POV Bella

Corri pela casa atrás de meus saltos azuis, eu já estava começando a ficar atrasada e acabaria causando uma má impressão ao meu novo colega de trabalho. Eu sabia pouca coisa sobre ele, apenas que era formado em jornalismo e fotografia, tinha 25 anos e havia passado os últimos 7 anos na Itália e havia voltado à poucos meses. Nem seu nome, Joseph, nosso chefe, havia me informado.

Trabalhar na Orlando News era um prazer, o cargo que eu preenchia me permitia cobrir qualquer matéria que eu quisesse, era um cargo literalmente ótimo, desconsiderando a minha sala enorme e vazia, que agora finalmente ia ter mais alguém para preenchê-la. O Italiano misterioso.

Depois de procurar por toda a casa finalmente achei meus saltos, que estavam do lado do pote de ração da Angie, minha Spitz*.

-Angie! Não acredito que você pegou meus sapatos de novo. Você me atrasou sua cadelinha do mal, vou começar a esconder seus ossinhos também. – falei brava com a minha cachorra.

Coloquei meus brincos enquanto descia de elevador até o estacionamento do apartamento, entrei no meu Mini Cooper e dirigi pelas ruas de Orlando até a sede da ON.

-Está atrasada Isabella. – falou Joseph assim que cheguei ao meu andar. Meu chefe devia ter uns 53 anos, mas era um senhor muito bonito, os cabelos grisalhos e o seu jeito engraçado cativavam qualquer um.

-Culpe a Angie, ela escondeu meu sapato de novo. E para de me chamar de Isabella, sabe que eu não gosto. – respondi fazendo uma careta.

-Seu novo companheiro de trabalho já esta te esperando.

-Posso pelo menos saber o nome dele?

-Ele te fala. – Joseph disse abrindo a porta da minha sala. – Sua colega de trabalho chegou rapaz, ela vai te explicar tudo.

-Prazer, Edward Cullen. – falou o rapaz de cabelos acobreados.

-Isabella Swan, mas me chame de Bella, por favor.

-Espero que não se importe de eu estar sentado na sua mesa, mas é que ainda não arranjaram uma pra mim. – falou e percebi seu sotaque.

-Sem problemas Edward. Bem, hoje vamos entrevistar uma floricultura, podemos aproveitar e escolher uma mesa pra você na volta.

-Tudo bem, já vamos?

-Sim. Quer ir com o seu carro ou no meu?

-Podemos ir com o meu.

Passamos na sala de Joseph pra avisar que já estávamos indo e descemos os andares até o estacionamento dos funcionários, Edward destravou um Volvo prateado e eu babei, literalmente.

-Uau, que carro incrível. – comentei.

-É o meu prezioso, foi um sacrifício traze-lo da Itália. – respondeu com certa admiração na voz, abrindo a porta do passageiro pra mim.

-Obrigada. Posso te perguntar uma coisa?

-Claro.

-Porque saiu da Itália?

-O romance estava me sufocando. – ele respondeu dando de ombros e eu não consegui conter a risada.

-Desculpa. Às vezes eu não consigo conter a minha risada.

-Tudo bem. – respondeu ele e estendeu a mão para ligar o radio.

-Que musica legal. – comentei assim que começou a tocar.

-É Cuore Scoppiato da Antonella Lo Coco, uma cantora italiana. – respondeu e começou a cantarolar. – Gosto muito de música italiana.

Meu celular começou a vibrar e vi que era uma mensagem de Joseph.

De: Joseph

Para: Bella

Menina Bella, a Catrina, dona da floricultura que vocês iam entrevistar teve um imprevisto e só vai poder ver vocês na parte da tarde, mais ou menos duas da tarde. Então ajude o Edward a escolher uma mesa pra ele, almocem e depois vão para a floricultura.

Beijos do chefe.

Ri do final da mensagem, Joseph e sua esposa, Raphaela, me tratavam como se eu fosse da família, já havia ido diversas vezes almoçar na casa deles.

- Edward, vamos primeiro pra loja de móveis, a Catrina teve um imprevisto e só vamos poder vê-la na parte da tarde. – avisei.

-Tudo bem. Mas onde tem uma loja de móveis? – pergunta.

-Esqueci que você se mudou faz pouco tempo.

Indiquei o caminho da loja onde eu havia comprado a minha mesa de escritório, passamos um bom tempo escolhendo a mesa dele e acabamos comprando alguns vasos pra nossa sala e um quadro para a sala de Joseph também. Quando nos demos conta já era meio dia, então fomos almoçar. Indiquei a ele o caminho de um bistrô perto da floricultura, que era o meu favorito.

-Muito bonito esse lugar. – comentou Edward abrindo a porta pra mim.

-Espere para ver a comida, é deliciosa.

-Mesa pra dois, per favore. – pediu Edward a recepcionista.

-Claro, me acompanhem. – respondeu um pouco deslumbrada com a beleza de Edward.

Sentamos e logo fizemos nossos pedidos, que não demoraram muito a chegar.

-Me fale um pouco sobre você. – comecei puxando assunto.

-Bem, eu sou o figlio caçula, meu fratello mais velho se chama Emmett Cullen e tem 27 anos, meus pais se chamam Esme e Carlisle, meu pai é americano e minha mãe italiana e por causa dela tenho visto permanente para a Itália. Agora me fale sobre você.

-Bem eu sou a filha mais velha, minha irmã chama-se Alice, tem 23 anos e já é casada com Jasper Hale, irmão de nossa amiga de infância Rosalie. Meus pais são separados, Renée é completamente impulsiva e não dava muito certo com meu pai, Charlie, que é muito calmo.

-Porque escolheu giornalismo?

-Eu sempre gostei de escrever, de descobrir as coisas e coloca-las no papel. E é melhor ainda quando posso dar a minha opinião. E você?

-Acho que pela mesma coisa, descobrir histórias e poder compartilha-las é incrível.

-E a fotografia?

-Capturar momentos e guarda-los, os momentos são mais valiosos que qualquer coisa, soprattutto i momenti felici. Scusa, estou tão acostumado a falar italiano que às vezes misturo os dois. Viu? Era pra eu ter falado desculpa.

-Não tem problemas. – respondi sorrindo. – Eu estudei italiano, português e mandarim por uns anos, então eu te entendo.

-Uau, então estou conversando com uma poliglota*.

-Bem, minha mãe sempre dizia que eu ia conhecer o mundo e que devia estar preparada para ele. Além dessas três línguas eu arrisco um pouco de francês, grego e latim.

-Você é meravigliosa menina! Eu também falo francês, português e espanhol, além do italiano. Mas acho que percebeu que não consigo tirar o italiano da minha língua.

-É lindo, sua voz combina com o italiano.

-Grazie, signorina.

-Pare com isso ou vai acabar me seduzindo. – falei rindo.

A conversa entre nós estava fluindo, conversamos desde idiomas até nossas sobremesas favoritas, até tínhamos marcado de sair no final de semana com meus amigos e o irmão dele, conversamos tanto que o tempo voou e quando vimos o horário pedimos a conta. Uma garçonete que não devia ter mais de 16 anos veio nos atender, seu rosto tão pálido quanto o meu, ganhou 50 tons de vermelho olhando para Edward, tenho certeza que ela se apaixonou.

-Vocês desejam mais alguma coisa? – perguntou a menina.

-No, signorina. Siamo soddisfatti. Mi scusi, sto parlando in italiano di nuovo. Desculpe-me, estou falando em italiano de novo. Eu quis dizer que estamos satisfeitos, senhorita. – respondeu Edward com sua mania de troca de idiomas, me fazendo rir da cara de boba que a garçonete fez quando ele desatou a falar em italiano.

-Você tem que parar com isso Edward, a menina esta completamente deslumbrada. Quer apostar que ela deve ter ido correndo no banheiro ligar para as amigas dela e contar que viu um italiano lindo e que esta apaixonada? – falei assim que pagamos a conta e a menina se retirou.

-O que eu fiz? – perguntou confuso se levantando e puxando minha cadeira.

-Ai meu Deus! E você nem sabe o que esta fazendo! – exclamei rindo de sua inocência.

-Vamos logo para não nos atrasarmos. E eu realmente não sei do que você stai parlando. Esta falando, eu tenho que parar de falar em italiano.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Os dias passaram rápido e ter a companhia de Edward era incrível. Nos víamos no serviço e sempre saiamos no final de semana, logo na primeira semana dele aqui havíamos conseguido juntar minha melhor amiga Rose com seu irmão Emm e parecia que estava dado certo. Nós estávamos em um nível de amizade tão grande que eu até já conhecia seus pais e ele o meu, nem parecia que nos conhecíamos à apenas seis meses.

O clima ameno de outubro, típico do outono aqui em Orlando me obrigava a vestir um cardigã por cima da roupa. Edward havia me chamado para ir a um café com música ao vivo, então jeans e botas era perfeito.

De: Italiano Lindão

Para: Bella

Já estou aqui embaixo te esperando, mio amore.

Beijos.

Suspirei enquanto descia os andares do meu prédio no elevador, éramos tão amigos, mas eu não sabia o que estava acontecendo comigo, eu andava suspirando ultimamente. Era só pensar nele que suspiros involuntários tomavam conta de mim. Pensar no seu sorriso me causava arrepios e confesso que eu estava sonhando com ele ultimamente.

-Oi Bella. – falou sorrindo e abrindo a porta do carona pra mim.

-Oi Italianinho. – respondi também sorrindo. – Vamos a que lugar?

-La Bella Itália, obvio.

-Foi só eu te apresentar meu restaurante favorito que você não quer mais sair de lá. – comentei rindo.

-Eu me apaixonei por ele. E pelo menos você também gosta.

O caminho para o restaurante foi tranquilo, conversávamos e cantávamos o ultimo cd do Maroon 5, coisa que descobri que ele era um fã secreto.

- I'm right here, 'cause I need / Little love and little sympathy / Yeah, you show me good loving / Make it alright. * - cantarolou Edward sorrindo.

(N/A: Estou bem aqui, pois eu preciso / De um pouquinho de amor e simpatia / Sim, você me mostrou um bom amor / Faz tudo ficar bem*)

-Need a little sweetness in my life / Sugar / Yes, please / Won't you come and put it down on me? * - completei a musica.

(N/A: Preciso adoçar um pouco a minha vida / Açúcar / Sim, por favor / Porque não vem colocá-lo em mim? )

-Quem diria que você tivesse um gosto tão eclético para musica. De música italiana à pop e musica clássica.

-Você não pode dizer nada Bells, você tem quase o mesmo gosto que eu. Menos por Backstreet Boys.

-Eu ainda não sei como você não gosta deles, são incríveis.

-Não vou discutir com você- falou rindo e estacionando o carro.

Esperei que ele viesse até o meu lado abrir a porta, coisa que ele insistia em fazer. Em poucos dias de convivência descobri que Edward tinha alguns hábitos tão antigos quanto o seu nome, e eu A-M-A-V-A isso nele. Entramos no café, Edward puxou uma cadeira pra eu sentar e logo fizemos os pedidos.

-Mia Principessa, bem eu te chamei aqui, pois queria te contar um segreto. – falou Edward assim que o garçom foi buscar nossos frappuccinos.

-Então conte-me.

-Bem, quando eu voltei para os Estados Unidos e conheci você, lhe disse que havia saído da Italia por que o amore me sufocava. E eu não menti o amor realmente me sufocava. Eu havia terminado com a mia ragazza, fazia pouco tempo. Eu percebi que não estávamos dando muito certo, que nossos sonhos eram troppo diverse, então decidi terminar o nosso relacionamento. Ela disse que me amava demais, que doía ver-me terminar com ela, mas que respeitaria a minha decisão. Alguns dias depois, um amigo meu apareceu todo felice, dizendo que ia finalmente falar com os pais da mulher que ele gostava e me mostrou uma foto dela. Era Irina. Eu perguntei a quanto tempo eles estavam juntos e ele respondeu que a seis meses, tempo que eu também estava com ela. O povero não sabia que eu e Irina namorávamos e eu também não contei. Ela agia como uma namorada completamente diferente do que quando estava comigo, sempre aparecia lá no serviço pra vê-lo e mostrava para todos que estavam juntos. Eu sentia dó do meu colega, mas mesmo assim não contei que Irina era uma cagna. Eu não gostava dela de verdade, mas saber que ela me traiu machucava o meu ego. Então aproveitei que Joseph era conhecido de um professor meu e tinha uma vaga de emprego, resolvi voltar para casa.

-Que Slut. Como alguém é capaz de trair outra pessoa? Principalmente esse alguém sendo você, que é tão doce e gentil. – falei indignada.

-Talvez eu seja idiota, isso sim.

-Não fale isso Edward, ela que não soube dar valor à você. – comentei fazendo um carinho em sua mão que estava em cima da mesa.

Continuamos a conversar no café, em um clima bem mais tranquilo, rindo das entrevistas dessa semana e anotando ideias para as próximas matérias. Quando ficávamos em silêncio para comer, eu me pegava o observando. O jeito com que seu cabelo acobreado nunca fica parado em um lugar, mesmo que ele passe horas em frente ao espelho, e como fica ainda mais sensual quando ele fica nervoso/ansioso e começa a mexer nele.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Hoje era 31 de dezembro e eu estava me arrumando para a festa na praia que eu havia programado. Meu pai morava em um casarão exatamente de frente para o mar em Clearwater e eu havia pedido para fazer uma festa na virada de ano. Convidei Alice, Jasper, Rosalie, Emmett, Joseph e Raphaela, Esme e Carlisle, pais de Edward e Emmett, e Edward obviamente. Alguns tios meus viriam também, e até minha mãe tinha dado a possibilidade de vir nessa virada.

Eu, Jasper e meu pai havíamos passado o dia fazendo comida, Alice só não foi recrutada pra participar cozinhar também por que ela era um desastre iminente na cozinha. Mesmo que não viesse uma multidão para a virada, queríamos estar preparados.

Eu estava terminando de colocar o vestido, com as alças em um tecido “transparente” e o resto do vestido descia em chiffon azul marinho, mais curto na frente e uma calda atrás. Coloquei os Louboutins* dourados mesmo sabendo que iria tira-los no meio da festa, quando fossemos realmente para a praia, pois eles combinavam com a pulseira de ouro com um coração de diamante que Edward havia me dado de aniversário.

-Esta pronta maninha? – perguntou Alice entrando no meu quarto toda sorridente. Ela usava um vestido tomara que caia com o busto cheio de paetês dourados e a saia em rosé. O sapato nude contrastava com o batom pink, e os cabelos apontando para todas as direções mantinham a sua aparência de fada.

-Sim Allie. Rose já chegou? – indaguei.

-Sim, ela e Emmett estão na sala conversando com papai e Jasper.

-E Esme, Carlisle e Edward?

-Eles chegarão daqui a pouco, parece que o carro de Carlisle deu um problema no meio do caminho e eles tiveram que voltar para pegar o de Edward.

-Hum... Pode avisar lá embaixo que eu já vou descer. – falei e vi Alice se retirar.

Meu pai havia oferecido a casa para que todos dormissem no dia anterior aqui, mas marcaram um paciente para Rosalie no ultimo dia do ano e como ela era psicóloga e a pessoa estava ameaçando suicídio ela teve que esperar. Já Carlisle teve retirar a vesícula de um paciente de ultima hora. Logo Esme, Emmett e Edward resolveram esperar por eles.

-Oi pessoal. – falei sorrindo e descendo a escada.

-Oi Bella. – responderam em uníssono.

-Você esta linda! Posso comer alguma coisa. – pediu Rosalie fazendo biquinho. Sorri cedendo e a levando para a cozinha. Ela estava com um vestido de renda, vermelho, de alças e com um decote coração, seus Giuseppe Zanotti* dourados combinavam perfeitamente com seu vestido.

-Fiz esse mousse de manhã, como sobremesa do almoço, veja se ficou bom.

-Está divino! E mousse de chocolate com certeza é o meu favorito – falou Rose comendo meu mousse.

-Ei cunhadinha, eu não como nada? – perguntou Emm entrando na cozinha também.

-Tem pra você também gorducho. – falei corando.

Emm costumava me chamar de cunhada as vezes, o que me deixava bem envergonhada, já que no fundo eu realmente queria ser sua cunhada. É isso ai, eu havia descoberto que eu gostava do Edward, mais do que eu deveria e com certeza de um jeito completamente diferente do que ele gostava de mim.

Pouco tempo depois de Rose e Emmett terminarem de comer o meu mousse, a campainha tocando e antes que eu pudesse correr pra atender meu pai abriu a porta e recepcionou Carlisle, Esme e Edward. Cumprimentei primeiro Carlisle e Esme, com abraços rápidos e beijo na bochecha.

-Edward! – falei me jogando nos braços dele.

-Bells. – respondeu retribuindo o abraço.

Estar em seus braços, com ele fazendo carinho em meu cabelo e minha cabeça no vão do seu pescoço me passava uma enorme sensação de segurança e conforto.

-Gosto do cheiro do seu cabelo, ele tem cheiro de morango silvestre. – comentou sorrindo nos separando.

-Vem, vou mostrar qual é o seu quarto e o de seus pais. – falei puxando-os escada a cima.

O casarão tinha dezesseis, desnecessários, quartos com suíte no andar de cima e mais dois sem suíte no andar de baixo. Repetindo, era completamente desnecessário, principalmente para um delegado aposentado, solteiro e que ainda morava sozinho, mas tenho que confessar que em dias como este era bem útil ter esse monte de quartos.

Mais ou menos perto das oito da noite, meus tios, Alec e Jane, Victoria e James, Riley e Bree e seus respectivos filhos chegaram, e pouco tempo depois minha mãe chegou.

-Como esta linda a minha princesa. E quem é esse rapaz maravilhoso do seu lado filha? – perguntou me abraçando e sorrindo para Edward.

-Este é Edward mãe, um amigo meu, daqui a pouco apresento os pais dele que também estão aqui. E Edward, essa é Renée, minha mãe. – falei apresentando-os.

-É um prazer conhecer, Sra. Renée. – falou Edward sorrindo pra minha mãe.

-O prazer é todo meu. – respondeu Renée e sussurrou em meu ouvido. – Agarra esse gato.

-Ela não perde a mania. – murmurei ficando vermelha assim que minha mãe saiu de perto.

-O que houve? – perguntou Edward.

-Minha mãe sendo ela mesma. – disse rindo, tentando voltar a minha cor normal.

Todos os convidados se deram muito bem e passaram a noite indo de rodinha em rodinha, se conhecendo, principalmente meus pais e os pais de Edward, que até pareciam amigos de infância.

Quando estava chegando perto das 11 horas da noite, resolvemos levar o champanhe, toalhas e o vinho e irmos para a praia. Deixei os Louboutins na porta de casa e subi nas costas de Edward para atravessar a rua e ir para a areia. Meus priminhos corriam pela areia e percebi que dar refrigerante e energético para crianças não era muito aconselhável.

Depois de alguns minutos de conversa todos começaram a se dissipar um pouco, os casais foram se fechando em suas bolhas e até meus pais estavam conversando. Edward foi me levando para um lugar um pouco mais afastado do pessoal, estendeu a toalha e sentamos no chão, comigo de frente para o pessoal e ele de costas.

-Nem comentei como você esta assolutamente bellissima. – falou Edward corando.

-Obrigada, você também esta incredibilmente bello. – respondi sorrindo.

-Ha scritto le loro obiettivi per quest'anno? Que dizer, já escreveu as metas para esse ano?

-Sim e você?

-Sí.

-Edward? Você esta nervoso? Você parou com a mania de trocar o inglês pelo italiano, só faz isso quando esta nervoso ou ansioso agora.

- Você é bem osservatore, mia Bella. Então como não consigo esconder nada de você vou falar agora. Eu não sei bem como isso aconteceu, eu prometi que nunca iria me apaixonar de novo, muito menos assumir um relacionamento, depois de Irina. Mas sei lá, acho que baixei a guarda e quando eu finalmente percebi, já não conseguia tirar seus olhos da minha cabeça. E aos poucos fui percebendo que não era apenas seus olhos, era seu sorriso brilhante, seu cheirinho de morango, o seu atrevimento natural... Tudo que tinha ligação com você corria em meu cérebro e me fazia ter reações indesejadas no momento. Então eu desisti de ir contra todas essas sensações. Por isso eu resolvi me declarar. Eu preciso de um pouco de amor na minha vida, eu preciso de alguém pra recomeçar. Na verdade eu preciso de você, de um jeito que eu nunca precisei de ninguém. Eu também descobri que as sensações estranhas significam que eu amo você. Quer namorar comigo. – falou Edward se declarando e estendendo uma aliança prata com pedrinhas de diamante.

-Sim! Sí! Oui! Yes! Sic! Vαί! – falei entre lágrimas. (N/a: Bella falou sim em português, italiano, francês, inglês, latim e grego, respectivamente.)

-5... 4...3...2....- gritou o pessoal fazendo a contagem regressiva.

Edward foi se aproximando de mim enquanto todos faziam a contagem, estávamos tão próximos que eu conseguia sentir seu hálito de champanhe e hortelã.

-Ah meu Deus! Meus pais estão se beijando! – gritei interrompendo o beijo que Edward com certeza ia me dar assim que os fogos de artificio estouraram.

-Eles não são separados? – perguntou Edward confuso.

-São. – afirmei rindo. – Desculpa, por isso. Onde estávamos mesmo?

-Bem aqui. – falou e logo começou a me beijar.

O beijo que primeiramente começou calmo e apaixonado foi se aprofundando até que não conseguimos mais prender a respiração.

-As aulas de natação quando criança me ajudaram em alguma coisa. – falamos em uníssono e rimos em seguida.

Eu não sabia o que iria acontecer nesse ano, se eu iria conseguir cumprir todas as metas que eu planejei, mas se o ano fosse tão bom quanto esses primeiros minutos, ao lado de Edward e das pessoas que eu amo, então eu podia ficar tranquila, pois eu sabia que seria ótimo. Ou melhor, è perfetto.

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*Spitz é uma raça de cachorro, também conhecida como Lulu da Pomerania.

*Poliglota é uma pessoa que fala mais de uma língua.

*Giuseppe Zanotti e Louboutin (que vem de Christian Louboutin), são estilistas de sapato.

Glossário de italiano (do google tradutor)

Prezioso = Precioso.

Per favore = Por favor.

Figlio = Filho.

Fratello = Irmão.

Giornalismo = Jornalismo

Soprattutto i momenti felici = Especialmente os momentos felizes.

Scusa = Desculpa

Meravigliosa = Maravilhosa

Grazie, signorina = Obrigado, senhorita.

No, signorina. Siamo soddisfatti. Mi scusi, sto parlando in italiano di nuovo = Não, senhorita. Estamos satisfeitos. Me desculpe, estou falando italiano de novo.

Stai parlando = Esta falando.

Mio amore = Meu amor

Mia Principessa = Minha princesa.

Segreto = Segredo.

Mia ragazza = Minha namorada.

Troppo diverse = Muito diferente.

Felice = Feliz.

Povero = Pobre (na verdade eu queria dizer coitado, mas a única palavra perto era esta.)

Cagna / Slut = Cadela.

Assolutamente bellissima = Absolutamente belíssima.

Incredibilmente bello = Incrivelmente bonito.

Osservatore = Observadora.

Perfetto = Perfeito.