Butterfly escrita por Beatriz


Capítulo 2
I Need You Here


Notas iniciais do capítulo

>LEIAM, POR FAVOR.
Oi galerinha, tudo bem?
Bom, esse capítulo já estava pronto então decidi postá-lo agora. Por favor, leiam sempre as notas finais e inicias dessa história okay?
Nos vemos lá embaixo!!!



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Ryan sentou-se no sofá de sua casa e respirou fundo. Sua cabeça latejava e ele sentia como se o peso do mundo tivesse caído em sua mão. Sua mente ficou alerta no momento em que o rapaz ouviu seu celular tocar. Ryan pegou o aparelho apressadamente, quase o deixando cair, e atendeu:

— Alô?

— Filho? — O rapaz ouviu a voz rouca e grossa de seu pai, fazendo-o bufar irritado. Não era exatamente aquilo o que ele esperava naquele momento. — O pai da Sara me ligou — Lucius, pai de Ryan disse, suavizando a voz.

— O que ele queria? — O mais novo questionou. Sentiu a adrenalina percorrer seu sangue. Piscou algumas vezes e respirou fundo, tentando manter-se calmo; contudo, sua mão apertava o celular com uma força desnecessária.

— Filho, eu preciso que você me escuta com atenção e fique calmo... A Sara sofreu um acidente — as palavras saíram rápidas, certeiras, como facas cortando o ar. Ryan abriu a boca; entretanto, fora incapaz de emitir qualquer som. Sentiu seu peito comprimir e fechou os olhos com força. — Ela está no hospital Saint Isaac — Lucius disse, resignado. O mais novo não esperou que seu pai dissesse mais nada, apenas pegou a chave de seu carro e desceu as escadas em um rompante.

Ele entrou no carro e respirou fundo. Ryan esmurrou o volante com força e jogou a cabeça para trás. Deixou seu corpo escorregar pelo banco do motorista e apoiou a cabeça nos joelhos. Inspira. Respira. Inspira. Respira. Repetiu mentalmente. Sentiu uma lágrima solitária cair do seu rosto e secou-a. Ela vai ficar bem. Disse a si mesmo, enquanto ligava a ignição e ia em direção ao hospital.

Ele se sentia culpado. Extremamente culpado. Não podia ter mentido para Sara, não podia ter escondido aquilo dela! Não era justo, ainda mais com aquela que jamais havia mentido para ele, com a menina que sempre esteve ao seu lado, independente do que acontecesse. Perdê-la seria... Ele balançou a cabeça, espantando o pensamento e apertou o volante com mais força. Seu peito doía, e tudo o que ele queria era saber que Sara ficaria bem, era só daquilo que ele precisava.

Ryan estacionou o carro e saiu correndo do mesmo. Entrou na Unidade de Emergências e reconheceu Ethan, pai de Sara. Ele estava sentado em um canto, o rosto de traços suaves parecia cansado, os cabelos negros com alguns fios grisalhos estavam bagunçados e os olhos verdes estavam sem brilho.

— Ethan — Ryan disse, sua voz era um mero sussurro. Ethan o olhou e forçou um sorriso.

— Oi — ele murmurou, a voz rouca falhando.

— Os médicos já disseram algo?

— Ainda não... Só o que eu sei é que ela bateu a cabeça com força — Ethan respirou fundo e olhou para um ponto qualquer. Ryan sentou-se na cadeira e respirou fundo, contando até dez. Isso é culpa sua. Se não tivesse mentido, nada disso estaria acontecendo. Ele repetiu para si mesmo, quase de forma masoquista.

Precisa que ela ficasse bem. Daria tudo para vê-la sorrindo novamente, faria qualquer coisa para que ela ficasse bem, inteira. Ryan fechou os olhos e apoiou as costas na cadeira, tentando ao máximo manter-se positivo.

As horas passaram arrastando-se. Depois de uma hora Alicia, melhor amiga de Sara, surgiu no hospital.

— Ryan! — Ela disse, soluçando. Os cabelos castanhos bagunçados, os olhos preocupados. O rapaz levantou e acolheu a menina em um abraço, enquanto a mesma deixava as lágrimas caírem livremente por seu rosto. Ryan fechou os olhos e exalou o ar ao soltar Alicia, que foi em direção à Ethan e o abraçou. Pouco depois, o pai de Ryan chegou:

— Fiquei preocupado — Lucius falou. Os olhos verdes estavam sérios e ao mesmo tempo, compassivos. Ryan arfou e assentiu, sem proferir uma única palavra. Lucius sentou ao lado do filho e apertou a mão dele com força. Ryan fechou os olhos, reprimindo assim, as lágrimas que ameaçavam cair de seu rosto.

— A família de Sara Monroe, por favor — eles ouviram alguém dizer. Todos levantaram apressados e caminharam em direção ao médico, um homem de cerca de trintas anos com cabelos loiros e olhos extremamente azuis. Ryan o encarou cruzando os braços, enquanto Ethan dizia:

— Eu sou o pai dela.

— Meu nome é Ian Moore, eu sou o médico da sua filha — o médico disse educadamente.

— Tá, e como ela está? — Ryan questionou impaciente. Não queria rodeios, apenas precisava ouvi-lo dizer que ela estava bem.

— Sara bateu a cabeça com força, o que gerou um severo traumatismo craniano — o médico parou por alguns instantes. Procurando as palavras certas: — Infelizmente, ela entrou em coma. Eu lamento muito — o médico disse, suspirando.

Ryan sentiu como se tivesse tomado um soco no estômago. Apoiou-se na cadeira, sentindo suas mãos tremerem compulsivamente. A dor queimou-o, como se acendesse uma tocha insuportavelmente quente em seu peito. De repente, o mundo a sua volta sumiu, nada mais existia. O ambiente comprimiu-se enquanto Ryan lutava para manter-se de pé.

— Quando poderemos vê-la? — Lucius perguntou, enquanto observava, preocupado, seu filho.

— Ela está na UTI, então apenas duas pessoas podem entrar — o médico respondeu, prontamente. — Se quiserem vocês podem ir agora.

Ryan piscou e virou-se para Ethan, que parecia perdido em seus próprios pensamentos.

— Eu queria... Queria vê-la — o rapaz murmurou desesperado. Sua voz falhou um pouco e ele sentia que estava prestes a chorar. Ethan assentiu e disse apático:

— Claro... Vamos lá — disse. O médico os direciono a um corredor com vários leitos e quartos, enquanto Ryan arrastava-se, seguindo-o. Os dois entraram no quarto, tudo o que ele viu foi sua melhor amiga deitada em uma cama, imóvel. Seu pequeno corpo estava conectado a vários fios, e havia um tubo que a ajudava a respirar em sua boca.

Ryan ficou imóvel. Seu peito ardia e tudo doía. Ethan secou as lágrimas que caíam de seu rosto e aproximou-se da filha, apertando a mão dela com força.

— Oi, minha princesa — ele sussurrou. Sua voz era amorosa; porém, na mesma, o mais novo conseguiu sentir e ouvir toda a dor e angústia. — Por favor, volte para nós, meu amor — ele implorou. Ryan permaneceu ali, parado, assistindo, em desespero, à cena. Sentiu um nó formar-se em sua garganta e piscou, controlando sua própria dor. — Ryan está aqui, Sara... — ele comentou, enquanto ainda segurava a mão dela. — Eu espero que você possa nos ouvir — Ethan disse, respirando fundo, secando as lágrimas que caíam de seu rosto. — Vou deixar vocês a sós, já volto — ele disse, dando um beijo na bochecha da filha e andando em direção à porta, saindo do quarto.

Ryan caminhou em direção à cama de Sara e respirou fundo. Vê-la ali, tão imóvel, era o que mais o doía. Ela estava com o rosto tão lívido, tão sereno. Hesitando, ele afagou o rosto dela com carinho, sentindo a maciez da pele.

— Sara — sussurrou, e ainda assim, sua voz falhou. — Me desculpa... Isso é minha culpa! Eu devia ter te contado sobre a Karina — ele disse, fechando os olhos e apertando a mão dela com força. — Eu nunca mais vou mentir para você, eu juro! Por favor, fica aqui — ele implorou, deixando as lágrimas caírem de seu rosto — por favor, por favor, acorda — os soluços escaparam por entre seus lábios, enquanto suas mãos trêmulas apertavam a dela com força. — A gente precisa de você aqui — Ryan murmurou, fechando os olhos com força — Eu preciso de você aqui.


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Notas finais do capítulo

Oi gente, again *u*
Bem, primeiro, quero pedir para vocês comentarem, é importante para mim. Segundo, me deem ideias do que vocês querem que aconteça, sugestões, qualquer coisa. Não me deixem no vácuo okay?
Ah, essa fic provavelmente será uma short fic, ou seja, nada muito extenso.
E quem gosta de suspense e romance policial, aqui vai a minha fic com esse tema: http://fanfiction.com.br/historia/587192/Behind_Blue_Eyes/
Beijos meus anjos :3