As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 10
Capítulo 10 - Rose


Notas iniciais do capítulo

Rose e Scorpius acordaram em um lugar cercado por magia.



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Rose acordou bem confusa depois do encontro com os pais. Ela tinha a sensação que eles não acreditavam no futuro amor que teriam. Inclusive Ronald, o pai de Rose, não a chamou de filha. Se fizesse uma comparação com a atual família Weasley, a diferença era imensa.

O paradoxo atingiu a Sala Precisa e isso preocupou ela muito. Mesmo que o paradoxo que a ruiva criou ao tocar nos futuros pais salvara aquele ponto da existência, era difícil imaginar se todo o resto ainda tinha chance de sobrevivência.

Rose levantou e a primeira coisa que viu foi o corpo caído de Scorpius logo à frente. Correu para ele e antes de verificar se Malfoy estava bem, viu que não estavam em Hogwarts.

O lugar era escuro e as paredes pareciam se feitas de fumaça. Os pontos de luz eram parecidos com estrelas que brilhavam na escuridão em todo o lugar. Pareciam estar no espaço e as escadarias nas laterais eram tão grandes que necessitavam de horas para chegar ao topo.

Uma placa se encontrava flutuando entre as duas escadas. Rose acordou Scorpius e o chamou para lá. O loiro esfregou seus olhos antes de ter a própria reação:

–Onde diabos nós estamos?!

–Vem! -Chamou Rose. -Veja se consegue ler o que está aqui.

Parecia uma mensagem. Era números que intercalavam entre zero e um. Rose já vira algo parecido em algum lugar, mas não lembrava. Os números eram separados a cada oito dígitos. A mensagem brilhava em azul e parecia trêmula.

–Isso é uma mensagem em binário. -Reconheceu Scorpius. -O mesmo tipo de informação dos computadores. Eu acho que consigo converter, um minuto!

Antes que Scorpius pegasse algum papel para calcular e decifrar a mensagem, as paredes tremeram. A fumaça delas se expandiram e toda a felicidade no coração de Rose parecia sumir com o grande frio que se formou no ambiente.

–A sala está ficando bem fria, não é? -Comentou Rose. -Parece até que...

Um dos dementadores gritou. Rose sacou a varinha e mirou para eles, desejando ter pelo menos um pouco de energia para criar uma barreira com o feitiço que invocou há pouco na Sala Precisa. A criatura avançou e Rose gritou em resposta.

Expecto Patronum!

Um pequeno golpe bateu contra o manto esfumaçado de um dos dementadores, como se o feitiço não pudesse detê-lo.

–Não pode se apressar um pouco com a mensagem?! -Rose gritou para Scorpius, que tremia de frio enquanto escrevia no papel.

–Eu tô tentando! -Ele gritou. -Segura eles por alguns segundos, estou quase!

Rose não sabia muitos feitiços de proteção e estava muito cansada. Gritava constantemente vários feitiços diferentes, sem saber a verdadeira utilidade deles. Vai que algum deles funciona, ela pensou. Raios bombeavam e tudo que acontecia era Weasley ficar cada vez mais cansada.

Embaixo! -Gritou Malfoy. -A primeira palavra da mensagem!

–Rápido! -Ela disse, tentando flutuar o dementador que surgira na frente de todos. Ela percebeu da pior maneira que não funcionava.

Quando o dementador absorveu o feitiço, resolveu sugar também a felicidade da ruiva. Todos os momentos felizes que um dia a herdeira da família Weasley teve, desaparecia. Todos os filmes de Wizardolly, todos os brinquedos da loja do Tio Jorge, todos os abraços da mãe... Tudo parecia desaparecer. Antes que a própria alma saísse ao encontro do dementador, Scorpius gritou, finalmente:

–Embaixo... da... cama! -Levantou Malfoy. -Eles não são dementadores reais! Riddikulus!

Todos os dementadores foram transformados em um filhote de pinscher com um belo vestido preto. Não foi preciso mais do que isso para fazer Rose sorrir antes de desmaiar, fraca. Scorpius a pegou rapidamente e observou o Bicho-Papão sumindo entre as paredes, gemendo como o filhote que virara.

–Se todos aquelas criaturas eram um Bicho-Papão... -Sussurrou Malfoy, esperando a ruiva acordar. -De quem era esse medo?

Rose Weasley não demorou mais do que dez minutos para despertar. Scorpius ainda se encontrava ao lado dela, deixando que nada aparecesse para atacá-la. Ele jurara em silêncio que a ruiva nunca seria infeliz, nem por dementadores, nem por ele.

–Umas das escadas é falsa. -Disse Malfoy. -Sabe de algum feitiço para descobrir qual delas?

Finite Incantatem é uma boa, não? -Caçoou ela, levantando.

–Você é a esperta aqui. -Ele sorriu, cancelando o feitiço, que desapareceu com a escada do lado esquerdo da sala e diminuiu o tamanho considerável na escada ao lado. -Consegue levantar? Você viu o pinscher? Foi realmente ridículo.

–Sim -Ela respondeu, tentando sorrir. -E você ficou quanto tempo esperando?

Scorpius Malfoy pareceu tentar achar um jeito de mentir quando assentiu e respondeu:

–O suficiente até você acordar.

Rose sorriu e passou por ele, deu um beijo em sua bochecha e subiu a escada. Alguns segundos depois, Scorpius balançou a cabeça e resolveu seguí-la.

Antes de chegar ao topo, era possível ouvir uma voz, falando sozinha. A cada passo Rose e Scorpius conseguia diferenciar a voz do ruído que tinha ao fundo. O ambiente superior era mais claro. Uma luz amarelada que parecia vir do canto iluminava todo o lugar e quando finalmente Rose reconheceu a voz, não acreditou.

Expelliarmus! -Gritou Alvo Potter, derrubando as varinhas de ambos rapidamente.

–Alvo? -Disse Rose, reconhecendo as feições de Potter. -Alvo!

O abraço durou muito tempo.

–Rose... -Disse ele. -Scorpius...

–Como você parou aqui? -Perguntou Rose. -Que lugar é esse?!

–Eu não sei ao certo. Quando eu vi o que vi, parei aqui. -Ele claramente parecia não saber aonde estava e nem o que estava acontecendo realmente. -E vocês?

–Nós estávamos procurando você, mas achamos que você tinha sido completamente apagado do tempo. Não tinha como adivinhar que iríamos parar aqui. -Respondeu Scorpius. -Agora diga, o que viu?

Alvo abaixou a cabeça, parecia se segurar para não chorar.

–Eu vi aquele homem... Ele sugou até o último resquício de magia de Voldemort em pessoa. Ele matou um bebê... Eu acho que era o meu pai.

Rose pousou a mão sobre o ombro de Alvo e disse:

–Não sei como paramos aqui, mas de uma coisa eu sei: Se o homem que afetou a sua linha do tempo é o mesmo homem que está causando esses paradoxos, nós vamos trazer Tio Harry de volta. -Disse Weasley, apontando para o canto da sala. -Só precisamos daquilo.

–Eu achei que era uma lâmpada. -Disse Alvo, tentando sorrir. -O que é?

O Outro Vira-Tempo brilhava como ouro no fundo da sala.

–Nossa saída daqui. -Respondeu Rose Weasley, em direção à relíquia do tempo.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo!
Gostaram do capítulo? Sim? Não? Deixe seu review!
Obs: Desculpe pela demora, mas uma boa notícia... O próximo capítulo já está pronto! o/
Até mais o/



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