Então eu era a única, ou uma das, séria naquela local.

— Vai... — vi-o apontando para a porta e a cara dela se tornar de risonha para chateada, porém logo foi interrompida.

— Não, ela tem razão! — exclamou um garoto que acho se chamar Charlie.

— O quê? Mas ele tem um pouco de cabelo ainda.

— Nem é disso que estou me referindo, mas sim sobre a funkeira. — declarou.

— Continue. — parecia ter gostado do que estava ouvindo.

Já eu estava mais escrevendo no papel uma ótima resposta para a minha parcela do que prestando atenção, todavia o que foi dito a seguir me fez parar pela surpresa.

— Porque essa cantora e o lixo são a mesma coisa. E o que fazemos com quem não presta mesmo? Levamos para descarte. — continuou.

Sinceramente? Ele não merece Palmas, mas sim o Tocantins inteiro. A piada que fez com o filosofo foi realmente fenomenal. Só que nesse caso a maioria ficou em silêncio, sem entender o que estava ocorrendo.

— Acertou! A frase é do René Descartes mesmo. — concordou.

Um ponto. Um ponto. Foi o que os alunos começaram a berrar ao entender a piada, mas não depois de dar boas gargalhadas.

— Se eu dar a ele todos vão querer, então não. — respondeu de maneira irritada.

Se eu não estivesse fazendo dupla com a sua paquera ia querer mais um na média, porém algo de bom eu deveria ter com essa parceria. A possibilidade de tirar uma ótima nota é grande.

"Acho que o diretor adoraria saber daquela novidade. ;)

Poderá ser na minha casa então?

— Amie."

Finalmente terminei e enviar a ela, recebendo uma joia com as mãos em resposta. Liguei o celular e notei ter uma mensagem de Jordan.

"A Belle não sente ciúmes." - Jordan.

Não? Se não for brincadeira ele é lerdo ou muito tapado.

E outra também apareceu.

"Não vai me responder?" - Jordan.

Rolei os olhos e nem me dei o trabalho de digitar algo, indo visualizar uma outra SMS. De um contato desconhecido foi questionado algo que muito me chocou.

"Você gosta daquele novato?" - Estranho.

Sim, eu salvei esse nome no número.

No entanto quem poderia ser? Um fã? Josh? Annabelle me testando? Alguém que me odeia? Não tenho a certeza e muito menos ideia da pessoa que me mandou esse recado, mas pelo segundo ter pego meu telefone poderia ser ele.

"Vai cuidar da sua vida." - Amie.

Matei dois coelhos com uma cajadada só mandando esse recado para pessoas diferentes. Com a fulminada em minha direção, dada pela professora que acabou de chegar, eu tive de dar o meu celular para ela guardar, podendo tirar apenas na saída.

O que é uma droga quando a última aula é a de biologia!

— Cinco minutos para acabar. — ouvi alguém dizer.

Está falando da aula? Isso mesmo?

Será que eu voei na maionese tanto assim?

— Mas professora, eu acho que ver o acasalamento dos caracóis não foi boa ideia. — sussurrou um dos alunos.

— Isso é um caramujo! — exclamou a educadora em um grito.

Sério que ela trouxe esses bichos gosmentos para a classe?

— É a mesma coisa. — revidou.

— E você ia gostar que eu te confundisse com um macaco?

— Claro que não. — respondeu com ira.

— Então não chame uma coisa de outra se não quer que te confundem com outro animal. —o tom rude e autoritário.

O sinal bateu e eu não precisei mais ver aquela cena grotesca e estranha. Só que quando pisei os pés no corredor o aparelho telefônico tocou.

"Sou eu, o Joshua." - Estranho.

— Você é mesmo sortuda, sabia? — murmuraram em meu ouvido.

Pensei por um momento ter tido uma alucinação, porém ao virar para trás notei ser o Phil. Ao me ver tão perto pareceu lembrar de algo, tanto que correu o mais rápido que pode para longe de mim.

As pessoas esbarravam nele sem dó, porém pouco se importava.

Só toquei a tecla ao passar pelo portão de saída e outro recado foi anunciado, mas dessa vez não foi desses idiotas. Só que, confesso, ia ser até melhor que fosse.

"Venha correndo que marquei uma consulta com a vidente para você." - Mãe.

Isso significa que é para nós.

Ler algo assim me fez correr para dentro novamente e sentar-me em um banco no pátio da escola, sendo que depois tive de pegar o livro e lê-lo ao não ter nada para fazer.

"Lição 5: Para ser uma miss é imprescindível se atualizar no mundo da moda, porque usar roupas descoladas e andar arrumada é importante para se arranjar um amigo. Sem falar que os olhares masculinos, e femininos também, irão crescer..."

— Amor, amizade, superficialidade. É só isso que falam? — a minha descrença era enorme.

Prefiro ser eu mesma do que andar que nem frufru, ser meiga e dar um sorriso para pessoa. Algo que chega a me enojar. Aliás, como eu poderia viver sem dar patada em alguém? Além de ter mais homens atrás de mim seria, no mínimo, perturbador.

Vi um grupo estender uma toalha com bebidas alcoólicas, comidas e o Deboni receber tapas nas costas dos que se dizem "amigos". Um abraço e um beijo foi dado por Charlotte e o Nate a puxou para si na mesma hora por conta do ciúme. Presentes foram dados e os risos eram ouvidos por mim.

Fiquei abismada por estarem festejando sem ninguém perturbar.

— Amie! — gritou uma ruiva.

— O que está acontecendo aqui? — quis saber.

— É aniversário do Josh hoje, por isso fizemos essa surpresa. — declarou.

— Não sabia. — balbuciei.

O silêncio se formou e ela suspirou antes de continuar a falar.

— Precisamos nos unir número 4. — chamou-me desta maneira.

— O quê?

— Eu sei de tudo. — parecia confiante de suas palavras.

Ou ela está jogando verde, estou ferrada ou seria algo sem importância. Só que pela sua expressão não seria algo nada, nada, bom.

E onde está o guarda agora para parar com essa palhaçada de festa e com a nossa conversa? Ou então o diretor? Pode ser até o emo que eu não me importaria. Mesmo a Lindsay ia ser melhor que ouvir o que possivelmente ia ser o meu fim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

A figura não é minha. Os erros de português me perdoem.

Quem quer comentar? E recomendar? Que nem as lindas da Melodia Enlouquecida e Maze Queem fizeram? Sabe? Apesar de eu não ser a autora inicial muito me deixa feliz ver essa história crescendo.

Beijos e até a próxima.