Projeto X-5 escrita por Biana


Capítulo 5
Invasão - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Agora sim a verdadeira ação vai começar. Um capítulo com um pouco de pancadaria, que eu acho que muitos esperavam XD Espero que gostem. Boa leitura!



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Baotou, China: 06:10.

Já estávamos nos preparando para deixar o albergue. Miguel colocava os notebooks e outros aparelhos dentro de uma mochila enquanto eu escolhia algumas armas na bolsa de armamentos que estava na mesa. Eu estava com as mesmas roupas que havia escolhido no dia anterior, mas havia acrescentado dois coldres nas coxas nos quais guardei duas pistolas PT 380 e alguns cartuchos dentro dos bolsos da calça. Miguel estava com o uniforme militar do CADMUS que usava quando me salvou e levava com sigo duas pistolas Desert Eagle.

Guardamos tudo o que precisava ser guardado e saímos do albergue carregando a mochila de aparelhos, a bolsa de armamentos e dois casacos de neve em direção ao que parecia ser a garagem do albergue. Miguel abriu o portão da garagem e lá dentro estava um avião monomotor Gavia 1/48th La-7 da antiga união soviética.

– Uau... Essa peça de museu ainda sai do chão? – Perguntei naturalmente sem perceber a ironia da pergunta.

– Ei, essa belezinha aqui é um clássico e nunca me deixou na mão. – Miguel disse dando leves tapas no avião. – Além do mais esse monomotor é perfeito para o tipo de missão que vamos realizar, se infiltrar com descrição. Aviões de pequeno porte são bem mais difíceis de serem captados em um radar ou satélite.

Então fiz uma expressão assentindo com a cabeça querendo dizer que havia sentido no que ele disse. Colocamos as coisas no avião e entramos, eu no banco de trás e Miguel no do piloto. Ele fechou a cabine e ligou o motor, esperamos alguns segundos até o motor aquecer, então saímos. A garagem dava direto em uma estrada de terra que praticamente não tinha trafego algum.

– Aqui vamos nós. – Miguel disse puxando o manche enquanto o avião já estava a uma boa velocidade na estrada e logo em seguida decolou.

Durante a longa viagem, Miguel me contou mais sobre o que sabia do CADMUS.

– Você já ouviu falar do Superman, não? – Miguel perguntou sem se desconcentrar do espaço aéreo.

– O Super herói de Metrópolis? Quem não conheceria tal figura?

Miguel explicou que o CADMUS também estava envolvido com vários outros projetos, um deles foi o Superboy. A organização roubou o DNA do Superman e decidiram criar um clone a partir de seu DNA com DNA humano que tinha praticamente todos seus poderes para servir a organização. O resultado disto foi o Superboy, entre muitos outros projetos e planos que haviam realizado.

A viagem durou em torno de três horas e meia. No momento em que entramos na região do Tibet não estava nevando, mas estava um frio congelante, eu podia sentir de dentro do avião. Não demorou muito e já conseguíamos avistar a base, que mais parecia um templo ao longe. Miguel pousou o avião em uma área plana a alguns quilômetros de distancia para que a aeronave não pudesse ser vista. Antes de descermos do avião colocamos os casacos para neve e ele me deu um tipo de walkie talkie para o caso de nos separarmos, que guardei no bolso do casaco.

– Está realmente preparada para isso? – Miguel perguntou preocupado comigo.

– Eu não tenho muita escolha...

Descemos do avião e Miguel guardou a bolsa de armamentos em um compartimento secreto da aeronave e colocou nas costas a mochila com os notebooks e aparelhos caso fosse necessário invadir o sistema interno. Andamos por uns quinze minutos até chegarmos à base que ficava no pé da montanha. Miguel fez um sinal para mim indicando que havia vigília do lado externo, olhei e vi que os guardas da base pareciam guerreiros tibetanos armados com algum tipo de clava ou lança. Ficamos observando para ver se conseguíamos achar uma abertura, então vi uma grade de barras de escoamento de água do outro lado do muro e apontei para que Miguel visse.

Nos esgueiramos colados no muro até a grade. Miguel forçou as grades com cautela retirando duas barras que foram o suficiente para atravessarmos. Em seguida conseguimos passar despercebidos pelos guardas que faziam a ronda até chegarmos a uma porta lateral.

Assim que entramos sacamos as pistolas subindo alguns lances de escadas com cautela para não toparmos de surpresa com nenhum guarda, mas não usaríamos as armas a menos que fosse realmente necessário, pois nosso objetivo era nos infiltramos com discrição. Realmente aquele lugar era um templo tibetano, as paredes dos corredores eram de vigas de madeira com adornos de ouro no meio e o chão de madeira.

O templo parecia um labirinto de vastos e largos corredores. Quando entramos em um deles fomos em direção a uma espécie de hall que dava em outros corredores. De repente Miguel olhou para trás e sem dizer nada me abaixou antes que eu fosse atingida pelo golpe da lança de um dos guardas que apareceram no corredor e no mesmo instante tomou a lança do guarda o derrubando com ela.

– Obrigada. – agradeci Miguel olhando para ele por um instante.

– Agora chegou a parte interessante dessa missão - Ele ironizou com um tom sério tirando a mochila das costas e a colocando no chão.

Mais outros guardas apareceram, cerca de cinco, estavam a alguns metros de distancia ficaram em posição de luta empunhando suas lanças. Então fizemos o mesmo esperando um movimento deles.

Os guardas vieram correndo em nossa direção. O primeiro que veio para cima de mim, eu desviei de seu primeiro golpe pulando para trás e em seguida bloqueando seu segundo golpe segurando a lança e a tomando dele. Passei uma rasteira no guarda com a lança o fazendo cair de joelhos e o finalizei chutando seu rosto com o joelho com uma força extrema que o jogou para trás.

Enquanto isso Miguel lidava com dois ao mesmo tempo. Ele desviou do golpe de um e deu um gancho de direita em seguida o chutando no rosto o fazendo cair. O outro guarda o agarrou por trás pelo pescoço com a lança tentando o sufocar, mas Miguel o cabeceou, o que fez com que largasse a lança que imediatamente Miguel pegou e o golpeou na cabeça o finalizando.

Enquanto eu largava a lança no chão os últimos dois vieram para me atacar. Corri em direção a um deles me jogando no chão e escorregando por de baixo de suas pernas, em seguida dando um chute giratório na nuca que o fez cair. O ultimo quase me acerta com um golpe, mas eu desviei no ultimo instante me curvando para trás. Corri em direção a uma parede enquanto ele vinha atrás de mim, assim que cheguei perto da parede pulei nela me apoiando com os pés dando um mortal para trás passando por cima do guarda. Como eu sei fazer tudo isso? Nem me pergunte, pois já desisti de tentar entender como sei tanto a respeito de tantas coisas.

Pousei no chão ao lado de uma lança caída, peguei a fincando no chão e assim que o guarda terminou de se virar em minha direção eu pulei me segurando na lança chutando seu rosto o jogando na parede caído. Por um momento eu fiquei desatenta e um dos guardas que eu havia derrubado se levantou para me atacar por trás. Miguel foi mais rápido, sacou a pistola e atirou nas costas do guarda. Eu subitamente me virei surpresa enquanto o guarda caia no chão.

– Você esqueceu de um. – Miguel disse guardando a arma.

Eu apenas suspirei aliviada sorrindo para ele.

– Eu nem vou perguntar como você sabe lutar tão bem.- Ele disse pegando a bolsa de volta e colocando nas costas.

– É melhor mesmo, porque eu não saberia responder.

Aquele ponto já deviam saber que havia intrusos no templo, então precisaríamos ser rápidos. Fomos apressadamente para o tal hall, mas quando chegamos lá havia praticamente uma legião de guardas que eu nem conseguiria contar nos dedos.

– Isso só pode ser brincadeira. – Falei querendo desacreditar que teríamos que enfrentar todos eles.

Depois de minutos havíamos derrotado todos os guardas, não era possível que pudesse haver mais. Eu já havia perdido a conta de quantos derrubei só naquele hall. Mas parecia que não havia mais perigo, por enquanto...


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Notas finais do capítulo

Observações Cenário:

Avião monomotor Gavia 1/48th La-7: http://i1119.photobucket.com/albums/k624/Fabianim/Projeto%20X-5/001_zpsqqmopkdw.jpg

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