Take My Hand - o depois do para Sempre escrita por AliceCriis


Capítulo 2
2 – Perda e Desespero.


Notas iniciais do capítulo

é um pouqiinho trist D



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2 – Perda e Desespero.

 

Dei a partida em minha caminhonete, e liguei o som alto. Tocava uma musica chata com um ritmo tão meloso que eu poderia vomitar;

 A ultima coisa que eu queria fazer naquele dia – era refletir sobre minha vida e afins.

Eu já não tinha problemas demais? Eu já não poderia lidar-me bem com a amnésia? Bom... meu pai agora estava com a história de ser o porta voz de minha mãe. Rachel e Rebecca não estavam concordando comigo. Elas queriam interná-lo em um asilo. Desde quando Billy teria seu lugar em um asilo? Isso era pura estupidez. Sempre senti que Rachel e Rebecca sentiam-se magoadas por não ter a mãe. Elas era frias com meu pai. Eu me sentia culpado por isso, e dava tudo de mim, para que meu pai orgulhasse-se de mim. Elas colocaram a decisão em minhas mãos. Ou seja. Colocar ou não Billy em um asilo – sanatório.

 E o que eu diria? Concordaria plenamente com a decisão fria e nada calculistas das irmãs Black? Completamente não. Meu pai não era louco. Ele apenas era um ancião Quileute – um dos mais íntegros e devotos a praia e o povo.

Percebi que estava pensando demais. Estava deixando meu objetivo afastar-se.

 Comecei a prestar atenção á droga do som que estava tocando na droga no rádio.

Um rock, com um milhão de palavrões espalhados entre meio á musica. E o pior de tudo; eu conhecia a letra. Antes que algum pensamento desse o ar da graça, tentei a não ouvir mais a mim mesmo.

 Sibilei a musica acelerando pelo asfalto – anormalmente – quente.

 

*** *** ***

 **

15 minutos depois, estacionei a frente da minha casa – nova – em La Push.

Durante meu coma, a casa veio a desabar – e por muita, muita sorte, Billy não estava em casa. Estava com Rachel eu acho... não tenho muita certeza. Mais apenas sei que não sobraram frangalhos para contar história.

 Eu estava contratando pessoas para reconstruírem a casa no local exato, e devolveríamos a casa que nos deram, em completo e perfeito estado.

Billy estava com sua cadeira de rodas na soleira da porta da casa.

 - Hey Jake! – gritou ele ansioso – Por que demorou tanto?

 - Oi pai, Leah deu “piti” – sorri de longe, saindo do carro e correndo para seu lado.

Por alguns minutos, tive a impressão que Billy olhou ao seu lado vazio e sibilou alguma coisa reclamando.

 - Está tudo arrumado? – perguntei sorrindo.

 - Yeah, molinetes, vara de pescar, iscas diversas e o barco já estão prontos. – ele deu de ombros, e guiou a cadeira.

 - Bom, vamos embora. – empurrei sua cadeira pela areia solta, e ele parecia continuar resmungando sozinho.

 - Pai... – interrompi seus devaneios.

 - Falou alguma coisa filho? – perguntou atordoado.

 - Sim... Eu... Eu estou preocupado se o senhor não está levando á serio demais a história da tribo. De conversar com espíritos, próximo a sua despedida. – murmurei de dei de ombros.

 - Oh Jake... como você é bobo, exclusivamente pra quem é um lobo gigante em meio expediente... – ele riu com sua voz gutural e sonora.

 - Manera pai... – dei de ombros chegando ao píer. O barco estava pronto. Coloquei Billy em seu lugar perto ao motor. Ele ligou-o como de costume e conduziu o barco em silencio.

Não que eu fosse um “ás” da pescaria como ele... Mas, eu precisava estar perto dele. O máximo do tempo que me permitisse. E isso era o que eu deveria e estava fazendo. A perda seria totalmente desastrosa e danosa a minha mente – e por conseqüência á minha matilha.

 - Aqui é um bom lugar... – ele comentou quieto. – Está muito pensativo, Jake. Não é normal estar assim... – deu de ombros inquieto.

 - Estou preocupado com você, paizão. Só isso. – respirei fundo e olhei de volta para praia; ela não aparecia mais.

 - Ficou calado por mais de meia hora... – meu pai me olhou com o canto de seus olhos. Pude sentir o olhar firme dele.

 - Não quero que vá embora, pai. – olhei fixamente para seus olhos.

 - Tudo que nasce morre filho; tudo que cresce um dia cai; - minha mãe sempre usava essas palavras. – Ela está satisfeita, filho. Sua mãe. – e lá vamos nós de novo. O orgulho de minha mãe: eu.

 - Pai... esqueça mamãe! Ela se foi! Quem sabe não seja sua mente que está criando ela com você aí. – dei de ombros e armei minha vara com minhoca.

 - Filho... eu sou um ancião Quileute; ensinei tudo o que eu sei pra você, Jake. Deve ter mais fé no seu velho. – ele sorriu e lançou sua isca na água ao lado da minha.

 Horas se passavam e os peixes não vinham, as conversas rolavam e a gente ria.

Mas meu pai não se conteve; ele contou-me tudo que minha mãe teve em mente por mais de 20 anos. Como ela ficou orgulhosa com meus poderes, instintos e reações, e como viu que cresci cada vez mais na parte espiritual;

 - Obrigada. – pausei – pode dizer isso a ela? – perguntei já cansado de discuti o assunto. Billy assentiu.

 Segundos depois, Billy começou a apertar o peito.

 - Está tudo bem? – perguntei largando a vara e remexendo-me para perto de meu pai.

 - Ah... meu peito... – ele apertou mais forte. – não estou conseguindo respirar. – ele reclamou em voz seca.

 Ataque cardíaco! Ele nunca teve um sequer problema no coração! Por que agora teria? Ah inferno!

 Liguei o motor mais rápido que pude e Billy caiu de sua cadeira e ficou de costas no chão do barco começando a se movimentar.

 - Pai agüente firme... – eu consolei apertando seu peito em conjunto.

 - Jake. Não vai dar. Chegou a hora. – e quando Billy falou as palavras, o motor do barco enguiçou, e uma fumaça cinza e fedida saiu dele.

 - Pare de bobagem! Vamos respire. – incentivei ignorando o motor.

 - Uma coisa Jake... escute bem. – ele buscou ar, e tentou tirar a dor de seus olhos. – Seu sangue... é sagrado. – ele disse num som quase inaudível. – Tenha fé. – ele não estava mais agüentando, segurei sua cabeça e continuei a ouvir. – tens um destino traçado. Siga-o. Leve-o a diante e o mundo estarás salvo. – o foco que seus olhos tinham estava desaparecendo – Não vamos abandoná-lo filho. – e assim... ele se foi. O peito dele não se moveu mais. Os olhos perderam o foco de vez e minhas lágrimas banharam meu rosto, e caíram em seu rosto flácido e morto.

 Peguei meu telefone do bolso da calça Jeans, e disquei o número de Leah.

  - Jake? – chamou ela.

 - Avise a Carlisle que Billy morreu. – minha voz soou tão morta, quanto soaria de um verdadeiro morto – estamos presos no barco, alguns quilômetros do raio de La Push.

 - Oh meu deus... ele estava falando sério, então? – pude ouvi-la soluçar do outro lado da linha.

 - Sim. ele... se foi. – senti que a ficha ainda não haverá caído pra mim.

 - Carlisle chegará aí daqui a pouco. – desliguei o celular e joguei para um lado d barco.


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