Apenas uma Potterhead escrita por BiahIce


Capítulo 22
Troubles


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi
Como sempre, tô de volta depois de muito tempo rsrsrs
Apreciem o capítulo S2



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Capítulo 21 - Problemas

 

Hold your breath

We'll be just fine

—Hold Your Breath (Chase Atlantic)

 

Anteriormente:

 

"Lyra sabia que não dormiria aquela noite, assim como não dormia em outros dias. Em dias antes de ir para Hogwarts. Antes de acreditar em magia e em tudo que, agora, ela era capaz de fazer. Em dias que a maior mágica que ela podia fazer era virar as páginas de um livro.

Lyra sabia que naquela noite ela seria como ela era antes.

Apenas uma garota que lia demais."

Agora:

Evy e Ruby quase não conseguiram expressar sua surpresa, por conta do sono provocado por acordar cedo, mas ficaram extremamente felizes ao ver a colega de dormitório cantarolando e sorrindo, enquanto penteava os cabelos, sentada na cama.

—Bom dia! – Lyra exclama vendo as outras duas levantando e a encarando. – Separei seus uniformes pra vocês.

Ao pé da cama delas havia suas saias, blusas e capas, perfeitamente dobradas, apenas esperando para serem vestidas pro dia escolar. Evy abre um sorriso e abraça Lyra, comentando sobre como estava feliz por ver que a outra estava melhor, depois dos acontecimentos do dia anterior. Ruby apenas acena com a cabeça, piscando para a outra, indo logo se trocar, junto com Evy.

Lyra pega sua bolsa de livros e a pendura em seu ombro, ao ver suas amigas acabando de se arrumarem, e também pega um livro, encapado, tampando seu título e qualquer informação sobre o mesmo que a capa pudesse dar. “Um presente para o Rafa.” É a única coisa que ela diz às outras e abre a porta para elas.

Chegando no Salão Principal, podia se ver todos reunidos na mesa da Grifinória, como na maioria das vezes, Lyra se senta ao lado de Rafael, surpreendendo a maioria, que se silenciaram com a presença da mesma, que só sorri e beija a bochecha do melhor amigo.

—Presente. – Lyra diz e deixa o livro em frente ao amigo, sorrindo. – Eu não sou ela. – Rafael arqueia uma sobrancelha e pega o livro, abrindo a capa e, ao ler o título dentro, fechando rapidamente.

—Como? – Foi a única coisa que conseguiu dizer.

—A gente tem amigos no mundo trouxa, lembra? – Lyra responde com ar de riso.

—Desculpa por aquilo. – Rafael fala e abraça a amiga, recebendo um “Tudo bem” em troca.

—Que bom que estão bem de novo! – Lily exclama e os outros acenam positivamente com a cabeça, felizes.

—Sobre o que é o livro? – James estica a mão para tentar pegar o objeto, mas o mesmo é tirado do seu alcance por Rafa, que abraça o livro.

—Nada. – Lyra e Rafa respondem em uni som, tentando disfarçar com sorrisos meio quebrados no rosto, felizes.

—Vocês dois juntos mentem tão mal que até uma mesa é capaz de perceber. – Fred revira os olhos. – Garras! Me sinto traído... Você gosta de ler?!

—Há sempre algumas exceções. – Rafael ri fraco e olha para o livro em seus braços. – Talvez um dia a gente fale desse livro com vocês.

—Eu acho que não. – Lyra apoia uma mão no ombro de Rafa e balança a cabeça levemente, de forma negativa. Os dois tem uma conversa por olhares e no final suspiram. – Bom, tenho Feitiços com a Corvinal agora, toma conta desse livro, é do Carlinhos.

—E não se preocupem, cuidaremos de nossa esquentadinha, enquanto estão longe dela. – Evy brinca e entrelaça seu braço com o meu, para, então, irmos para a aula de Feitiços.

° º ° º °

Dias depois, Rafael fechava o livro que estava apoiado em suas pernas, atônito. Ele encara a lareira da Sala Comunal da Grifinória por um tempo, refletindo sobre tudo o que acabara de ler. Primeiro, mal podia acreditar que conseguiu ficar sozinho, tempo suficiente, na Sala Comunal, até terminar o livro, sem ninguém incomodá-lo ou algum de seus amigos procurá-lo. Segundo, com certeza, nunca poderia pensar que tal história pudera ser escrita; todos parecem tão unidos e felizes, é difícil acreditar que tais acontecimentos realmente se passaram com eles.

Todo seu raciocínio e reflexão sobre o roteiro em formato de livro é interrompido por Roxanne Weasley, que senta ao seu lado no chão e apoia uma mão na perna dele.

—Já faz um tempo que você terminou esse livro e tá brisando aí. – Ela comenta, com ar de riso, mas pode se ouvir um tom de preocupação em sua fala. – Rose fica meio pra baixo, ás vezes, quando ela termina um livro, e sou eu que conforto ela quando isso acontece, então acho que é meio que um dever meu, estar aqui se você precisar.

—Roxy... – Rafael para de falar, por um momento, refletindo se é uma boa ideia perguntar aquilo. – Algum de vocês já... foi em alguma aventura, aqui em Hogwarts?

—Rafa. – Roxanne dá uma risada e fala com um sorriso. – Você tá falando com uma das primeiras na lista com mais detenções, só nesse ano. É claro que todos nós já nos metemos em uma aventura.

—Acho que aventura não seria a palavra certa, para o que eu quero dizer. – Rafa ri, nervoso e brinca com as páginas do livro. Roxy encara o livro e volta a olhar para o menino ao seu lado, um olhar de desconfiança no rosto.

—Que tipos de livro você gosta de ler, Rafa? – Ela pergunta mais rápido do que pode pensar e analisa o amigo, em busca de uma reação; o menino congela por pouquíssimo tempo, antes de suspirar, com um rosto pensativo, ao olhar de Roxy, ele parecia calmo.

—Dos que eu já li, todos trouxas, claro, acho que prefiro os de ficção, não são muitos os que li, mas tem essa série de livros que é incrível! – Apesar da aparência calma, Rafa estava extremamente nervoso, e fez o que sempre teve que fazer quando os tios de Lyra o interrogavam toda vez que se encontravam, ele começou a mentir. Claro, não se sentia bem mentindo para o seu amor literário de muito tempo, mas não podia arriscar que nem ela, nem os outros, pensassem que ele e Lyra apenas se aproximaram deles por causa da fama dos pais deles. Ao falar com entusiasmo sobre a série de livros, pôde ver Roxy ficar mais tensa do que estava antes, quando o questionou. – É sobre Mitologia Grega e Romana, é inovador, eu amo esses livros.

—Mitologia... – Roxy murmura, soltando a respiração que estava segurando, e é visível a postura dela relaxando. Ela sorri. – Um dia tem que me mostrar esses livros, então.

—Eu vou pra casa no feriado de Natal, quando voltar, vou traze-los para você ler. – Rafael promete e, também, consegue relaxar, mas ainda se sentindo mal, por mentir para a menina da qual se aproximou tanto, desde o começo do ano letivo.

° º ° º °

James e Lyra haviam passado o final da tarde, sem aulas, na Torre de Astronomia, conversando e aproveitando o tempo.  Desde a noite da detenção eles se tornaram mais próximos, e isso parece ter tido bons efeitos, nos dois; começaram a estudar juntos, todos os dias, a praticar Quadribol sozinhos e James ainda ofereceu para Teddy Lupin ajuda, se disponibilizando a ajudar Lyra quando ela e Lupin quisessem, com os seus aprendizados perdidos dos anos anteriores.

Saindo da Torre de Astronomia, despercebidos, alguns minutos antes das aulas noturnas nela começassem, os dois comentavam sobre as bandas de música bruxa que James começara a apresentar para a lufana, alegando que ela foi privada a vida inteira da melodia dos deuses; Lyra nega veemente, contrapondo a fala dele, dizendo então, que o grifinório que está perdendo as maravilhas criadas por bandas e cantores trouxas.

Os dois fazem o caminho até o Salão Principal, mas antes de chegaram no corredor do mesmo, são parados por uma voz chamando a garota e risadas.

—Larissa Black Gryffindor! – Ela e James se viram na direção da voz e das risadas Michael Burton e Timmy Yew, com outros dos amigos deles, enquanto Burton e Yew tinham sorrisos de escárnio no rosto, os outros pareciam apenas genuinamente felizes, cada um de uma casa diferente, mas o contraste entre todos e os outros dois parecia quase mentira. – Mal conseguiu um Potter e já passou para outro? Daqui a pouco vai partir pra Lily? Ambiciosa você.

—Não sei do que está falando, Burton. – Lyra desvia o olhar da dupla e faz menção de continuar andando até o Salão Principal, quando James segura seu pulso, fazendo-a parar.

—É melhor você retirar suas palavras. – É a única coisa que ele diz, encarando o grupo à sua frente. Os quatro além de Burton e Yew parecem perceber que há algo errado e param de conversar entre si e se aproximam mais, os sorrisos lentamente desaparecendo de seus rostos.

—Tá com medo de que seja verdade, Potter? – Yew é quem fala, dessa vez, e o aperto de James no pulso de Lyra fica mais forte.

—Você vai se desculpar, antes que eu vá aí e faça vocês dois se arrependerem, igual eu fiz com você semana passada, Burton, é isso que você quer? – James ameaça o colega grifinório e o sonserino, dando um passo para a frente. Antes que qualquer um pudesse reagir ou falar algo, o corvino do grupo de amigos dá um passo à frente e se mete entre James e os amigos, com um olhar envergonhado no rosto e empurrando levemente Michael e Timmy para trás, que reviram os olhos.

—Desculpa seja lá qual idiotice eles disseram, não queremos nenhuma briga. – Ele diz solenemente, com a voz macia e calma, pode-se ver os três restantes do grupo, mais um grifinório e um sonserino e um lufano, acenando positivamente com a cabeça.

—Esses babacas só gostam de falar idiotice, nem liguem. – O lufano diz, cumprimentando Lyra com a cabeça e dando tapas nas cabeças de Yew e Burton, então coloca as mãos no ombro esquerdo de Yew e no direito de Burton, levando-os como crianças pelo corredor, em direção ao Salão Principal.

—Eles ficam piores a cada ano. – O outro da Grifinória diz, com um suspiro.

—Pedimos desculpas de novo, sinceramente. – O colega de casa de Lyra diz, olhando para ela e James, então arregala os olhos levemente, se virando para o corvino. – Ei, Will, você não tem aquela carta para dar pra ela?

—Ah. – Will abre um sorriso amarelo e bagunça os seus cachos de cabelo, antes de pegar uma carta na parte de dentro da sua capa da Corvinal, dando-a para a Lyra. – Será que pode entregar isso para o seu amigo, Nico, por mim? Eu ficaria muito agradecido, e mais ainda se você não lesse.

—Okay... – Lyra ainda se sentia um pouco em choque com tudo que aconteceu em tão pouquíssimo tempo, mas admitiu para si mesma de que, apesar de Michael Burton e Timmy Yew serem babacas e completos idiotas, seus amigos eram o completo oposto e totalmente adoráveis. Ela estende a mão e pega a carta, guardando-a em sua própria capa e abrindo um sorriso. – Pode deixar, vou entregar e não lerei.

—Talvez devessem dar aulas de bons modos pra aquele dois, Tony. – James aconselha ao sonserino do grupo. – Não sei como aguentam eles desde o primeiro ano.

—O que podemos fazer, a vida resolveu fazer com que eles se tornassem nossos amigos. – O grifinório diz, encolhendo os ombros. – Eles podem ser terríveis com algumas pessoas, só que são boas pessoas, só estão indo pelo caminho errado, no momento.

—Já perdi a conta de quantas vezes tive que agir como se fosse a mãe deles, só esse ano. – O lufano ri. – Mas chega disso, podemos ir comer? – Ele pergunta aos seus dois amigos.

—Vamos, antes que Andrew perca a cabeça com aqueles dois. – Tony entrelaça seus dedos com o do lufano e Will segue os dois para o Salão Principal, depois de agradecer Lyra e se desculpar mais uma vez.

—É difícil acreditar que eles têm amigos tão legais. – James suspira e bagunça os cabelos, notando que ainda segurava o pulso de Lyra e soltando. – Te machuquei?

—Não. – Lyra acaricia seu próprio pulso e sorri levemente. – Obrigada por me defender, espero que não acredite naquilo que eles disseram.

—Lyra, que isso... – James acena negativamente com a cabeça e passa um braço pelos ombros de Lyra. – Além disso, até parece que meu irmãozinho tem uma chance qualquer, competindo comigo.

—Acho que alguém está com as expectativas muito altas. – Ela encara James, rindo. – Preciso de jogar no Lago Negro pra você ir achar seu senso comum de volta?

—Assim você me machuca, Lyra. – Ele coloca a mão sobre o coração, como se sentisse ofendido, então leva a mão a uma mecha de cabelo de Lyra e a coloca atrás da orelha da mesma. – Se eles mexerem com você, não hesite em me contar. Lido com eles desde o primeiro ano, consigo colocar pelo menos um pouco de juízo naquelas cabeças de vento.

—Imagino como você faça isso. – Lyra ri. – Agora vamos, que estou com fome e você está gastando o meu precioso tempo do jantar.

Os dois seguem seu caminho inicial para o Salão Prinicipal.

 

Segure sua respiração

Nós ficaremos bem.


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Notas finais do capítulo

Se virem algum erro, não tenham medo de me corrigir :D
Muitíssimo obrigada por lerem, e até a próxima!
Beijos da Biah!



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