Glen e Zach estavam muito próximos. Tinham decidido assumir a união. Glen recebera alta do hospital no domingo. Antes de ir para sua casa, Glen recebeu a visita de Timmy:

- Glen!

Glen virou o olhar lentamente. Não acreditava no que via. Timmy estava de pé com suas próprias pernas. Viu Timmy correr para abraçá-lo:

- Que bom que voltou Glen. Tenho uma bôa notícia. Fui adotado!

- Que bom. Fico muito feliz. Mas o que está me alegrando é você estar andando.

- Meu nôvo papai é médico. Êle me operou. E por falar nisso, é o seu médico.

- O quê? Dêste mêsmo hospital?

- É. Êle viu que eu não tinha pais e, como era viúvo, me adotou. Êle é muito legal. Mas Glen...

- Diga.

- A gente vai continuar sendo irmãos?

- Claro. Você é minha pequena malinha sem alça.

Glen sorriu. Tudo até agora tinha dado certo. O pai dêle entrou ao quarto, abraçando-o e dizendo:

- Que bom que agora você pode voltar p’rá casa. Victor já está na porta com o carro. Êle também sentiu sua falta. Aliás, todos em casa estão o esperando. Meu filho.

Seus olhos estavam rasos d’água. Mêsmo não tendo acompanhado Glen crescer. Mas sabia que êle não poderia ser melhor pessôa do que já era. E agora tinha a chance de recomeçar. Poderia ver o seu filho daquêle momento em diante:

- Papai, você está chorando? – perguntou Glen.

- Estou, filho. Mas de alegria. Não se preocupe. Vamos então? Zach, dê-me uma ajuda.

- Pode deixar sogrão. Eu o levo até o carro.

Zach o pegou no colo. Glen estava curado, mas precisava descansar.  Fez questão de levá-lo e colocá-lo confortavelmente na luxuosa limusine da marca Rolls-Royce:

- Glen! Todos nós rezamos e pedimos para que você se recuperasse. Êsse é o nosso menino. Nada o destrói. – gritou Victor.

- Ah, Victor. Que bom que vocês gostam de mim. Vocês são da família Andrews e sempre serão. – respondeu Glen. – Você vem conosco, Zach?

- Não, meu anjo. Tenho que ir p’rá casa. Mas eu ligo. O médico disse que até segunda, você já vai estar dispôsto para poder voltar para a escola onde ninguém vai poder nos separar.

- Vou ficar esperando você ligar. Mas não se afaste de mim. – pediu Glen.

- Não vou.

Zach o beijou ràpidamente. Levantou e antes de ir disse:

- Até sogrão!

- Me chame de sogrão outra vêz e faço da sua vida um inferno.

- Sim senhor.

Zach seguiu seu caminho para casa. Ainda não tinha contado o que fez com Emily e isso o preocupava. Glen ficou arrasado com o assunto da aposta que os tinha afastado. Como ficaria ao saber que dormira com a ex - melhor amiga de sua irmã, depois de ter beijado-o naquela escura noite. Que fazer, que fazer?

Ao entrar em casa, Zach entrou lentamente. Grace assistia televisão, Jackie limpava o quarto de Grace. Ao entrar no quarto, viu sua mãe sentada em frente de seu computador a pagar contas pendentes pela internet.

Zach saiu do quarto. Diane, ao ver uma coisa comprometedora, gritou:

- Zach! O que é isso?!

Zach correu para o quarto. Na tela do computador se via fotos, várias fotos da noite dêle ao lado de Emily. Fotos obscenas, indecentes e eróticas. Zach ficou pálido. Diane o olhava sèriamente. Zach tentava, de alguma forma, explicar:

- Mãe, não é o que...

- É bom que não seja mêsmo. Será que nada do que eu lhe ensinei foi aprendido? Eu lhe ensinei a não enganar, a não mentir. Já pensou no que Glen faria se descobrisse?

- Já, mãe! Já pensei! O que fiz foi errado, eu sei. Prometi contá-lo. Mas no melhor momento. Eu sei que não vai ser fácil. Mas me deixe tentar. Não quero perder Glen novamente.

Pela primeira vêz, Diane viu que seu filho dizia a verdade. Estava certo que êle amadurecera com o que passou, e isso foi um grande progresso. Aquêle Zach mal, atrevido que criticava e gozava dos outros morrera. No lugar estava um outro Zach. Um delicado, amoroso, gentil e decidido. Diane apoiaria Zach no que fôsse. Mêsmo discordando de sua decisão...