Projeto Eligio. escrita por P B Souza


Capítulo 18
Capítulo 18.


Notas iniciais do capítulo

Mais um para os "capítulos curtinhos". XD



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Rochandelly – 07h59min 17/04/2631

O quarto estava mergulhado em silêncio quando o despertador tocou, o som aumentando gradualmente até ser parado com os primeiros movimentos de Nillas na cama.

– Clima.

– Ensolarado, sem previsão de chuva. – O computador respondeu.

Ele ainda estava hospedado no hotel, negava ir para a residência do prefeito e ficar em dos quartos daquela mansão. Preferia o hotel, era mais perto do centro, das reuniões e dos problemas principais de Rochandelly e do mundo novo.

– Notificações?

– Duas mensagens.

– Ler primeira.

O computador, aparentemente onipresente no quarto, demorou alguns segundos, tempo o qual precisava para ganhar as autorizações necessárias para ler mensagens privadas.

– Recebida as duas horas e trinta e sete minutos desta manhã, de Barão Holand; O transporte de minério está sendo dificultado com o tratado densidade fechado entre os quatro, os preços aumentam exponencialmente, importar do norte se torna inviável, minha companhia vai parar de fornecer para Vossa Majestade. – Um silêncio de poucos segundos. – Gostaria de responder?

– Não. Próxima mensagem. – Nillas se levantou e se vestiu com o roupão indo para o banheiro, o som computadorizado parecia acompanhar Nillas.

– Recebida cinco horas e dezessete minutos desta manhã, contato desconhecido, mensagem de Caltanissetta, executando arquivo de áudio; – Então a voz do computador foi substituída por uma voz de homem desesperado, no começo só uma respiração nervosa, depois a fala em si. – Mataram o Isaquias, um Eligio matou ele. Fugiu para o Oeste, eles vão tentar te matar. Ele vão tentar... O que vai ser do Sul? – A mensagem de áudio terminava dessa forma. – Repetir?

O computador perguntou.

– Não.

O prefeito balançou-se ajeitando o terno contra sua grande barriga enquanto entrava no restaurante. O restaurante era um lugar luxuosamente simples com tons prata e cinza dominando em cores com um pouco de azul marinho combinando com os aquários. No prato de Nillas um enorme pedaço de salmão com folhas verdes ao redor esperava para ser comido.

– Sente-se. – Nillas apontou para a cadeira vazia.

O prefeito se sentou tal como o Rei disse para fazer. Em seguida Nillas de algumas mordidas no salmão em seu prato e olhou para o prefeito.

– Já sabe, suponho.

– Isaquias? – O prefeito respondeu. – Sim, e meia cidade já deve saber, até a noite, toda cidade e o mundo. É verdade, um Eligio?

– Não sei. – Nillas respondeu. – É com isso que está preocupado?

Os dois não disseram nada, Nillas deu um gole no vinho branco.

– O Norte e o Oeste não comercializaram mais a partir do mês que vem graças ao contrato que Isaquias nos fez assinar, agora ele está morto, preciso desfazer o que foi feito ou Rochandelly e todo o Reino terá prejuízos. Mas claro, isso não é nada se você parar para pensar em Isaquias, ele era um Imperador, governava o Sul como Império e até onde sabemos esse Império não vai passar para ninguém, ele não possuía família. O Sul vai entrar em guerra civil pelo poder. Boa parte do que vai acontecer daqui para frente é guerra, o Eligio em questão fugiu para o Oeste, para cá.

– Guerra, mas nós não fizemos nada.

– Faremos. – Nillas retorquiu. – Ora ou outrora, sem Isaquias boa parte dos lucros vão diminuir, enquanto eu não souber quem vai controlar o Sul eu não posso fechar contratos ou negociar termos, mas e se eu colocasse alguém no poder?

– Controlar o Sul?

– Sim. – Nillas disse baixinho. – Mas não espere que seja fácil. – Nillas lançou um olhar de viés de baixo para cima encarando o Prefeito de Rochandelly. – Poleom tem tanto interesse no Sul quanto eu. E ainda tem a questão dos Eligios.

– A pesquisa no laboratório está em andamento...

– Sim, mas eu preciso disso, e preciso logo. Tempo, Prefeito, é algo que pode custar caro, algo que pode custar o Sul.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando das premissas e do desenrolar da trama, o vilão está para surgir.



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