Are u crazy? escrita por Sketch


Capítulo 4
Don't you cry




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Don't you cry.

(Danny)

É meio complicado ser monitor da Julie, ela saiu de três aulas só de manhã. Na hora do almoço eu não a vi. Depois de almoçar eu resolvi ir atrás dela.
Eu fui para o chalé três. A porta estava encostada e eu entrei.
– Julie?... Percy? - eu perguntei, eu ouvi alguém fungando.
– Julie?
– que foi caralho?! - ela perguntou de dentro do armário de baixo da escada.
Eu cheguei na frente do armário.
– Abre. - eu pedi
– Não! - ela disse.
Eu a ouvi chorar.
– O que aconteceu?
– Vai embora. - ela pediu.
– Não!
– Como você quiser.
Ela suspirou, e eu sentei encostado na porta, senti que se não fosse pela porta, as costas dela estariam apoiadas nas minhas.
– Eu... Eu não sei o que esta acontecendo. - ela disse. - o Leo desapareceu.
– Ah! Ele deve estar por aí. - eu disse.
– ele escreveu um bilhete, que ele me entregou. E...
Ela parou de falar e suspirou.
– pode sair, quando estiver pronta. - falei. Eu a ouvi chorar novamente, isso me mata, como se eu sentisse. Quando ela chora é porque a porra é séria. Julie abriu a porta, eu a abracei, e senti as lágrimas dela molhando a minha camisa. - Calma.
– Não! - ela disse, eu vi o papel que estava nas mãos dela.
Julie suspirou. E só ai que eu notei que nunca tinha visto ela chorar.
– A gente tem que achar o Leo.
– Não tem nada que a gente possa fazer! - eu disse.
– Eu vou, você vem comigo?
– Onde?
– Encontrar o Leo.
– Julie não...
– sim ou não? - ela perguntou já perto da porta, eu fiquei sem palavras, isso ia dar merda de mais, e eu sabia que eu tinha que fazer ela desistir do Leo, só que o problema é que não tem nada que eu possa fazer pra isso.
– eu sabia que você era um idiota. - ela disse e saiu.
Pra variar eu corri atrás dela.
– eu vou! - gritei.
– ah que ótimo, eu precisava de alguém pra fazer o trabalho sujo. - ela disse e começou a rir. Eu acho que percebi que ela não estava chorando de verdade.
Ela foi até o chalé nove, eu segurei o braço dela.
– pode ser perigoso. - falei.
Ela deu um sorriso.
– o único perigo da bat-caverna é o fedor.
Eu tive que rir disso.
Nós dois entramos no chalé nove. As coisas do Leo ainda estavam lá, ele não tinha saído, porque seu cinto de ferramentas estava em cima da mesa de trabalho.
Eu encarei o papel que Julie tinha nas mãos.
– O que é isso? - eu a perguntei.
Ela suspirou.
– o bilhete que ele deixou. - ela disse e me entregou.
No bilhete estava escrito:
" Fort Summer, hotel Palace, 144. Preciso de você. Leo"
– Julie, não podemos sair do acampamento. - eu falei.
– foda-se. - ela disse e me deu as costas.
Eu a arrastei pelo braço e a coloquei contra a parede de modo rude e a olhei nos olhos.
– escuta, a gente tá tentando sobreviver aqui! Temos uma merda de paz temporaria, e não é por sua causa que isso vai acabar.
Ela deu um sorriso irônico.
– acontece que eu posso acabar com tudo no tempo em que você conta até três. - ela disse.
Julie saiu e me deixou plantado ao lado de um beliche. Eu achei melhor deixar ela sozinha por um tempo. Mas a questão não era deixar ela sozinha, o problema era ela ficar longe de mim, um lado de mim sentia medo que algo ruim acontecesse, e a outra tinha muito medo do que ela podia fazer.

– Danny! - ela chamou.

Eu desci para a bat-caverna.

– O que extamente estamos procurando?

– qualquer coisa! Tem que ter alguma coisa!

Eu a peguei no colo e depois a joguei nas costas como se ela fosse um saco de batatas. Andei até o lado de fora do chalé nove e coloquei no chão.


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