Consequências do passado escrita por Carolina S Salazar


Capítulo 25
CAPÍTULO FINAL – CONSEQUÊNCIAS DO PASSADO – PARTE II


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! Voltei!!! Espero que gostem do capítulo!!!!



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O silêncio que se instalou na mesa foi esmagador. Narcisa permaneceu com sua expressão fria costumeira, mas por dentro ela sentia como se uma avalanche a tivesse atingido. Se Hermione estava ali, se ela falaria sobre casamento, só podia significar que...

—Então você se decidiu?

— Sim, Draco. Eu aceito a sua oferta. Me caso com você.

Algo naquelas palavras, naquele tom de voz, fez Draco vacilar pela primeira vez desde que soube que Hermione estava grávida. Ela aceitou rápido demais. E isso era muito incomum pra ela. Tinha de saber o porquê.

— E por que mudou de ideia tão rápido?

— Eu pensei melhor. Vi que estava sendo egoísta. Não posso tirar o Alexsander de vocês. Isso seria o fim pra ele. Afinal, a família dele sempre foram vocês. Mas também não posso ficar longe dele. Assim, é melhor que casemos e ficamos os dois com ele.

Draco olhou bem atentamente para Hermione. Procurou em seu rosto qualquer traço de raiva, desprezo ou angústia que poderia vir a sentir. Mas tal como sua voz, a bruxa parecia serena. Resignada. Ele não acreditava que tinha sido tão fácil, por isso resolveu descobrir as reais intenções de Hermione.

O silêncio voltou a se instalar sobre eles. O choque daquela notícia já era grande demais para os três, Narcisa imaginava o pandemônio que seria quando todos soubessem daquela união. E novamente quem quebrou o silêncio foi Hermione:

— Mas para isso acontecer eu tenho duas condições.

— E quais seriam? _ perguntou Draco prontamente, atento a todas as falas e reações da bruxa.

— Não posso viver nessa casa, Draco. Todas as lembranças que tenho desse lugar são péssimas e não quero ver meu filho crescer aqui.

— Entendi. E o que você sugere?

Hermione pensou alguns minutos antes de falar. Sabia muito bem que estava lidando com cobras ali e queria, precisava desesperadamente seguir com o seu plano e fazê-lo dar certo.

— Que nos mudemos daqui. Para qualquer lugar, eu não me importo. E antes que diga qualquer coisa, sei da condenação da sua mãe. Sei que não posso tirá-la do Alexsander e nem quero fazer isso. Por isso estou disposta a fazer o que for preciso para transferir a pena da sua mãe para outra casa. Se, é claro, vocês concordarem.

Narcisa e Draco não responderam. Ficaram em silêncio e dentro de cada um, pensamentos sobre o que Hermione Granger ganharia com tal ato reinavam. Depois de alguns minutos, Draco continuou:

— Então pretende reabrir todo o caso da minha mãe para que ela cumpra sua pena domiciliar em outra casa para não viver aqui?

— Sim, pelo Alexsander eu faria sim. Como disse, eu não quero viver longe dele, quero vê-lo crescer, quero conviver com ele todo o tempo que eu puder. E se pra isso eu tiver que me casar com você, eu caso. Se eu tiver que reabrir o caso da sua mãe para me mudar dessa casa, eu reabro.

Determinação. Sim, Draco sabia que era isso que Hermione sentia no momento. Determinação. Ela queria o Alexsander e estava determinada a aceitar tudo para ter o filho. Então finalmente ele tinha conseguido. Finalmente ela seria sua mulher.

— Está bem. _ E foi Narcisa quem quebrou o silêncio. _ Não há problemas por mim quanto a isso. Draco?

— Se é o que você deseja mãe, tudo bem.

— Fico feliz em saber que aceitaram. Quanto a minha segunda condição, é bem simples. Quero que o Alexsander conviva com os avós. Sua família, seus laços, são maiores do que ele pensa. Assim, quero que ele conheça os avós maternos, conviva com eles, receba visitas ou vá comigo até a casa deles.

— Acredito que isso não será problema. O Alexsander já recebe a visita do Teddy quase todos os finais de semana. São grandes amigos.

— Tudo certo para você também? _ perguntou Hermione para Draco.

— Não há problema para mim. Entretanto não sei se é viável no momento trazer seus pais para visitar o Alexsander. Além de ele se recuperar de tudo que passou, seus pais são trouxas Hermione e essa casa está cheia de dispositivos de segurança.

— Eu sei. Mas quanto a isso não tem problema. Eu jamais traria os meus pais até essa casa. Eles têm horror daqui. Por enquanto ele sair comigo para visita-los já basta.

— Que seja. Amanhã mesmo terá em mãos todos os documentos das propriedades Malfoy e  poderá escolher a que lhe melhor convir. E quanto ao casamento, já que seus pais tem horror dessa casa, acredito que prefira se casar na casa nova?

— Sim, com certeza.

— Então está feito. Escolha a casa nova, resolva  a pendência da pena de minha mãe, e quando tudo estiver pronto nos casamos. Até lá, levará o Alexsander até os seus pais para que eles possam conviver com o neto. Mais alguma outra coisa?

Hermione se surpreendeu com o pensamento de Draco. Ele simplesmente estava aceitando suas condições como se não fossem nada para ele. Ela não imaginava tal ação dele e por isso demorou alguns minutos pra responder.

— Mais alguma coisa Hermione?

— Não. É somente isso.

— Ótimo. Então se me der licença, eu vou tomar um tônico, sua pizza é bem forte.

— Draco, espere.

— O que há, mãe?

— Não ficou decidido quanto aos repórteres e mexeriqueiros de plantão que ainda estão na nossa porta.

— Pois que fiquem. Não devemos nada a eles.

— Eu sei bem que sim. Mas isso não fará com que desistam e vão embora. Há diversas teorias malucas e fofocas sobre vocês dois e não há como negar tal fato.

— E o que espera que eu faça, mãe? Brigue com todos? Quanto mais der atenção a todos, pior será e sabe disso. Vamos apenas deixa-los de lado e nos deixaram em paz.

— Pois eu discordo. Todos estão curiosos demais para simplesmente esquecer.

— E o que você propõe?

— Noivado.

— Noivado? _ perguntou Hermione, se manifestando pela primeira vez na discussão entre mãe e filho.

— Sim, Hermione noivado. É tradição bruxa que os noivos oficializem a união com alguns meses de antecedência a cerimônia. E no caso de vocês seria perfeito. Fariam uma festa, com a imprensa e anunciariam a todos o casamento.

Narcisa reparou bem na expressão do jovem casal. Hermione parecia triste com a ideia, como se falar ao mundo que ia se casar com seu filho fosse um martírio. Mas foi Draco que a surpreendeu. Ele parecia aborrecido com a ideia. Por isso ela o intimou:

— Não gosta da ideia Draco?

— Não gosto do fato de todos quererem saber sobre nós. _ E naquele momento Narcisa viu que tais palavras atingiram Hermione como um choque. Ela percebeu que a jovem bruxa se dava conta naquele momento que seriam um casal para todo o mundo.

— Mas isso é inevitável. E sabe bem disso. Quando trouxe o Alexsander pra casa, sabia que todos iam investigar. E quando não se casou, preferindo manter o mistério da mãe do menino, só fez tais mexericos aumentarem. Sabe disso. Agora, mais cedo ou mais tarde todos vão saber já que Hermione aceitou se casar com você.

— Sim, ela aceitou se casar comigo. Não com o resto do mundo. O que aconteceu entre nós só cabe a nós.

— Draco, não seja ingênuo. Sabe que as coisas não funcionam assim. Hermione decidiu. Vão se casar. Alexsander vai viver com vocês dois. É impossível esconder tal fato. Portanto é melhor que abram ao mundo o casamento de vocês.

— Concordo com a sua mãe.

— Concorda? _ Draco estava tão perplexo que não conseguiu mascarar suas emoções.

— Se for melhor para o Alexsander, sim. Eu prefiro fazer o noivado, abrir para todos que vamos casar, e acabar de uma vez por todas com as fofocas. Se esse é o preço a se pagar para ter paz, eu pago.

Draco ficou observando Hermione por longos minutos. Não acreditava que ela estava de acordo com o noivado. Com a exposição. Com tudo.

— Tudo bem. Se vocês preferem assim, não vou intervir. Entretanto, que seja feito logo. Tenho pressa para resolver tudo isso.

E sem falar mais nada, Draco se levantou e saiu. O bruxo ainda estava atordoado com tudo que ouvira de Hermione. Não esperava que ela cedesse tão rápido. Mas não podia mentir para si mesmo. Estava feliz com seu casamento. Sabia que seria muito difícil, afinal Hermione estava casando único e exclusivamente para ficar perto do filho. Mas ele não seria Draco Malfoy senão a convencesse a mudar de ideia quanto a união deles.

***

Hermione acordou com os raios do sol no seu rosto. Espreguiçou todo o corpo e sentiu pela primeira vez intimidade com o quarto que estava na Mansão Malfoy. Mas a bruxa sabia muito bem o porquê de tal sentimento. Desde que aceitara se casar com Draco, que ela não tinha outra companhia em sua cama todos os dias que a do filho Alexsander.

Para ela ver o menino de lindos cachos castanhos abraçado a ela enquanto dormia era a maior e melhor de todas as recompensas que poderia ter. E ela sabia que não era fácil. Desde a noite da pizza, que Hermione passava seus dias com uma rotina frenética e rígida. De manhã, antes das primeiras lições do Alexsander, ela fazia questão de ficar com o filho, tomavam café da manhã juntos, andavam pelos jardins e brincavam até dizer chega.

Enquanto ele fazia as lições, que para a idade dele eram apenas figuras, desenhos e brinquedos, ela se debruçava em livros e mais livros Penais Bruxo para conseguir convencer o Conselho Bruxo em transferir a condenação domiciliar de Narcisa para outra casa. No almoço, os três comiam juntos e falavam sobre suas tarefas, sempre se divertindo das novas descobertas do pequeno herdeiro Malfoy.

A tarde, enquanto Alexsander dormia, Hermione e Narcisa conversavam e decidiam sobre a casa nova e sobre o noivado de Hermione e Draco. As duas bruxas já tinham decidido várias coisas, como data e hora, a sala de jantar a ser usada, a decoração, o cardápio, a louça, e finalmente faltava a lista de convidados.

Para Hermione, bastava seus pais e alguns amigos. Mas os Malfoy queriam mais. E após duas semanas de paz, as duas bruxas tiveram sua primeira discussão.

— Veja bem Narcisa, você me disse que seria um noivado, mas pelo tamanho dessa lista de convidados eu chego a pensar que seria o próprio casamento!

— Está tão apavorada com o casamento assim, Hermione? _ perguntou Narcisa com toda a calma que conseguia fingir.

— Não estou apavorada com casamento algum! Só não quero me expor como um macaco em um circo!

— Peculiar sua afirmação. Você concordou comigo. Disse que aceitaria o noivado pelo bem do Alexsander. Pois bem. Estou fazendo tudo que posso também pelo bem do meu neto.

— Ah, com certeza é somente pelo bem do seu neto. _ disse Hermione transbordando sarcasmo de sua boca.

— O que quer dizer com isso?

— Nada. Absolutamente nada. Estou cansada, já está tarde e  preciso terminar o relatório pedindo a transferência da pena.

— Então devo mandar as corujas com os convites? _ disse Narcisa para espinhar Hermione mais uma vez.

— É claro que não! Vou falar com o seu filho. E vamos resolver isso juntos!

— Está bem.

Hermione saiu da sala de convivência em que discutia com Narcisa e aparatou direto para o seu quarto. Por muito pouco não disse a ela que sabia das reais intenções do Draco, mas para seguir com seu plano de se livrar dos Malfoy, precisava se passar por ignorante do assunto.

A bruxa respirou fundo para pensar com clareza. Tinha que seguir com seu plano, custe o que custar. Mas se expor para pessoas que ela não conhecia e que não gostava era um pouco demais. Nos últimos quatro anos ela sempre fora discreta, não tinha amigos e quase não conversava com pessoas, e agora estava morando na odiosa Mansão Malfoy, ia se casar com Draco Malfoy e ainda tinha que aguentar o veneno espesso de sua futura sogra Narcisa Malfoy.

Depois de soltar o ar dos pulmões ela resolveu usar um pouco do privilégio de futura noiva do senhor Malfoy. A jovem bruxa pediu um banho a Panim, um cálice de Hidromel e buscou em suas coisas seu livro predileto.

Hermione só se deu conta que havia cochilado na banheira quando ouviu o toque na porta e a voz de Draco a chamando.

— Já estou indo. _ disse ela assustada por ter sido acordada e com voz de sono.

Hermione saiu da banheira, vestiu seu roupão felpudo de banho e abriu a porta.

Como em todas as vezes em que a via, Draco a analisou. Para ele era um hábito impossível de se conter. Ele sempre fazia questão de olhar bem para ela, para talvez em sua postura, ou em suas roupas, ver o que ela pensava e o que estava tramando. Entretanto o que ele viu dessa vez foi apenas susto de ter sido acordada.

— Não sabia que estava dormindo.

— E eu dormi sem perceber. Já é noite?

— Não. Vim mais cedo para casa. Minha mãe me pediu para conversar com você. Sobre o noivado.

— Ah, é claro que ela pediu.

— O que houve, Hermione?

— Sua mãe quer transformar isso em um circo. Foi isso que houve.

— E o que você esperava?

— O que eu esperava? Esperava um noivado Draco! Com pessoas próximas, amigos e família. Só isso.

— Acontece Hermione que não é simples assim.

— Eu sei. Quando o assunto é a sua família, nunca é simples, não é? _ e quando disse isso, a bruxa passou a mão nos cabelos, exasperada por estar nessa situação.

Vendo tal fato Draco usou de sua esperteza para conseguir algo que desejava a bastante tempo.

— Posso resolver isso. Mas terá... como posso dizer? Um preço.

— Preço? _ disse ela com ironia se voltando para ele. _ E quando não tem um?

— A minha mãe aceitará sua lista, exatamente como você passar para ela, mas no jantar do noivado, terá que aceitar um beijo meu.

Hermione o olhou nos olhos tempo suficiente antes de corar. Ele queria um beijo. O maldito queria beijá-la na frente de todos. Tal ideia a fez começar a caminhar pelo quarto, esquecendo completamente que Draco ainda estava presente observando atentamente cada movimento seu.

— Por quê? _ Mas tal pergunta era mais para ela mesma do que para ele, e assim ela se assustou quando ele disse:

— Porque entre os convidados estarão os representantes da mídia e seria muito estranho noivar com alguém e não selar com um beijo. Você não acha?

Hermione ainda ficou de costas para ele por alguns minutos. Mas quando respondeu ela se virou e olhando em seus olhos disse:

— Tudo bem. Eu aceito o seu preço. Aceito que me beije no noivado. No casamento. Mas se pensa que vai repetir Sydney, está muito enganado Malfoy. Eu nunca mais vou me deitar com você. Nunca mais. Agora saia daqui.

Os olhos de Hermione eram apenas dois poços de desprezo e ele sabia bem que ela falava sério. O bruxo saiu do quarto pensando que finalmente vira que toda aquela ira, ódio ainda estava com ela e por mais que alguns dias de paz e tranquilidade perto do filho não acabaria com tudo que ela sentia por ele.

Tinha que ser paciente, cauteloso, tinha que conquistar Hermione e depois de casados teria a vida inteira para conseguir tal coisa.

***

O sol estava se pondo e o ar gelado anunciava que o inverno seria rigoroso naquele ano. Mas frio era o último dos sentidos que Draco Malfoy teria naquela noite. Calor sim, era o que sentia. A ideia do noivado nunca lhe fora atrativa e ter todas aquelas pessoas em sua casa, repórteres e os Potter só o irritavam, mas tudo isso era pouco em comparação de poder beijar Hermione depois de tanto tempo.

Draco era um bruxo importante e rico e poderia ter qualquer mulher que escolhesse mas a negativa de Hermione sempre o atraiu e ele via agora o porquê. Hermione não era corruptiva, não se interessava por dinheiro ou status. No inicio ele achava que sim e durante a guerra pensou que seu apoio ao Potter era único e exclusivo para salvar sua própria pele, mas depois viu que não era bem assim. A bruxa só gostava de estar do lado dos amigos, que convenientemente eram as “pessoas certas” e estavam do “lado certo” e por isso era ela tão estranha aos seus olhos.

Mas agora, naquela noite ela seria sua noiva. E nada no mundo o poderia deixa-lo tão nervoso quanto a expectativa de tê-la em seus braços mais uma vez.

***

A ala oeste da mansão Malfoy estava radiante naquela noite de outono. Velas tremeluziam e iluminavam todo a sala de jantar. Os anfitriões Malfoy estavam tradicionalmente deslumbrantes. Narcisa Malfoy trajava um vestido verde, cravejado de pérolas, contrastando as cores da sua família, verde e branco. Com toda a sua resignada simpatia ela conversava com todos os convidados deixando-os à vontade.

Até mesmo convidados como Harry Potter, sua mulher e filhos que para desgosto de Draco Malfoy, tiveram a petulância de aceitar o convite do noivado. Draco os recebeu com um sorriso curto e sem vontade, e sem esperar mais que o necessário os deixou a própria sorte na Mansão.

Draco Malfoy estava vestido elegantemente de preto, portando gravata verde com detalhe em madre pérola, mas sua aparência não demonstrava seu nervosismo pois estava ansioso para o jantar, tudo tinha que sair exatamente como ele planejara. Afinal o futuro da sua família dependia disso.

Pouco tempo depois de todos os convidados terem chegado, Hermione apareceu na sala de jantar. Ela estava com um vestido longo dourado com decote do pé até a coxa direita, com pequenos rubis vermelho vivos por todo o tecido. De mãos dadas a ela, o pequeno herdeiro Malfoy, todo de vermelho, usando uma lindíssima gravata dourada.

Quando os viu, Draco não poderia se sentir mais feliz. Aquela era a mulher que seria sua esposa. Agora sabia bem o porquê Hermione o atraía tanto. Era porque ela era o oposto dele. E o filho deles era a junção dos dois. Afinal, por mais que ela o vestisse de vermelho, a expressão de Alexsander era de um legítimo Malfoy, posto que ele somente sorria verdadeiramente para a mãe, pai e avó. Assim, conforme diz a etiqueta, Draco foi até eles e os conduziu para a mesa, e somente depois que os três se acomodaram é que finalmente foi servido o jantar.

E que jantar! Narcisa Malfoy só ouvia elogios da decoração, da prataria e também do cardápio. Mas o que ninguém sabia é que intimamente seu desejo era de que tudo acabasse e que Hermione Granger não aprontasse nenhuma coisa fora seu péssimo gosto para vestidos.

Os Potter não compartilhavam com tais sentimentos. Gina não poderia estar mais aliviada em ver Hermione bem, com um vestido que demonstrava que ela não seria uma futura senhora Malfoy comum. Já Harry estava resignado. Se era o que sua amiga queria ele não iria se opor, mas intimamente estava aliviado em vê-la de dourado e não de preto e verde.

Dorín era a única que acreditava na alegria fingida que  Hermione e os demais Malfoy estampavam. E mesmo assim Hermione não poderia estar mais feliz pela presença de uma amiga tão querida. Foram as trocas de olhares de amizade sincera que fizeram Hermione aguentar até o fim daquele jantar. No momento da sobremesa, Draco chamou a atenção de todos e disse:

— Muito obrigado pela presença de todos. Hoje é uma noite muito especial para mim e para minha família. Hoje eu peço formalmente a mão daquela que será minha esposa, minha companheira e mãe dos meus filhos. Hermione Jane Granger, você aceita ser minha esposa?

Hermione estava ao lado de Draco na mesa e todos os olhos estavam em cima dela. Com toda a calma que ela conseguiu dentro de si, respondeu:

— Sim, eu aceito.

Estava feito. Vários flashs apontaram no casal, na aliança, mas a foto que mais rendeu foi o beijo casto que os dois trocaram. Todos os presentes comentavam do amor deles, mas ninguém poderia saber o que realmente passava na cabeça de Hermione e Draco.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!!!!



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