Diário de Sobrevivência escrita por Pedro Pitori, WillianSant13
Chegamos até um prédio alto no centro da cidade. Aaron e Emanuel subiram até o quinto andar do prédio enquanto eu, Júlia e Giovanna ficamos conversando.
– Oque faremos após isso? - Júlia perguntou.
– Não sei. - respondi
Escutamos alguns gritos vindo da sacada do último andar - era Aaron. Corri até as escadas e ouvi passos lá em cima, porém. estava escuro e não consegui ver nada. Abri com força a porta que estava trancada do apartamento e vi dois zumbis indo na direção de Aaron que caminhava numa prancha de madeira rosa.
– Cuidado com ele, CUIDADO! - gritava Aaron.
Atirei na cabeça dos zumbis, porém era tarde demais - o vento o derrubou.
– NÃO! - gritei.
Fui até a beirada e vi Aaron caído sob um caçamba de lixo. Emanuel entrou no apartamento com expressão séria.
– ELE CAIU, AARON CAIU! -gritei.
– NÃO! - Emanuel veio até mim.
Descemos até os outros e me aproximei do corpo de Aaron - estava morto. Sua pele branca e seus olhos grandes refletiam o céu azul. Seu corpo ainda estava quente e sua cabeça estava com um buraco e falta de cabelo - fora onde ele havia batido a cabeça na queda.
Júlia chorava muito em cima dele, e não aguentei e fiz o mesmo. Giovanna me abraçou e caminhamos até a rua. Beatriz e Emanuel saíram cabisbaixos em direção a casa. Júlia soltou olhares de ódio para ambos. Júlia passou por nós e foi chorando para casa, ela estava péssima.
***
No outro dia, Emanuel veio até mim e Júlia.
– Sinto muito por ele, mesmo. Ele disse, antes de morrer, que deveríamos ir até uma fábrica abandonada no centro. Ele implorou.
– Hum... Então vamos, nós três. - rebati enquanto saia com o revólver da casa. Júlia chorando muito com Emanuel sério ao lado, e eu com a expressão séria na frente.
– Não quer ficar? Apesar que ele pediu que você fosse. - Emanuel disse.
– Eu vou. - Júlia engoliu o choro.
Chegamos até o saguão de entrada do fábrica: era uma sala quadrada e escura. Júlia saiu com Emanuel em direção a uma porta dupla azul. E eu fiquei parado por alguns minutos observando os quadros.
Ouvi alguns gritos vindos de onde eles haviam ido. Corri pelo corredor escuro, mas tropecei e cai na metade. Alcancei uma passarela gigante que cruzava um salão com paredes revestidas em metal cinza e com alguns recipientes gigantes de metal com uma substância verde pegajosa no fundo. Canos de vários tipos cortavam o teto do salão, saiam das paredes até o chão ou até o teto.
Avistei o corpo de uma garota no chão, com sangue no pescoço.
– Júlia! - gritei enquanto passava a mão no pescoço dela.
– Ora, ora. O que temos aqui? Um líder patético que não sabe como comandar um grupo. - olhei para trás e vi Emanuel vindo em minha direção, ele soltou no chão um estilete ensanguentado. - Dois coelhos numa cajadada só!
– O QUE VOCÊ FEZ? - gritei nervoso.
– Nada, só a livrei disso. Bem, vocês invadiram a MINHA cidade. A cidade que eu investi forte, porquê você acha que não há ninguém aqui? Matei tudo e todos. Deixei esse lugar só para mim! E você é o próximo, inútil.
– Eu vou acabar contigo, cara. - corri na direção de Aaron, mas ele se abaixou e eu passei direto. Me virei rapidamente e o chutei nas costas, ele cedeu sem equilíbrio. - Pensei que você fosse mais difícil. - bati palmas.
– E sou. - ele me passou uma rasteira e eu cai ao lado do estilete ensanguentado. - Você pensou mesmo que iria me derrubar? Eu sou imortal. Sou de ferro!
Observei o estilete, minha visão estava turva mas consegui pegar o estilete.
– SURPRESA, FILHO DA PUTA! - cravei o estilete no joelho dele e ele cedeu ao chão. O peguei pela camiseta e o joguei contra o chão, a cabeça dele começou a sangrar e ele a sorrir. A plataforma começou a ranger e repentinamente cedeu - caímos na plataforma que havia abaixo. Ele continuava a gritar muito alto, e cada vez mais, o estilete havia o atravessado. O levantei pela gola da camiseta e o apoiei contra o corrimão da passarela.
– Isso, vai ser por ela... e por ele. Eu sei o que você fez com ele. - sussurrei.
– Ele foi fácil, e ela também. Nunca vi mais burros, guarda super baixa. - ele riu. - Vai me mata, mata o cara que você sempre quis ser, mas nunca irá.
– Foi fácil trancá-lo covardemente naquele apartamento? Como você sabia que haviam infectados ali? ME RESPONDA. - o levantei mais forte.
– Eu fui ali algumas vezes, ele era burro então funcionou. - ele continuava rindo. - Foi mais fácil do que as outras pessoas que matei aqui, nesta cidade.
Senti a raiva subir. Ele havia matado dois amigos meus e agora eu iria matá-lo.
– E você será ainda mais fácil. - o atirei no tonel com o líquido verde, e o observei afundar lá em baixo, sendo engolido por aquela grande quantidade de líquido. Me abaixei e peguei o casaco verde musgo com pelos na touca, que ele havia deixado para trás. Passei pelo corpo de Júlia e corri em direção a nossa casa.
***
Cheguei em casa e entrei na sala. Giovanna correu assim que viu minhas mãos com sangue.
– O QUE HOUVE?!
– Júlia morreu por Emanuel, Aaron também, emboscado. - rebati
Caminhei até Beatriz olhando para ela fixamente.
– É... Sério? Eu não... sabia disso. - ela tropeçou na luminária enquanto caminhava de costas.
– Sim. - peguei um pedaço de cano no chão e caminhei até ela.
– Por fav... - enfiei o cano na barriga dela dez vezes até ela ceder. Ela caiu morta sem expressão.
Olhei para Giovanna, que estava assustada.
– Eles não eram confiáveis, e mataram Aaron. Estava combinado, e Júlia desconfiava. - sentei no sofá com as mãos na testa.
– Amor... O que faremos agora? - Giovanna se sentou ao meu lado.
Observei o além fixamente.
– Agora temos que sair daqui.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Desculpem pela demora hehe