Hljödhr Ardunaya escrita por Untitled blender


Capítulo 6
Cavaleiro e Dragão


Notas iniciais do capítulo

eis o capítulo, meus caros litores fantasmas!!!! vocês são minha esperança e minha perdição.
é-me muito difícil sobreviver sem seus lindos comments!!! como não ha nenhum único review, vou lançar um desafio para aumentar a publicidade: aos primeiros dez fãs de "a herança" que postarem um comentário: vou incluir suas teorias a respeito dos próximos livros na história!!!-a não ser que tenham duas iguais ou se elas envolverem a morte de eragon- passem bem, amici miei, e não esqueçam de deixar seus reviews!!!!!!!!!!!!!!



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Thorn esperava com os músculos rígidos de frio e expectativa. Quando a cabra apareceu, ela não durou nem um segundo. O salto descongelou todos os seus músculos ao mesmo tempo. Ele podia sentir a energia se esvair dos ossos que ele mastigava. A cabra quase não tinha carne. Comida insuficiente. Desde que haviam chegado às vastas planícies do norte, havia sido assim. Apenas neve, capim e cabras. Murtagh havia imaginado que naquelas estepes haveria comida suficiente para pelo menos um dragão. Ele estava errado. Thorn levantou voo, fazendo os arbustos vibrarem abaixo dele. A única presa que ele viu em quilômetros foi uma raposa. Thorn comeu-a também, apesar de quase não valer a pena. Então se voltou rumo ao morro onde tinha se instalado junto com Murtagh. Murtagh. Ele estava estranho ultimamente. Desde o fim da guerra, a sede de sangue que o motivava, e que lhe era característica, havia sido gradualmente substituída por um sentimento quente e obsessivo. Thorn sabia que tinha a ver com Nasuada. Ele sabia o que afligia Murtagh, pois também sentia algo parecido por Saphira. Thorn capou o cheiro de legumes cozidos e o seguiu. Murtagh estava no topo do morro, ao lado da torre de pedra que eles haviam construído. Uma fogueira ardia enquanto Murtagh cozinhava uma sopa de legumes em um caldeirão. Thorn arqueou as costas, serpenteando, antes de mergulhar. Ele sempre ficava surpreso com a força empregada para parar quando chegava ao chão. Parava cedo demais, devido aos reflexos de filhote que ainda tinha. Ele ainda movia-se rapidamente demais, por que esquecia que já não precisava fazer tanta força para realizar algumas tarefas. Também demorava a perceber que não podia fazer algo, como passar por determinada fenda, ou andar entre árvores baixas sem empalar Murtagh. Thorn terminou o mergulho mais à frente do que havia imaginado inicialmente, tendo que cravar suas garras no chão para não bater no caldeirão de sopa e entorna-la sobre seu cavaleiro.

Com a parada brusca, sua coluna vibrou, juntamente com seu crânio, num movimento doloroso. Murtagh resmungou. A ligação entre eles também vibrou, forte como aço, e quase tão tangível quanto.

Conseguiu alguma coisa?– a voz de Murtagh em sua mente era quente e mostrava um certo tom de ironia. Thorn mostrou-lhe uma imagem da cabra e uma da raposa. Murtagh suspirou.

Tome- disse ele, separando uma pequena tigela para si e indicando o caldeirão com um aceno.

–tome. Repetiu, com a mente e com a voz. - precisarás disto mais do que eu. Sabendo que Murtagh não desistiria facilmente da ideia, Thorn agarrou o caldeirão com os dentes e o virou delicadamente, tentando não entornar nenhuma gota. Murtagh comeu rapidamente sua parte, depois lavou o caldeirão e a tigela, bem como os talheres que havia feito.

Eles haviam estabelecido certa rotina. Após guardar tudo, Murtagh seguiu imediatamente para a pedra que ficava ao lado do riacho que corria ali perto. Ele tocava a mente de todas as plantas e insetos num raio de um quilometro em todas as direções. Thorn o sentiu relaxar, enquanto estudava a vida de insetos e roedores. Ele nunca ficava tão calmo e alegre como quando meditava. Thorn deixou- o a divagar, enquanto preocupava-se com formigas e baratas, e levantou voo. A falta de um mestre adequado, como Glaedr, dificultava-lhe muito a tarefa de melhorara d seu voo. Tendo em vista isso, Thorn concentrou-se em melhorar o domínio sobre o próprio corpo, competindo consigo mesmo. Ele também acabou por memorizar algumas manobras que Saphira realizara durante alguns dos seus embates no passado, como aqueles rodopios, loops e serpenteados complicados. Já havia feito algum progresso, mas praticava mais para melhorar os seus reflexos instintivos do que por outra coisa qualquer. Durante todo o período que Murtagh passou na pedra a meditar, Thorn se esforçou para tentar terminar um giro com as asas recolhidas, como se estivesse tentando passar por uma fenda pequena demais para comportá-lo de asas abertas. Não era tão diferente de um mergulho normal, exceto que era para o lado, não para baixo. O movimento rotativo serviria para estabilizar o voo enquanto ele seguia reto, procurando manter-se sempre à mesma altura.

Thorn gostava de ter algo para ocupar-se, para não ter que abrir a mente à dor que sofrera durante o tempo que passara sob o domínio de Galbatorix. Mas estamos livres, pensou. Sim, livres continuaremos pelo restante de nossas vidas.

Depois de meditar durante duas ou três horas, Murtagh levantou-se da pedra-musgosa-dos-insetos e pegou sua garra-vermelhe-da-desgraça, Zar’roc, e saiu para um descampado atrás da torre.

–Primeiro a paz, depois a guerra. - Thorn ouviu ele recitar, como uma oração- primeiro a calmaria, depois a tempestade. Primeiro a razão, depois a emoção. -Thorn sabia que um homem chamado Tornac, que morrera tentando proteger Murtagh, havia ensinado esse mantra enquanto treinava seu parceiro-de-mente-e-coração no manejo de espadas. Murtagh praticou algumas posições difíceis de combate por mais uma hora. Thorn pousou para assisti-lo, e descansar os músculos cansados pelo esforço de bater as asas por horas, em movimentos progressivamente mais difíceis, resfolegando levemente duas vezes. Murtagh perdera muito d velocidade e força élficas que havia ganhado a serviço de Galbatorix, por isso estava com a mesma habilidade de Eragon antes da transformação dele em Ellésmera.

Depois de bufar e suar por mais uma hora, Murtagh tomou um banho na banheira que havia construído, e passou as horas restantes do dia a escrever mais palavras no seu sexto compéndio-de-nomes-verdadeiros-e-livro-de-feitiços-na-língua-dos-elfos. Enquanto ele fazia isso, Thorn praticava em outra pedra, esta maior do que a que Murtagh usava para meditar, lançando torrentes de fogo em intervalos cada vez maiores, até que a parte superior começasse a derreter e escorrer sobre o resto da rocha. Durante os anos que haviam passado ali, a rocha, que antes era da altura de uma árvore, ganhara uma forma achatada da altura de um homem.

Um pouco depois do anoitecer, Murtagh juntou-se a ele, sentando-se perto da orla do círculo luminoso causado pelas chamas do seu ventre. Thorn fechou as mandíbulas, detendo o fluxo de fogo antes que ferisse seu cavaleiro. Este se aproximou mais, aproveitando o agradável calor proporcionado pela rocha a incandescer.

–logo teremos que tomar uma decisão. –disse ele.

Thorn bufou levemente em resposta.

–temos que partir. –Murtagh parecia assombrado e maravilhado com a expectativa de mudar-se daquele lugar.

Para onde? Thorn perguntou. A dúvida permeou seus pensamentos enquanto os dois admiravam a pedra derreter e esfriar-se lentamente, em um ciclo aparentemente infinito. Thorn tinha vontade de rugir para a escuridão.

Para onde? Gritou com a mente, projetando seus pensamentos a toda a planície em volta. Onde? Onde? Onde!


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