Consequências do passado escrita por Carolina S Salazar


Capítulo 26
CAPÍTULO FINAL – CONSEQUÊNCIAS DO PASSADO – PARTE FINAL


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo, pessoal!!! Sim, vcs não estão delirando! Eu postei dois capítulos hoje e inclusive o final!! Mais explicações na nota final do capítulo!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591276/chapter/26

— Hermione eu não vou me atrasar por sua causa!

— Meu Deus, só mais um minuto! Você não pode esperar 1 minuto?

— A questão não é essa! Sabe que tenho uma reunião importante agora de manhã e eu nunca chego atrasado nos meus compromissos! Vamos agora!

— Pois você deveria me agradecer por fazer isso! _ E a voz de Hermione foi se aproximando do escritório a cada palavra que ela dizia. _ Eu estou fazendo isso pela sua mãe, se esqueceu?

— Não vamos entrar no mérito desse assunto.  Vamos. _ E segurando a mão dela, os dois usaram a rede de pó de flu exclusiva de Draco que dava na lareira privativa do seu escritório.

A sala do escritório de Draco era um ambiente ricamente decorado, com móveis de couro negro, pinturas animadas de bruxos famosos e antigos integrantes da família Malfoy. Hermione sabia bem que todo aquele luxo além de ser característico do seu noivo era também uma forma de conseguir fechar todos os negócios que eram firmados ali.

— Pronto, já estamos aqui. Está satisfeito?_ disse Hermione, já abrindo a porta do escritório e saindo para o Ministério.

Entretanto, antes que a bruxa saísse, Draco foi mais rápido e se aproximando do corpo dela disse, a virando:

— Pra ser sincero, não. _ E aproveitando a surpresa de Hermione, Draco a beijou. A bruxa ficou surpresa, e a sua reação inicialmente foi aceitar o beijo. Mas depois de milésimos de segundos, Hermione tentou se afastar, mas prevendo seu ato, Draco a agarrou com um pouco mais de força e continuou a beijando como se sua vida dependesse disso.

Quando acabou Hermione mal sabia o que fazer. Ela tinha sido beijada novamente por Draco, e dessa vez não fora um beijo casto com o consentimento anterior dela. Não, dessa vez o maldito a beijou na frente de sua secretária Celine e com a possibilidade de qualquer um que passasse na frente do seu escritório ver os dois juntos.

Dessa forma, ela juntou o resto de dignidade que tinha no momento e saiu sem olhar para trás. Seus passos eram os únicos sons que ressoavam em sua cabeça e ela tentava de toda a forma não pensar no que acabara de acontecer e se focar no motivo que a fazia estar ali. Alexsander Malfoy.

Ajudar Narcisa a cumprir sua pena em uma outra casa que não fosse a Mansão Malfoy, era para o bem estar de Alexsander e dela. E por isso ela forçou sua mente a se concentrar no pedido que ela teria de fazer na frente de todo o Conselho Bruxo.

Infelizmente para Hermione não demorou muito para que tal encontro acontecesse. O Conselho a chamou e Hermione respirou fundo antes de começar a dizer todos os argumentos para que Narcisa Malfoy cumprisse o restante de sua pena domiciliar em outra casa.

Para sua surpresa, ela conseguiu convencer 2/3 dos integrantes do Conselho e eles deliberaram para a transferência de pena de Narcisa Malfoy. Quando terminou de assinar os termos de pedido de transferência, ela se encaminhou o mais rápido possível para a saída do Ministério da Magia, até que Dorín a chamou.

— Oi Dorín.

— Oi. O que houve? Você tá pálida.

— Não é nada. Tá tudo bem.

— Ah tá. Mas então já conseguiu falar com o Conselho?

— Sim, eu acabei de sair de lá.

— Ah, que ótimo! E o que eles decidiram?

— Narcisa vai poder se mudar conosco. Quero dizer, ela vai se mudar para casa nova.

— Hermione, tem certeza que está tudo bem?

Hermione respirou fundo e disse baixinho para Dorín.

— O Malfoy me beijou. De novo.

— Ah é isso? Nossa, Hermione eu pensei que fosse algo sério!

— Dorín! Pelo amor de Deus, fale baixo.

— Está bem, me desculpe.

— Olha eu preciso ir agora. Depois nos falamos.

— Vamos marcar alguma coisa.

— Sim, tomamos um chá mais tarde, pode ser?

— Sim, até mais tarde.

E quando Hermione finalmente chegou na Mansão Malfoy se deu conta que não havia confirmado o lugar onde tomaria chá com Dorín. E provavelmente a amiga acharia que o chá seria na mansão. Mansão. Malfoy. Hermione estava farta de tudo isso, o que ela mais queria era viver sua vida, com seu filho, em um lugar tranquilo e em paz. E sem sequer dar conta do que realmente estava fazendo ela aparatou na que seria em breve a nova mansão Malfoy.

A propriedade ficava ao norte do país e era no mínimo um lugar lindo. A casa, se pudesse chamar uma propriedade de 7.000 metros quadrados de casa, era maravilhosa. Tinha um ar colonial e sofria uma reforma drástica de todos os seus móveis, janelas, portas em todos os cômodos e áreas externas.

Ao redor da que seria a nova Mansão Malfoy havia um pequeno lago e um bosque que Hermione já pesquisara quanto a presença de lobisomens ou bichos-papões. Em todos os aspectos o lugar era perfeito. Afastado do burburinho de Londres e alegre para a criação do filho. Narcisa e Draco foram unânimes em aceitar a nova mansão e em nenhum momento ele ou ela se opuseram a reforma radical que Hermione impôs na casa.

Aliás em nada que se referia a nova casa os Malfoy se opuseram. Narcisa até mesmo parecia alegre em sair da antiga mansão e Draco... bem Hermione tentava não pensar em Draco, mas até quando fugia do bruxo, pensava nele. Não era para ser assim, o plano dela dependia que ela tivesse sangue frio e tirasse Alexsander deles, mas toda vez que Draco se aproximava dela ela lembrava da descoberta que fizera. Que Draco Malfoy a amava e por isso queria se casar com ela.

E tal fato ficava cada vez mais difícil de se ignorar. Ela tentava se ocupar com quaisquer outras coisas, mas o bruxo sempre arranjava uma forma de se fazer presente. Até ali, naquele exato momento, ela sentia o seu perfume forte, mesmo tendo certeza absoluta que ele não estava ali.

— Hermione.

A bruxa se assustou de tal forma que quase ficara branca como papel.

— Você quer me matar? _ respondeu ela quando se recuperou do susto.

— Eu a chamei e você não ouviu.

Hermione fechou os olhos e tentou controlar sua respiração. Enquanto Draco observando cada movimento seu, tentava adivinhar o que a bruxa pensava.

— O que está fazendo aqui?

— Procurei você na mansão e não a achei.

— E como soube que eu estava aqui?

— Panim.

— Claro. _ disse Hermione e sem esperar resposta ela se virou e começou a andar pela propriedade, os jardins ainda estavam uma bagunça e a casa ainda ressoava dos barulhos da reforma.

— Soube que não demorou muito para o Conselho deliberar o seu pedido.

— E como não podia ser diferente, você me procurou para saber o resultado.

— E porque mais eu a procuraria?

— Por que mais? Talvez para se desculpar pelo seu comportamento de  hoje! Só talvez!

— Hermione você não pode pensar que eu me desculparia por beijar você.

— Ah não? Então acha que é normal tudo isso? Que só pelo fato de eu me casar com você, eu vou aceitar que você saia por aí me beijando como se isso tudo fosse extremamente normal?

— Hermione, a culpa de tudo isso é sua. E você sabe disso. _ E a cada palavra Draco se aproximava mais da bruxa, já que para ele vê-la irritada era como um estimulante sexual natural.

— Minha culpa? Como você ousa? _ ela disse em plenos pulmões externando toda a raiva que sentia dele.

— Sim, sua culpa. Afinal eu não consigo evitar querer te beijar toda a vez que você me irrita ou que irrito você. _ Draco falava suavemente, como uma cobra hipnotizando antes do ataque.

— Eu já te falei. Estou me casando com você por causa do meu filho. E não haverá nada, nada entre nós.

— Eu entendo. E respeito sua decisão. Mas não posso evitar as fofocas e sabe bem que se não parecermos um casal apaixonado, as pessoas começaram a falar. Isso é inevitável.

Não restou outra coisa a bruxa a não ser concordar. Com frustação ela passou a mão pelos cabelos cheios e se afastou de Draco. Com surpresa viu o quanto ele tinha chegado perto dela e o quanto a cada dia seu plano parecia escapar entre seus dedos. Mas ela não desistiria, não seria Hermione Granger se desistisse.

Assim, resolveu mudar de assunto e falou:

— O Conselho aceitou a mudança da pena da sua mãe para essa casa.

— Excelente. Eu já imaginava. E com toda essa reforma, quanto tempo falta para a cerimônia?

— Com as exigências do Conselho e toda a magia que o Ministério vai gastar aqui, acho que em três semanas.

— Ótimo. Será muito bom se casar aqui e começar nossa vida nessa casa. Para ser bem sincero, eu mal posso esperar. _ disse Draco, antes de dar uma piscadela para Hermione e aparatar na sua frente.

***

As três semanas para desespero de Hermione voaram. Todos os preparativos para que tudo desse certo para a sua cerimônia de casamento saiu surpreendentemente certo. A casa ficara pronta no tempo certo com todos os móveis, janelas, portas e objetos que ela e Narcisa escolheram.

As proteções mágicas para que Narcisa jamais saísse da nova mansão foram feitas dias antes da cerimônia e assim eles todos puderam se mudar com antecedência para a casa nova.

Seus pais finalmente conheceram Draco Malfoy e Narcisa Malfoy e para total espanto de Hermione os quatro se deram muito bem. Mais até do que ela gostaria posto que sua mãe se entendeu tão bem com Narcisa que, resolveram juntas organizar alguns últimos detalhes do casamento deixando Hermione totalmente de escanteio com suas conversas.

Draco havia encantado seus pais de uma tal forma que ela suspeitava de suas poções nas xícaras que os dois trouxas bebiam. Ele fora tão simpático e amável que Hermione via que os pais tinham esquecido tudo o que ele a fizera passar.

Mas também a bruxa percebia o amor que eles já nutriam pelo Alexsander. O neto dos Granger não podia ser mais amado pelos dois e não podia amar mais os dois novos avós, já que quase todos os dias ele pedia para vê-los.

Alexsander, Hermione pensava, era o real e verdadeiro motivo para aquilo tudo. O casamento, a casa nova, o novo sobrenome Malfoy. Tudo aquilo era por Alexsander. Mas a bruxa não podia negar para si mesma que se sentia atraída por Draco. Era terrível pensar assim, mas não era menos verdade.

Hermione pensou que depois da mudança em um novo lugar pararia de sentir coisas. Mas todas as vezes que estava sozinha com Draco, sentia o olhar dele, a observando, a estudando, a hipnotizando e quando menos esperava ele estava tão perto dela que já era comum sentir seu perfume, ver quando sua barba tinha sido feita ou não, quando estava nervoso, calmo, apreensivo ou relaxado.

A cada dia que passava ela o conhecia mais. Porque por mais que morassem em uma casa muito grande, uma mansão com alas e quartos que poderiam hospedar todos os convidados que teriam, mesmo assim, ele sempre fazia tudo para estar sozinho com ela, aparatava em seus recantos mais escondidos e ainda a fazia surpresas.

Em uma ala particularmente predileta dela, onde ficava os livros que ela mais gostava, Hermione percebera que alguns exemplares que ela não tinha e gostaria muito de ler simplesmente apareciam do nada.

Seu guarda roupa que fora transferido da mansão anterior, também tinha peças novas das que ela mais usava e gostava e que simplesmente não fora ela quem encomendou ou comprou.

Até mesmo os brinquedos trouxas do Alexsander que ele mais gostava ou brincava apareciam da noite para o dia no seu quarto de jogos, e ela sabia muito bem que isso era obra de Draco Malfoy.

Ele queria satisfazê-la de todas as formas que conhecia e isso deixava Hermione totalmente desnorteada e confusa quanto as suas ações. Sabia do amor dele para ela e não podia negar que Sydney ainda a perturbava, mas agora não podia voltar atrás. Era o dia do seu casamento e para ter seu filho se casaria com Draco Malfoy.

A cerimônia aconteceu nos jardins de frente ao lago. O sacerdote foi rápido e prático, como é de praxe em cerimônias caras para noivos apressados. Depois do Sim de ambos, Draco e Hermione Malfoy foram saudados pelos seus 200 convidados e também posaram para vários flashs de câmeras de jornais de toda a Europa.

O casal que estamparia as fotos das colunas de fofocas não poderia ser mais bonito. Uma jovem bruxa de cabelos castanhos em um sensacional vestido branco de noiva cravejado de pérolas. E ao seu lado um também jovem bruxo, todo vestido de branco com uma gravata verde afirmando perfeitamente sua casa e seu nome.

A festa fora regada de muita gente bonita, comida de qualidade e borbulhantes para deixar qualquer bruxo rico com inveja. Draco não poupara nem censurará nenhuma vez qualquer orçamento. Queria tudo do bom e do melhor para sua esposa e mãe do seu filho. Assim, quando em um determinado momento da festa foi aceitável a saída dele e de Hermione, ele a procurou com os olhos e foi atrás dela.

Ela estava magnífica com o vestido e Draco ainda sonhava com a possibilidade de um dia poder vê-la sem um, quando foi até ela, tirá-la das garras de mais um puxa-saco.

— Com licença, mas agora está na nossa hora. Divirta-se com a festa. _ e sem esperar mais um minuto a mais pegou Hermione calmamente nos braços e a tirou do meio de todos aqueles convidados.

— Já está na hora? _ perguntou Hermione, com um pequeno tremor na voz.

— Sim. _ E sem falar mais nada aparatou com ela para o quarto.

— Pensei que seria mais tarde.

— Eu preferi que não. Então, você me disse que queria conversar depois da cerimônia.

— Sim, eu disse, quando supostamente nós saíssemos para a lua de mel.

— Sim, e nós supostamente saímos. O que quer falar?

Draco não poderia esperar mais. Estava nervoso a dias com aquilo. Hermione aceitou que eles saíssem no meio da cerimônia e disse que queria falar com ele, para resolver de uma vez por todas com tudo aquela situação. Mil coisas se passavam pela mente do bruxo e ele não sabia o que ela iria fazer.

— Tudo bem. _ e enquanto dizia isso, a bruxa efetuou um accio e magicamente três potinhos de poções surgiram na frente de Draco Malfoy.

— O que é isso Hermione? _ perguntou Draco com curiosidade na voz.

— Poções. Pensei que de todas as pessoas nesse mundo, você reconheceria poções quando visse uma.

Draco não respondeu a provocação. Não queria que ela soubesse o que ele já sabia do seu plano. Depois de alguns minutos, disse:

— Esse é um jogo perigoso, Hermione.

— Eu sei, já joguei uma vez.

— E como você espera me convencer a tomar poções que eu sequer sei para que são?

— Assim. _ E Hermione foi até ele. Tinha que beijá-lo mas não sentir nada. Mas isso era como respirar e não poder aspirar, ou como ver o sol e não sentir seu calor. Era impossível. E quando o beijou sentiu como se não houvesse outra coisa a fazer, a pensar senão na boca de Draco apertando e explorando a sua, ou em suas mãos passeando no seu corpo aumentando o desejo que ela sentia e excitando sempre mais Draco. O beijo durou o tempo necessário para eles perderem o ar e então sem pensar mais Draco escolheu um potinho qualquer e o tomou.

Para espanto de Hermione foi como se ele nada tivesse tomado. Ele a beijou mais forte ainda e a trouxe para o seu colo ao se sentar na beirada da cama. Os beijos e agarros se tornaram mais intensos e Hermione sabia que o maldito tinha tomado a poção do desejo.

Mas pro inferno a poção do desejo ela não podia negar mais aqueles carinhos e carícias, estava sedenta por ele, e quando ele a despiu e ela o olhou a observando e viu o desejo no seu olhar foi como se um choque elétrico percorresse todo o seu corpo, exigindo dela mais e mais o corpo dele. Assim, ela o ajudou a se despir e as carícias só aumentaram e quando finalmente roupa nenhuma os separava eles fizeram amor. E para os dois foi como a primeira vez. Forte e intenso. Poderoso e arrebatador.

Quando terminaram,um pouco antes de dormir, Hermione perguntou a Draco:

— Como sabia qual era a poção certa?

— Não sabia. Mesmo porque não havia poção.

— Você. Mudou. As. Poções.

— Hermione, nada que você faça me passa despercebido. Você já devia saber disso.

— É claro que eu sei disso. _ E quando disse isso, o olhar travesso de uma sabe-tudo-irritante, fez Draco vacilar pela primeira vez em dias.

— Ah, você sabe? Mas seu plano não era... _ Hermione o calou com um dedo em sua boca dizendo:

— O meu plano nunca dera tão certo Draco. Eu nunca quis te envenenar. Apenas dei a você o mesmo que você me deu. _ E depois de o beijar, completou manhosamente em seu ouvido:

— Aprendi um truque de disfarças poções, e agora resta a você descobrir o que tomou.

Draco Malfoy dera uma sonora gargalhada. Aquela era sua esposa, sua mulher, e que Deus o protegesse, ela era apenas a sua Consequência do Passado.

FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, demorou meses mas finalmente terminei Consequencias!!! Estou muito feliz!!! Essa fic sempre foi para ser curta, mas acho que não consigo escrever pouco!!! kkkkkk Em todo o caso acabou agora e eu pretendo focar toda a minha atenção para Reescrevendo HP, e eu sei bem q essa vai demorar bem mais para ficar pronta!! Obrigada a todos por me acompanharem e gostarem da fic, espero q tenham gostado do final e se puderem deixem comentários do que vcs acharam, ok? Beiiinhos e nos vemos em Reescrevendo HP!!!