“He got friendly, holding my hand.”

Sísifo tinha a mão quente e transmitia muita segurança. Sasha, a encarnação da deusa Atena, tivera conhecimento de tal fato quando o nobre cavaleiro de sagitário a encontrou em sua antiga vila, localizada na Itália.

A menina era muito feliz, vivia com Tenma e Alone, seus melhores amigos, eram órfãos e apesar de todas as dificuldades que enfrentavam estavam sempre unidos e cuidavam-se mutuamente, como uma verdadeira família. Amavam-se e isso era visível a qualquer um que os observava.

O cavaleiro de sagitário pôde ter essa certeza ao ver a pequena se divertindo e dando risada com os dois meninos. Não houve hesitação quando se aproximou da única menina do grupo e ajoelhou-se em frente a ela anunciando que estava a procurando.

Sasha inicialmente assustou-se com a presença do desconhecido, não entendia porque ele a chamava de deusa e buscou refúgio em um dos garotos. Naquele momento, Sísifo hesitou. A baixa estatura, a voz fina e o rosto com traços delicados e imensos olhos verdes indicavam que ainda era uma inocente criança. Não se sentia bem com a ideia de afastá-la de um possível futuro feliz, cercada pelos amigos que considerava seus próprios irmãos, para forçá-la a passar por provações e martírio. Todavia aquele era seu dever como cavaleiro e foi isso que fez, não antes de prometer que protegeria Sasha até o fim.

De alguma forma a jovem entendeu que acompanhar aquele homem era o certo a se fazer, enxergava sinceridade nos cândidos olhos azuis e teve certeza que estava correta quando ele envolveu sua mão. O gesto firme e cálido fora suficiente para saber que ele falava sério ao afirmar que sempre a protegeria.

Sísifo nunca esquecera-se da promessa, empenhou-se para cuidar de Sasha, dedicando-se de coração para ela, tornando-se seu protetor enquanto observava a menina crescer e tornar-se cada vez mais generosa e madura, como uma imponente deusa tinha que ser.

No entanto, antes que pudesse se dar conta a situação se invertera. A deusa tornara-se forte e decidida, não era nenhuma donzela indefesa, portanto não titubeou quando precisou salvar o cavaleiro que tanto estimava do sofrimento em que se afundara.

Tivera conhecimento da enorme dor que sagitário carregava dentro do bondoso coração, ele culpava-se pelo sofrimento que fizera a menina passar. Atena nunca o culpou, amava cada um de seus cavaleiros e Sísifo era especial, o elo que possuía com o arqueiro era forte e nada poderia rompê-lo, sentia falta da época em que vivia com Tenma e Alone, mas sempre soube que o fiel cavaleiro tomara a atitude certa e sentia que o amor vindo dele era puro e verdadeiro.

Sísifo jurara defendê-la, era seu fiel escudo, dessa maneira, a deusa da guerra justa também daria tudo de si para protegê-lo.