Evolução X - Livro I: Guerra Mundial escrita por Guilherme Nunes


Capítulo 4
Amor Mutante


Notas iniciais do capítulo

Jhoan e Phoebe tem um encontro, e em meio ao romantismo não pode faltar uma ação que tem em toda estória de super-heróis.



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Sala de Perigo, Instituto Xavier...

—Anya nos proteja. – gritou Kevin que se escondia atrás de um pequeno monte de entulhos.

Anya que também estava com ele, se levanta e projeta um escudo psíquico entre ela, Kevin e Jhoan. Presos em um cenário caótico pós-guerra. Os três mutantes tentam sair ilesos de um ataque sentinela. Gigantes robôs criados para caçar e matar todos os mutantes.

—Escondam aqui! – ordenou Kevin.

Os três esperam quietos, enquanto passos enormes ecoam pelo silencio que deixara o local.

—Tem algum plano? – perguntou Anya.
—Sair vivo. – respondeu.
—Perfeito. – falou Jhoan. —Espero que dê certo.
—É claro que dará. Não confiam em mim? – perguntou Kevin esperando uma resposta positiva.

Jhoan e Anya olham para os lados fingindo que não haviam ouvido.

—Idiotas. – riu. — Vamos fazer assim: Eu chamo a atenção deles, atraindo-os, e antes deles se aproximarem, Jhoan nos teletransporta para logo atrás deles. Anya os encurrala com um campo psíquico e eu... Bom, eu improviso.
—Ah, certo. E meu nome mutante será busão mágico. – reclamou Jhoan.
—Com essa educação ta mais pra jegue mágico. – riu Kevin. —Estão de acordo?
—Claro, chefe. – caçoou Anya colocando a mão reta sobre a testa em sinal de continência.
—Continuam zombando da minha cara que eu os deixo morrer. – disse Kevin serio.
—Deixa nada. Você nos ama. – disse Jhoan abraçando Anya e ambos abrindo um enorme sorriso inocente.
—Ta, agora sem brincadeiras. Vamos. – ele levanta e joga uma bola de fogo contra o alto, que explode como fogo de artifício e chama a atenção dos gigantes de metal. —Agora é só esperar.

Anya levanta para ver se eles estavam se aproximando.

—Esta vendo algum? – perguntou Jhoan.
—Eu... – ela silencia.

A jovem observava o local, até uma enorme sombra cobrir sua vista, assustada, ela olha lentamente para cima, e fica paralisada ao olhar nos olhos biônicos da sentinela, que brilhavam para a mutante.

—Jhoan! – grita Kevin se levantando e agarrando Anya e Jhoan nos braços, e pulando em um portal que aparece atrás deles.

Aparecendo aos fundos eles não perdem tempo e Anya cumpre o plano, prendendo as pernas dos robôs em torno de um campo psíquico. Kevin carrega uma rajada de fogo e lança contra as sentinelas, que nada as acontecem. Com os braços elas batem constantemente contra o campo, que racha aos poucos, e logo depois explode.

—Acho que seu plano não deu certo! – exclamou Jhoan.
—Eu percebi. – gritou Kevin persistindo nos ataques contra as sentinelas.
—E agora? – perguntou Anya levantando um escudo e protegendo os três.

Kevin levanta dezenas de pedras de terra e fazem circular em torno das sentinelas, destruindo-as e fazendo um tornado de terra, que prende as criaturas. Kevin faz uma pequena extensão de terra abaixo de Jhoan se levantar e planar até as sentinelas. Ele cria uma espada de energia e circulando em torno do tornado, ele faz um circulo de energia se formar e após completo, virar um portal, que se fecha e parte os robôs ao meio.

—Boa garoto! – gritou Kevin comemorando.
—Isso aí mano. – Jhoan retorna sobre a pedra de terra e salta sobre ela, tocando na mão de Kevin e o abraçando e depois a Anya.
—Devemos treinar mais vezes. – falou Anya enquanto saiam da sala que desfazia a ilusão holográfica.
—Bom trabalho, gatinho. – disse Phoebe que via o treino deles.
—Phoebe?! – espantou-se. —Não sabia que você estava ai.
—Ah... Eu vou tomar um banho. Fiquem a vontade. – disse Kevin. —Você vai ficar Anya?
—Vou... – disse sem olhar diretamente para Kevin. Que logo depois a cutuca. —Ah não, eu também vou tomar um banho... Tchau Jhoan, juízo.
—Tchau... Então, Phoebe?
—Minhas irmãs saíram, e não tinha nada para fazer. Então li sua mente e vi que estava aqui.
—Leu minha mente?
—Sim, algum problema?
—Bom, tirando o fato de você ter invadido minha maior privacidade. Nenhum.
—Ai que ótimo. Então, eu ia te chamar para sairmos. – disse Phoebe ignorando-o.
—Eu não sei, eu ia ver como a Crist estava...
—Ainda persiste nesse assunto? Você sabe que ela não gosta de você. A não ser como amigo. – disse. —Vem, vamos nos divertir.

Ele olha para os dois lados do enorme corredor que no momento estava vazio. E pensa por um tempo se seria certo ir após ter dito a Crist que iria ficar com ela.

—Eu... Eu vou, mas antes tenho que avisar para a Crist. – disse. —Independente de se ela gosta de mim ou não. – interrompeu Phoebe que abrira a boca para repetir o sermão.
—Nossa, pensei que eu fosse a telepata da relação. – brincou. —Te vejo mais tarde. – disse dando um leve beijo na boca de Jhoan e saindo soltando as mãos do garoto lentamente, e se virando jogando o cabelo para o lado.

Ele a observa boquiaberto por um tempo, até voltar a si.

—Crist. – sussurrou.

Ele sobe as escadas da mansão correndo e bate de leve na porta da amiga que permite a entrada com uma voz rouca e fraca.

—Jhoan, oi! – sorriu ao vê-lo. —Como foi o treino?
—Foi ótimo. Como está se sentindo?
—Melhor, mas aquele mutante ficou muito tempo em contato comigo. Sempre que eu despertava, ele repetia o ataque. Sugando muito da minha força vital.
—Não se preocupe. Logo logo você estará de pé para nos zombar e ser gentil de sua forma. – sorriu.
—Eu espero... Jhoan eu queria te dizer uma coisa.
—Ah, eu também.
—Então pode falar primeiro. – permitiu Crist.
—É que eu tenho um encontro agora com uma garota, e queria te perguntar se não se importaria se eu fosse.

A face da garota doente muda ao ouvir as falas do garoto, e o sorriso fraco que carregava no rosto, se desmancha e uma dor forte bate em seu coração.

—Não... E-eu vou ficar bem. – esforçou-se a dizer.
—Tem certeza?
—Claro. A vida é sua, tem que procurar uma garota mesmo. – disse tentando disfarçar a decepção.
—Ok. – descontentou-se.

Jhoan se levanta e beija a testa da amiga, revistando os cobertores e saindo do quarto, fechando a porta aos poucos.

—Então garanhão. Vai pegar a gêmea não é? – falou Kevin aparecendo de repente, socando o braço de Jhoan de leve.
—Na verdade só vamos jantar. – disse tímido indo em direção ao seu quarto, sendo seguido por Kevin.
—Ah, que isso. Você não vai nem tentar?
—Eu não sei, cara. Ela me parece ser muito controladora. E a telepatia dela me assusta. – disse Jhoan enquanto retirava a camisa já em seu quarto.
—Sim ela parece. Mas a Anya também parecia, mas não é. Além da telepatia dela ainda me assustar. –riu.
—Vocês aparentam se darem bem. – disse Jhoan retirando a calça e ficando de cueca.
—Sim, nós nos damos. –Kevin se deita na cama de Jhoan olhando para o teto com um sorriso alegre ao rosto. —Ela é tão linda, tão carinhosa e romântica... Cara você seria nosso padrinho? – brincou se levantando da cama.
—Claro mano. – riu. —Me da licença agora que eu vou tomar banho.
—Ata. Aqui, não a julgue antes de conhecê-la. – disse Kevin segurando Jhoan pelos braços e falando olhando em seus olhos. —Ela pode não ser como você pensa que ela é.
—Tudo bem, Kev. Agora saia, a menos que me queira ver pelado. – riu ameaçando retirar a cueca em sua frente.
—Não cara, espera, eu to saindo. – correu até a porta. —Lembre-se do que eu disse. – falou com a cabeça entre a porta.

Minutos depois...

Jhoan esperava Phoebe assentado em um sofá de frente a escada. Depois de um tempo ele a vê descendo as escadas, mais linda do que antes.

—Uau! – surpreendeu-se.
—Oi mexicano! Está pronto? – perguntou Phoebe.
—C-claro. Aliás, você esta linda!
—Obrigada. – disse ficando com a bochecha corada. —Você também está! Quer que eu chame o táxi?
—Não precisa. Digamos que meu poder me transforme em um chofer ambulante. – disse Jhoan abrindo um portal. —Damas primeiro.
—Quanto cavalheirismo. – riu.

Aparecem em frente a um restaurante, eles entram e se sentam em uma mesa e conversam por alguns minutos enquanto o pedido deles não ficava pronto. Quanto mais tempo, Jhoan falava com Phoebe, ele lembrava menos de Crist. Os olhos da gêmea brilhavam quando ele a elogiava.

Não muito longe dali. Uma mulher vestida de roupa negra com algumas pelugens brancas. Salta sobre prédios em direção a um prédio.

—Sistema de segurança de detector de movimentos! Pratico. Mas não o suficiente para me deter. – disse a ladra passando sua unha retrátil que sai de seus dedos, sobre o vidro da janela. Abrindo o suficiente para enfiar sua mão, e colocar um dispositivo sobre o cadeado eletrônico que prendia a janela, e ficava o alarme.
—Ótimo! A Gata Negra consegue mais uma vez. – diz ao conseguir abrir a janela.

Ela desce por cabos e vai até um enorme diamante que flutuava sobre um feixe de luz com força anti-gravitacional, que protegia a pedra.

—E não é que eles pensam em tudo. – exclamou. —Pena que estou sempre preparada.

Ela retira um apetrecho do bolso e desliga o dispositivo. Disparando um alarme silencioso.

No restaurante. Jhoan acabava de pagar o jantar, e se preparavam para ir embora.

—Não vamos teletransportar? – indagou Phoebe.
—Eu pensei em irmos caminhando mesmo. O que acha?
—É perfeito. – disse se aconchegando em Jhoan, pelo frio que fazia naquela noite.

Eles percorrem alguns metros abraçados, até passarem em frente a um banco, e notar o movimento da polícia.

—O que será aquilo? – indagou Jhoan.

Gata Negra foge pelo mesmo local em que veio, com o diamante em mãos.

—A ladra! Está fugindo. – gritou Phoebe apontando o dedo para Felicia, que corria sobre os prédios.
—Não podemos deixá-la fugir. – disse Jhoan.
—Leu minha mente. – riu.

Jhoan abre um portal e vai parar sobre um dos prédios que a ladra acabava de passar.

—Espera. – gritou Jhoan chamando a atenção da mulher.
—Oi, veio me ajudar, gatinho. – sorriu Gata Negra para Jhoan.
—Na verdade não. Vim tentar te deter.
—Ah é? Pois precisará mais de um de você para conseguir isso.
—Bom, eu não sou ele, mas acho que serei o suficiente. – disse Phoebe saindo de outro portal por trás de Felicia, e a derrubando, em sua forma de diamante.

A ladra se levanta do chão e lança uma bomba de gás que cobre a visão dos mutantes. Possibilitando-a que pudesse atacá-los. Ela segura o braço de Phoebe e a puxa em sua direção, dando uma joelhada em sua cara, mas se machucando por a garota ainda estar em sua forma de diamante. Jhoan aproveita que o gás começa a se dissipar e entra em um de seus portais e prende as mãos de Felicia com as suas por trás. Ela o chuta pelas costas acertando em “suas áreas baixas”, fazendo-o ir ao chão por muita dor.

—Golpe baixo. – forçou-se a falar com uma voz de dor.
—Desculpem-me, mas terei de sair da festa mais cedo. – disse Gata Negra soltando um gancho em direção á um prédio maior. Mas Phoebe usa um ataque telepático e a derruba no ar. Jhoan reage e a salva com um portal que a leva ao chão com segurança. A polícia chega e a prende.

—Fizemos um bom trabalho. – disse Phoebe olhando do alto do prédio para a cena. —Você está bem? – pergunta ajudando-o a levantar.
—Vou ficar, mas meus futuros filhos eu não sei. – riu.

Eles se entreolham por alguns segundos e dão um beijo intenso, que dura alguns minutos. Com a mão sobre a cintura da telepata, ele a agarra com mais força, aproximando-a pra mais perto de si, e dando mais intensidade ao beijo.

Minutos depois eles retornam para a mansão, e se despedem com outro beijo.

Ele vai a caminho para seu quarto, com sua camisa suada sobre o braço direito. Ele abre a porta e logo deita em sua cama. Relembrando o beijo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Seguindo alguns conselhos eu irei postar os capítulos apenas nas sextas-feiras. Então o capítulo cinco será postado semana que vem. Obrigado pela atenção.



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