~Bernardo

Não, não pode ser verdade. Eu não vou perder a minha morena. Ela não vai morrer. Eu tinha visto ela subir até a colina, e a segui, sabia que algo estava errado com ela. E eu precisava descobrir o que é. Depois que eu ouvi tudo, esperei ela ir embora, e subi no topo da colina.

–Zeus, sei que está ai, sempre está. Preciso conversar com o senhor, por favor, me ajude. – Eu já estava chorando, não consigo controlar meus sentimentos quando se trata da ruivinha, digo, morena. As vezes ainda a chamo de ruivinha, não me acostumei.

–Bernardo, o que quer? Parece desesperado – Ouvi uma voz, me virei, e lá estava Zeus parado. Não achei que ele fosse vim.

– Porque a Clary está certa de que ai morrer nessa missão? Me conte por favor, eu posso tentar protege-la. – Eu falei rápido, preciso saber.

– É a profecia meu jovem, ela diz que Clary deve escolher entre viver ou salvar o Olimpo, e ela está decidida em dar a sua vida por todos nós – Zeus estava com tristeza em seu olhar, mas eu estava chorando, a tempos.

– Ela não vai morrer, eu vou salva-la. Nem que eu tenha que dar a minha vida pela dela. Clary não vai morrer. – Eu disse isso, soluçando, ela não pode morrer, minha pequena, minha baixinha. Não pode, como vou viver sem ela?

–Você não vai conseguir, desculpa, mas vai ter de aprender a viver sem Clary – dizendo isso foi embora, e eu continuei ali, chorando, e pensando em como posso salvar Clary. Já estava amanhecendo e eu fui para meu chalé. Tomei banho e troquei de roupa, não conseguiria dormir, então fui ao Chalé de Zeus, ver Clary. Cheguei lá, ela estava dormindo, calma feito um bebê. Ela parecia com Percy, estava babando. Isso foi muito fofo, soltei um riso baixo. Mas ela acordou.

– Bê – Me chamou com a voz sonolenta.

–Hum? – Respondi e ela me puxou

– Dorme comigo? – Eu deitei em sua cama e puxei o edredom sobre nós. Quando fui responder, ela já tinha dormido.

– Claro princesa – Respondi mesmo assim. Cheirei seus cabelos, cheiro de morango. Depois de um tempo, peguei no sono, abraçado a Clary, tudo que eu sempre quis.

~No Olimpo

–Zeus, esse garoto pode atrapalhar a missão de Clary, e você sabe disso. – Disse Atena a Zeus.

– Eu sei, mas você viu a ligação desses dois. Não é dessa vida. Eles já se amaram em outras vidas, nada poderá separa-los. Nem mesmo a morte. Eles se amam, é simples. Dependem um do outro, não há nada a fazer. – Zeus respondeu, e Atena sorriu. Pois era verdade. O amor deles já vinha de outra vida, isso explica por que é tão forte.

~No acampamento, por Clary

Havia chegado a noite, já estávamos prontos para sair em missão. Vamos eu, Bê, Percy, Annie, Piper, Leo e Nico. Jason já tinha voltado pro Acampamento Júpiter. Eu estava nervosa, estava chegando a hora. Eu iria morrer em menos de 1 dia, e isso era horrível. Iriamos até minha casa antiga, e esperaríamos lá. Bom plano? Não, nem de longe. Saímos do acampamento e começamos a andar. Depois de 2 horas andando, eu já estava com dor em minhas pernas, e pelo jeito estávamos todos cansados. E pra piorar, 7 dracaenaes. Foram difíceis de matar, pareciam estar mais treinadas. Melhores. Mas conseguimos. E andamos até um hotel que tinha ali perto, e dormimos. Todos cansados;

Acordei e já era meio dia. Ai meu Zeus, está cada vez mais perto. Continuamos a andar, até que chegamos. Estava igual, o prédio, o apartamento. Tudo. Só que o apartamento estava não estava destruído. Decidimos por ir comer. Depois de alimentados, saímos do restaurante. Já eram 4 da tarde. Quando chegamos a rua, eu o vi. O cara de preto dos meus sonhos. Ele olhou para mim, eu estava paralisada. Ele começou a rir, a mesma risada do sonho. Poderia reconhece-la sempre. Era ele, ele que iria destruir o Olimpo.

– E...e ele – eu disse apontando para o cara.

– Clary, me achou. Mas não se preocupe, ainda não é hora. Já vamos nos encontrar novamente. – Ele não levantou a cabeça, por isso não vi a sua face, mas vi que estava sorrindo. Meus amigos estavam parados, não se mexiam. Só eu o vi, eles estavam congelados. E do nada, tudo mudou. Eu estava em minha casa novamente e eles estavam sentados no sofá, como se nada tivesse acontecido. Olhei para o relógio e eram 7:30 da noite, estava perto. Ouço a campainha tocar, quem seria? Ninguém sabia que estávamos aqui. Fui atender. E meu coração parou de bater no mesmo instante. O cara de preto, estava ali. A hora tinha chegado. Ele me jogou contra a janela e um estilhaço de vidro perfurou a minha perna esquerda. O que me fez urrar de dor. Todos os semi-deuses correram para bater no cara de preto, e ele se livrou de todos rapidamente. Menos Bê, que estava paralisado. Nem se mexia. O olhei, tão lindo. Espero que não se machuque. Sei que essas eram umas das últimas vezes que eu o via, e isso me deu vontade de chorar, eu preciso do sorriso dele pra ser feliz. O cara tirou o capuz preto. E o cara que eu vi, me deixou abismada. Valentin. Ele era o cara de preto.

–Por que quer me matar? O que eu te fiz Valentin? – Eu pedi chorando. E ele começou a gargalhar.

– Não quero te matar, só quero o seu sangue querida – Ele falou sorrindo.

– Mesma merda – eu falo bufando.

– Olha a boca, mal-educada. – Ele parecia irritada. – Mas antes de te matar, tenho que fazer uma coisa. – Estralou os dedos, e eu me vi na escuridão, fechei os olhos e me entreguei ao abismo. Quando acordei, devia ter se passado uns 5 minutos, e eu já não estava mais com a mesma roupa. Meus amigos estavam amarrados, e Sebastian parado ao lado deles com um sorriso maníaco nos lábios. Eu estava com um vestido longo, saltos, cabelo amarrado em um coque e maquiagem feita. Podia ver isso pelos vidros. E Valentin estava atrás de mim, com o Cálice Mortal em mãos, e nele estava derrubando sangue. Eu não entendia porque ele trocou a minha roupa.

– Porque trocou a minha roupa? – Ele me olhou e sorriu.

(Clary: http://www.polyvore.com/clary/set?id=148996496 )

– Fica mais bonita assim, igual a uma princesa. – Me entregou um espelho, e eu me observei. Olhei para Bê, e o mesmo chorava, com um olhar desesperado.

– Não vou deixar vocês vencerem, o Olimpo é a minha segunda casa. Vocês não vão destruí-lo. – Valentin ria, e Sebastian também.

– Já vencemos querida, já vencemos. – Sebastian que respondeu agora. Não entendo como ele pode ser meu irmão. Eu estava tomada pela raiva. Então acertei um raio em Sebastian que caiu no chão, desacordado. Valentin foi tomado pela raiva, e pulou meu pescoço tentando me enforcar. Eu tentava de todos os jeitos tira-lo de cima de mim. E a minha salvação foi a relâmpago. Tirei a de meu dedo, e a cravei nas costas de Valentin, que caiu para o lado. Fui correndo até meus amigos tirar as cordas que amarravam eles. Vi Bernardo chorar mais ainda e tentar gritar mas não entendia o que ele queria dizer. Logo, uma dor insuportável tomou o meu corpo de cima a baixo. Valentin teve forças de pegar uma faca e cravar em minhas costas, assim como fiz com ele. Cai no chão, e vi Bê correndo até mim. Eu tinha conseguido soltar eles, antes de ser esfaqueada. Ele começou a chorar descontroladamente, gritava.

– Fica comigo, não me deixa. Por favor morena. – Ele gritava, e aquilo me partiu o coração. Senti uma lágrima descer pelo meu rosto. Desculpa Bernardo, queria ficar aqui com você. Mas eu tive que fazer isso. Desculpa meu amor, um dia iremos nos ver novamente. Eu queria poder falar isso, mas faltava força;

–Eu....te......a..amo – Dizendo isso, eu senti a vida fluir do meu corpo, e tudo escureceu. Acabou. Eu estou morta.