Uma garota nem um pouco clichê escrita por Imagine


Capítulo 4
Aventuras pela cidade


Notas iniciais do capítulo

Oii, estão bem?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591316/chapter/4

Caminhamos pelas ruas da Califórnia, estava um dia nublado, porém quente. Havia bastante pessoas nas ruas algumas indo trabalhar, outras voltando e os turistas simplesmente passeando.

Fomos até uma grande loja de som, juntamos o dinheiro que tínhamos de nossas mesadas e compramos dois microfones, um fone de ouvido profissional, alguns cds com músicas agitadas, caixas de som e mais alguns equipamentos.

– O senhor pode fazer essa entrega no colégio Woldefor, pelos fundos por favor? - Perguntei ao senhor que estava do outro lado do balcão, me parecia simpático, tinha cabelo grisalho, bigode, e um óculos que caía sobre o nariz, acredito que era o dono da loja.

– Claro - Falou ele olhando uma data disponível no computador - Pode ser na segunda-feira às 09:00 horas?

– Perfeito - Assenti com a cabeça.

Fomos até uma padaria ao lado, tomar café da manhã, pedimos bacon, ovos mexidos e suco de laranja. A padaria estava cheia, estava passando a reprise do jogo de beisebol da noite passada na televisão.

– Vamos fazer o que agora? - Alexia perguntou.

– Conheço um lugar aqui, que tem uma pista de patinação - Alana comentou animada.

– Então vamos para lá - Falei caminhando.

– Acho muito legal esse seu jeito que não vê problemas nas coisas, queria ser assim também - Alexia falou rindo.

– É, eu tive que aparecer para dar mais aventura na vida pacata de vocês! - Disse sorrindo.

– Não é para tanto convencida...tudo bem é sim!

Depois de vinte minutos andando, chegamos lá, era um parque de neve enorme, tinha pista de patinação, snowboard, esqui no gelo entre várias outras atrações.

Nos aproximamos do balcão, tinha uma moça aparentemente nova atendendo uma fila de pessoas que estavam comprando ingressos. Depois de alguns minutos chegou a nossa vez.

– Oi, queremos três ingressos para patinação no gelo - Falei.

– 85 dólares os três - Disse ela mascando um chiclete, com um coque alto na cabeça.

Pagamos e ela nos deu os equipamentos de segurança necessário, como: capacetes, cotoveleiras....e os patins é claro.

Ficamos lá por cerca de uma hora, levamos vários tombos, Alana não soltou da barra de ferro que cercava a pista nem por um minuto, ela estava morrendo de medo, eu e Alexia demos gargalhadas da cara de medo dela.

– Vem Alana, segura a minha mão. - Falei.

– Grande coisa segurar sua mão, para cair nós duas?! Você não sabe patinar! E eu estou bem aqui.

– Então tá.

Já era mais de meio dia quando saímos de lá.

– Patinar deu fome, vamos comer? - Propôs Alexia.

– Patinando ou não, você está sempre com fome Alexia. - Brinquei.

– Ah sem graça, isso não é verdade... talvez um pouquinho.

Fomos até um fast food ali na outra esquina.

Eu pedi um x-burguer e um suco. Elas pediram um pedaço de pizza de mussarela e suco também.

***

No colégio.

O diretor Ted achou muito estranho estar tudo quieto estando no mesmo ambiente que eu. Resolveu ir até o nosso quarto para ver se estava tudo bem.

Bateu na porta uma vez, permaneceu tudo em silêncio. Bateu novamente.

– Estou tomando banho - Seguido por um barulho de água.

Eu havia gravado minha voz no meu celular e coloquei para repetir de 5 em 5 minutos.

Ele achou minha voz um pouco estranha mas pensou que fosse pelo banho, acabou acreditando e continuou andando pelo colégio assobiando pelos corredores.

***

No restaurante.

– Acho melhor a gente ir, antes que sintam nossa falta - Comentou Alana.

– É mesmo. - Disse Alana levantando da cadeira.

Pagamos a conta, e saímos de lá. Paramos na calçada, olhamos para as ruas eram todas muito parecidas, não gosto de admitir mas acho que estamos "levemente" perdidas.

– Qual é a rua mesmo? - Perguntei dando um sorrisinho.

– Como assim? Você não sabe? - Perguntou Alexia desacreditando.

– Eu tenho que saber de tudo? Foi Alana que disse que sabia aonde era. - Retruquei.

– É mesmo Alana, e agora?

Nós três começamos a discutir, uma colocando a culpa na outra, as pessoas que passavam na rua olhavam sem entender nada do que estava acontecendo.

– Ta bom, chega! Discutir não vai levar a gente de volta para o colégio. - Gritei.

– Olha quem fala, a que mais discute. - Provocou Alana.

– Nesse caso é diferente tá?!

– Enfim... eu tenho uma ideia, alguém sabe o endereço do colégio? - Perguntei esperançosa.

– Não, não sei nem o da minha casa direito. - Disse Alana.

Dei de ombros para o seu comentário.

Alexia colocou a mão no bolso de trás de sua calça jeans e pegou uma carteirinha.

– Ufa, eu trouxe a carteirinha do colégio, aqui tem o endereço. - Falou Alexia aliviada.

Respiramos aliviadas.

– Tá, agora dizem que trouxeram o celular, o meu ficou para despistar o diretor.

– O meu ficou carregando - Disse Alexia.

– O meu está aqui - Falou Alana pegando o celular do bolso - Mas... a bateria está acabando só tem 10%.

– Coloca o endereço no GPS, rápido.

Assim que ela traçou a rota pelo GPS saímos correndo estávamos parecendo três doidas fugindo do hospício.

– Corre, temos que chegar antes que a bateria acabe. - Alana gritou.

15 minutos depois...

– Meu celular desligou!

– E agora? - Perguntou Alexia entrando em desespero.

– Calma, já estou vendo a loja de som, agora eu já sei voltar. - Falei aliviada.

Dez minutos depois, estávamos de volta ao colégio, pulamos o muro da mesma forma que saímos.

Andamos devagar, até o jardim, deitamos na grama para descansar, estávamos ofegantes.

Depois de alguns minutos o diretor se encaminhou até nós.

– Por que estão tão cansadas?

– É porque... porque a gente estava treinando para o torneio. - Falei gaguejando.

– De calça jeans?

– Sim, é melhor para não causar lesões nos treinamentos o senhor nunca viu esse estudo? - Completou Alexia.

– Não, nunca vi não... Bom tenho coisas mais importantes a fazer.

– Nossa essa foi por pouco mais uma vez - Comentou Alana, enquanto ele se distanciava.

Fomos para o quarto, tomamos um banho e meu celular tocou.

– Alô.

– Oi, meu amor é a mamãe.

– Ah.

– Mil desculpas não deu para mim, nem para o seu pai te buscar tivemos que resolver algumas coisas, mas semana que vem eu vou sem falta. Está gostando?

– ...

– Fala comigo...

– Tenho que desligar, tchau!

Desliguei e deitei na cama, coloquei o travesseiro na cara. É sempre assim, era difícil, mas a empresa era mais importante do que eu e sempre foi assim.

– O que foi? - Perguntou Alana.

– Nada não - Respondi com a voz abafada por causa do travesseiro.

– Ai minha mãe disse que vai vir aqui nos visitar, e que já está sabendo que estamos de castigo. Eu não estou bem! - Disse Alexia apreensiva.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bjs, até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma garota nem um pouco clichê" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.