Projeto X-5 escrita por Biana


Capítulo 9
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Hello everybody! I'm back! (desviando das pedras).
Eu sei vocês devem estar pensando que sou muito cara de pau de voltar depois de anos sumida. E é óbvio que meus leitores merecem mais do que uma explicação.
Eu peço mil desculpas pelo meu longo sumiço, é sério, não me odeiem.
Mas muita coisa aconteceu durante esse longo tempo que estive afastada do Nyah, a começar pelo bloqueio criativo que estava tendo desde a postagem do ultimo capitulo e por conta disso eu acabei me afastando das fics e dando prioridade a outras coisas.
Mas recentemente me bateu uma enorme necessidade de voltar a ler fics e consequentemente a resgatar a minha própria fic do fundo do poço...
De uns tempos para cá eu vinha pensando em formas de voltar com a fic e o tempo que estive afastada tive varias ideias para o conteúdo.
Como vocês vão perceber eu tive que modificar algumas coisas na fic, em relação a história, mas principalmente na narrativa que está em 3ª pessoa.
Eu decidi modificar isso porque para mim soou bem melhor ler a história dessa forma e espero que também tenha ficado melhor para vocês.
Eu não sei com que frequência eu irei postar os próximos capítulos, mas eu sinceramente não irei abandonar a fic, mesmo que demore algum tempo para postar os capítulos. Mais uma vez eu peço sinceras desculpas ao meus queridos leitores ♥
Sem mais delongas...

Espero que gostem do capítulo fresquinho e boa leitura! ♥



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— Diretora Waller, que surpresa! – A cientista morena com um coque em sua cabeça trajando um jaleco branco e óculos disse surpresa pressionando a prancheta de anotações contra seu corpo demonstrando certo nervosismo. - Não esperávamos a senhora hoje...

A presença inesperada de Amanda Waller nos centros de pesquisa nunca era tido como bom sinal. Sempre significava que algo estava errado ou que iria cuspir mais exigências aos seus colaboradores.

— E quem disse que vocês tem que me aguardar para algo? Sou a diretora desse projeto, o que significa que eu tenho que estar cem por cento a par de cada etapa dele. O que quer dizer que eu irei aparecer a qualquer hora já que vocês fazem questão de me deixar mais de uma semana sem o relatório de progresso. – Amanda disse soltando rispidamente as palavras fazendo a cientista arregalar os olhos e engolir a seco sua saliva enquanto se dirigia ao laboratório principal acompanhada de seus seguranças pessoais.

— Mas Senhora... Não tivemos nenhum progresso desde o ultimo relatório... – A morena respondeu com insegurança ainda pressionando a prancheta contra o corpo acompanhando a diretora.

Amanda parou subitamente encarando a mulher dos pés a cabeça incrédula na resposta da mesma. – E eu pago vocês para que? Para ficarem sentados em volta de uma mesa jogando Poker?

— Não, senhora... – A cientista respondeu atônita e voltando a acompanhar a diretora ao seu destino.

Chegando ao laboratório os cientistas que ali trabalhavam não notaram a chegada sorrateira de Waller e os demais, pois estavam muito focados no que faziam.

— Parece que estamos tendo muito progresso por aqui ao contrario do que me foi informado – Amanda quebrou o silencio direcionando seu olhar cerrado á morena depois voltando a olhar para os demais cientistas do laboratório que rapidamente interromperam seus afazeres surpresos.

Um deles veio em direção á diretora tirando as luvas de manipulação de sua mão logo a erguendo para cumprimenta-la. – Diretora Waller, que surpresa! Não esperávamos a senhora... – Sem resposta ao cumprimento o cientista de altura mediana e cabelos louros, com o corte cerrado nas laterais e mais volumoso na parte de cima recolheu sua mão encabulado junto a seu corpo.

— É eu tenho ouvido isso com bastante frequência ultimamente. – Amanda cuspiu ironicamente a indireta voltando seu olhar novamente a mulher enquanto a mesma encarava preocupadamente o semblante do cientista.

— Em que podemos ajuda-la ? – Perguntou o homem loiro quebrando o silêncio mortal que tinha se instalado.

— Para começar Dr. Richards o senhor pode me explicar o motivo pelo qual não recebo um relatório de progresso do projeto á mais de uma semana? – Amanda perguntou mergulhando profundamente em seus olhos azuis escuros o fazendo hesitar por alguns segundos antes de dar uma resposta. Aquela mulher era o demônio encarnado em uma pessoa, não havia outra explicação. Ela sabia exatamente como mexer com seu psicológico apenas com o olhar.

— Bem, senhora... – Andrew esfregava as mãos uma na outra como se tentasse em vão ganhar tempo procurando uma desculpa. Mas antes mesmo de começar a diretora o interrompeu fazendo um sinal com as mãos logo em seguida apontando em direção á sala de reuniões.

Marcharam em direção á saída do laboratório. Antes de passar pela cientista morena, Amanda apontou para a mulher. – Você também. – A mesma seguiu Amanda e Andrew até a porta escoltada pelos armários de terno e gravata. Antes de sair do laboratório Waller olhou para os demais cientistas com olhar cerrado. – E quanto a vocês, isso aqui não é uma confraternização. Voltem ao trabalho!

Já na sala de reuniões a porta era guardada tanto pelo lado de fora como pelo de dentro pelos dois seguranças. Estavam postos como se fossem sofrer um ataque a qualquer momento.

— Senhora... Não tivemos um progresso significativo nos últimos dias. Estamos fazendo testes em animais, mas até o momento todos os testes se mostraram ineficientes, pois ainda não conseguimos estabilizar o fator de fusão do vírus. As células estão rejeitando o vírus fazendo as cobaias irem á óbito. – O cientista explica á diretora mostrando a pilha de relatórios á mesa.

— Já está mais do que na hora de começarem a fazer o teste em humanos. A reação do vírus em células humanas pode ser totalmente controversa á reação nos demais mamíferos. – Amanda se opôs ao cientista determinada em suas palavras. A mulher só provava cada vez mais sua desumanidade, sangue frio e ganancia.

— Mas senhora... – Dr. Richards se preparava com sua contra resposta quando foi interrompido pela cientista morena que estava sentada em uma das cadeiras subitamente se levantando para se opor. – Isso é desumano! – A mulher disse cerrando os punhos na mesa demonstrando sua revolta. – Não podemos fazer isso. Não conseguimos uma aceitação de ao menos 30% em células de animais e a senhora quer que matemos pessoas a sangue frio!?

A mulher então se voltou ao Dr. que a encarava com o semblante totalmente espantado como um sinal para que ela se acalmasse, preocupado com as consequências daquele ato impensável. Ao perceber sua exaltação extrema a cientista logo descerrou os punhos e voltou a sentar-se na cadeira apenas olhando para a diretora esperando sua reação.

Waller deu um sorriso de boche para a mulher enquanto caminhava em sua direção. – Até onde eu sei Dra. Heine a Sra. não está aqui para questionar a mim e a meus métodos, a senhora está aqui para calar a merda da sua boca e cumprir minhas ordens. Então se eu disser sente, faça, se eu disser se jogue, faça e se eu disser para fazer testes em humanos, Faça! – Encerrou batendo feroz a mão na mesa fazendo com que Lenna desse um pequeno pulo de sua cadeira piscando fortemente os olhos estarrecida com a situação inesperada, enquanto Andrew suspirou imperceptível aliviado pela reação da diretora ter sido mais branda do que ele esperava.

Amanda se voltou novamente ao cientista. – Eu quero isso para ontem. E um relatório diário do progresso dos testes em humanos. Estamos entendidos? – Lançando o mesmo olhar penetrante ao Dr. esperando pela resposta.

— Sim, senhora... – Andrew respondeu seriamente não se intimidando desta vez pelo olhar de Amanda enquanto ela voltava seu olhar para a Dra. que olhava cabisbaixa para a mesa incrédula no desfecho daquela reunião. - Acho que não ouvi bem Dra. Heine. Estamos entendidas?

Lenna levantou devagar sua cabeça em direção á diretora. – Sim, senhora... – respondeu firme mesmo assim com um olhar de desaprovação para Waller.

— Ótimo. – Amanda sorriu cinicamente satisfeita. – Agora que estamos de acordo, deixo o resto em suas mãos. – Concluiu saindo da sala seguida pelos dois seguranças.

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Lenna preenchia relatórios em seu computador horas depois á reunião que ela e Andrew tiveram com Amanda, quando uma forte explosão seguida de um estrondo pôde ser ouvida por todo o complexo fazendo a Dra. levantar repentinamente de sua cadeira assustada. O alarme disparou.

“falha de segurança. Risco de contaminação”

Era o que ressoava em seus ouvidos repetidamente enquanto ela se dirigia as pressas ao laboratório. Antes de chegar ao seu destino se deparou com uma densa fumaça no corredor, provavelmente devido à explosão que ouvira anteriormente. Não conseguia enxergar nada a sua frente e a fumaça já estava começando a pesar em seus pulmões a fazendo tossir violentamente, mas continuou firme tentando enxergar o caminho.

Chegando á porta do laboratório a morena petrificou ao ver Andrew e os demais cientistas caídos no chão desacordados. Lenna rapidamente voltou a si e correu em direção ao marido virando seu corpo que estava de bruços.

— Andrew! Andrew! Meu Deus... Andrew! – Ela dava leves tapas em seu rosto tentando acorda-lo. Finalmente ele abriu os olhos. – Nós fracassamos... Você precisa... Descontaminação... – Sussurrou em meio a tosses violentas devido a fumaça, enquanto Lenna prestava atenção aflita no marido tentando entender suas palavras, logo Andrew perdeu novamente os sentidos.

Ela sabia o que fazer, mas a fumaça já estava começando a desorientar seus sentidos. Com muito esforço levantou e se arrastou o mais de pressa que conseguiu até o painel de acesso que ficava ao lado da porta do laboratório. Passou seu crachá de acesso em seguida digitando um código enquanto se segurava em algo para se manter em pé. De repente todos os acessos foram lacrados por portas rígidas de metal e o alerta de contaminação deu lugar a um novo aviso pelo autofalante.

“Processo de descontaminação iniciado”

Foi o tempo de Lenna perder totalmente os sentidos caindo ao lado da porta. A fumaça densa foi dispersa pela de descontaminação, mas talvez já fosse tarde demais. O vírus já havia se alastrado por todo o complexo.

— Lenna! Lenna!... – Ouvia ao longe seu nome ser chamado. Será que estava morta? Pensava em seu subconsciente. – Lenna! Lenna!.. – Continuava a ouvir até finalmente com muita dificuldade conseguir abrir os olhos que rapidamente emanaram uma forte dor devido a luz forte do local. Aos poucos ela estava recobrando os sentidos e percebeu que a voz que a chamava era de Andrew. Ao voltar seu olhar em direção a voz percebeu que estavam amarrados a macas sendo levados por pessoas equipadas com mascaras de gás para algum local.

Ela esticou sua mão na direção de Andrew tentando em vão alcançar a mão de seu marido que fazia o mesmo. – Andrew! Andrew! – Gritava desesperadamente enquanto lágrimas escorriam por todo seu semblante.

Andrew!

Acordou repentinamente com o nome ecoando em seu subconsciente respirando pesadamente. Foi só um sonho... Mas não era um sonho qualquer, era um daqueles que ela vinha tendo com frequência. Parecia tão real...

— Ei, se não vai pedir mais nada é melhor dar o fora. Não quero ninguém dormindo na minha bancada. – Indagou o velho gordo de barba meio grisalha que servia as bebidas em um boteco de quinta categoria.

Ela, que estava com a cabeça coberta pelo capuz de sua jaqueta voltou seu semblante ao velho lançando um olhar de desaprovação. – Tenho que parar de beber... – Jogou o dinheiro que tirou de seu bolso em direção ao homem, saindo do bar.


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Notas finais do capítulo

Chegamos as notas finais pessoal. O que acharam desse capítulo que explica um pouco do passado da Lenna? Espero que tenham gostado do novo formato da fic e não deixem de mandar seu review. Sua opinião é muito importante para mim ♥
Até o próximo capítulo!



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