Uma garota nem um pouco clichê escrita por Imagine


Capítulo 3
Guerra no refeitório


Notas iniciais do capítulo

Hello



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– Você não vai para casa no fim de semana?

– Não, tenho certeza que a minha mãe vai inventar alguma desculpa para não ter que vir até aqui só para me buscar.

– Sinto muito - Alexia falou um pouco sem graça com a pergunta que fez.

– Não precisa ficar sem graça, estou acostumada com isso! Na verdade nem me importo.

– Vamos tomar café? Estou morrendo de fome. - Falou Alana mudando de assunto.

Subimos com cuidado para que ninguém nos visse saindo de lá.

No refeitório o diretor anunciou um torneio de futebol, que ocorrerá daqui a uma semana.

– Os interessados deveram falar com o professor de educação física para fazer a inscrição.

Alexia e Alana olharam para mim ao mesmo tempo com um sorriso no rosto.

– Vamos ganhar! - Falei batendo minha mão nas delas.

– É isso aí! - Alana soltou um gritinho.

Eu e Alexia nos olhamos e caímos na gargalhada.

Clarice se aproximou com duas garotas, batendo palma.

– Bravo! As três mosqueteiras acham que vão ganhar... eu deixo vocês tirarem uma foto com nosso troféu. - Disse ironicamente.

– Escuta aqui QUERIDA, lugar de ovo é na geladeira porque essa seu cabelo parece mais uma gema. Nós vamos ganhar esse torneio, se você quiser o nosso autógrafo depois do jogo é só entrar na fila, ok?!

Ela jogou o mingau que segurava, em cima de mim de propósito é claro.

– Ops caiu!

Eu joguei o meu suco de uva no cabelo dela e em instantes o refeitório estava uma guerra, era comida voando para todo lado.

Eu, Alexia e Alana entramos em baixo da mesa para nos proteger, o diretor se dirigiu rapidamente até o refeitório.

Ele deu um grito que ecoou por todo o ambiente.

– Parem!!!

Nós tentamos sair engatinhando sem sermos percebidas, mas ele percebeu e logo chamou a minha atenção, é claro!

– Sophia Miller e companhia aonde pensam que vão?

Ficamos paralisadas, o coração disparou imediatamente.

Ele deu um sermão por mais de meia hora, estávamos quase dormindo.

– Sophia e Clarice me acompanhem até a minha sala.

– Eu vou com você - Disse Alana.

– Eu também, começamos isso juntas! - Completou Alexia.

Nos encaminhamos até a diretoria.

– Sentem-se.

– Nossa eu estou na diretoria pela primeira vez, sou vida louca. - Disse a Alexia baixinho.

Eu bati o meu braço no dela.

– Fica quieta! - Falei sem tentar mexer a boca.

– Bom... você aqui novamente né Sophia, que novidade. Clarice estou muito decepcionado com você, nunca esperei isso de você, e vocês também Alana e Alexia nunca recebi reclamações de vocês muito pelo contrário, só chegou elogios até mim. As quatros vão ficar aqui no fim de semana, e não vão participar do torneio.

– Ah não é justo isso. - Falei desacreditando.

– Ta bom, vocês poderão participar, com uma condição...

– Qual?? - Perguntou Alexia e Alana quase ao mesmo tempo.

– Se vocês limparem o refeitório todinho até a hora do jantar poderão participar!

– Ai Meu Deus acho que vou desmaiar, não nasci para isso. - Disse Clarice, fazendo seu teatro.

– Então você não vai participar Clarice, simples... - Falou o diretor.

– Acho que já melhorei.

Ele deu de ombros, ignorando-a.

– Podem ir agora!

Fomos até a lavanderia, pegamos luvas, vassouras, rodos, panos, baldes com água etc.

Nos filmes nunca acabam assim, eles não precisam limpar o refeitório. Faltando cinco minutos para o jantar ainda faltavam algumas coisas para fazer, aceleramos o serviço e conseguimos terminar bem a tempo, os alunos já estavam descendo para jantar e nós estávamos com a roupa toda suja. Clarice começou a dar gritinhos estéricos, dizendo que ninguém podia a ver assim.

O diretor foi ate lá para ver como havia ficado.

– É...parece que está tudo em ordem, agora estão autorizadas para fazerem a inscrição!

Suspiramos aliviadas.

Subimos para tomar banho, eu subi correndo na frente delas para tomar banho primeiro.

Enquanto eu estava tomando banho, elas sentaram no chão do quarto para não sujar a cama.

– Apesar de ter que limpar tudo, valeu a pena ver a Clarice limpando acho que ela nunca fez isso na vida, ela não sabia nem como se usava um rodo - Alexia falou gargalhando.

– Devíamos ter gravado aquilo, foi hilário. - Gritei do banheiro.

Depois que tomamos banho, fomos até a sala de jogos.

Brandon estava lá com seus amigos, jogando videogame, já está parecendo perseguição.

– Mais umas de suas palhaçadas né, você não se cansa não?! - Provocou ele.

– Quem te perguntou? Não te devo satisfações.

Ele ficou sem graça, enquanto seus amigos tiravam sarro de sua cara.

Sentamos em um sofá grande bege com várias almofadas, uma mesinha na frente e uma televisão grande fixada na parede, estava passando um filme de comédia romântica, pegamos um pote de pipocas e refrigerantes, fomos as últimas a sair da sala.

No quarto... Alexia falou:

– Eu estava pensando agora...a história é igualzinha a sua com o Brandon, eu vou querer ser a madrinha.

– Parece mesmo? - Continuou Alana.

– Para de graça vocês duas, isso nunca vai acontecer eu não suporto aquele garoto. E não existe minha história com o Brandon. Que saco isso! - Falei com um tom de voz sério, não gostei da brincadeira.

Me virei na cama para o lado da parede e em alguns instantes peguei no sono.

No dia seguinte, meu celular despertou 6:00 horas.

– Alana e Alexia acordem, hoje é sábado. Vamos?

– A gente está de castigo lembra? - Alana falou.

– E...?

– E... que se a gente sair vamos ficar mais encrencadas do que já estamos.

– Ta bom, então eu vou sozinha. - Falei.

Depois de alguns minutos enquanto eu me trocava, elas acabaram mudando de ideia.

– Ta bom... nós vamos também, espera aí! - Disse Alexia.

O colégio estava praticamente vazio, só tinha alguns alunos que também estavam de castigo.

Saímos cautelosamente, fomos até o fundo do colégio, vi o Brandon no campo de futebol treinando, achei estranho ele não ir para casa em pleno sábado. Alexia foi a primeira a pular o muro, pisou com uma perna em meu ombro e com outra no ombro de Alana.

– Liberdade!! - Ela gritou do outro lado do muro.

– Cala boca Alexia! - Gritei.

Alana foi a próxima a pular, também subiu em meus ombro e pulou.

Eu coloquei meu pé em um pequeno buraco que tinha no muro e consegui passar para o outro lado.

– Agora sim, liberdade! - Gritei.

– Vamos para onde? - Perguntou Alana.

– Sigam-me! - Falei.

– Espero que você saiba o que está fazendo. - Disse Alexia, diria até que com um pouco de medo em sua voz.

– Vocês não confiam em mim? Ta bom, não precisam responder...!


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