Acabara de amanhecer e as coisas já pareciam se complicar no vilarejo de Heiwa. Uma garota encapuzada fugia em direção a floresta, ela corria desesperadamente. Fugindo apenas de uma coisa chamada realidade.

Ela havia roubado um banco e tentava se abrigar no único lugar seguro,pelo menos era o que a jovem pensava. Chegando na floresta a garota tira a capa que cobria seu rosto.

– Nina Wiliam? Há quanto tempo, hein?-Se escutava uma voz calma,e infelizmente ela já conhecia o dono da tal voz que soava do alto de uma árvore, e procurava não revelar sua identidade.

– O quer de mim?- A loira pergunta irritada.

– Sua vida!

– Não era a resposta esperada, mas serve.

– O governo descorda. – Ele fala ameaçando Nina com uma faca.

– Você não tem uma arma melhor? – Ela fala sarcástica.

– Meu chefe não é tão generoso quanto a sua, não acha?

– Finalmente concordamos em algo!- A garota fala pegando seu chicote e se libertando de tal ameaça.

– ...

– Foi mal!- Ela sorri e o chicoteia.- Da próxima vez tenha um chefe melhor, né, Eric?- Ela sai correndo adentrando cada vez mais na floresta.

Nina corre até ganhar certa distância, mas depois desacelera o ritmo e começa a andar.

Não havia passado muito tempo e ela já estava em seu destino, a base da resistência.

– Bom dia, Luke! – Nina cumprimenta sorridente.

– Bom dia... – Ele fala sem olhar para a loira.

– O que está fazendo?

– Nada! Não está vendo?

– Filho da Puta! (Desculpe a linguagem de baixo catalão).

– Tá... Eu estava indo treinar.

– Era tudo o que eu queria ouvir. – Eles seguem em direção ao campo de treinamento.

Chegando ao campo encontram sua líder treinando. Ela segurava o arco com firmeza e apontava a flecha para o alvo com concentração. Quando alguém se aproxima e...

– Errou! – Alexandre se aproxima e a empurra fazendo-a errar. Por sorte não acertou ninguém (ninguém importante).

– Lex, olha o que você fez!

– Gabi! – Nina se aproxima da líder.

– Você demorou...

– Tive um contra tempo.

–Eric?- Lex pergunta serio.

– E tem outro?

–Quanto conseguiu?

–Digamos que hoje a recompensa foi grande.

–Vamos para a minha cabana, lá contaremos o dinheiro com mais calma, ok?

–Ok!

–E vocês?- Gabi pergunta à Luke e Alexandre.

– Acho que vamos treinar- Alexandre responde.

– Ah! Lex, tenta acertar dessa vez, né?

– Não vem falar de mim! Afinal, você também não acertou.

– Toma na cara, Gabi! – Nina ri da amiga.

– Valeu, gata! – Ele agradece o apoio da loira.

– Vão cair em um poço e me deixem em paz.- A morena fala.

– Aturar vocês é desumano.

A frase de Luke foi bem colocada, pois afinal, humano era uma das poucas coisas que eles não eram.

As duas garotas vão em direção a cabana de Gabriela. Todas as cabanas eram simples, feitas de madeira e palha. Porque se um monte de loucos passassem carregando material de construção para a floresta todo o vilarejo saberia da localização da resistência.

– Gabi, vamos contar o dinheiro logo.

– Calma!

– Eu estou calma!

– Conta o dinheiro em quanto eu durmo.- Ela deita na rede. - Estou com soninho!

– Não acredito!

– Fica quieta! – Ela fala bocejando.

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Voltando ao vilarejo de Heiwa. Enquanto os Akumas estavam tranquilos, os Enjerus estavam com alguns problemas. Para ser especifica não eram os Enjerus, mas sim um em especial, Eric, o líder da força governamental.

O jovem andava pelos corredores da prefeitura aturando comentários dispensáveis sobre o ferimento que Nina havia lhe - causado. Cada vez mais irritado, Eric tentava disfarçar a raiva e seguir andando. Afinal, ele estava indo para uma reunião com o prefeito. E somente o prefeito poderia demiti-lo de seu atual cargo.

Ao chegar na porta da sala, o moreno bate na porta e logo em seguida entra.

– Com licença, senhor!- Ele fala se sentando em uma cadeira perto da mesa do prefeito.

– Eric, sabe por que eu te chamei para essa reunião?

– Confesso que eu desconheço o motivo.

– Pois bem... Dá para notar que uma Akuma lhe – machucou.

– Mas senhor ...

– Nada de “mas”! Você não consegue nem lutar contra uma Akuma. Como liderará a tropa dos Enjerus?

– Eu irei conseguir! Te garanto!

– Está bem, mas saiba que só darei essa chance porque você é meu sobrinho.

– Certo! Não irei desapontar!

– Porém preciso ter certeza.

– ...

– Convocarei novos recrutas. Novos Enjerus para a sua equipe, se importa?- Ele fala arqueando a sobrancelha esquerda.

– Não, senhor.

– Ótimo. Agora, se retire... Estou muito ocupado no momento.

– Claro... E obrigado pela chance! – Ele fecha a porta.

– Você quis dizer pela ultima chance, não é?

Eric voltou à andar pelos corredores dessa vez mais irritado do que antes. Os comentários só fizeram esgotar sua paciência que já era pouca.

– Gente, vocês viram? Foi uma Akuma que fez isso com ele!- Uma mulher comentava em um típico grupinho mundano de colegas de trabalho fofoqueiras.

– O que tanto falam? – Eric se aproxima perguntando o obvio para ver se matava as criaturas desprezíveis que ousaram zoar com o mesmo.

– N-nada!

– É o que eu espero! – Ele continuou o caminho até a porta da saída.

Quando saiu do pequeno edifício, ele se deparou com seus “colegas de trabalho”.

– Oi, Eric!!! – Agnes, mais uma Enjeru, o cumprimenta sorridente como o de costume. Mas ele ignora.

– Eric! – Miriam tenta chamar sua atenção.

– O que foi, Mary?

– É Miriam!

– O que aconteceu?- Charlie pergunta curioso.

– Digamos que teremos novos colegas de trabalho.

– Mais Enjerus?- Charlie indaga curioso.

– Não! Mais ursinhos de pelúcia! – Agnes ironiza.

– Deixa ele falar, Beth!- Miriam fala se referindo a amiga pelo apelido. Para quem não sabe o nome dela é Agnes Kerbeth.

– Treinem muito! Não podemos falhar!- Eric fala com firmeza.

– Sim, senhor! – Os outros Enjerus dizem em um uníssono.

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(De volta para a floresta).

Luke esperava um pouco distante da base da resistência por sua amiga, Anely. Mas a bruta, porém sensual garota estava atrasada.

– Finalmente! – Luke fala ao ver a jovem se aproximando.

– Te fiz esperar?

– Fez!

– Ótimo!

–...

– O que foi? Nunca me viu, idiota?

– Claro que eu vi, né, prostituta?- Anely ri de um jeito sexy fazendo Luke se desligar um pouco da realidade.

– Não me chama disso!- Anely fala enforcando o seu amigo.

– Boba!- Ele fala se livrando da louca que estava agarrada em seu pescoço.

– Como foi o dia?- Ela fala sentando debaixo da sombra de uma árvore.

– Normal... E o seu? – Ele faz o mesmo que a morena.

– Fui tentar enfrentar o governo.

– Sozinha?- Ela confirma.- Da próxima vez me chama!

– Certo! Luke, nós estamos bem perto de concluir nosso pacto!

– Talvez...- Ele fala mexendo em seu cordão. Aliais o cordão que nunca foi tirado de seu pescoço.

(Essa é a Nina)