Projeto X-5 escrita por Biana


Capítulo 7
Novos Planos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar este capítulo, é que tenho estado bem ocupada ultimamente. Espero que gostem. Boa leitura!



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Depois de várias horas de voo fomos parar na costa nordeste da China e pousamos perto de um porto onde havia vários barcos e navios atracados. Saímos do avião, eu já estava me sentindo melhor. Miguel pegou a mala de armamentos e a colocou no chão, em seguida tiramos os casacos e os seguramos em nossos braços.

– Sem meus equipamentos eu não posso transmitir as informações que conseguimos direto para a inteligência. Vou ter que entrega-las pessoalmente, além do mais precisarei voltar para os Estados Unidos de qualquer maneira para novas instruções da base central da inteligência. – Miguel explicou apoiado no avião.

Não queria que aquele momento chegasse, mas a partir dali nossos caminhos se dividiriam. Eu olhava para o chão pensativa e em seguida olhei para Miguel com uma expressão um pouco chateada. Ele sabia o que viria a seguir.

– Você não vai voltar comigo, não é mesmo?

– Eu não posso... Preciso reunir mais informações e quanto menos pessoas souberem sobre mim, mais eu posso agir no anonimato espionando a organização. Por favor, não diga nada sobre mim para o governo, pelo menos não ainda. Se souberem que escapei é possível que essa informação ajude o CADMUS a me localizar. – Respondi.

– Entendo... Não se preocupe, se isso te der mais tempo, então assim o farei. Mas sabe que não pode se esconder para sempre. Uma hora a inteligência terá que saber e acabará descobrindo e provavelmente até a Liga da Justiça que está envolvida na investigação. – Miguel disse cruzando os braços.

– Eu sei... Mas esse é um risco que tenho que correr. Enquanto eu puder agir escondida eu o farei.

– Neste caso vai precisar disto. – Miguel entregou um pen drive para mim. – Antes da explosão eu consegui gravar as informações que conseguimos neste segundo pen drive. Espero que sejam úteis para você.

– Obrigada... – Disse olhando para ele em seguida guardando o pen drive em um dos bolsos da calça.

– Vou deixar a criança aqui com você, vai ser mais útil para você. – Ele disse dando leves tapas no avião.

– Mas como você irá voltar sem ele? – perguntei confusa.

– Relaxa, eu já tenho um plano traçado. – Miguel respondeu sorrindo levemente. – Ah, Também vai precisar disto. – Miguel entregou uma mochila sem me dizer o que havia dentro, mas quando a peguei notei que estava um pouco pesada. - Eu queria poder ajudar mais, mas por enquanto esse é o máximo que posso fazer... – ele disse jogando seu casaco dentro do avião.

– Não se preocupe, você já me ajudou muito – eu disse me aproximando ficando frente a frente com ele. – Bom, acho que é aqui que nos separamos... – Disse segurando a alça da mochila nas costas.

– Eu vou te ver de novo? – Perguntou ele olhando em meus olhos.

Respirei profundamente sem tirar meus olhos dos seus.

– Eu espero que sim...

Eu realmente queria que nos reencontrássemos novamente, mas eu não sabia o que o futuro me reservava, eu nem sabia se voltaria viva dessa minha missão suicida. Talvez nunca mais o visse... Miguel pousou sua mão sobre meu braço suavemente.

– Tome cuidado, não faça nada imprudente.

– Eu vou ficar bem. – Afirmei.

Ficamos alguns poucos segundos nos observando, então ele pegou a mala de armas e partiu em direção a uma plataforma do cais e subiu em um barco enquanto eu me virei para acompanha-lo com os olhos.

Antes de partir com o barco ele me olhou novamente e finalmente se foi enquanto eu o observava desaparecer no horizonte. Depois de alguns minutos resolvi abrir a mochila para ver o que havia dentro e quando abro me deparo com algumas armas, cartuchos e balas. Abrindo a outra parte da mochila encontro um bolso com uma boa quantidade de Renminbis (moeda chinesa) e dólares americanos.

“Filho da mãe...” Pensei com um sorriso sarcástico no rosto em seguida guardei o casaco dentro da mochila. Eu sabia que o único jeito de conseguir o que eu queria era invadindo a base central do CADMUS, mas eu não poderia fazer isso agora, porque depois do que aconteceu no templo tibetano é meio óbvio que eles já devem saber meus objetivos quanto à organização. Então se eu for direto para lá, com certeza devem estar me esperando com uma emboscada.

Para invadir aquele lugar eu precisaria primeiramente ficar escondida por um tempo e esperar a poeira abaixar e principalmente me preparar para enfrenta-los. Mas havia um lugar que eu poderia ir à procura de mais informações tanto do projeto quanto da organização. No dia em que Miguel abriu o mapa das bases do CADMUS para ver a localização da base no Tibet eu pude ver que entre as muitas outras havia uma que estava localizada em algum lugar no centro do Alaska, só que a base estava marcada como inativa. Seria uma boa chance para eu investigar discretamente se aquela base estava realmente inativa enquanto eu esperava que a busca da organização por mim diminuísse.

Avistei um homem que saia de um barco no cais, então fui em sua direção para pedir uma informação. Eu não sabia como iria fazer isso já que ele falava chinês. Mas o que me era mais estranho é que desde que saí daquele complexo no deserto todas as placas, cartazes e coisas escrito em chinês eu conseguia entender. Provavelmente era mais uma habilidade que adquiri por causa do Projeto X-5, ou não, eu ainda estava muito confusa.

Quando cheguei perto dele chamei sua atenção e quando ele falou comigo eu pude entender o que disse. Então me toquei de que se eu podia entender eu também podia falar. Perguntei ao homem onde havia um lugar onde eu poderia comer e comprar roupas, ele me disse que havia um pequeno centro comercial a alguns metros e me indicou a direção.

Eu o agradeci e antes de ir para o local guardei o avião em galpão vazio que havia ali no cais. Retirei os coldres das coxas e os pendurei na poltrona de trás e guardei a mochila no compartimento secreto do avião. Eu partiria no dia seguinte logo pela manhã, pois precisava estar descansada para a longa viagem.

Já era quase um fim de tarde. Eu coloquei o casaco de volta para disfarçar, pois a roupa que eu vestia estava cheia de rasgos por causa da queda na montanha, mas meus ferimentos e arranhões já haviam cicatrizado.

Então fui até o pequeno centro comercial e fiz uma refeição e já aproveitei e comprei algumas comidas desidratadas para levar. Passei por uma loja de roupas e resolvi entrar e comprar algumas peças de roupas.

Depois disso voltei para o galpão onde estava o avião e guardei a comida e a roupa que havia comprado no banco de trás. Em seguida me troquei dentro do avião e acabei dormindo no banco da frente até a manhã do próximo dia.


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Notas finais do capítulo

Não esqueça de deixar seu review com críticas, elogios ou sugestões. E se realmente gostou não se esqueça de favoritar! Até o próximo capítulo.



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