Oportunidades escrita por Laren


Capítulo 11
▸Happy Together.


Notas iniciais do capítulo

E aqui está a continuação alternativa do capítulo anterior! Confesso que demorei nesse cá mais do que nos dois anteriores, mas acho que vocês irão gostar (?). De qualquer forma, boa leitura!

Happy Together - The Turtles. ;)



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Passadas largas para fugir de uma nuvem negra que, à medida que avançava, absorvia a luz e quaisquer indícios de esperança ou força de vontade.

Era assim que se sentia, numa paisagem caótica onde definiria o futuro daqueles que zelavam por ele. E ali, ao lado de Temari, desviou completamente seu foco e interesse. Precisava impedir tal absurdo.

— No que está pensando? — a nobre questionou, olhando na mesma direção que ele. O maior cacto do jardim, o maior símbolo dali. Seria triste se alguém o destruísse, já que este se destacava em relação aos demais por seu tamanho.

— Esse plano é patético. Digo, qual a necessidade de promover uma guerra? Qual a necessidade de se sacrificar assim e até mesmo morrer em combate? Tsc. — Meneou a cabeça para a direita, encontrando a expressão impassível dela. Relaxou um pouco, talvez fosse mesmo inútil, a solução mais viável seria tentar impedi-los diretamente. Afinal, que mais poderia fazer? Já estavam agindo pelas costas deles, e rápido.

— Fique comigo — ela murmurou, não o encarando diretamente e com os braços cruzados. — Podemos pensar juntos num jeito de reverter. O povo é iludido demais, jamais acreditariam por mais fortes que fossem minhas palavras. Ainda veem uma mulher no poder com certa discriminação.

Apesar das palavras, Shikamaru não se sentiu culpado pela forma que a julgou. Alguém com tendências tão problemáticas governando um reino... Melhor não. Mesmo sendo a mais sensata naquela família de maníacos.

— O que você sugere, então? — Parecia um pouco aflito enquanto colocava sua cabeça para funcionar.

—Não se dirija a mim com esse jeito debochado, Nara. Lembre que, se eu quiser, posso te mandar para a guilhotina.

Eles não tinham uma guilhotina. Mas ele não precisava saber.

— Então — Temari continuou —, será que poderíamos dar seguimento ao plano dele? Oras, veja só, se não sabemos o objetivo principal disso... E, aliás, eles estão desconfiando de mim. Se descobrem que te encontrei, não vai ser bom para nenhum de nós.

— É, por enquanto. — Tentou sorrir, mas algo o impediu. — Por enquanto — repetiu num sussurro.

— Pare com isso — a loira retrucou com certo desdém. — Com essa cara, parece mais com um bebê chorão. Se quer salvar seu reino, aja com mais firmeza.

Quem ela pensava que era para querer lhe dar lição de moral num momento frágil como aquele? Guerra não era bom para nenhum dos lados. Só remetia a tragédia, mortes, sangue. Coisas que assustavam.

A lua se exibia cheia e simbólica naquele céu de verão, e uma ventania agradável pegou-os ali. Pensou em Temari, em Suna, como um grande vento, um furioso furacão destruidor. No entanto, confessava estar gostando dali, gostando de sentir o vento que quase se equiparava à mulher ao seu lado — aparentemente teimosa, problemática, insistente. Porém, diria ter enxergado um pouco de preocupação para com sua terra. Talvez ali residisse uma verdadeira líder e os que a julgavam estariam errados. Sentia a forte força de vontade que ela irradiava, o poder intimidador parecendo ser uma parte dela. E isso, de certa forma, resultava num sentimento crescente de segurança.

E ela o olhava de soslaio, inúmeras vezes, imaginando a vida que Shikamaru levava. Uma vida livre de obrigações políticas e sociais, enquanto sua situação igualava-se até a comportamentos estereotipados (ela fugia disso por ser única). E, devido a isso, passou a enxergá-lo de um jeito diferente a partir desses interesses em comum. Quando o viu pela primeira vez, achou que seria somente um homem comum, como aqueles charlatães que se encantavam com sua beleza e faziam várias promessas para (tentar) fazê-la cair aos seus pés imundos. Pensando melhor, ele tinha essência. Por isso sentia que poderia contá-lo todos os segredos por trás daquele governo sujo. Somente esperaria o momento mais propício.

— Já é noite, devo ir — comentou ele, se preparando para sair dali, embora não tivesse onde ficar, pois sua estadia no hotel terminaria naquela noite. Inclusive, estava arrumando suas coisas quando o guarda do palácio foi buscá-lo. Não poderia imaginar que ficaria mais tempo que o esperado em Suna.

— Você pode ficar no palácio, é melhor para nos comunicarmos — sugeriu apressadamente. E logo tratou de acrescentar: — Caso queira, é claro.

Shikamaru franziu o cenho pensando na proposta repentina. Será que ela sabia que não tinha onde ficar? Não... Pareceu mais uma atitude impensada, pois perdera aquela pose e charme de outrora.

Não admitiria, mas preferiu ela assim.

— Obrigado. — Dessa vez sorriu naturalmente, fazendo-a cruzar os braços na altura do peito. — Irei entrar agora, então, se não for problema.

— Na verdade eu já estava mesmo de saída — mentiu. Na realidade, o queria longe do jardim, profundamente arrependida. Lá era seu lugar favorito, a ideia de dividir o espaço com alguém não lhe era nada agradável. Embora aquele fosse o homem que pedira sua ajuda com temor e súplica na voz. Não de um jeito desesperado, mas confiante. Cheio de desejo de felicidade.

E teria que fazer tal confiança valer a pena.


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Notas finais do capítulo

O próximo será o último nesse ambiente, okay? Eu tô curtindo muitão ambientar esses capítulos assim. E aqui, quanto à música, me reportei mais ao pensamento de que, juntos, eles poderiam construir a felicidade que Happy Together fala. ;)

Até amanhã (e estarei respondendo os reviews, peço que me desculpem pela demora :x)!



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