Obliviate escrita por NattyPotter


Capítulo 6
Começam as aulas


Notas iniciais do capítulo

Esse demorou um pouquinho. Eu tô inspirada para o próximo. Até desenhei a Natalie, mas não sei se vocês gostariam de ver.
Espero que gostem!



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A segunda aula não foi dividida com os alunos de gravata vermelha. Sigo as costas de Felicia escada acima, ela ainda conversa com o Sonserino. Não tenho nada a dizer, então espero que se dirijam a mim.

–Você não vai falar nada?- pergunta o garoto. Dou de ombros.

–Por que Granger seria tão...simpática com você?- pergunta Felicia cruzando os braços, aprisionando seus cabelos cacheados.

–Ela me já me viu antes- respondo-, no Beco Diagonal.

–Vocês são amigas?- o garoto enruga a testa.

–Não.

Eles trocam olhares.

–Mas e se fossemos?

Felicia diminui o passo para que eu a alcance.

–Você não sabe de nada, Gaunt?- ela provoca.

–O que você quer dizer?

–Granger é uma nerd, sangue-ruim.

Acesso minha memória em busca do termo. Não lembro de tê-lo usado. Eu sei o que significa:

–Filha de trouxas?

É– concorda Felicia dramaticamente, como se dissesse algo óbvio.

–E daí?- pergunto, fingindo interesse na resposta.

E daí?– ela debocha e olha para o garoto, igualmente debochado.

–Eu não vou discutir- anuncio o fim da conversa.

Andamos em silêncio até a sala de aula de Feitiços.

O professor baixinho faz uma revisão do ano passado. A classe está divida entre Sonserina e a casa de gravatas amarelas.

Procuro ter alguém além de Felicia como grupo. Aceito o convite de alguns alunos da Lufa-Lufa, três garotos.

–Ei, pequena!- me chama a atenção um deles, com um sorriso de canto e olhos castanhos brincalhões- Quer ficar comigo?

–Você quer dizer com a gente, né?– protesta um dos garotos atrás dele, baixo e de cabelos escuros, pele escura.

–Por mim tanto faz- diz o outro garoto, indiferente.

Olho para Felicia para que ela veja que consegui um grupo.

–O.k. Eu fico com vocês- concordo-, mas não me chame de pequena.

–Como quiser, madame– ele sorri e guia-me até formamos uma roda nós quatro, assim como o resto da turma.

–Você não fala francês, não é?- comento. Ele ri.

Estamos conjurando pequenos feitiços e o garoto insiste a falar. Seus amigos são simpáticos mas não tão falantes.

–Então...senhorita. O que você tem contra pequena? E madame?

Estou para responder quando vejo, pela visão periférica, algo a altura de meu joelho: o professor.

Meyer!–ele chama em tom severo- O senhor não ouviu direito? "Duplas ou trios"!

–Sem problemas, professor. A gente cria duas duplas- ele olha os amigos- Não é, meninos?

–O.k., Meyer. Se resolvam. Rápido!

Os meninos se separam de nós dois. Em pouco tempo Meyer retorna a conversa.

–Então...onde estávamos. E a minha pergunta?

–Primeiro que eu não sou pequena- respondo- Pode não estar acostumado a isso, mas sou tão alta quanto você.

–Entendo- ele diz, num tom nada sério- E por que não madame?

–Porque eu sou uma mademoiselle.

Ah.–ele concorda com a cabeça e põe o cabelo castanho atrás da orelha- E como eu devo te chamar?

–Gaunt está bom para você- digo firme, ao conjurar Aguamenti, apagando algumas velas do candelabro sobre nossas cabeças.

–Você parece gostar de formalidades, Gaunt. Estou certo?

–Você está.

...

Professor Flitwick libera os alunos conforme os primeiros que terminam de conjurar a lista de feitiços no quadro negro. Meyer me faz estar entre os últimos a sair.

Se algo aprendi com a canção do chapéu seletor, são as características que diferem as cores de nossas gravatas. E sei que Lufa-Lufas tem boas intenções, mas para acolher a aluna nova, pelo menos para mim, não é precisa fazê-la se atrasar para a aula.

–Desculpa, que eu atrasei a gente- ele diz, fingindo vergonha, enquanto andamos até a porta-, você quer que eu te leve até sua aula?

–Não é preciso. Obrigada- respondo, sendo acidentalmente seca, preocupando-o.

–Vou ficar te devendo.

Estamos perto da porta, cada vez mais atrasados. Não me preocuparei se não me tivessem dito o quão importante a próxima matéria é nos NIEMS.

–Tá, tá. Tudo bem.

–O.k. Te vejo por aí, pequena– eu não argumento. Ele sorri e some descendo escadas opostas as minhas.

...

Há pouquíssimos alunos na última aula antes do almoço. Sou a única Sonserina. Como tão poucos, há alunos de todas as casas. Entre eles, reconheço o garoto Longbottom, um amigo de Meyer e Hermione Granger, que senta-se na carteira à minha esquerda na sala de paredes beges.

O professor ainda não está em sala quando Granger fala comigo.

–Hey! Tudo bem...?

–Hey.

–Você tá bem em Hogwarts, não é?- ela fala sem olhar nos meus olhos- Você é inteligente...Você provavelmente não quer falar comigo.

–Você é inteligente também, Hermione- se pronuncia Longbottom, sentado atrás dela.

–Não se deprecie, ouvi que você é inteligente também.

Ela sorri. Uma professora entra na sala, e paramos de falar. Ainda não sei porque Hermione Granger é tão gentil comigo.

A professora se apresenta: Aurora Sinistra. Astronomia.

Ela escreve conceitos básicos no quadro-negro, como fazem a a maioria dos professores no primeiro dia.

–Somos tão poucos esse ano...- suspira a moça de cabelos negros- Mas ao menos sei meus melhores alunos ficaram.

Ela sorri para Granger, um Lufa-Lufa e um garoto de gravata azul.

–E vejo que alguns continuam tentando...- ela olha para Longbottom, que sorri sem graça. Lembro dele derrubando o caldeirão em Poções hoje cedo- Não teremos problemas com conversas esse ano. Vocês podem falar enquanto copiam.

Olho para a esquerda e vejo Longbottom falando algo baixinho com Granger.

–Então...Neville me disse--

–Não, Hermione!- ele a repreende, baixinho.

–Então, esse é o Neville- ela diz, rindo.

–Oi- ele diz.

–Olá- cumprimento, mas desvio o olhar a Hermione.

Ela fala comigo sobre Hogwarts, estudos e Astronomia. Neville parece entediado com o papo de Hermione, mas eu acho interessante. Ela para de falar sempre que Sinistra se move, mostrando respeito à professora. Eu não tive muita fé antes, mas acabo me identificando com Hermione. Porém o que Felicia disse mais cedo continua em minha cabeça.

Já no final da aula, estamos no despedindo e ela diz:

–Eu posso te apresentar a meus amigos mais tarde.

–Pode ser- respondo, para finalizar a conversa. Hermione sai com Longbottom, pela direção contrária.

Harry Potter é amigo de Hermione. É minha chance de falar com ele.


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Notas finais do capítulo

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