Como odiar o amor escrita por TheGhostKing


Capítulo 10
Confiança


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários!
Um aviso, duas palavras: Teen Wolf.
Gente, vicieei! Fãs? Alguém? Se sim, podem esperar, quando eu acabar os episódios disponíveis eu vou escrever uma fic dessa perfeição

Outro aviso: como eu gostei de bugar o cérebro de vocês, isso vai acontecer muito de agora em diante :3



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Para ser sincero, Nico não havia entendido a segunda etapa do plano tão bem. Ele sabia o que fazer, mas não entendia como isso era necessário. Entretanto, Scott estava confiante de que daria certo, então ele faria tudo de bom grado.

Ele estava sentado no chão coberto de folhas secas perto do lago, esperando o amigo voltar. O vento era gelado, chegava a dar arrepios, mas Nico gostava da sensação.

Viu Scott voltar correndo.

– Mas o que você estava fazendo nesse banheiro, hein?

– Você nunca cagou não?

– Como é delicado – Nico voltou a encarar a água do lago.

O amigo riu e sentou-se ao seu lado.

– Cara, a etapa dois é um pouco mais complicada, a gente vai precisar de um tempo para se preparar – ele avisou, largando-se completamente nas folhas – com uma estimativa rápida, nós começaríamos a fase de fato daqui a uns dois dias.

– Sem problemas – Nico juntou-se a ele e se entregou ao chão, deitando-se – qualquer coisa para derrubar o Cupido de uma vez.

– Cara – chamou Scott – levanta um segundo.

Nico levantou as costas e o amigo começou a gargalhar.

– O que? O que houve?

– Sua jaqueta, amigão. As folhas colaram nela que nem ímã.

– Olha minha calça – o menino se levantou por inteiro, e o amigo riu ainda mais.

– Do que é feita sua roupa, hein? – ele rolou para o lado com a risada.

– Da mesma coisa que a sua, pelo visto – Nico sorriu.

– O que? Ah não!

Scott estava coberto de folhas secas atrás e na frente. Os dois se olharam por um tempo, até caírem na gargalhada mais uma vez.

– Você está ridículo!

– Essas folhas atrapalham seu estilo emo!

– Você parece um croquete desse jeito!

E riam mais a cada comentário.

– E já que estamos falando sobre como você é patético – disse Nico – seu zíper está aberto.

Scott ficou vermelho e fechou rapidamente.

– Relaxa, eu não vi sua cueca branca com foguetinhos roxos. Não mesmo.

O amigo parecia um rubi.

– Da próxima vez que usar o banheiro, lembre de detalhes – Nico se jogou no chão de novo – você deu descarga?

– Hã? Ah, aham. É, pode deixar, eu vou lembrar da próxima vez.

– Ótimo.

Scott chutou algumas folhas.

– Quer fazer montinho e pular em cima? – ele sugeriu.

Crianção, Nico pensou.

– Claro que quero – admitiu.

Ele gostava da ideia de ter uma amizade com Scott. Provava que pessoas mudavam. Ele era cem por cento confiável agora.

.

POV Jill

Ela tinha medo da atualização do plano. Queria avisar para Nico correr o máximo possível de Scott, mas não podia, e sabia disso, senão tudo ia por água abaixo.

Ela estava roendo as unhas. Não fazia isso há muito tempo.

Preocupação, muita preocupação. Nenhuma confusão, claro. Ela sabia tudo que ia acontecer, tudinho, exatamente, mas estava preocupada. Muito.

Ela respirou fundo. Scott tinha explicado o motivo pelo qual o plano anterior não funcionaria. Eles tinham que seguir o novo.

Finalmente, depois de uma boa caminhada, ela chegou em seu chalé. Entrou, louca para encontrar... nossa, mas onde ela tinha enfiado aquilo?

Desorganizou cada cama, esvaziou cada armário, virou o lugar de cabeça para baixo, mas nada.

Foram uns vinte minutos de procura, até ela achar.

Atrás da porta do chalé. Que ela tinha deixado aberta.

Ela se decepcionou com a própria capacidade de busca, mas logo pegou o arco e a aljava de flechas e foi praticar na floresta do acampamento.

Precisaria de uma pontaria mais do que perfeita mais tarde.

.

Tiros inacreditáveis. Se ela mirava no olho, acertava o olho. Se ela mirava o joelho, acertava o joelho. Se ela mirava o umbigo, acertava o umbigo. Se ela mirava lá embaixo, acertava lá embaixo.

Em outras palavras, o boneco de carvão que ela havia desenhado na árvore estava detonado.

Perfeitamente detonado, por sinal.

Jill já estava mais confiante. Antes desse treino, ela só tinha usado a arma uma vez, mas sua mira estava impecável. Talvez fosse por causa do pai.

Bom, considerando o desastre que ela era com espada, adaga, escudo, lança, martelo, machado, arma de fogo, entre outros, com certeza era por causa do pai.

Ela saberia o que fazer quando a hora chegasse. Na verdade, saberia mesmo se não tivesse ido treinar. Seu problema de verdade era autoconfiança, mas ela tinha dominado isso dessa fez.

Só torcia muito para que não se esquecesse de que ela era boa quando ela tivesse que usar o arco.

E para que não ficasse com pena e estragasse tudo.

.

POV Nico

Nico encarava a camiseta laranja.

Fazia um tempo que ele não saía do preto.

Na verdade, estava ficando meio entediante.

“Olha, lá vem o Nico, com uma camisa preta que tem um desenho fantasmagórico, uma calça jeans preta, botas pretas e uma jaqueta de couro”

A maior variação que isso podia ter era jaqueta de aviador.

Ele gostava, até um tempo atrás, de ser o único entre os acampantes a usar preto, enquanto eles usavam a mesma roupa. Meio que destacava sua personalidade. Ele sempre quis passar a mensagem “não sou mais uma ovelha desse rebanho”.

Mas tinha mudado de pensamento.

Ele queria, sim.

Arrancou a camiseta com o desenho da luva do Mickey levantando o dedo do meio e vestiu a oficial do acampamento.

Sentiu-se melhor na hora.

Imaginou como seria a reação de Percy, que foi a pessoa a assistir sua transformação de camarote, ao vê-lo com aquela camiseta. Pensou em muitas, cada uma mais hilária que a outra, mas resolveu mostrá-lo ele mesmo e ver a real.

.

Percy cuspiu toda a água que estava tomando quando Nico abriu a jaqueta. Começou a tossir e bater no peito, mas fazendo força para sorrir.

– Eu... sabia! – ele falou entre uma tosse e outra – Você... Nico... quando eu...

– Pare – Nico sorriu – respira. A tosse passa.

Percy obedeceu e parou de tossir. O rosto voltou à cor normal.

– Agora fale com calma.

Percy começou a vomitar palavras em cima do garoto, algumas bem bestas, mas outras que Nico nem sabia que ele sabia que existiam.

Ele realmente podia ser um rapper, pensou, pressionando as mãos contra as orelhas.

– Ei! – o amigo berrou – Está me ouvindo?

– Não – respondeu Nico.

Percy revirou os olhos e puxou os braços do menino.

– Eu só queria dizer que estou feliz por você.

– Eu também, parceiro – ele não pode evitar um sorriso largo – eu também.

.

Nico tinha passado muito tempo do dia com os sete meio-sangues da profecia. Em parte, porque fazia tempo que eles não se falavam, mas principalmente porque Jill e Scott passaram a ficar um tempão juntos.

Isso soou errado. Não que Nico estivesse com ciúmes, claro que não, não tinha motivo para isso. Era só que Jill e Scott estavam se aproximando mais.

Como amigos.

Passando tempo juntos como dois amigos.

É. Era isso que estava acontecendo.

Não que ele ficasse olhando para ver com quem Jill estava, ou que ele ficasse esperando para que ela viesse falar com ele, nada disse.

Afinal, Nico estava tirando uma folga, porque eles não poderiam?

Não que ele se importasse. O motivo não importava. Eles só queriam se conhecer melhor, né, não sabiam tanto um sobre o outro quanto Nico sabia deles.

Ele imaginou que sentariam na mesa de Jill escondidos, mas aparentemente, dessa vez, cada um ia para sua própria mesa. Sem problemas. Mais tempo com Hazel.

Os irmãos dividiram uma boa porção de costela de porco, que era um dos pratos favoritos dos dois, por acaso. Foi um ótimo jantar. Eles conversaram sobre muitos assuntos e riram muito.

Por isso Nico não se importou quando viu Jill lançar Scott uma piscadela.

Ou quando ela o chamou para ir se sentar em sua mesa.

Ou quando ele foi.

Ou quando ela lhe deu um beijo na bochecha quando ele chegou lá.

Ela nunca havia lhe dado um beijo na bochecha.

Mas isso não importou, porque ele estava se divertindo com a irmã.

Não se importou quando Jill olhou para ele e não o chamou. Talvez tivesse visto que ele estava se divertindo com Hazel.

Foi um ótimo jantar, em um ótimo dia.

Nico sentiu os olhos arderem.

Foi um ótimo jantar, ele repetiu para si mesmo.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar, por favor :3