Philos escrita por kattsalazar


Capítulo 2
Alegria Resplandescente


Notas iniciais do capítulo

Dia 2: Shiny Happy People - R.E.M.



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“Happy, happy
Put it in your heart ”



A mão quente e calejada por treinos e batalhas segurava a destra pequena de Regulus, conduzindo-o até uma das arenas do santuário de Atena. O garoto estava inquieto, os imensos olhos azulados observavam tudo ao seu redor com genuíno interesse, estava naquele lugar há algum tempo, no entanto ainda não conseguira se acostumar totalmente. Quando chegaram ao seu destino, Sísifo soltou o discípulo, mandando que ele ficasse em posição de ataque.

Regulus abriu um grande sorriso, a animação infantil quase palpável, obedeceu ao mentor e antes que recebesse uma nova ordem atacou-o. O mais velho retribuiu o sorriso, gostava das frequentes demonstrações de felicidade que o petiz ofertava desde que fora acolhido, tratava o menino como se fosse seu próprio filho, afinal, era a única família que lhe restava, transmitindo-lhe conhecimentos e proteção, não podia negar que rapidamente desenvolvera um forte afeto por ele.

Conhecia-o muito bem, portanto não se surpreendeu com a rápida investida, Regulus, bem como um pequeno leão, era dono um espírito forte, imensa coragem e garra para enfrentar diversos tipos de situações, era um prodígio, em um curto período de tempo mostrara a todos que possuía um potencial gigantesco para assumir uma das doze armaduras de ouro, mesmo com tão pouca idade, provando que de fato era um combatente nato.

Enquanto desviava-se de potentes e velozes golpes, Sísifo pensava em como o jovem leonino superava-se cada vez mais e que se continuasse no mesmo ritmo frenético em breve tornar-se-ia um gênio em habilidade de combate e cosmo e isso o orgulhava muito. Quando julgou ser suficiente deu o treino por encerrado, sob os protestos da criança que ainda tinha energia de sobra.

— Sísifo, eu quero continuar treinando! — exclamou, cheio de expectativa.

— Encerramos por hoje, Regulus. — respondeu de maneira firme, por mais que quisesse não poderia fazer todas as vontades do sobrinho, era seu mestre, precisava discipliná-lo para que se tornasse um bom cavaleiro de Atena.

— Mas eu tô pronto para mais! — retrucou, com teimosia. Almejava tornar-se tão forte quanto o falecido pai, não podia descansar. — Vamos logo, eu posso te mostrar uns golpes novos! — Insistiu, esperando que o mais velho enfim cedesse.

Sagitário compreendia o motivo de tamanha dedicação aos treinos físicos, por se encarregar do garoto sabia que ele era extremamente forte, mas também preocupava-se com a imaturidade que ainda esbanjava, temia que isso prejudicasse o infante.

— O poder de um verdadeiro cavaleiro de Atena não provém apenas de sua força física e técnicas de combate, Regulus. — iniciou com seriedade, esperava conseguir influenciar positivamente o psicológico despreparado do mais novo. — Um guerreiro de verdade precisa adquirir diversos tipos de conhecimentos, pois passa por muitas provações. Agir de forma imatura, confiando apenas no poder de seu punho, pode causar o seu fracasso. — finalizou de forma enfática.

Ao ver o fascínio nos olhos claros do pequeno, por um milésimo de segundo, pensou ter obtido o desejado resultado, todavia percebeu que o olhar não era direcionado a si, e sim a uma pequena borboleta azul que voava ao lado dos dois.

— Regulus. — o chamou, tentando recuperar a atenção perdida.

— Uma borboleta! — bradou com admiração, ignorando o discurso de Sísifo para correr atrás do inseto.

Um leve sorriso desenhara-se na face mais madura antes que pudesse conter, pensou em castigá-lo pela distração; logo desistiu, preocupava-se com a segurança do discípulo e queria prepará-lo para os inevitáveis infortúnios que logo enfrentaria, no entanto, ele era apenas um menino, desagradava-o a ideia de privá-lo daqueles pequenos momentos de felicidade e por mais que desejasse torná-lo alguém sério e maduro, sabia que sentiria falta da alegria inocente e da animação infantil.

Talvez El Cid tivesse razão ao afirmar que a maior fraqueza do bravo cavaleiro de sagitário era o imenso coração mole que possuía.


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Notas finais do capítulo

Eu sou muito gay, eu sei.
No próximo certo capricorniano dá as caras~



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