– Mandou seus amigos irem na frente Ninroh de Panda Gigante, está tão certa de que vencerá, assim?

– Tenho total e absoluta certeza, Lorenzo de Perseus Negro!- A Ninroh gritou ao inimigo.

– Se acha isso...

– Cale a boca!- Manuela atacou pela frente, disposta a acertar o inimigo em cheio. Mas o Tenma de Perseu foi mais rápido, e segurou a perna de Manuela no ar, quando ela pretendia dar um chute.

– Se pretende me abater com isso...- Ele a lançou longe pela perna enquanto falava.- Sinto lhe dizer que vai perder...

– Engula suas palavras!- Manuela levantou furiosa. Não suportava quando seus adversários zombavam enquanto atacavam, isso para ela, era uma pura falta de concentração, seguida de arrogância estúpida. E Lorenzo era desse tipo.

Concentrando o cosmo nas mãos, Manuela preparou seu golpe, mas desta vez, ela atacou frente a frente:

– FÚRIA PRETA E BRANCA!

Para a surpresa da Ninroh, toda a força desferida por seu golpe, foi paralisada por Lorenzo com uma única mão.

– Ridículo. Sinta agora, o verdadeiro cosmo! OLHOS DA MEDUSA!

(Lembrando que Perseu é o herói grego que matou a medusa)

Manuela foi envolvida por uma cinza nuvem de ar, onde cintilavam ao fundo, dois pontos verdes como uma esmeralda.

A medida em que Manuela olhava pra aquilo, maior a luz refletida pelos dois pontos ficava. Até chegar num ponto em que tudo explodiu.

Lançada pra trás, no paredão de pedra, ainda atordoada pelo golpe, Manuela escutou a frase do zombeteiro:

– Sua idiota! Você mesma se atingiu! Lembre-se que nunca se pode olhar nos olhos da medusa! Quanto mais você observava aqueles pontos de luz, mais forte meu golpe ficava!

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Num pico alto:

Daquele ponto, podia-se ver tudo o que se passava no cânion. Era de lá, que Ana Luísa, a Ninroh rebelde, observava a efetividade de seus aliados.

– Acha que os Tenmas Negros dão conta deles?- Um Tenma chegou dizendo.

– Claro que dão!

– Pelo que vi, um deles foi derrotado e o outro fugiu na covardia!

– Não amole a minha paciência Leonardo de Cruzeiro do Sul! Saiba que eu jamais estaria trabalhando com um Tenma, se não fosse por ordem da Srta. Éris!

– Se acha boa o bastante pra planejar tudo sozinha?!

– Acho! Mas Éris prometeu me transformar em uma Ninroh de Cristal se eu fizesse isso...se eu tenho a ganhar, por quê perder a chance?

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No combate entre Manuela e Lorenzo:

Manuela levantou cambaleante após o golpe. Como pôde ter se esquecido do fato de Perseu ter derrotado a Medusa, o monstro cujo os olhos transformavam em pedra todos aquele que os olhava?

Ela estava ferida e fraca, realmente, aquele ia ser um duro combate, já que seu oponente não parecia ser um simples Tenma de Quartzo, da terceira e mais simples linha de Tenmas. Ele aparentava ser um Tenma de Cristal, da segunda linha, cujas habilidades eram mais avançadas.

Aquela, não era uma simples batalha. Talvez fosse o momento decisivo da história, já que nunca na Ordem de Gaia, um guerreiro de quartzo derrotou um guerreiro de cristal.

– PANDA NEGRO!- O golpe de Manuela consistia em desarmar Lorenzo completamente. Formada pela explosão de cosmo da Ninroh, a imagem de um panda completamente negro reluzia atrás de Manuela.

Aquela explosão de luz negra, se dividiu em duas partes, uma com uma linha de meteoros brancos como nuvens, e outra com um cometa negro como petróleo.

Os meteoros, dos quais Lorenzo desviou, haviam atacado pela frente, mas o cometa, devido à escuridão da noite que se ergueu enquanto ambos batalhavam, era quase impossível de se ver.

Atingido pelas costas pelo imenso meteoro de pura força e energia incrível, ele foi ao chão com a sapuri praticamente destruída na parte de trás.

Ofegante pelo golpe que consumiu muita energia, Manuela não esperava que seu oponente fosse levantar, quanto mais que ele fosse levantar rindo daquela maneira:

– Foi um belo golpe, devo admitir! Uma pena que não foi o suficiente! ESCUDO DE PERSEU!- Este era o mais poderoso de seus golpes. Onde as cobras do cabelo da Medusa prendiam o oponente e unidas com a explosão do cosmo, o adversário não tinha chance de sobreviver.

Manuela despencou dos céus, aparentemente sem nenhuma reação...